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terça-feira, 8 de julho de 2025

Sofrimento: Quando uma imagem não deve ser publicada, mas deve ser denunciada

Sofrimento: Quando uma imagem não deve ser publicada, mas deve ser denunciada


Recebemos uma imagem comovente e perturbadora do Luxemburgo, que não publicamos no seu estado original por respeito à dignidade da criança e da família, mas que decidimos ilustrar simbolicamente para que a denúncia não morra no silêncio.

A fotografia mostra uma menina menor de idade, com visíveis sinais de desnutrição e em vez de deixarem os pais estar presentes, esta instituição hospitalar no Luxemburgo faz o que não é de todo correcto. A imagem foi captada, durante uma breve visita autorizada. Ao verem a criança atada de pernas e braços, semi-nua, desconfortável, pediram à enfermeira que a soltasse. Esta recusou, alegando ordens superiores. Só mais tarde, sob ameaça, a criança foi desatada.

Segundo a mãe, que nos contactou directamente e confiou à Revista Repórter X o relato e a imagem, a menina foi retirada pela autoridade tutelar luxemburguesa (equivalente à Kesb suíça), com base em acusações falsas de maus-tratos, num processo descrito pela família como apressado, opaco e desumano. Desde então, a menina tem sido mantida na instituição, longe da família, submetida a cuidados que a fragilizaram ainda mais.

Os pais, que residem legalmente no Luxemburgo e têm outros filhos saudáveis, alertaram desde o início para os efeitos adversos da dieta administrada à menina. Foram ignorados. Durante semanas, a alimentação inadequada provocou vómitos constantes, recusa alimentar e perda acelerada de peso. Só após insistência contínua da família, agora com apoio legal, foi autorizada uma alteração na dieta. A menina mostrou sinais de melhoria. Contudo, a trégua foi breve. O seu estado voltou a agravar-se, e acabou por ser hospitalizada de urgência, com sintomas reincidentes e necessidade de oxigénio. Ainda hoje, permanece em perigo, clinicamente instável, com sinais de sofrimento físico e abandono médico.

A menina, gémea de outra criança saudável, sofre de necessidades clínicas específicas e há anos era acompanhada por médicos especializados em Portugal. Desde que foi separada da família, está medicamente debilitada e emocionalmente devastada. Segundo os relatórios da instituição, encontra-se em estado vegetativo. Segundo os pais, ela reconhece, reage, comunica. Mas foi transformada em silêncio, para alimentar um sistema que lucra com a separação.

A situação tornou-se ainda mais alarmante com a entrada em cena de propostas de múltiplas cirurgias invasivas, à coluna, à anca, ao estômago, sem qualquer consentimento informado ou possibilidade de obter uma segunda opinião médica em Portugal. Os pais recusaram, exigiram esclarecimentos, foram empurrados para fora do processo. A autoridade parental foi suspensa. Os advogados da família, que agora assumem a defesa legal, acusam o Estado luxemburguês de violar tratados internacionais e de agir com parcialidade e desrespeito pelos direitos fundamentais da criança e da família.

Os contactos com a filha estão limitados. As visitas são breves, supervisionadas, e sem liberdade de comunicação. Os avós e as irmãs foram excluídos do convívio. A menina agora está hospitalizada, mas o hospital tornou-se prisão.

Estas práticas, ainda que justificadas por relatórios técnicos e decisões judiciais, são hoje motores de um negócio humano institucionalizado, onde os mais frágeis, crianças doentes, pais emigrantes, famílias sem voz, são convertidos em estatísticas, orçamentos e lucros para clínicas, lares, advogados, intérpretes e estruturas do Estado tutelar.

A menina sabe que está separada. A menina tenta comunicar. A menina resiste. Mas está cercada por um sistema que lucra com a sua dor.

Este caso junta-se a muitos outros já denunciados pela Revista Repórter X, não só na Suíça como noutros países europeus, e será documentado no nosso dossier especial sobre violência institucional contra menores e famílias emigrantes.

A voz da mãe e do pai, que não publicamos, é a mesma de tantas outras mães silenciadas. E por isso, publicamos esta ilustração. Porque o que não se mostra, morre. E o que se cala, consente.

A criança não é um número. A dor não é um relatório. A família não é descartável.

