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segunda-feira, 6 de abril de 2020

Um guineense de valor na Diáspora


Um guineense de valor na Diáspora
Guiné-Bissau


Neste programa, tivemos a honra de ter pela segunda vez Rogério Sampaio, um sindicalista dividido entre quatro países: Portugal, Suíça, Guiné Bissau e Brasil. Enquanto sindicalista, entre variadíssimas actividades, colaborou arduamente tanto na Federação das Associações Portuguesas, como no sindicato, na melhoria de condições das comunidades imigrantes na suíça, tendo como ponto mais relevante à introdução do acordo bilateral entre a União Europeia e a Suíça, que permitiu abolir entre muitas injustiças, o estatuto Sazonal que possibilitou a livre circulação de pessoas e o reagrupamento familiar.  Na reforma há cerca de 2 anos, pretende caso esteja criado condições para eleições Autárquicas ingressar na política. Estará disponível para concorrer a qualquer cargo, no qual possa ajudar a sua terra natal a desenvolver-se e organizar-se, contribuindo na reconstrução no seu país de origem, a Guiné Bissau. Actualmente, existem muitas querelas políticas, a ponto de não permitir o funcionamento pleno das instituições, inclusive do parlamento.

A Guiné não é um país pobre. Quem se dedicar à agricultura, não passa fome. Têm muitos recursos naturais e condições excepcionas  para o turismo. Devido a referida instabilidade política não têm sido possível atrair investidores.

Com apenas 18 anos, saiu da Guiné Bissau e rumou a Portugal com o intuito de estudar, mas acabou por ingressar na força aérea.  A sua mãe é originária da Guiné, assim como, seu pai, mas com descendentes em Cabo Verde e no Alentejo, Portugal.

Na altura do 25 de Abril, estava na Força Aérea em Angola, após regressar a Portugal, continuou a estudar e a trabalhar.

Em 1974, Portugal ainda governava a Guiné Bissau, e com a revolução dos cravos em Abril de 1974, fez-se o Acordo de Alvor, para conceder a libertação e independência das colónias, sendo a Guiné dos primeiros países a conseguir a sua independência.

Rogério refere que a parte boa disso foi acabar a guerra colonial, onde muita gente perdeu a vida. Portugal vivia num regime fascista, estando assim isolado do mundo inteiro.

Tentou regressar para a Guiné Bissau após a independência, para ajudar com os seus conhecimentos da força aérea, mas não conseguiu, devido as barreiras impostas pelo partido que assumiu a independência.

Já tinha uma vida mais ou menos estabilizada em Portugal, mas depois de casar, decidiu rumar à Suíça.
Rogério ajudou bastante que a vida dos emigrantes na Suíça melhorasse, contribuindo para obtenção de regalias que todos têm hoje.

No tempo em que Rogério Sampaio imigrou para a Suíça, há mais de 30 anos, existia a lei sazonal que tinha muitas lacunas, sendo que uma delas, era não permitir o reagrupamento familiar. Não permitia que estivessem mais de nove meses na suíça, as crianças não podiam ir com o pai, o que obrigava as famílias a estar praticamente todo o ano separadas, o que consequentemente dificultava   um projecto de vida familiar e económico.
Assim, Rogério colaborou com a Federação das Associações e a nível sindical, em diversas lutas e reivindicações que mais tarde através do Acordo bilateral entre a Suíça e a União Europeia, foi possível a livre circulação de pessoas e a consequente abolição do estatuto sazonal.



A partir daí, passou a ser possível as famílias permanecerem na Suíça durante um ano inteiro, os maridos puderam levar as esposas e os filhos, matriculá-los na escola e assim organizar-se economicamente.

Durante a sua carreira como sindicalista, ajudou e deu conselhos a muita gente, não só portugueses, mas de várias nacionalidades que viviam na Suíça e inclusivamente suíços. Na altura, a comunicação social era muito reduzida. Havia um jornal portucalense do qual Rogério foi correspondente vários anos. Mais tarde, enquanto dirigente associativo, criou o Boletim Informativo de Lenzburg, que foi publicado durante 10 anos consecutivos, com a colaboração do António Mestre, Victor Florêncio, Francisco Caeiro, Joaquim Ribeiro etc. Enquanto viveu em Lenzburg, e como Director do Clube de Lenzburg, organizou várias actividades, sendo uma delas um torneio de futebol. Fundou o rancho folclórico de Lenzburg e gaita de beiços, com a participação ativa da direcção.
Como membro diretivo da Federação das Associações Portuguesa da Zona Consular de Zürich, foi membro do Conselho do País, um organismo criado pelo estado português, como órgão de consulta para a política da emigração. Funcionava sob a égide do Sr. Embaixador de Portugal em Berna.

Toda a sua vida fez política. Na Suíça fez a política da emigração e associativa. Federação desempenhou um papel importante na melhoria da política associativa e escolar, porque o insucesso escolar das crianças portuguesas era enorme, foram necessários vários colóquios de sensibilização aos pais e as entidades escolares suíças, para que hoje possamos ver muitos portugueses em funções de destaque na sociedade suíça.
Os portugueses não eram considerados emigrantes, porque a Suíça considerava os Sazonais como convidados, pois descartavam deles quando não necessitavam.

