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terça-feira, 14 de outubro de 2025

Uma em cada seis pessoas no mundo é afectada pela solidão

Uma em cada seis pessoas no mundo é afectada pela solidão.


Segundo a OMS, que tem sua sede em Genebra, uma em cada seis pessoas no mundo é afectada pela solidão.
Um relatório de uma comissão da OMS sobre relações sociais descobriu que a solidão e o isolamento social deixam as pessoas fisicamente doentes, contribuindo para 871.000 mortes por ano em todo o mundo. A solidão aumenta o risco de derrames e ataques cardíacos, diabetes, depressão, ansiedade e suicídio, entre outras coisas.
Os adolescentes solitários normalmente, têm notas piores do que seus colegas de classe, e adultos solitários têm mais dificuldade em encontrar ou manter um emprego.
As pessoas e as famílias não são afectadas apenas individualmente. Elas também custam à sociedade bilhões de dólares em custos com saúde e perda de empregos.
Mais de um terço dos idosos em todo o mundo sofrem de solidão, que reduz a expectativa de vida. Se acrescentar em muitas situações a fome e falta de cuidados médicos torne deplorável a vida do ser humano na velhice.
Estima-se que um em cada três idosos e um em cada quatro adolescentes estejam socialmente isolados, de acordo com o relatório. As causas incluem doenças, educação deficiente e baixos salários, falta de oportunidades de socialização e vida solitária, bem como as novas tecnologias.
È muito habitual, quando visitamos um familiar ou até nos cruzamos com um idoso no supermercado os idosos ao contrário da maioria dos jovens têm conversa, diga-se “falam pelos cotovelos” é no fundo a oportunidade de falar com alguém e a fuga à solidão que os atormenta no dia-a-dia.
A OMS cita a Suécia como um exemplo positivo. O país tem uma estratégia nacional contra a solidão, disse o ministro sueco dos Assuntos Sociais, Jakob Forssmed. Reconheceu-se que não são apenas as pessoas solitárias que têm um problema, mas a sociedade como um todo.
Na Suécia, esforços conscientes estão sendo feitos em muitos lugares para facilitar o contacto social, por exemplo, em lojas ou restaurantes, em bairros ou clubes. Todas as crianças e jovens receberão em breve cartões de débito, mas só poderão usá-los para reservar actividades em grupo para o seu tempo livre. A Suécia proibiu os telemóveis nas escolas públicas, disse Forssmed. Estudos demonstraram que isso aumenta o contacto social e reduz o cyberbullying. As crianças e os jovens dormem melhor e têm mais facilidade para guardar seus telemóveis no tempo livre, infelizmente no nosso país os telemóveis são uma forma de manter as crianças ocupadas e não “chatearem” enquanto os adultos vêm televisão, pior ainda, é habitual ver nos restaurante crianças a brincar e os adultos a consultar as redes sociais nos telemóveis, abdicando-se da socialização que tão útil é na sociedade. “Pois, é muito importante ter lugares, momentos e espaços nas nossas vidas onde possamos interagir cara a cara com outras pessoas sem sermos distraídos pela tecnologia”.
A solidão que os estrangeiros em qualquer parte do mundo é como um mau vizinho, eles próprios marginalizam-se da sociedade que os acolhe, pois o ponto principal da socialização seria a conversação o que os estrangeiros se negam na aprendizagem da língua local, daí a dificuldade em fazer amigos e socializar-se evitando a solidão.
Pode ser difícil para um adulto fazer amigos, mesmo no seu próprio país. Trabalho, filhos, a vida toma o seu rumo e ocupa o dia-a-dia.
Pessoalmente conheço bem a solidão. Trabalhei muitos anos no estrangeiro, vivi vários anos sozinho era uma opção de vida que não aconselho, aliás não há razão para isso as pessoas mesmo não se conhecendo cumprimentavam-se o que no nosso país a não ser que se conheçam, raramente o fazem, um “bom dia” não custa nada, um gesto de simpatia é grátis e sabe tão bem a quem o recebe.
Eu não sou dos que acham que pedir ajuda é embaraçoso, antes pelo contrário ajudar e ser ajudado seja na tarefa que for é uma forma de se socializar e como tal fugir à rotina e solidão. Ninguém gosta de impor. No entanto, aprendi no estrangeiro que pedir ajuda às pessoas é também uma forma de sair da solidão e por sua vez quem ajuda sente-se feliz em o fazer.
 Nem sempre quem vive na solidão, viva por prazer, mas que podia haver menos solidão neste mundo se todos fizessem um pouco mais, lá isso é verdade.


Escritor: José Maria Ramada

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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