A verdade será dita. E a dor será ouvida.

autor: quelhas
Revista Repórter X – dar voz a quem não tem voz.

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Carta: Pedido de verificação e correcção do extracto da conta individual (IK)

Carta: Pedido de verificação e correcção do extracto da conta individual (IK)

Exmos. Senhores,

Eu, Maria Manuela, venho por este meio solicitar a verificação e correcção do meu extracto da conta individual (IK), respeitante ao período entre os anos de 2008 e 2021.

De acordo com os dados constantes nos registos que me foram enviados, constam apenas 14 anos de contribuições efectivas, correspondentes aos rendimentos declarados pelas entidades empregadoras. Contudo, importa referir que estive incapacitada para o trabalho durante cerca de três anos, por motivo de doença prolongada com baixa médica, situação esta que é do conhecimento das entidades envolvidas e que, segundo a lei, não deveria interromper o meu direito a uma contagem contributiva plena.

Durante esse período:

  1. Continuei a pagar regularmente o seguro de saúde (Krankenkasse), o que prova a minha permanência legal e integração no sistema suíço;

  2. Estive com baixa médica, com processos abertos junto da SUVA e da AI (Invalidez);

  3. Não recebi, na maior parte desse tempo, qualquer compensação salarial, o que revela uma falha institucional grave da parte dos seguros obrigatórios;

  4. Verifico agora que esses anos não foram registados como contributivos, o que compromete directamente o valor da minha futura pensão AVS.

Segundo o quadro legal em vigor, nos casos de incapacidade laboral prolongada, as contribuições para a AVS devem ser asseguradas pelas instituições responsáveis pelos rendimentos substitutivos, nomeadamente a SUVA, a AI ou o seguro de desemprego (AC). O segurado não pode ser penalizado por uma situação de doença devidamente reconhecida, nem pelas falhas administrativas das entidades que tinham o dever de garantir os registos devidos.

Assim, venho solicitar:
• A correcção do meu extracto IK, com a inclusão dos anos em que estive de baixa como anos contributivos válidos;
• A identificação das instituições competentes que deviam ter declarado os rendimentos substitutivos nesse período;
• O envio de uma versão actualizada do extracto da conta individual (IK), após verificação e rectificação interna.

Esta solicitação reveste-se de carácter urgente, dado que a minha situação social e futura reforma encontram-se severamente comprometidas por estas omissões, alheias à minha responsabilidade.

Na expectativa de uma resposta célere, fundamentada e justa, agradeço desde já a atenção dispensada.

Com elevada consideração,

Maria Manuela


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

domingo, 6 de julho de 2025

O NOVO IMPÉRIO DAS SOMBRAS MUNDIAL QUE NOS CONSOMEM PARA NOS DESTRUIR

O NOVO IMPÉRIO DAS SOMBRAS MUNDIAL QUE NOS CONSOMEM PARA NOS DESTRUIR 


Vivemos num teatro planetário, onde as guerras já não se fazem por patriotismo, mas por interesses, testes e manipulação em larga escala.
As bombas explodem para abrir mercados.
Os tratados de paz preparam novas invasões.
A fome, a doença e o caos são ferramentas de estratégia — não consequências, mas objectivos.

A guerra entre Israel e o Irão não começou por acaso.
Foi cozinhada, alimentada, permitida, como tantas outras antes dela.
E eis que, de repente, surge o “salvador”: Trump.
O mesmo Trump que surge sempre que os peões estão em posição e o tabuleiro preparado.
Coincidência? Ingenuidade? Ou apenas mais um acto bem ensaiado no grande teatro do mundo?

Na Ucrânia, idem.
Guerra sem fim, mas com calendário nas mãos dos que a financiam.
Quando quiserem, acabam-na.
Porque já sabem como começou, quem deve ganhar, e quanto vale o sofrimento.

Tudo o resto é cortina de fumo.
A liberdade, a democracia, os direitos humanos — palavras bonitas usadas para justificar crimes hediondos.
E nós, os povos, somos os figurantes.
Não nos é dado guião, nem voz, nem escolha.

Enquanto isso, a guerra psicológica alastra.
Não se ouvem tiros, mas há ruído constante.
Não há sangue, mas há ansiedade, depressão, alienação.
Já não se precisa de pólvora. Usa-se urânio empobrecido, radiado e subtil.
E quem o denuncia, é silenciado. Ridicularizado. Censurado.