A Integração da Federação na Comissão Federal de Estrangeiros, permitiu que conseguíssemos uma lei que alterou esse posicionamento e passamos a ser considerados emigrante. Essa mudança de posição obrigou para o projeto de integração. Antes disso, Rogério Sampaio, Manuel Mestre, Manuel Beja, Ana Maria Witzig e poucos mais, que com o seu próprio dinheiro, faziam palestras e reuniões por toda a Suíça. Após o reconhecimento da política de estrangeiros, conseguiram então concluir diversos projectos que passou a ser financiado com o fundo da Comissão Federal de Estrangeiros.

Depois de emigrar para a Suíça, pensou como poderia organizar o seu futuro. Muitos dos imigrantes por ignorância, acabam por destruir a sua reforma futura, pois levantam antecipadamente a sua pensionskasse, prejudicando assim a sua reforma. A reforma na Suíça tem como valor máximo 2.370 CHF., sendo o restante, o valor referente à pensionskasse, e caso levantem esse valor, depois vão sentir isso aquando da aposentação.
Rogério explicou o que são os três pilares na reforma: os três pilares são o sistema suíço de segurança social para a reforma. Um é o AVS que é o primeiro pilar da reforma, para o qual o trabalhador desconta 5,15% e o patrão desconta igualmente 5,15%. Esse valor acumula para a reforma e é daí que surge o valor máximo de 2.370 CHF. Regra geral, os imigrante recebem cerca de 1.900 CHF,  no máximo, porque não atingem a totalidade das contribuições, porque imigraram tarde.
Depois existe o segundo pilar, que é paritário, ou seja, cada pessoa paga uma percentagem e a entidade patronal paga outra. Passou a ser obrigatório desde 1984 e é com estes dois montantes que cada um consegue dinheiro suficiente para poder viver na Suíça após reforma. O terceiro pilar não é mais do que um seguro de vida, que cada um faz da forma que quiser, e quando se aposentam recebem esse fundo de uma vez só.
Em relação à esposa, quando os dois chegam à idade da reforma, tiram um valor à pensão do marido para dar à esposa, para de certa forma remunerar o trabalho que teve com a educação dos filhos e com o marido, a que denominam de “Splitting.” Isto também acontece caso haja divórcio.

Recentemente, passou pelo Brasil. Viajou não só para passear, mas também para resolver alguns assuntos pessoais e de negócios. Na sua viagem foi convidado a dar uma entrevista à TV Master sobre empreendedorismo e sobre o seu percurso de vida.

Na reforma tenta disfrutar da sua vida e dos seus dias como lhe apetece, mas como não gosta de estar parado, tem viajado para a Guiné, além do Brasil, para tentar fazer um investimento, para que renda para si próprio. Na Guiné, quer investir na construção e em painéis solares e também na área social, afim de ajudar os mais pobres. Com o seu investimento, também pretende dar trabalho aos jovens, criando postos de trabalho para ajudar algumas famílias.
Numa das suas idas à Guiné, levou material escolar e bolas para as escolas, e com a ajuda e promoção da Revista Repórter X, muitas pessoas contribuíram com roupas, bens e dinheiro, para ajudar os mais necessitados.
Rogério Sampaio lembra como seria útil se o associativismo ainda tivesse activo na Suíça, pois neste caso de dupla tributação, as associações poderiam ser um veículo de informação, já que as entidades portuguesa e a Embaixada a quem cabe o dever de informar não o fazem. Uma das finalidades do associativismo no nosso tempo, era esclarecer as pessoas sobre diversos assuntos.

Critica ainda o governo português e os políticos de só lembrarem dos imigrantes da Suíça quando precisam de votos. ou das suas transferências.
Neste caso, defende que o Ministério dos Negócios Estrangeiros e da imigração, deveriam ter informado e feito esclarecimento aos emigrantes, informando-os do que ia acontecer e como se deviam comportar face ao acordo de dupla tributação.

O consulado português em Zürich, fez chegar à Repórter X, um documento com a informação de que Portugal irá dar um contributo a todos os portugueses que queiram regressar ao seu país antes da reforma.

No documento que o consulado forneceu à Repórter X fala das candidaturas ao apoio ao regresso de emigrantes a Portugal, onde é citado que quem quiser voltar terá um apoio financeiro que pode chegar aos 6.536€, bem como existe um canal de informação directa para apoio a quem queira regressar. Cita ainda que haverá uma redução da tributação para 50% durante 5 anos, dos rendimentos do trabalho dependente e empresariais para quem regresse em 2019 e 2020.
Nesta entrevista falamos ainda sobre o acordo ortográfico da língua portuguesa. Este acordo foi negociado entre os vários países de expressão e língua portuguesa, assunto sobre o qual Rogério se mantém neutro.
Residente agora em Portugal, mas dividido entre Portugal, Brasil, Suíça e Guiné, pelas razões já acima referidas, o ex-sindicalista diz que, no regresso a Portugal, encontrou um país mais moderno e organizado. Apenas contesta o excesso de burocracia e dificuldade em resolver certas questões, é preciso muito tempo e muitas papeladas, como por exemplo nas finanças, segurança social entre outros, considerando que sendo um país de primeiro mundo, devia existir um sistema mais eficiente.
Rogério relata que uma das grandes armadilhas para os emigrantes é o sonho de construir uma casa em Portugal. Aconselha, por isso, que juntem o dinheiro poupado na emigração, devem colocá-lo a render ou comprarem a casa na Suíça, evitando pagar renda. Quando decidirem regressar, então sim compram uma casa em Portugal.  Quem investe na casa quando imigra, acaba por não usufruir da mesma, pois nunca sabemos quando regressamos e acabamos por perder dinheiro, pois existem contas fixas que têm que ser pagas. Quando chega a altura de regressar, muitas vezes os filhos querem ficar na Suíça, pois nasceram cá e consequentemente os pais também acabam por não voltar para Portugal, acabando por não usufruir das casas.  Aconselha a que os jovens que emigram agora e têm esse desejo, juntem o dinheiro e invistam mais tarde numa casa nova e da qual possam usufruir. Além disso, como há facilidade em conseguir crédito, as pessoas mal emigram, endividam-se logo para comprar carros e casas, sendo que o período que pensavam ficar na imigração, multiplica-se automaticamente. Depois, surgem os casamentos e os filhos, aumentando as despesas, por isso, acabam por ficar mais tempo do que aquilo que pensam.

