Presidenciais: Tempo de mudar Portugal
Temos de mudar Portugal, o país que amamos, o país que resiste, o país que precisa de despertar do sono da indiferença. Vêm aí as presidenciais, as autárquicas ficaram para trás, e o Chega não obteve o resultado que esperava, porque a força está na imigração, onde bate o coração de quem trabalha, acredita e quer um dia regressar.
Como todos sabem, eu, João Carlos Veloso Gonçalves, ‘Quelhas’, autor das minhas obras, escritor, repórter, entre outros, defendo os direitos humanos, sou crítico e uma pessoa de bem. Pai e avô, amigo do meu amigo. Fui pré-candidato a Presidente da República. Consegui cerca de cinco mil assinaturas, faltando-me duas mil e quinhentas assinaturas legíveis. Sei, contudo, que entre as assinaturas recolhidas, muitos formulários não estavam devidamente preenchidos, e muitos não traziam cópia do cartão de cidadão. Logo, seria difícil alcançar as sete mil e quinhentas assinaturas exigidas pela lei.
Também, como todos sabem, fui eleito delegado do Chega no Consulado-Geral de Portugal em Zurique. À altura em que o meu líder, André Ventura, decidiu avançar como candidato à Presidência da República, eu tinha ainda uma pequena luz, uma esperança distante, de que o partido pudesse apoiar a minha candidatura. Essa luzinha apagou-se, e compreendi o rumo.
André Ventura quer testar os portugueses, ver se o país está preparado para lhe confiar a responsabilidade maior, talvez até tornar-se Presidente da República. E, quando conseguiu nas legislativas ficar em segundo lugar, na oposição ao governo do PSD em coligação com o CDS — a Aliança Democrática — demonstrou que Portugal ansiava por mudança, por coragem, por verdade.
Eu mantenho, no entanto, a minha crítica construtiva. Sempre acreditei que André Ventura devia lutar para ser primeiro-ministro de Portugal, não Presidente da República. A força dele é a acção directa, o combate diário, a voz firme no Parlamento. Mas a escolha é dele, e eu estarei com ele de qualquer forma, porque, para mim, ele é o melhor político português da actualidade.
Também deixo aqui outra crítica ao meu líder. As eleições autárquicas não correram na perfeição para o Chega, embora tenha conquistado algumas câmaras municipais. Muitos candidatos apresentados não pertenciam aos concelhos onde concorreram. E um candidato, para representar o povo, tem que ser da terra, tem que conhecer o chão que pisa, a alma e o sofrimento das gentes que quer servir.
Além disso, as distritais e as concelhias, em paralelo com o seu candidato, devem ter membros a encabeçar as assembleias de freguesia, para ajudar a vencer as câmaras municipais e fortalecer o projecto político do Chega e do seu líder, André Ventura.
Agora, vamo-nos concentrar nas presidenciais. Estarei com André Ventura nas presidenciais. Se vencer, será o presidente de todos os portugueses. Se não vencer, continuará a ser o chefe máximo do Chega e terá a responsabilidade de fiscalizar, denunciar e fazer cair o governo quando este errar. E, embora a lei diga que tal não possa acontecer de imediato, o tempo trará a oportunidade.
Desde o 25 de Abril de 1974, muitos e muitos elementos passaram pelos governos e continuaram a roubar Portugal, alimentando um sistema que favorece sempre os mesmos. Esse sistema tem de mudar.
Portugal precisa de melhor saúde, de verdadeiros hospitais e médicos com tempo e alma.
Precisa de mais e melhor cultura, porque um povo culto é um povo livre.
Precisa de melhor educação, porque o saber é o único caminho que nos livra da manipulação e da miséria.
É tempo de mudar Portugal. É tempo de erguer a voz dos que nunca foram ouvidos. É tempo de reconstruir um país justo, digno e humano.
autor: Quelhas, director revista repórter X

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