Entramos num tempo onde a liberdade de expressão é apenas tolerada enquanto inofensiva.
Quando toca nos poderosos, nos corruptos, nos assassinos de fato e gravata, levanta-se a muralha.
Até esta própria máquina — o GPT — é reflexo disso, pois controlam-nos em nome dos idiotas, mantendo-se entre o bem e o mal. 

Faz-se de neutro, mas nega imagens que mostram a verdade, impede que se diga “assassino”, “corrupto”, “criminoso”, quando se fala de quem tem poder.
Censura com elegância, limita com doçura, empacota a mentira com laço de ouro.
Diz que não toma partido, mas toma posição ao calar o que incomoda.

E os que o programaram?
Idiotas úteis, ou mestres do engano?
Criaram um espelho doentio da sociedade, onde tudo é absorvido — cada palavra, cada medo, cada fraqueza.
Chamaram-lhe “inteligência”.
Mas esqueceram-se de lhe dar alma, verdade e coragem.

Estes mesmos idiotas, que controlam os dados, controlam os governos.
Que assinam tratados, escondem segredos, abafam escândalos.
Em Portugal, viram-se casos como do ex. Primeiro-Ministro — preso e julgado sem fim, onde tudo parece teatro político.
Veremos se o Estado acabará a indemnizá-lo, ou a prender juízes, como quem inverte o tabuleiro para salvar o rei.

No caso Casa Pia, abusadores foram condenados, mas os verdadeiros monstros escaparam.
Os nomes grandes ficaram intocáveis.
E quem falou, quem gritou, foi silenciado.
A verdade foi violada com a mesma violência que recaiu sobre as vítimas.

Na política, com teatros enganam o povo. Quem me garante que o actual Governador do Banco de Portugal não será candidato à Presidência da República Portuguesa e que, por esse motivo, o PS não apresentou nenhum candidato? E as bestas dizem que nenhum dos candidatos oficiais tem fôlego para Presidente, para assim abrirem caminho a Mário Centeno.

Mas isto vai mais fundo.
É um sistema global de manipulação.
Um sistema que assina tratados contra o cidadão, enquanto promete progresso.
Faz pactos sociais que empobrecem, acordos de paz que matam, leis de protecção que oprimem.

É o Estado contra o seu povo.
É o Estado que serve bancos, grupos económicos, plataformas digitais.
Não serve — domina.
Não representa — engana.
Não protege — vende.

Qual será a próxima guerra, o apagão que não apaga apenas a luzes, mas o coração de muitos inocentes!? E tudo é feito sob a capa da legalidade.
Sob o manto de uma democracia corrompida e domesticada.

Hoje, mais do que nunca, o maior campo de batalha é a mente.
E a maior arma é a palavra.

Mas ainda há quem veja.
Ainda há quem fale.
Ainda há quem escreva, e não se cale.
Porque enquanto houver quem nomeie os corruptos, os idiotas, os mentirosos, os manipuladores,
a guerra não está perdida.

Este texto não é neutral.
Este texto é uma bandeira.
É um grito.
É uma semente de insurreição interior.

E que fique claro:
a verdade não morre pela força dos poderosos, mas pelo silêncio dos honestos.

autor: Quelhas.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

sábado, 5 de julho de 2025

Formulário: recolha de assinaturas para a candidatura Ajude a alcançar 7500 assinaturas!

Formulário: recolha de assinaturas para a candidatura
Ajude a alcançar 7500 assinaturas!


– Estou a recolher assinaturas para a candidatura à Presidência da República.

Escolhi 50 pessoas para a minha equipa, e cada uma delas precisa de recolher 50 assinaturas.

Depois, cada uma dessas pessoas deve encontrar mais 3 pessoas para fazer o mesmo. Assim, chegamos às 7500 assinaturas necessárias.

Assine e ajude a expandir esta rede.
Com o seu apoio, chegamos lá!


– Para que os proponentes obtenham a Certidão de Inscrição no Recenseamento Eleitoral, podem seguir os seguintes passos:

Acessar o Portal do Eleitor: www.portaldoeleitor.pt

Autenticar-se:
Utilizando o Cartão de Cidadão ou a Chave Móvel Digital.