Além desta sugestão e dos conselhos de preparação da reforma que já foram mencionados anteriormente, recomenda que todos se informem bem, nos locais certos e não ouçam o que os outros dizem, para que possam regressar com segurança e devidamente esclarecidos a Portugal.

Considera que os portugueses estão a cometer um erro em regressar em massa ao seu país, devido a dupla tributação à semelhança do que aconteceu em 1991.
Refere que a declaração dos bens que possuem em Portugal, pode não implicar necessariamente pagar mais imposto, pois até 100 mil francos estão isentos de pagamento de imposto sobre dos bens com o acréscimo de 5mil francos por cada filho. Por exemplo, quem tem uma casa no valor de 100 mil euros, não paga nenhum imposto na Suíça. por causa das casas que têm em Portugal.

Apenas poderá haver a aplicação de multas a quem tiver ocultado ao serviço de impostos nos últimos 10 anos, pois a lei Suíça de impostos obriga a declaração. O maior risco é para os burlões que solicitaram ajuda Social e ao preencherem o pedido declararam que não possuíam bens, nesses casos as consequências podem ser pesadas.
Infelizmente o nosso Governo não teve o bom senso de negociar com a Suíça o perdão para os infratores por desconhecimento.   Itália por exemplo, fez vasta campanha de esclarecimento para os seus imigrantes.
A Repórter X agradece a Rogério Sampaio a sua disponibilidade e todos os esclarecimentos prestados, e esperamos em breve que regresse para nos esclarecer sobre outros assuntos igualmente importantes.

Entrevista: Quelhas
Descrição de Vídeo: Patrícia Antunes

Rui Alves - Banda 7ª Arte


Rui Alves - Banda 7ª Arte

Aconselhamos o espectáculo de Rui Alves a solo e/ ou com a Banda 7ª Arte, com ou sem camião palco.


O Artista Rui Alves é um artista conceituado no mundo dos espectáculos, músico, compositor, professor de crianças especiais. Profissionalmente, Rui Alves é professor licenciado em Português e Francês, Mestrado em Supervisão de Professores e pós-graduado em Ensino Especial. Lecciona no ensino oficial português na área da sua especialização, desde 1994. Rui é muito conhecido nos EUA, Canadá, Austrália, França e Suíça, entre outros. Numa entrevista dada ao Repórter X, no Ticino, à correspondente Hermínia Dorici, falou nos grandes sucessos em Cassete e CD, na época em que nas feiras semanais só se ouvia Rui Alves e Quim Barreiros, artistas da moda e que hoje ainda resistem com muita popularidade, pelos artistas genuínos que são, pelas músicas populares e brejeiras. Pelas vozes inconfundíveis. Pela presença em palco. Pelo instrumento que tocam e pela voz autêntica, que acompanham nas festas e romarias.

Rui Alves, em 2018, lançou um CD “A Dança da Velhinha” com originais e uma música inédita do director da revista repórter X, escritor e autor Quelhas, “Eu sou Esquisito”. Com sucesso nos Karaokes, nas rádios e até na TV, tema que deu no jornal das 8 na TVI, numa peça com o Presidente da República Portuguesa.

Em 2019, lança mais um CD (Cacofonias). Todo o trabalho foi efectuado no estúdio pessoal do artista, que foi dando largas à sua criatividade, durante cerca de 6 meses, para compor as letras e arranjos musicais. No CD é inconfundível o género que diferencia este artista, os ritmos, as palavras, a crítica social e o humor intrínseco à vasta obra de Rui Alves, que conta com mais de 800 temas registados na Sociedade Portuguesa de Autores.

Rui Alves edita na Discotoni e desta feita numa parceria com a Repórter X Editora, está a musicar 10 LETRAS do Quelhas, registadas na Sociedade Portuguesa de Autores, para dois artistas, um em Zurique, Suíça e outro em Paris, França, a nomear brevemente na revista, e em que irão apresentar os trabalhos na 8° Gala da Revista Repórter X, onde o artista se fará representar pela 5° vez. Parabéns, Rui Alves.

