Filhos da mesma terra:
Viemos ao mundo nus de certezas,
trazidos pelo sopro antigo da criação.
A Terra, casa de chão fértil e mares vivos,
estende-nos os braços sem pedir nada em troca.
Temos o direito de colher o seu perfume,
de beber das fontes que murmurem paz,
de caminhar sob árvores que nos acolhem
como mães que não escolhem filhos.
Mas também temos o dever de respeito:
de ouvir o vento quando ele protesta,
de proteger o voo frágil de quem partilha o céu,
de abraçar a diferença que cada rosto traz.
Porque a natureza não divide,
os animais não julgam,
e a cor da pele é apenas um verso
na poesia maior da humanidade.
Que sejamos guardiões e não senhores,
companheiros e não donos,
para que este belo planeta
continue a ser casa
de todos os que nele respiram.
Chefe, José Maria Ramada
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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