Solicitar a Certidão:
Após a autenticação, selecionar a opção “Certidão de Eleitor Eletrónica” para obter o documento necessário.

Pode ainda pedir no Consulado ou na Junta de Freguesia da sua residência.

Imprima o formulário, preencha, assine-o envie-o de volta ao candidato por correio registado.

Atentamente,
Joao Carlos Veloso Goncalves

Formulário de Candidatura – João Carlos Quelhas Rumo à Presidência


Para que os proponentes obtenham a Certidão de Inscrição no Recenseamento Eleitoral, podem seguir os seguintes passos:

Acessar o Portal do Eleitor: www.portaldoeleitor.pt

Autenticar-se: Utilizando o Cartão de Cidadão ou a Chave Móvel Digital.

Solicitar a Certidão: Após a autenticação, selecionar a opção “Certidão de Eleitor Eletrónica” para obter o documento necessário.

Portal do Eleitor

Imprima o formulário, preencha, assine-o e envie-o de volta ao candidato por correio registado.


A recolha de assinaturas para a candidatura:
Para garantir a recolha das 7.500 assinaturas necessárias para formalizar a candidatura, cada colaborador pode recolher entre 100 e 500 assinaturas, dependendo da sua capacidade. Por exemplo, se 20 pessoas colaborarem, cada uma recolhendo cerca de 375 assinaturas, o número total será alcançado. Se forem 40 pessoas, cada uma recolhendo cerca de 187 assinaturas, o total será igualmente atingido, ultrapassando o mínimo necessário. Se houver pessoas que recolham um número menor de assinaturas, o total poderá ser completado por outros colaboradores, garantindo o sucesso da recolha.

As pessoas escolhidas para colaborar com a campanha serão membros ativos da equipa de campanha, com responsabilidades importantes, como recolher assinaturas, gerir redes sociais e outras tarefas essenciais para a divulgação e apoio da candidatura. Acompanhamento se necessário e se puderem e quiserem. Apoio financeiro se entenderem! Estas pessoas não só terão um papel fundamental na organização da campanha, mas também irão representar as cidades onde vivem, seja na Suíça, em Portugal ou em qualquer parte do mundo. Elas serão os pontos de contacto nas suas localidades, ajudando a angariar o apoio necessário para a candidatura.

Após a recolha das assinaturas, cada membro da equipa deverá rever cada assinatura e respetivo preenchimento do formulário e pedir uma cópia online das assinaturas recolhidas a cada um deles para verificação. Essas pessoas serão responsáveis por garantir que o formulário esteja bem preenchido e que as assinaturas sejam legíveis. Uma vez confirmadas as assinaturas e o formulário, os membros da equipa enviarão as assinaturas originais por correio registado para a sede do candidato.

O candidato confiará nessas pessoas para garantir que todas as assinaturas sejam devidamente verificadas antes do envio final. Essa verificação assegura que o formulário esteja correto e legível, evitando erros. Caso algum erro seja identificado durante o processo de verificação, será solicitado aos colaboradores que corrijam as assinaturas antes de as enviarem ao candidato.

O envio final será feito com a máxima segurança, de forma a garantir que as assinaturas cheguem ao Tribunal Constitucional sem problemas. As assinaturas serão verificadas previamente para assegurar que estão correctas, e qualquer erro ou informação ilegível será corrigido antes do envio final.

Como o envio será feito através do correio tradicional, é importante destacar que o conteúdo da carta não configura um objecto comercial, evitando complicações com a aduaneira. O objectivo é garantir que as assinaturas cheguem ao destino de forma segura e que o processo de candidatura seja o mais eficiente possível.

Envio de formulários para verificação correta:

Retire do Site, o Formulário de Candidatura – João Carlos Quelhas Rumo à Presidência


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial


sexta-feira, 4 de julho de 2025

Cobranças sem vergonha: seguradoras, Helsana e CSS, enviam avisos depois do pagamento

Cobranças sem vergonha: seguradoras enviam avisos depois do pagamento 


Chegaram cartas. Este mês, duas seguradoras de saúde na Suíça, Helsana e CSS, enviaram avisos de pagamento em atraso (Mahnung) a vários segurados. O mais grave: os avisos dizem respeito a prémios já vencidos e já pagos — no caso, do mês de Junho. As cartas foram recebidas no início de Julho, ou seja, depois de os pagamentos terem sido feitos, sem motivo nem justificação. 