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Desrespeito

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Desrespeito

Algumas pessoas não respondem às suas mensagens, porque simplesmente não querem responder. Porque estão sempre ocupadas. Não gostam de despender o tempo necessário. Algumas pessoas não te respeitam, nem te consideram, ou não respondem às tuas mensagens, por vários factores que envolvem apelo emocional; mágoa, constrangimento, indignação e outros sentimentos desagradáveis que seriam reanimados se dessem cabo à conversa. Algumas pessoas são simplesmente rudes. São idiotas. São invejosas. São estúpidas. As pessoas podem esquecer-se de responder, ou estarem concentradas noutras tarefas, ou então envolvidas noutra distracção. Não respondem às mensagens, porque isso aumenta o seu sentido de importância (ego) no interior do tempo em que a sua atenção é solicitada, mas perdendo os outros com isso. Há pessoas que não respondem às mensagens, porque talvez isso afecte o seu ego de maneira negativa, o não cumprimento entre partes, etc. Muitas vezes não respondem às mensagens, porque estão a ser bombardeadas com inúmeras outras mensagens. Não respondem às mensagens porque a bateria acabou, ou está na iminência de acabar (na maioria das vezes isso é usado como desculpa de mau pagador). Pessoas mais velhas não respondem às mensagens, pois não têm capacidade e são lentas. Finalmente, algumas pessoas não respondem às mensagens pois realmente não gostam de você. Pessoas que pensam ser melhores que você. Há pessoas que não respondem por simplesmente terem um dever perante Você e que não convém responder. Tem uma dívida para consigo e ignora, porque é ignorante. Não tem interesse de resolver, seja o que for. O Ignorante nunca responde. Uma pessoa justa e correcta deve responder sempre, mais cedo ou mais tarde, dar uma satisfação de sim ou sopas, pois a mensagem fica guardada no seu dispositivo electrónico. Às vezes respondem-te nas Redes sociais, quando é para deitar abaixo, mas quando se trata de uma coisa boa estão quietas. O castigo será feito a quem o merece, Deus é grande.

Agência César´s


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Agência César´s
com António Fonseca

O empresário André Lopes é, há 3 anos, o gerente da Agência César’s AG, uma empresa fundada há 25 anos (1994). Com escritórios em Basel e em Zurique, consegue satisfazer a comunidade lusa (80% dos seus clientes são portugueses), oferecendo soluções em viagens, seguros, créditos, imobiliária, rent-a-car, entre outros serviços.
A Agência César’s conta com uma equipa de profissionais para servir os clientes, de acordo com as suas necessidades.
“Fazemos reservas de voos para o mundo inteiro, cruzeiros, viagens de autocarro e pacotes de viagens, aluguer de carros, bem como seguros e créditos privados. Também ajudamos os clientes no preenchimento de todos os documentos relativos aos impostos, entre outros serviços relacionados com burocracias.”
André Lopes trabalha essencialmente na área do apoio financeiro. O gerente da empresa é especialista em aconselhar o melhor empréstimo de acordo com o projeto que o cliente tem em mente e/ou precisa realizar.
A Tânia Gessler é especialista em viagens para países tropicais. Aconselha os clientes nas suas viagens, sem compromisso, para que possam viajar com mais confiança e disfrutar ao máximo.
Brasil e Dubai são as escolhas mais frequentes, bem como Israel, local para o qual realizamos pacotes anuais (ainda há vagas para a próxima viagem que se irá realizar entre os dias 14 e 22 de maio de 2020).
A Verena Magalhães é especialista em ajudar os clientes a encontrar o local, de acordo com o tipo de viagem que procuram. Diariamente faz reservas de viagens para Portugal, Brasil e pacotes de viagens, bem como imensos cruzeiros que são muito procurados actualmente. Os cruzeiros pedidos são essencialmente ao longo do mediterrâneo, mas também outros cruzeiros de sonho.
“Trabalhamos com todas as companhias aéreas, tendo facilidade em ajudar os clientes a deslocar-se até ao destino pretendido a um preço bastante económico.”
António Fonseca é colaborador da agência em Zürich há 12 anos, e tem como colegas a Natacha Osovschi, a Maria João Antunes e o Jorge Rodrigues.
A Maria João Antunes é a gerente do departamento de viagens da Agência César’s com uma vasta experiência em ajudar o cliente a encontrar o seu destino de férias ideal.
Natacha Osovschi é especialista em organizar viagens culturais ou de aventura. Está preparada para aconselhar os clientes e fazer reserva de viagens de aventura e turismo.
António Fonseca trabalha essencialmente na área dos créditos privados e seguros em todos os ramos. Os créditos pessoais são os mais requisitados, sendo que podem ser para trabalhadores por conta de outrem e também empresários. Também fazem créditos para empresas, embora sejam menos solicitados. António Fonseca esclarece que qualquer pessoa assalariada, que não esteja de baixa ou desempregada, pode ter acesso ao crédito. Os créditos são muito procurados, porque além dos clientes poderem adquirir bens de forma mais cómoda, poderão deduzir esse valor nos impostos ao fim do ano. Ajudam também os portugueses a adquirir casa em Portugal, tratando de todo o processo.
Todos eles trabalham diariamente não só com o objetivo de bem servir o cliente, mas também melhorar gradualmente os serviços prestados e fazer com que a empresa possa responder sempre da forma mais eficaz possível às necessidades dos clientes.
A Agência César’s foi a primeira empresa a publicitar na Revista Repórter X e, por isso, juntos desejamos a todos os clientes e leitores Festas Felizes.

