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sábado, 4 de fevereiro de 2017

À memória dos jogadores Chapecoense


À memória dos jogadores Chapecoense

Marca-se o destino e no destino embarcamos.

Em memória dos jogadores Chapecoense, acompanhantes, família e amigos.

Os dias correm a favor do tempo, do tempo que não espera.

Passamos o dia-a-dia a pensar no que o futuro nos reserva. Costumamos dizer que a vida são dois dias e é bem certo, a vida é tão curta desde quando embarcamos nesta viagem até à morte, como um piscar de olhos…

Neste caso, vou falar de outra viagem, uma viagem ainda mais curta, daquelas que muitas vezes temos a oportunidade de realizar numa das paragens que fazemos durante a nossa vida, viajar no ar, nas nuvens, mais perto da Lua e do Sol.

Falo de uma viagem que nos permite subir pelo ar, percorrer o Céu, chegar perto do que quando em terra nos parece ser o limite e nos transmite a tranquilidade. Passamos para cima das nuvens e ultrapassamos a turbulência.

Conseguimos chegar mais alto e mais além, onde nem os pássaros voam, onde a temperatura é mais fria, onde tudo parece puro, não fossem as nuvens brancas ou não se avistassem muitas vezes à mistura serras ou alpes cobertos de neve gélida. Somos muitas vezes ainda presenteados com o contraste verde da natureza e o azul do Céu.

Era bom que não fosse um avião mas sim um pássaro gigante a sobrevoar o céu, levando humanos sobre as suas costas para poderem sentir a brisa em seus rostos.

“Voar é muito mais do que flutuar sobre a terra, é sentir a leveza da vida, a suavidade da brisa, o valor da liberdade, o brilho da magia. Voar é abrir as asas da alma, ligar os motores do coração, navegar com intuição e coragem e ir em direção ao amor dentro de si, desvendando a verdadeira essência de quem somos.”

Este tipo de viagem é sem sombra de dúvidas mais segura, mesmo que se diga que gostamos de estar com os pés bem assentes na terra, existem muitas diferenças entre seguir pelo ar e ou pelo asfalto, viagem esta que vitima tanta gente.

Embarcamos já com o anseio de aterrar subtilmente e soltar uma salva de palmas de agradecimento pela viagem.

E assim seguimos a viagem da vida, caminhamos para o futuro que nos espera, tal como quando nascemos até à morte, embalados num sonho e num acreditar, vivendo na esperança de dias melhores.

Vamos ser felizes e gozar a vida da melhor maneira, pois em breve vamos aterrar nesta viagem.


Artigo: Quelhas na revista Repórter X
Revisão: Patrícia Antunes

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