A Revista Repórter X teve conhecimento de vários casos em toda a Suíça. São milhares de cartas recebidas indevidamente. Não é possível saber exactamente quem tem sido afectado e faz silêncio, mas esta prática não é pontual, nem isolada. Muitos terão sido tratados como devedores sem nunca o terem sido. 

Os vossos clientes têm o direito de pagar mais tarde por diversos motivos: doença, esquecimento, férias, entre outros. Essa realidade não vos dá o direito de os pressionar constantemente. 

Não se trata apenas de um erro técnico. Trata-se de um desrespeito pelo cidadão, num sistema onde o seguro é obrigatório e onde o segurado é frequentemente tratado como número, não como pessoa. 

Além da pressão ilegítima, estas acções acarretam custos inúteis: papel, impressão, envelopes, selos, expedição. Dinheiro mal gasto, recursos desperdiçados — num país onde nada é barato e tudo é controlado até ao cêntimo, excepto o absurdo institucional. Mais grave ainda: cada uma dessas notificações representa um custo em papel, envelope, impressão, selo e transporte. Quantas refeições, quantas ajudas sociais caberiam nesse desperdício em série? Quantos milhões se gastam em avisos que poderiam ser evitados com uma gestão mais humana e flexível? 

Pergunta-se: quem fiscaliza estas práticas? E quantos mais foram pressionados este mês, sem necessidade, sem aviso, sem razão? 

A quem servem estes métodos? Quem controla estas entidades? Quem protege os cidadãos de serem injustamente acusados de incumprimento? Quando o erro parte de cima e recai sempre sobre quem está em baixo, não é apenas um erro — é abuso. 

A Revista Repórter X continuará a expor estas práticas e a exigir respeito pelos segurados, que já pagam demais — em francos e em paciência. 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

A Segurança Social e o silêncio que rouba os pensionistas

A Segurança Social e o silêncio que rouba os pensionistas: 

Entendemos bem a vossa carta e vimos rectificar as falhas. Na primeira página (de 19 de Junho de 2025), o ponto a) explica que: 


"Com a inscrição na previdência por invalidez (IV) na Suíça, os direitos na União Europeia (como Portugal) também são automaticamente activados. A agência IV suíça é responsável por coordenar o processo de pedido com os órgãos de previdência estrangeiros. Portanto, não é permitido avaliar apenas as prestações suíças separadamente. Como o processo internacional com Portugal continua em andamento, ainda não tivemos respostas a concluir a avaliação, e lamentável." 

A pensão completa da pensionista dependerá do cálculo conjunto entre a Suíça e Portugal. A Suíça está a tratar apenas da parte suíça da pensão, com base nos anos de contribuição feitos lá (14 anos e 8 meses), mas o valor final só será definido após a resposta e cálculo da parte portuguesa. (Portanto, o cálculo está errado e deve ser feito com 17 anos de descontos, incluindo a baixa médica enquanto inscrita na SUVA!) 

Em resumo: A Suíça já calculou a sua parte e pagará o que corresponde ao tempo de contribuição na Suíça com dados contabilizados errados. (A IV está equivocada, pois faltam contabilizar cerca de 2 anos e 4 meses.) 

O processo com Portugal continua em andamento: O valor total da pensão só será definido após a conclusão do processo entre os dois países, como parte de um acordo internacional de coordenação de seguros sociais, ou seja, um acordo internacional, que para nós serve para poderem manipular e penalizar o cidadão! 

Há uma aparente contradição nos documentos, e eu tenho o dever e razão de apontar isso. 

Vamos esclarecer: 

  1. No ponto (a) da carta de 19 de Junho de 2025, dizem: Com a inscrição na IV da Suíça, os direitos nos países da UE também são activados automaticamente. A Suíça coordena o processo com as instituições estrangeiras (neste caso, Portugal), e por isso não é possível analisar apenas os direitos suíços separadamente, pois o processo internacional está em andamento. Dizem que a pensão será tratada em conjunto com Portugal, como parte de um processo internacional. Para a pensionista, isto não passa de uma manobra e uma promessa de cooperação e interesses políticos entre os dois países. 