 Foto: Quelhas
Reportagem: Quelhas
Artigo: Patrícia Antunes


sábado, 4 de abril de 2020

Artesanato pelas mãos de ouro do artesão Alfredo Teixeira, desde o Cantão do Ticino


Artesanato pelas mãos de ouro do artesão
Alfredo Teixeira, desde o Cantão do Ticino


Alfredo Teixeira, consegue fazer de um pedaço de qualquer “toco”, qualquer objecto; desde um barco a qualquer outro objecto destes em madeira, até instrumentos de música; basta pensá-los e realizá-los.

Temos de amar muito o que fazemos, ter muita paciência, cultura e paixão; tudo isto, que está aqui feito e produzido, leva muito tempo para fazer, e muitas vezes tenho de fazer e desfazer, pois como são miniaturas torna-se bem mais difícil fazer estes trabalhos, dai ser necessário ter mesmo muita paciência e também ter alguma sabedoria e conhecimento sobre aquilo que se está a fazer! Por essa razão, estas coisas mais pequeninas requerem mais cuidados, pois são ainda mais difíceis de trabalhar! Quanto mais pequenas forem as peças, mais difícil se torna de as manusear; por isso mesmo é preciso muita paciência e muita paixão. Por isso, como eu disse logo no início, é preciso ter cultura, conhecimento e paixão, para transformar estas coisas em pequenas obras de arte.

Considero as minhas obras de arte uma tradição popular, coisa rara para as nossas comunidades que pensam sobretudo que a tradição fora de Portugal seja apenas o folclore ou uma bandeira, mas Portugal não têm só o folclore e uma bandeira para mostrar na emigração!

Exibir a bandeira, com 5 Quinas, representa o símbolo nacional da República Portuguesa. O folclore é muito bonito, mas claramente que nada tem a ver com arte braçal que eu trabalho, pois isto que eu faço requer um pouco de conhecimento histórico, cultural e tradicional.

A Nave dos Descobrimentos faz parte da história de Portugal, eu até diria a parte mais importante da nossa história, pois é a parte dos Descobrimentos; esta é a Nave São Gabriel, que foi usada por Vasco da Gama para o Caminho da India, em 1497-1499, e depois por Pedro Álvares Cabral, em 1500, para a descoberta do Brasil. Esta Nave levou-me entre os 7 e os 9 meses de tempo para a construir. Esta era a Nave Capitania da Frota Portuguesa, dos anos 1500-1600; é uma Nave símbolo da história Portuguesa da época dos Descobrimentos, uma das épocas mais brilhantes, e heróicas da história Portuguesa. A história dos descobrimentos e da Navegação é um motivo de grande orgulho para Portugal, e para mim é uma honra e um orgulho poder relembrar, com as minhas obras e as minhas reproduções, estes eventos históricos vividos pela nossa Nação; esta Nave, para mim, é uma das obras mais importantes que fiz e da qual tenho muito orgulho, porque relembrar os Descobrimentos e os nossos grandes Heróis, com estas miniaturas, é uma honra, pois é uma das partes mais importantes da história de Portugal.
Não podemos esquecer a grande potência que era Portugal, nos anos 1500 e durante todos os Descobrimentos; esta Nave é, sem dúvida para mim, a obra mais importante de todas as que fiz até agora, e gostaria que através destas minhas obras, em miniatura, pudesse dar conhecimento aos Portugueses de quanto foi grande a nossa nação, quanto é rica e importante a nossa história. Na realidade, Portugal foi uma grandíssima Nação; isto é a nossa memória, que nem todos conhecem, mas que seria bom todos viessem a conhecer e orgulharem-se pelas nossas raízes, pelo nosso passado de grandes navegantes. Eu, com estas miniaturas, gostaria também de transmitir essa parte histórica, a todos.

 Quando falo, faço-o com grande orgulho Lusitano, com toda a honra de ser português e de fazer parte de um passado tão rico de história.

Hoje, em dia, há esta falta de patriotismo, que é comum nas novas gerações, mas que deviam ter, por tudo o que foi o povo Português, por todas as conquistas e todas as batalhas vencidas; só podemos ter orgulho do nosso passado e da nossa história, o grande orgulho de Portugal!

Todas as minhas criações, onde reproduzo partes da nossa história e tradições, são realizadas sobretudo durante as horas nocturnas, depois de jantar, em que venho passar muitas horas do meu tempo, dedicando- me a estas miniaturas, com muita emoção e que me fazem reviver muita historia e tradição, como já frisei antes. Sempre que posso, isto já faz parte do meu dia-a-dia; tudo isto está enraizado dentro de mim, toca-me profundamente, e seria muito bom se isto acontecesse com mais conterrâneos. Matando assim as saudades, e trazendo Portugal até nós, enquanto não podemos ir até Portugal, é o meu orgulho; até tenho uma certa vaidade, em poder exprimir o amor pelo meu país, desta forma muito especial, pois a nossa história é grandiosa e eu sinto isso, de alma-e-coração.

Não me foi possível continuar os estudos depois da escola secundária e, como muitos, tive de emigrar, mas desta forma encontrei a maneira de poder enriquecer o meu conhecimento, quer seja histórico ou cultural, e tento fazer algo que fique e transmita o que faço, para enriquecer as novas gerações. A este país de acolhimento, que é a Suíça, se tivesse continuado os meus estudos, creio que teria feito a divulgação histórica cultural de Portugal, tenho muito orgulho na bandeira Portuguesa, dos Açores e da Madeira. Tento representar no meu pequeno atelier toda a história Lusitana.

Sempre transmito aos meus filhos, os meus trabalhos d´arte; eu sou casado há 27 anos, com uma Italiana; sou feliz e realizado, pelo que sinto-me muito contente. Os meus filhos estão crescendo e, como estamos a viver na Suíça, também com uma cultura Italiana,transmitida pela mãe, eu continuo a transmitir aos meus filhos a cultura Lusitana. Os meus filhos são jovens do presente e do futuro, mas não deixam de ter conhecimento do passado e das raízes dos seus pais, pelo que posso dizer estar bem satisfeito, porque eles começam a interagir com estas realidades multiculturais, que até são uma mais-valia, para a cultura mista. Estou muito contente, pois esta multicularidade enriquecedora faz com que, por exemplo, o meu filho mostre um grande interesse por todas estas obras que faço.

Também posso dizer que eu e o meu filho somos membros de um grupo de folclore, aqui em Lugano; neste momento, é o meu filho que deseja continuar esta tradição do folclore, e claro que eu o apoio, mas se eu tivesse que fazer uma escolha entre o folclore e aquilo que eu faço, certamente que escolheria o que faço. Mas estou satisfeito, porque acompanho o meu filho, que também desta forma mostra o seu interesse pelas tradições e cultura da nossa terra.

Também tento transmitir, aos meus filhos, tudo o que faz parte das nossas tradições e cultura, e vejo muito interesse neles, pois fazem perguntas, querem conhecer e saber, embora que vivendo aqui, onde as tradições e a cultura são diferentes, possa parecer estranho, mas para os jovens isso só pode ser uma mais-valia, ficando com conhecimentos multi-culturais.
Nunca me passou pela cabeça pôr as minhas peças de arte à venda; estas coisas são para mim; até as posso emprestar, expor, mas vender não! Isso nunca, eu sinto estas minhas peças, estas miniaturas, como se fizessem parte de mim.
  
Sendo eu português e a minha esposa Italiana, vivendo aqui na Suíça, há aqui certamente uma mistura de culturas, e sim é verdade que casais, onde os dois sejam Portugueses, não conseguem transmitir aos próprios filhos o que estou conseguindo eu, não obstante esta multi-culturalidade, e sim isso para mim é um grande orgulho! Pois eu que represento Portugal, e vivo com a minha cara-metade de outra nacionalidade, a viver noutro país, consigo fazer e transmitir o que uma grande parte dos Portugueses não consegue! Com isto, não faço críticas, mas é a realidade.
  

Adaptação/Fotos; Hermínia Dorici






As fraquezas de Cabo-Verde e a ignorância de sucessivos Governos, na voz de uma adolescente


As fraquezas de Cabo-Verde e a ignorância de sucessivos Governos, na voz de uma adolescente

Chamo-me Geovânia Marilda Semedo Mendes, Filha de Martina Lopes Semedo Mendes e de Domingos Ramos Mendes. Tenho 18 anos de idade. Sou cabo-verdiana, vivo na Cidade da Praia.

Em 09/05/2016, faleceu o meu Pai; sofri muito porque éramos muito amigos, ele sofria da doença Hanseníase e usava muito álcool. “A Hanseníase, conhecida antigamente como Lepra, é uma doença crónica, transmissível e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos com capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.” A família Semedo sofreu essas represálias.

Os sinais e sintomas mais frequentes da Hanseníase ou Lepra são muitos; devem pesquisar na Internet para se inteirarem dos factos, caso tenha interesse!

Geovânia Marilda e seu Irmão, únicos infectados pelo seu Pai, estiveram em tratamento durante um ano, mas ainda não sabem o resultado final, porque fica caro aos bolsos da família Semedo fazerem essas análises. Embora o tratamento tivesse sido grátis, não se percebe porque as análises também não são grátis! Pois, confessa a pequena Marilda, que as Análises não podem ser grátis, porque as análises têm de ser feitas em Clínicas e enviadas para Portugal (tudo comercial, até a saúde). Como a crise em Áfricas é tremenda, com Governos suicidas, com interesses próprios, como tantas vezes vemos nos telejornais, o que custava pagar 95 Euros cada Análise para cada pessoa cabo-verdiana saber se continuam infectada ou não, com risco de morrer cedo e ou ter uma infecção transmissível! O pior de tudo é que Lisboa aceitou o tratamento e Cabo-Verde rejeitou simplesmente, porque dizem que a doença podia ser tratada em território nacional, mas Marilda diz que em Lisboa era mais confiante e já saberiam o resultado final que tanto esperam.

(a Geovânia Marilda Semedo Mendes apela a que possam pagar directamente as duas Análises para se certificarem da patologia da sua doença e se devem estar descansados ou voltar a fazer tratamento, uma vez a menina já não tem manchas, mas o menino ainda tem algumas manchas)

“O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza o tratamento e acompanhamento da doença em unidades básicas de saúde e em referências. O tratamento da doença é realizado com a Poliquimioterapia (PQT), uma associação de anti-microbianos, recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).”

A Geovânia Marilda Diz; somos 6 Filhos (quatro rapaz e duas meninas).

Depois da morte do meu Pai, a família já não existia mais, somente Irmãos e a minha Mãe, tivemos que desistir da escola por causa de condições financeiras, que pena não é! O meu sonho era ser Advogada ou ter o meu próprio salão de beleza, mas infelizmente não é possível.

No ano 2018 descobriram-nos, a mim e ao meu Irmão a Hanseníase/ Lepra na pele, tal como teve o meu Pai, mas disseram-nos que éramos jovens e que íamos ser tratados rapidamente, porque somos jovens. Tivemos um Ano de tratamento, e isso complicou com os meus estudos, porque o medicamento era forte e eu esquecia de todas as coisas e ficava nervosa.

A minha Mãe era sozinha a criar todos os filhos e ainda tinha problemas de saúde; eu ficava triste por causa do sofrimento dela e resolvi desistir da escola e trabalhar, para ajudar na casa.
Mais aqui, em Cabo-Verde, o trabalho não é muito, ainda mais para uma menina menor de idade, naquela altura, e agora com 18 anos de idade e ainda com problema de saúde não é! Nós em Cabo-Verde estamos abandonados pelo Governo à nossa mercê; não há grandes possibilidades de emprego. A agricultura ajuda, mas é uma pequena fasquia; onde está a chuva, exclama Marilda!? As ilhas de Cabo-Verde têm o clima desértico. A temperatura durante o dia é muito quente, já à noite poderá ser fria. A chuva aqui é escassa e, por esse motivo, a agricultura também é uma crise por falta de rega; se não fosse a temperatura, grande parte dos cabo-verdianos não passavam fome de cão.

Em Cabo-Verde, o turismo tem sido um dos sectores de foco para o novo Governo, como forma de promover o desenvolvimento do País. Realizaram-se uma série de actividades na Cidade da Praia, presididas pelo Governo que tem mencionado as FRAQUEZAS que o País tem de eliminar para que o sector se possa desenvolver.

A Pequena Marilda reflecte que tem o mar como uma grande fonte para o Turismo e está mal explorado!

As Principais Oportunidade de negócios são; Hotéis, Resorts e Similares, Transporte aéreo “Low cost”, MICE, Turismo rural e Ecoturismo, Turismo de Cruzeiros, Desportos náuticos, Tracking, Turismo de Saúde, Cultura de Rua, Cultura geral e, a acrescentar, as vendas nas lojas e ambulantes disparavam para o sustento de qualquer família ter uma boa qualidade de vida, mas está tudo morto. Moribundo. Tudo, devemos a “As fraquezas de Cabo-Verde e a ignorância de sucessivos Governos”

“Chamo-me Geovânia Marilda Semedo Mendes, Filha de Martina Lopes Semedo Mendes e de Domingos Ramos Mendes. Tenho 18 anos de idade. Sou cabo-verdiana, vivo na Cidade da Praia.”


A Geovânia Marilda disse à repórter X: “Eu já dormi na rua, passei fome, mas mesmo assim não desisto.”
Nós quisemos saber o porquê e claramente tentámos que tudo fluísse normalmente, mas apercebi que nem tudo estava a ser contado com vergonha! É evidente que a Marilda tem sentimentos e auto-estima, em que lhe dei os parabéns pela coragem de se expor; penso que muito lutadora e muito inteligente; basta ler o texto escrito pela própria, escreve bem e é observadora.

Então, a pequena Marilda disse o seguinte:
Eu arrumei um namorado, e sofri muito por causa dele, porque ele não trabalhava e só dormia e comia e não se importava se eu comia ou não; ele queria apenas ter aproveitamento sexual de mim. Cheia disto, um dia brigámos e tive que dormir na rua; não queria que a minha mãe soubesse disso!
Eu faço tudo por minha mãe e não a queria chatear, porque foi o caminho que eu escolhi.
Eu também fui muito enganada pelo sistema, porque eu estava iludida para ganhar dinheiro para comermos em família, ter uma vida digna e sem fome. Ganhava 50 Euros por mês num Bar, senti-me muito cansada e explorada a trabalhar de sol a sol e não dava para comermos; pelo que desisti. Pai falecido, Mãe doente, irmão doente, eu própria com a Lepra, que felizmente foi curada. Muitos irmãos. Terras secas com agricultura reduzida. Pouco turismo. É claro que as dificuldades aumentaram, a qualidade de vida em Cabo-Verde é miserável. Poucos vivem bem, a maioria vive o dia-a-dia com dificuldades. Eu, desta altura, sinto-me muito triste por não poder ajudar a minha família, não há emprego. De momento, faço umas tranças a algumas pessoas que têm uma qualidade de vida melhor, que trabalham! As pessoas que têm emprego devem venerá-lo.

Palavra puxa palavra, depois de a Marilda contar um pouco da sua vida, foi ganhando confiança e com calma perguntei sobre a Internet:

Sabes, João, havia amigos do Facebook que me faziam propostas para enviar fotos nuas e que em troca me enviariam dinheiro, e eu acreditava e fazia isso, fazia para ter dinheiro para comer, para ter dinheiro para ajudar a minha Mãe! Nunca recebi dinheiro, deixei de confiar e nunca mais mandei fotos!

Tive de perguntar se fazia sexo virtual; negou.
Perguntei se fazia prostituição de rua; negou.

Bem, quem sou eu para julgar a Marilda, apenas queria saber a vida dos cabo-verdianos! Falou talvez na terceira pessoa do singular e noutras meninas e meninos, homens e mulheres. Eu sabia bem que as meninas africanas, quando ligam muitas vezes a Câmara, mostram logo o rabo a abanar, ao estilo cabo-verdiano ou ritmo africano, fazendo jogo de cintura e é claro que a ideia é seduzir para que recebam algum valor para comprar bens, falo de meninas mais experientes em relação à Marilda; meninas que vestem bem, pintam-se, passeiam, estudam. O lema é pedir dinheiro para alguns pequenos luxos do dia-a-dia, para andarem bonitas (já são bonitas), para um telemóvel melhor, com boa câmara, para saldo do mesmo, para computador, para trabalhos de escola, um pouco à imagem que todos sabemos, ter o que desejamos. Daí advém o sexo virtual, mas fazem uma vez, tal como a Marilda diz fazer com as fotos de nus; assim não serão enganadas pela promessa de não receberem pela sua exposição; a primeira vez é grátis, para fascinar, digamos.
Quando pedi à Marilda para falar de meninas e não dela, ficou aliviada:
Confessa que a grande causa da prostituição em Cabo-Verde é a Internet, aliada à necessidade de sobrevivência e à pobreza extrema e a alguns luxos que podem obter disso.

Aqui, em Cabo Verde, existem muitas meninas menores de idade que já estão com filhos e passam por muitas dificuldades. Os rapazes só querem sexo! Por isso, digo que não devem fazer isso, porque colocar uma criança no mundo para sofrer não é justo.
  
E os rapazes só querem fazer as meninas sofrer e colocar bebé na barriga e ir à procura de outras, quantas mais melhores, depois têm filhos em todas elas e não assumem nenhum; assim está o estado da Nação.

É triste ter filho e o filho ver os Pais separados por causa de um bebé não planeado.
Muitos e muitos meninos e meninas estão sem escola como eu, por vários motivos; no meu caso por doença a seguir da pobreza, e em que me dizem; sem escola como vai ser o vosso futuro?
Como vamos comer o que queremos?
Os nossos sonhos vão para o lixo, não é?
Nunca é tarde para recomeçar uma nova vida; por isso temos tempo para ter filho, para ter um amor, para ter o nosso futuro; mas, para tudo isso, é preciso estudar.

A prostituição vem daqui; quando não temos condições de ter filhos, um dia vamos ter e ainda dizem o "pão é Deus quem dá"; como Deus vai dar trabalho se para ter trabalho é preciso que estudamos não é? O futuro passa por termos certificados; aqui, a terra sem chuva não nos alimenta, senão vivíamos da agricultura e criávamos animais.
E os nossos filhos crescem com necessidades; vejam amigos, como funciona sem ter um Pai e uma Mãe com condições mínimas de sobrevivência digna de um ser humano?
E quando tem idade de ir p’rá escola não tem condições de pagar estudos?
E isso leva a pessoa a fazer prostituição para ajudar a família não é?

E o Governo não quer nem saber das necessidades dos outros, das crianças que estão na rua a beber e a usar drogas. Há Pais a alimentar os bebés com álcool, em vez de leite, para enganar a fome. Agora vejam se é ou não quase obrigatório prostituir?
É assim a sociedade cabo-verdiana, que vai complicando todos os dias. Tens de sobreviver; o contrário é a morte com doenças e sem defesas de proteínas.

E qual é o exemplo dos Pais que têm filhos menor de idade e sem condições?
É a mesma coisa que anda a acontecer com os filhos. Prostituição!

Vou-me perguntando a mim mesma; a prostituição vai aumentando por causa de ilusão, quer ter boa roupa, bom sapato e um bom perfume?
Será que não pode ter isso sem a prostituição?
Hoje em dia está difícil não é?
E o aborto vai aumentando, cada dia mais por causa de sexo desprevenido.

Para terminar, daqui desta história dá perfeitamente para pensar que muita menina vem para a Europa ao engano e cai na prostituição, principalmente nos países em que a Prostituição é livre, como na Suíça.

Agradecia à Marilda por todo o seu esforço e disse que a compensaria com um pequeno valor, Respondeu; “Se espero por esse dinheiro para comer morro de fome!”

Senti-me mal várias vezes pelo testemunho escrito sobre estas notas, mas este último deu-me uma volta tão GRANDE à barriga que vou pegar uma das primeiras frases e vou aqui deixar o testemunho repetido sobre a doença que sofreram com a Lepra.

(a Geovânia Marilda Semedo Mendes apela a que possam pagar directamente as duas Análises para se certificarem da patologia da sua doença e se devem estar descansados ou voltar a fazer tratamento, uma vez que a menina já não tem manchas, mas o menino ainda tem algumas manchas).

Como se aperceberam, está aqui um texto genuíno a falar das fraquezas de Cabo-Verde e a ignorância de sucessivos Governos, na voz de uma adolescente, na fome extrema, na droga, na prostituição, no aborto, no abuso, no poder e na fraqueza de um ser humano que teve o azar de nascer no sítio errado dependendo da sua cor, politica ou religião e que inocentemente, embora escreva bem, conta algo que muitos europeus nem lhe passa pela cabeça, em que pedem uma mísera ajuda para fazerem análises, para saberem se os dois irmãos estão completamente curados da Lepra!

- Eu vou pedir ajuda a todos vocês para esta família, através da conta Repórter X, e assim controlar despesas; caso enviem pequenos donativos enviarei para a conta da Mãe da pequena Marilda, mostrando prova de recebimento como de envio, que assim seja e aguardo que possam ajudar com valores pequenos, pois se muitos o fizerem pode dar mais valor. Obrigado.

Revista Repórter X

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