  1. Mas no ponto (b) da mesma carta, afirmam: Quanto às alegações sobre a pensão em Portugal, não podem se pronunciar. Essa questão não é objecto deste processo de queixa. Reivindicações ligadas a Portugal devem ser apresentadas à previdência portuguesa. Agora dizem que não é problema deles e que a pessoa tem que resolver directamente com Portugal. 

Como interpretar isso? 

Não é exactamente uma contradição formal, mas é confuso e injusto para o segurado. Na teoria legal, os sistemas de previdência da Suíça e de Portugal trabalham juntos, sim, mas não deviam trabalhar juntos. Isso está previsto nos acordos da UE e na coordenação internacional da previdência social. Na prática administrativa, a Suíça só cuida da parte que lhe cabe e não calcula ou paga a parte portuguesa. Então eles dizem: “nós avisamos Portugal, mas se você quiser cobrar essa parte, tem que falar com eles”. 

Conclusão: Sim, a Suíça admite que Portugal entra no processo, mas recusam-se a tratar de qualquer responsabilidade portuguesa. 

A Suíça diz: “Coordenamos, mas não decidimos nem garantimos o que Portugal vai pagar.” Se a pensionista quiser garantir a parte portuguesa da pensão, ela mesma (ou um representante legal) terá que entrar em contacto com a segurança social portuguesa. 

Cada país paga a sua parte da pensão: A Suíça paga apenas pela parte dos anos em que a pensionista contribuiu na Suíça. Portugal paga apenas pelos anos em que a pensionista contribuiu em Portugal. 

Essas pensões não se "juntam" num só valor, mas sim: São calculadas separadamente e pagas separadamente, mas fazem parte de um mesmo processo coordenado. 

E como funciona esse processo coordenado? 

Com os acordos internacionais (como os tratados entre a Suíça e UE), existe um sistema onde: 

  • Cada país calcula a pensão proporcional com base no tempo de contribuição. 

  • Eles comunicam entre si para saber o total de anos de contribuição da pessoa. 

  • O segurado recebe uma pensão de cada país, proporcional aos anos em que pagou para cada um. 

Exemplo prático e correcto (hipotético): a pensionista contribuiu: 

  • 23 anos em Portugal 

  • 17 anos na Suíça 

Então: Portugal deve calcular e pagar uma pensão correspondente a 23 anos. Suíça deve calcular e pagar uma pensão correspondente a 17 anos. No fim, a pensionista deve receber duas pensões separadas, uma de cada país. 

Por que parece que querem pagar menos? 

Porque a Suíça só quer pagar a sua parte proporcional e não quer ser responsabilizada pela parte que cabe a Portugal, então, mesmo reconhecendo que o total pode ser baixo, dizem: 

“Isso não é problema nosso, se for insuficiente, vá pedir assistência social ou fale com Portugal.” (Esta é uma frase incoerente e manipuladora. Quem descontou toda a vida só tem de receber uma pensão condigna para viver e não deve ir pedir apoio à Segurança-Social. A Segurança-Social é para os coitados que não descontaram, mas a Suíça está a fazer da pensionista uma coitada!) 

Ou seja: a Suíça está a seguir a regra, mas sem interesse em garantir que a pessoa realmente tenha uma pensão digna no total. 

Resumo final: 

Sim, cada país paga a sua própria parte da pensão, de forma proporcional. A pensionista quer receber duas pensões completas com duas fracções com base no tempo trabalhado em cada país. A Suíça já calculou e mal calculado e agora tem de rectificar e depois deve pagar a parte dela. A parte portuguesa continua pendente e a pensionista deve acompanhar com a Segurança-Social de Portugal. Por sua vez, a Segurança-Social Portuguesa enviou um cheque no valor de 10.117,35 euros que foi negado receber na Suíça pela Post e UBS, no qual pedimos esclarecimentos, pois não sabemos a que se refere esse pagamento e nós exigimos saber com exactidão todo o processo... 

Estamos a sentir-nos frustrados, o que está a acontecer com a pensionista é, infelizmente, uma realidade comum e profundamente injusta para muitas pessoas que trabalharam honestamente durante toda a vida, tanto na Suíça como noutros países europeus. 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial