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domingo, 9 de outubro de 2022

Ele, no Alentejo litoral (estórias)

Ele, no Alentejo litoral

 


Absorto, caminhava por entre escombros, pontapeava torrões de terra, bocados de adobe, argamassa projetada pelo furor do fogo.

Era jovem, pensamento a voar para outros mundos, onde seus passos seguros pudessem ir, libertos do medo;

Sonhava; os verdes anos davam-lhe coragem - não podia continuar ali, até que seus pés voassem pelos ares, ou uma bala certeira o arrancasse à vida.

Agora, caminhava entre o verde, numa vida não totalmente sonhada, mas a si ainda chegavam ecos dos disparos sequenciados.

Correram dias, quantos? Olhava-se, como se duvidasse que a seiva da vida pulsasse ainda nas suas veias.

Lá longe, para lá do deserto, onde nascera, ficaram os que amava, os seus.

Talvez, um dia, os mundos se cruzassem, e voltasse a abraçá-los.

Ali, passava os dias, do nascer ao por-do-sol, num mundo de plástico feito, um mundo quase do tamanho daquele mar-cemitério que atravessara numa casca de noz, durante um tempo que lhe pareceu infinito, até avistar o amarelo do areal.

Vivia naquele mar de transparências, um sem-fim de flores e frutos…; gostava do verde das plantas salpicado de pintas vermelhas, pretas e por vezes de um amarelo ou branco cativante.

Ele arrancava ervas daninhas, ou borrifava com líquidos de afastar insectos.

Certos dias, dava por si a falar com elas, quando os seus companheiros de labuta não se avistavam, dizia-lhe coisas lindas, como gostava delas, dos seus aromas, das suas cores.

Contava-lhes que na sua terra já não se avistava o verde das árvores ou plantas, e muito menos os frutos, porque os homens destruíram a vida, e consigo levaram o verde e a paz.

Lá, de onde veio, dominavam as bombas, as metralhadoras e as minas; as ruas eram um buraco sem fim, o casario, desfigurado, esventrado, fachadas ornadas de balas esculpidas nas paredes, como se de um desenho disforme se tratasse.

Elas, sem voz que ele entendesse, pareciam oferecer-lhe um sorriso sereno, qual ternurento abraço!

Depois lá ia, e docemente colhia, fruto a fruto, enchia e carregava caixas, para lugar onde o veículo as apanhasse e levasse ao seu destino.

E assim vivia, naquele vale esquecido dos deuses, um mar de plástico que não vislumbrava o fim, a cobrir um mar de verde, onde ele, e tantos mais, numa quase doente monotonia, gastavam os dias.

Quando o sol se esconde no horizonte, agarra o muito amachucado saco de plástico azul, um naco de pão e azeitonas lá no fundo, e tal como outros, quais servos da gleba, vergados, vagarosamente deixam o espaço do dia, em direcção à aldeia, no espaço da noite, carregados, qual monte de lenha, numa velha e barulhenta camioneta, cujo roncar deixa atrás de si, uma espessa nuvem de fumo negro, que tudo escurece, por onde passam.

Aos poucos, aprendera um pouco da língua, mas até sem ela sentia e sofria a dor da animosidade, que o seu rosto tisnado provocava nos naturais.

Fora tão difícil conseguir onde dormir! Nem a sua juventude, nem o seu corpo esbelto quebraram as barreiras da desconfiança.

Por vezes, deitado sobre a enxerga velha, o pensamento levava-o longe, para lá de todos aqueles países que atravessara, nem sabia quantos, nem o nome.

Então, no seu rosto nascia um sorriso; sentia-se em casa, antes da guerra, no aconchego do seu quarto com fofa e limpa cama, os aromas a chegarem da cozinha, onde as mulheres se afadigavam com a primeira refeição do dia, inebriantes!

Adormecia lentamente, tranquilo, mas na sua cabeça bailava a conversa de uma idosa senhora que, sentada a um canto da mercearia, lhe dissera – olha moço, eu também tenho uma filha e netos no estrangeiro, foram há muitos anos, cá não se ganhava nada.

Contaram-lhe depois que, nesta terra, houve um ditador, e a escuridão também rondava por aqui.

As balas, iam os jovens dispará-las lá longe, contra outros, nas suas terras.

Aprenderam a cor do medo, e a desconfiar dos negros, que eram para matar, e quem não queria matar ou morrer, emigrava, na noite escura, a salto por montes e vales, para atravessar Espanha, e encontrar a salvação, nos campos, na construção, e dormir num bidon perto das grandes cidades; mas, também eles, longe da polícia política e das balas.

Sonhos, pensamentos, tantos, por ali a voar; não entendia a rejeição. Se soubessem o terror da travessia daquele mar, onde tantos ficaram, ele, um menino ainda, sofreu o frio do deserto, numa caravana de jovens, mulheres e crianças coladas ao ventre das mães; ele, que deixara a família sem nada, tudo para o angariador, para aquela viagem, ele que não queria matar, nem morrer.

Na janela batem já os raios de luz da aurora, de pé, saco plástico em punho, pão, azeitonas, chá numa garrafa, apita já a velha camioneta, e de insuspeitáveis buracos saem homens, a caminho do mar de plástico.

Por vezes, durante o caminho de solavancos, avista-se uma nesga de mar, não aquele que engoliu os seus amigos, mas o outro, azul, belo, infinito, e quando até si chega o barulho das ondas a bater nas rochas, e o doce aroma da maresia, recorda e sabe que para lá, muito para lá dele, depois do deserto, fica a sua casa, onde um dia foi feliz.

Partiu, sem saber para onde, para o desconhecido, cansado dos silvos das balas, dos gritos de dor das mulheres sem filhos, do ribombar das bombas nas montanhas.

Queria paz, e em si habitava uma incomensurável vontade de viver!

 

Lídia Silvestre

Jurista

 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Colomar – A joia da Alsácia, ou a pequena Veneza

Belezas escondidas

Colomar – A joia da Alsácia, ou a pequena Veneza


Colomar é a terceira maior comuna da região da Alsácia, no nordeste da França. É a sede da prefeitura do departamento do Alto Reno e do distrito de Colomar - Ribeauvillé.

A cidade está situada na Rota dos Vinhos da Alsácia e considera-se a "capital do vinho da Alsácia". É conhecida pela cidade velha bem preservada, os seus inúmeros marcos arquitectónicos, museus e comparada a Veneza pelos inúmeros canais.

Colomar foi fundada no século 9 e é mencionada pelo monge Notker Balbulus, num texto datado de 823.

Durante a Guerra dos Trinta Anos, foi tomada pelo exército Sueco. A cidade foi conquistada pela França sob o rei Luís XIV, em 1673. Com o resto da Alsácia, Colomar foi anexada pelo império Alemão em 1871, como resultado da Guerra Franco-Prussiana e incorporada na província da Alsácia-Lorena. Voltou à França após a Primeira Guerra Mundial, com o tratado de Versailles em 1919; foi anexada de novo pela Alemanha nazista em 1940, e depois voltou ao controlo francês após a batalha do "Colomar Pocket", em 1945.

A riqueza desta pitoresca cidade prende-se com a traça antiga e as suas casas centenárias que, apesar de tantas guerras, nunca foram destruídas. A Catedral, o mercado de Natal, passeio de barco e as ruelas estreitas, com as suas fachadas antigas, são locais pitorescos, antigos e cheios de história.

Apesar de pequena, há muito a fazer na pequena Veneza da Alsácia; as pessoas perdem-se entre tanto colorido das flores nos balcões, nas pontes e jardins e o das fachadas das casas antigas.

Situada entre vinhedos e casinhas tradicionais, os canais são um encanto sem igual; daí o seu apelido de Pequena Veneza. Colomar parece que saiu dum conto de fadas e instalou-se a poucos quilómetros da Alemanha e Suíça.

São mais de mil anos de história, que nos são contados na lindíssima arquitectura e nos frescos das fachadas.

Ao longo das guerras, que assolaram a Europa, Colomar nunca sofreu grandes danos; daí preservar toda a sua história e encanto e muito há para visitar:

A praça da Catedral, dedicada a St. Martin, é encantadora, e a não perder; fica mesmo no centro histórico, construída no séc. XI. Também um dos prédios mais antigos desta pitoresca cidade é a casa de Adolph, um dos prédios mais antigos de Colomar, construído em 1350.

Ao visitar o centro histórico não deixem de caminhar pela Rua dês Boulangers e Rue dês Serrusiers, para se deliciarem com as casinhas das cabeças e o Quartier dês Tanneus, com todos aqueles trabalhos de tanoaria expostos nas fachadas e o pequeno restaurante-Bar que podemos visitar, tirar lindíssimas fotos e beber uma cerveja fresca da Alsácia.

Seguindo ao longo dos canais, podemos chegar a um lugar que parece um conto de fadas; aliás, toda a cidade de Colomar o parece, até com o Quai de la Poissonnerie, onde os pescadores de então e suas famílias moravam e ali guardavam e vendiam a pesca.

 

Em 1706, um grande incêndio destruiu quase todo o quarteirão; no entanto, as mais de 40 casas foram restauradas em todo o seu esplendor e fazem jus ao pitoresco desta linda e simpática cidade, a joia da Alsácia, a pequena Veneza.

 

José Maria Ramada




Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

“Olhar sobre o mundo” Criptomoedas, viajamos até Malta

Entrevista na Rádio on-line, Linha Horizonte, dos Açores, no programa “Olhar sobre o mundo” do dia 27 de Agosto de 2022, pelas 13h.

 



Entrevistado o Mickael, jovem de 25 anos, que reside em Malta há 3 anos e é natural de Montalegre, e que é gestor de negócios on-line, entre os quais a gestão de investimento em criptomoedas.

Com os entrevistadores, João Carlos Quelhas, pela revista Repórter X, e João Domingues, pela Rádio.

Com o patrocínio da agência César’s.

Questionado sobre quando iniciou o negócio de consultoria em investimentos em criptomoeda, reportou que iniciou em Fevereiro deste ano e perspectiva já uma rápida adesão do público-alvo, depois de ter feito formação intensa em vários países, para tentar ajudar os portugueses, que procuram ter maior nível de rendimento que o disponibilizado pelos baixos salários, que auferem.

Seguidamente, resumimos o conteúdo das questões colocadas e respondidas.

 

- Que objectivos tem o Mickael, com este negócio de criptomoedas?

- Conseguir ser uma referência no mercado, com o seu serviço “Protocol Crypto”, pelo que é e como ajuda as pessoas de forma muito personalizada.

 

- Os mercados da Suíça e Portugal são promissores?

- Repara que há muito interesse dos portugueses nestes dois países e daí que se foca muito neles.

 

- Que riscos existem neste tipo de investimento?

- Todos os negócios têm os seus riscos, mas o maior conhecimento e juízo nas horas certas, avaliando bem as condições, faz baixar muito os riscos, pois que o saber é determinante para o sucesso, baseado em muito acompanhamento nas decisões.

 

- Qual o montante do investimento já realizado pelo Mickael?

- Ao momento, já ultrapassou os 300.000 euros, com diversificação em outros negócios.

 

- Onde pretende chegar, como mentor deste negócio de criptomoedas?

- Estando presente nas redes socias já há 3 anos, não sabe onde poderá chegar, mas a interacção com o público-alvo aumenta e começa a sentir ser uma referência no mercado da consultoria portuguesa on-line, em ciptomoedas.

 

- Sendo que o risco está calculado, o locutor da rádio observa que o Mickael está muito focado nas condições presentes do mercado, ao que este responde:

- Que tem controlado os factores decisivos de risco e evita os erros do passado, pois que os estuda e tem conhecimento muito alargado sobre a evolução dos resultados do investimento.

 

- Quantos aderentes à sua plataforma quer atingir?

- Não consegue estimar qual o valor máximo, pois que vai depender da sua capacidade pessoal para dar resposta de qualidade no acompanhamento individual aos investidores. Naturalmente que poderá ter de limitar a quantidade de clientes, pelo processo de actualização de preços, de modo a não ultrapassar a sua capacidade de resposta.

 

- Pretende ter colaboradores, que possam ajudar com os clientes?

- De maneira nenhuma, pois que como o serviço é de qualidade e padronizado, não pode entregar clientes a outras pessoas, que não têm obviamente o mesmo ser e estar que ele.

 

- Que relação tem no mercado de Malta?

- É uma relação forte, pois que tem um sistema financeiro mais avançado que o resto do mundo, em termos de liberdade de acção, com menor regulação e maior independência das restrições de controlo governamental tributário e do próprio mercado concorrencial dos Bancos. Só conhece mais 4 países assim; Dubai, Singapura, Portugal e El Salvador.

 

- Quais as fontes de rendimento do Mickael?

- Tem marcas comercias on-line, oriundas do mercado Suíço, Americano e Francês. Os ganhos comerciais são reinvestidos na Bolsa de valores e nas criptomoedas, onde obtém mais rapidamente e em maior rendimento o retorno, seguindo os negócios que estão em alta em cada momento, como por exemplo o aluguer on-line nas épocas de Verão.

 

- Que impactos existiram no negócio, neste momento de crise pandémica e de guerra?

- Os impactos resumiram-se a ter de mudar o sentido do investimento, procurando as áreas de negócio que estiveram e estão em alta. Até a geração de pobreza no consumo leva ao enriquecimento em certos negócios, dado haver mais especulação. Por exemplo, haver sanções e restrição no comércio de cereais dos mercados mais baratos, conduz a subida de preço dos cereais nos países concorrentes e até em todos, por aproveitarem o momento de subida.

 

- Como começou a investir na fase inicial, em que se dedicou ao negócio?

- Em primeiro lugar, estudou desde os 18 anos e viajou por alguns países, tendo ficado mais maduro. Acto contínuo, criou um aloja on-line e começou a facturar e ter rendimento, que foi aplicado em mais lojas on-line, representando marcas de sucesso.

 

- Costuma vir a Portugal?

- Vem uma vez por ano, à sua terra Natal, onde convive e nota ser bem-vindo e admirado pela presença nas plataformas de internet e pelo que é e demonstra.

 

- Que utilidade tem as entrevistas que dá?

- Vê muita utilidade, pois que cria uma imagem muito positiva, de não prometer coisas mágicas, mas sim de ser credível e contido, usando de muita sinceridade e seriedade. Actualmente, conserva uma comunidade de cerca de 15.000 seguidores, notando que é respeitado e de confiança para quem o segue, pois que aconselha sempre muita prudência. Remata com uma consideração de reforço da confiança no negócio; durante a pandemia, os americanos imprimiram cerca de 80 % do dólar actualmente em circulação, o que desvaloriza fortemente esse papel físico e motiva a inflação, no sentido de recuperar o valor facial imprimido com o rendimento da comercialização dos produtos e serviços, gerados pela procura em tempo de pandemia e agora de guerra. Ora, o investimento em criptomoeda está mais favorável, por causa do volume de transacções em áreas que se tornaram essenciais.

 

- Como funciona o negócio das criptomoedas, sendo digital e algo “invisível”?

- Assunto muito complexo, mas consiste num sistema financeiro sem intermediários, logo gerando mais dividendos aos negociadores, sem controlo governamental e bancário dos montantes dos movimentos.

 

- Qual o papel da família no negócio?

- A esposa é a sua força motivadora, pois que a cada consulta só empurra para arriscar. Ela também sente confiança no sucesso das acções, o que facilita na disposição para se aventurar no risco, que é sempre calculado, o mais que puder e souber.

 

- Quais as próximas etapas e projectos?

- Como visionário que se vê, tem já anotados os passos a dar no futuro, embora os conserve no segredo. Contudo, quer manter a ambição de construir uma referência para o mercado, que seleccionou, e talvez seja o momento de anunciar publicamente a escrita de um livro, onde explicará a visão do negócio e como funciona, de apoio aos seus seguidores. Terá uma versão digital, para descarga nas suas plataformas, e uma versão física, elaborada eventualmente pela editora da revista Repórter X.

 

- Porque aceitou esta entrevista e que satisfação teve?

- Vendo-se no papel dos seus seguidores, acha que assim podem senti-lo mais e vê-lo ainda mais credível pela sua abordagem sincera e positiva. Ver que é bem acolhido pelos ouvintes, dá uma enorme satisfação pessoal.

 

- No encerramento, que mensagem tem a transmitir aos seus ouvintes e seguidores?

- Procuro que as pessoas, que me ouvem e seguem, ganhem maior curiosidade nesta área de negócio, começando por consultar as ligações internet, que disponibilizo nas redes sociais e nas minhas plataformas, percebendo o conhecimento que tenho da matéria.

 

Trocadas as cortesias finais, encerrou-se o programa, onde o emigrante Montalegrense, Mickael, se explanou.

 

Discrição: Dr. José Macedo de Barros, sociólogo político 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Confident Store brilhou na Gândara

Confident Store

brilhou na Gândara


Ano; 17 de Janeiro de 2022

Loja; On-line

 

Nome pessoal; Patricia Finisterra

Idade; 30 anos

Profissão; Empregada de Limpezas

 

Naturalidade; Póvoa do Varzim

Morada; Chur

 

Biografia da Loja; A confident Store foi criada a 17 de Janeiro de 2022 e tem como intuito ajudar na auto-estima das mulheres, em geral. Que todas as mulheres, que vestem as nossas roupas, se sintam mais confiantes e lindas.

 

Modelo N° 01 - Soraia Filipa Rolo

Modelo N° 02 - Manuela Martins

Modelo N° 03 - Margarida Ferreira

Modelo N° 04 - Ana Taveira

Modelo N° 05 - Dora Dourado

Modelo N° 06 - Mónica Marques

Modelo N° 07 - Soraia Marques

Modelo N° 08 - Mariana Carvalho

Modelo N° 09 - Alicia dos Santos

Modelo N° 10 - Diego Rolo

 

Confident Store:

Uma marca da responsabilidade de Patrícia Finisterra, esteve à altura de um grande evento na Passerelle Models Repórter X, no Club Amigos da Gândara em Näfels, Glarus.

 

Foi um evento, que correu maravilhosamente bem. Foi o pior evento a organizar, porque houve muitos contratempos, nesta altura de Setembro. Chegaram as novas colecções; as pessoas que estavam a vir de férias e outras a ir de férias e um mês complicado para ter despesas, mas o sol brilhou mais alto e todos aqueles, que tiveram a responsabilidade, assumiram as suas presenças e deu num sucesso. Mais uma vez consegui reunir desde jovenzinhas de 7 anos a senhoras de 58 anos de idade e, como costumo dizer, culturalmente falando, foi lindo. As pessoas divertiram-se; foi uma Gala, que todos querem repetir. Transmitimos através da Plataforma `Cantinho Alentejano' e, por sua vez a TV e rádio `Linha Horizonte´, através de meios técnicos, transmitiu nos Açores, onde tem os seus estúdios profissionais, em que João Domingues esteve ao comando da emissão; ele que é profissional de rádio e já trabalhou na rádio renascença! O directo passou em várias plataformas online (Youtube, Facebook, Instagram, Tik Tok), naquele que já é o conhecido Programa “Um Olhar sobre o Mundo”, em que eu sou colaborador.

 

 

 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Bem-vindo a Cabo-Verde, um País onde as pessoas desaparecem e nunca mais são encontradas


Bem-vindo a Cabo-Verde, um País onde as pessoas desaparecem e nunca mais são encontradas


 

Sou Cabo-Verdiana, nascida e criada na Ilha de Santiago, mais concretamente na cidade da Praia. Hoje, estou aqui para falar pela terceira vez, resumidamente na Revista Repórter X, para o que fui convidada, sobre o meu País, Cabo Verde.

 

A língua Oficial, e falada em Cabo-Verde, é a portuguesa e falamos também o crioulo cabo-verdiano. Os exploradores portugueses descobriram e colonizaram as Ilhas desabitadas no Século XV. Usaram e abusaram dos cabo-verdianos e outros africanos no tempo da escravatura, que transportavam principalmente para o Brasil. Para além disso, usaram as mulheres sexualmente, que sempre foram discriminadas, até aos tempos de hoje pelos próprios habitantes!

 

No momento da sua independência de Portugal, em 1975, os cabo-verdianos emigraram para todo o mundo. “A mulher africana é afrodisíaca, linda e, em qualquer parte do Mundo, elas são visualizadas com diferentes olhares, pela sua sensualidade, pela cor ou também por racismo.” Nessa altura, os portugueses também regressaram a casa como Retornados, deixando lá todos os seus bens em Cabo-Verde, assim bem como nos Países de língua de Expressão portuguesa, na África.

República de Cabo-Verde é um país insular, localizado num arquipélago, formado por dez Ilhas vulcânicas, na região oriental mediana do Oceano Atlântico, sendo uma das Ilhas não habitada. Tem Ilhas vulcânicas, que compõem pequenas montanhas. Existe um vulcão activo na Ilha no Fogo, mais concretamente na Chã das Caldeiras e é o ponto mais elevado do Arquipélago, com 2829m. Também constituídos por Ilhéus divididos em Ilhéus brancos e rasos, também o grupo barlavento com as Ilhas de São Vicente, São Antão, São Nicolau, Santa Luzia, Ilha do Sal, Ilha da Boa Vista e as Ilhas do Sotavento, Maio, Brava, Santiago e Fogo.

As temperaturas de Cabo Verde variam pouco nas estações do ano; a temperatura máxima é entre 25 graus a 30 graus, enquanto as mínimas variam entre 19 graus a 25 graus. Os meses mais frios são Março e Dezembro e as chuvas ocorrem entre Agosto e Outubro, e a temperatura da água do mar mantém-se durante todo o ano.

 

A Cultura de Cabo-Verde destaca-se pela língua oficial, o português, que é aprendida nas escolas; a língua materna é o crioulo, sendo falada nas diferentes Ilhas e de diferentes formas e dialectos.

 

O artesanato tem uma grande importância na Cultura Cabo-Verdiana; a tecelagem e a cerâmica são apreciadas, e na música há diversos géneros próprios, mas os ritmos mais destacados são caladera, funaná e a morna, que agora é considerada património Mundial.

 

Cabo-Verde tem uma riqueza, que é o seu mar, que é rico em espécies marinhas, que dá sabor à cozinha Cabo-Verdiana, com peixe e mariscos.

 

Cabo-verdianos são povos que adoram festas; em Fevereiro, em todas as Ilhas, é celebrado o Carnaval, mas as mais atractivas são na Ilha de São Nicolau e São Vicente. Em Maio, o festival da Gamboa, na cidade da Praia; em Janeiro, o Santo Amaro no Tarrafal; em Agosto, o festival da Baía das Gatas; em São Vicente, que atrai vários turistas, e é uma festa com projecção internacional.

 

A economia, em Cabo-Verde, sofre com escassez de recursos naturais e com a seca prolongada, originando um solo pobre em várias ilhas do arquipélago; a economia é mais elevada nas Ilhas, onde há Turismo.

 

Cabo-Verde é um País com alta taxa de desemprego, principalmente na camada jovem; vários jovens terminam os estudos e ficam desempregados, pelo que há muita pobreza. O salário mínimo é de 13 mil escudos, o que numa família pobre quase não dá para nada, pelo que muitas crianças não vão à escola, por falta de condições. Falta a alimentação saudável e os medicamentos.

 

Várias famílias moram em casas de lata, passando frio, e no tempo da chuva a situação piora; pessoas e crianças já morreram por causa de incêndios nas barracas, por não terem condições. “Para além disso, muitos Pais e principalmente parceiros de Mães solteiras pôem os filhos fora de casa; muitos passam um mau bocado, principalmente fome e frio e submetem-se à prostituição com mais facilidade.”

 

Em Cabo-Verde as crianças são submetidas a prostituírem-se, principalmente em Mindelo, Santa Maria e Praia, onde vivo. Algumas jovens prostituem-se por vaidade, mas outras por obrigação ou necessidade. Os Pais, às vezes, são os autores morais. Em Cabo-Verde a prostituição é forçada, tanto na camada jovem como nas crianças mais pequenas; as pessoas fingem não ver, por medo e opressão.

 

“Em Cabo-Verde, nos últimos anos, houve vários casos de violência com espancamento, violência verbal e outros casos, em que até leva ao “feminicídio”, de forma expressiva. A sociedade culpa as vítimas, dizendo que elas gostam de apanhar do parceiro, mas na minha opinião é medo, vergonha e muitas vezes por dependerem financeiramente do parceiro. Se uma relação não está dando certo, não precisa ter espancamento nem morte; nada que uma conversa não resolva.”

  

Cabo-Verde está prestes a tornar-se um narco-Estado! Em 2014, a Mãe do principal investigador anti-drogas foi assassinada; em 2016, a Polícia Costeira apreendeu 28 Kg de cocaína num navio de Bandeira do Brasil; em 2019, apreenderam 9,5 toneladas de cocaína num navio de Bandeira do Panamá; várias pessoas são detidas com drogas nas fronteiras e entre Ilhas. Dizem que o dinheiro das drogas circula em todas as Ilhas. Infelizmente, nunca me meti nisso, porque se o fizesse nunca teria as grandes dificuldades que tenho. A minha família vive dificuldades e, desde que o meu Pai faleceu, as coisas pioraram; são sempre os menores que sofrem de represálias e tortura.

 

Em Cabo-Verde a Medicina não é muito avançada; temos o Hospital Central Agostinho Neto e também o Hospital Batista Sousa, em São Vicente, mas não têm todos os equipamentos adequados para a saúde da população. Nenhuma das Ilhas tem Hospitais qualificados, para tratar os doentes, e as pessoas morrem, por causa da demora em serem evacuadas para o hospital Central.

 

O atendimento não é lá grande coisa; só é bem tratado quem tem condições financeiras elevadas. A discriminação, em Cabo-Verde, acontece entre os Cabo-verdianos, quando os vadios acham que são mais que os restantes, desprezando a língua da outra; uma pessoa com menos condições não é bem tratada nos hospitais e nas escolas os filhos do advogado são tratados melhor do que os filhos de um lavador. Têm mais respeito por um médico do que por um condutor de autocarro, só porque o salário é diferente.

 

Bem-vindo a Cabo-Verde, um País onde as pessoas desaparecem e nunca mais são encontradas, um País onde as Mães humildes saem para buscar pão para os filhos e os Guardas-fiscais confiscam-nas e agridem-nas; um País onde o povo não tem voz e as autoridades abusam. Os governantes abusam e todos abusam, num País onde não há igualdade, nem dignidade. A maioria do povo Cabo-verdiano é hipócrita.

 

“Há famílias desestruturadas. Há crise governamental. Há pobreza intelectual. As pessoas prendem-se às memórias, com medo de superar os problemas. Muitas meninas e meninos preferem e procuram a Europa, através de outros amigos e nas Redes Sociais, e preferem prostituir-se fora do País, como profissão inicial, do que ficar na miséria em Cabo-Verde.”

 

Testemunho; Sueliny Nunes

 

 

 

 

 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Esporal minimercados, festeja 30 Aniversários, Sáb. 15 Outubro 2022 - 19h00

Esporal minimercados

Comercio tradicional português, brasileiro e espanhol

 

30 Aniversários

Sáb. 15 Outubro 2022 - 19h00

                   

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CONVIDADOS:

Chave d´Ouro

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Esporal

Indústriestr 36

9400 Rorschach

 

Fernando da Costa +41 76 218 55 75

 

APOIO:

Revista Repórter X

Rádio Linha Horizonte

 







































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quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Restaurant Café Castanheiro Grill präsentiert grosse Fado Nacht - 01. Okt. 2022

Restaurant Café Castanheiro Grill präsentiert grosse Fado Nacht - 01. Okt. 2022 


Restaurant Café Castanheiro Grill

 

Bahnhofstrasse 2

8587 Oberaach

076 321 65 28 - 071 410 12 23

 

António Pinto Basto: Electrico 28: 

Ana Parrinha: Legende von Maria da Fonte

Gustavo: Viola de Fado

Diogo Quadros: Guitarra portuguesa


 Abendessen: 18:30/21:00 Fado 21:00/23:00 Traditionelle Musik 23:00

 

Live-Übertragung auf TV Horizonte. Youtube. Facebook. Instagram. Tik Tok

 Aus dem Magazin Repórter X

“Ein Blick auf die Welt”

 

Patrocínios:
Esporal; Comercio tradicional português, brasileiro, espanhol
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Casa do Benfica de Zurique apresenta FADO! Sexta-Feira Dia 30 Set. 2022

Casa do Benfica de Zurique apresenta FADO! Sexta-Feira Dia 30 Set. 2022

Casa do Benfica de Zurique apresenta FADO!

Unterrohrstrasse 5 - 8952 Schlieren, Suíça

Reservas: Telf: 043 495 08 76

Informações: Whatsapp - 076 402 96 16


António Pinto Basto: Electrico 28

Ana Parrinha: Lenda da Maria da Fonte

 Gustavo: Viola de fado

 Diogo Quadros: Guitarra portuguesa

 

 

Sexta-Feira, 30 Setembro 2022, hora do jantar, a Casa do Benfica de Zurique recebe o melhor fadista português: António Pinto Basto. Ana Parrinha estreia dois belos fados! (grande surpresa...) a não perder. “entradas com reserva”

 

Patrocínio:

Casa do Benfica de Zurique

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

terça-feira, 27 de setembro de 2022

Corrupção na saúde na Suíça

Corrupção na saúde

 

Entrevista na Rádio on-line, Linha Horizonte, dos Açores, no programa “Olhar sobre o mundo” do dia 13 de Agosto de 2022, pelas 13h.

 


Entrevistado o Rui Fialho, emigrante luso na Suíça, trabalhador na construção civil, que lidera a contestação ao sistema de saúde e de gestão de acidentes de trabalho e de baixas médicas, sobretudo por ter sido um dos atingidos com as regras criminosas de gestão dos acidentes de trabalho.

Como entrevistadores, João Carlos Quelhas, pela revista Repórter X, e João Domingues, pela Rádio.

Com o patrocínio da agência César’s.

- Podemos dizer que existe um sistema de saúde suíço corrupto, entregue à gestão das seguradoras?

- É mais do que isso; são cometidas ilegalidades, que privam os emigrantes de verem os seus Direitos sociais atendidos. Alguns emigrantes cedem a esta teia de pressão, que pretende que os emigrantes, que dão encargos acrescidos, sejam conduzidos a saírem do País; origina inclusivamente suicídios e problemas familiares enormes, por verem os seus problemas de saúde não resolvidos e por degradar as suas condições financeiras. Gostava de debater essas situações com os actores políticos e diplomáticos dos dois países, mas sobretudo com os de Portugal, que parece fugirem ao problema. O que se nota é que as obrigações dos emigrantes aumentam e até são tributados nos dois países, mas os Direitos sociais diminuem. A única justificação, que recebe das entidades consulares, é de que os acordos bilaterais são omissos em muitas situações.

- Carlos Quelhas informa que já deu conhecimento a muitas entidades políticas, diplomáticas e administrativas, mas apenas teve resposta de uma delas, a embaixada em Berna, que diz não poder aceitar convites para debater estes assuntos!

- Rui responde que se deve insistir, até que sejam forçados a aceitar os convites para debate, nem que se pressione na opinião pública. É que a situação alastra a mais emigrantes portugueses, denotando haver uma intenção de se livrarem dos portugueses, que ficam menos produtivos por uma infelicidade de acidente laboral. O sistema de saúde, de gestão de reformas e apoios sociais está controlado pelas seguradoras, que manipulam médicos e outras autoridades intervenientes no processo. Até conseguem dividir os emigrantes, comprando silêncios de alguns que gerem grupos presentes, por exemplo no Facebook.

- Quais os procedimentos das seguradoras, actores do sistema de saúde e actores do controlo laboral?

- As seguradoras controlam o trabalho dos médicos, pois que estes trabalham para as seguradoras no sistema de saúde, forçando-os a alterar diagnósticos e relatórios, adequando-os ao interesse da seguradora. Nomeadamente, as seguradoras trabalham com o interesse das entidades patronais, procurando suavizar as causas dos acidentes, para que as mazelas apresentadas não se devam a condições de trabalho delas, alegando que havia causas anteriores, não sendo o acidente determinante. Como exemplo, refere que uma pessoa foi despedida, por ter recorrido a baixa médica; a seguradora entravou o processo, apresentando um relatório médico fraudulento, a negar a necessidade de baixa. Por isso, a pessoa foi falar com a médica autora do relatório, quando estava em público, pelo que esta acabou por declarar um relatório de teor diferente. Mesmo assim, foi informada pela entidade paternal que estava despedida.

- Porque ainda não envolveram os actores políticos neste caso?

- Carlos Quelhas insiste que já o fez, junto das autoridades portuguesas, incluindo os deputados pelo círculo da Europa e pelo distrito de Braga. Contudo, nenhum deu atenção ao caso. Muitos confidenciam que o sistema está a responder cegamente a um passado de abusos, em que alguns compravam relatórios médicos, para atestar incapacidade elevada para o trabalho, originando pensões elevadas.

- Rui confirma que deve haver esse sentimento subjacente a esta atitude de perseguição, mas focada nos que não têm domínio da língua, não conseguindo defender-se e por estarem isolados de grupos de acção e defesa. No caso dele, apesar da duração do conflito, que teve com as autoridades suíças, durante 5 anos, conseguiu obrigar ao respeito dos Direitos dele, embora ainda não totalmente, mas continuará a sua luta, mesmo quando estiver em Portugal, e planeia ir reclamar junto das sedes do governo português e da presidência da República.

- Que conselho quer dar aos emigrantes lusos?

- Em primeiro lugar, devem ter todas as informações junto das autoridades portuguesas nos círculos da emigração. Nomeadamente, quando tiverem de escolher uma seguradora, procurem saber qual a menos conflituosa. Também, quanto aos pareceres médicos, devem pedir segundas opiniões em profissionais independentes do sistema, se possível.

- Um ouvinte que interveio no programa diz ser vítima do mesmo e até hoje ninguém quer reconhecer um acidente de trabalho.

- Rui reforça que muitas vezes a própria autoridade que vai reconhecer o acidente, elabora relatórios falseados, para minimizar o que sucedeu. De seguida, o clínico ainda reforça que a mazela apresentada se deve a uma situação anterior ao acidente, para diminuir a responsabilidade da entidade patronal.

- Porque razão as autoridades contactadas, para resolver os conflitos, não ajudam nada, por exemplo na conclusão do caso do Rui?

 

- O que sabe é que já está saturado de remar contra tanta falta de vontade e vai regressar a Portugal, fazendo-lhes essa vontade. Soube, por experiência própria, que as nossas autoridades diplomáticas nada fazem e as autoridades suíças estão todas alinhadas na mesma estratégia; até os tribunais acautelam a vontade da seguradora. Fazem tudo para atrasar respostas, recorrendo a reencaminhamentos de processo e alegando que não têm competência no caso.

- Um outro ouvinte refere que a nacionalidade dos acidentados é essencial para dar seguimento ao processo; sabe que se estiverem suíços em causa tudo funciona direitinho. Mas o certo é que todos contribuem o mesmo para o sistema.

 

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Quem tem razão, os doentes lesados ou o sistema!

 

Contudo, há uma possibilidade de resolver melhor, se accionarem o seguro de invalidez.

- Segundo Rui, assim é. Mas não acredita que outro tipo de seguro dê melhor resposta.

- Carlos Quelhas dá outro exemplo, em que a seguradora AXA estava a pagar um seguro relativo à SUVA, mas depois cessou quando recebeu ordem da SUVA, para deixar de pagar a indemnização mensal, deixando o doente confuso sobre quem tinha responsabilidade na suspensão. O que é facto é que a maioria dos médicos tem contrato com as seguradoras.

- Rui refere que está a ser contactado por muitos emigrantes na mesma situação, que se mantinham silenciosos, mas vêem agora alguém que pode ajudar a reunir todos. Estão agora a ser orientados com a experiência dele.

- Mais um ouvinte declara que esteve de Baixa média, que acabou, e ainda não lhe disseram nada da aplicação da reforma de invalidez, que está mais que atestada.

- Carlos Quelhas remata, dizendo que por vezes as pessoas não fazem tudo o que deviam, como aconteceu noutro caso, em que um beneficiário, após pedido de reforma por invalidez, foi logo para Portugal, sem proceder às formalidades legais, que devem incluir o levantamento da pensão. Entretanto, em Portugal foi mudada a medicação, que estava totalmente errada, fazendo com que melhorasse substancialmente. Entretanto, pediu acção judicial contra os serviços clínicos Suíços e vai ver o resultado. Aqui, coloca a questão; será que é sistemático fazerem prescrição errada de medicação, para debilitar os doentes?

- Nesta situação, Rui diz que podemos pensar muita coisa e acabamos por ter medo da intervenção do sistema Suíço, clínico e de avaliação de baixas médicas. Depois, são quase 12 anos a tentar defender os direitos em tribunal, sempre que as decisões clínicas sejam desfavoráveis aos beneficiários.

 

 

Inclusivamente no caso dele, será depois o calvário de ter de ir para o tribunal europeu e internacional dos Direitos do Homem.

- Segundo outro ouvinte, para agravar isto, quem decide sair da Suíça, perde parte dos direitos, como por exemplo acesso aos meios complementares de terapia, como cadeiras de rodas.

- Rui confirma. Mais, até perdem valores parciais de reforma se abandonarem o País. Não há dúvida que as decisões políticas impedem tudo o que seja beneficiar os emigrantes. Mais ainda, as instituições judiciais acabam por dificultar resoluções, tentando forçar a desistência dos processos, para lá de ser muito caro recorrer aos tribunais, o que debilita e demove da intenção. Por causa de situações de acidente de trabalho e baixa médica destroem-se famílias, pessoas e situações económicas.

- O trabalho adaptado à nova situação de incapacidade é solução para estes casos difíceis?

- Até nesta situação são colocados entraves; Rui pediu formação para se adaptar a outro trabalho e foi recusada. Parece que não há interesse na reintegração no mercado de trabalho e tudo aponta é para se livrarem do emigrante.

- Seria possível reunir as entidades envolvidas nestas situações, para serem confrontadas com tudo o que se disse aqui?

- Segundo Rui, seria excelente se eles se disponibilizassem, mas não acredita nisso, pois que ele já tentou e fecharam-se na resposta, pois que sabem que seriam expostas publicamente as falsidades dos relatórios técnicos e clínicos. Mais, seriam entendidas as formas de crime que o sistema pratica contra os emigrantes. Dá como exemplo até as autoridades políticas portuguesas, em que por exemplo o senhor Presidente da República respondeu que não pode intervir. Mesmo os Partidos de oposição foram alertados, dizendo que iam levar o assunto a discussão, e depois nada fizeram.

 

 

 

Assim sendo, vão expor tudo isto em manifestações programadas para Portugal, junto a estas entidades todas.

- Carlos Quelhas relata outro caso, em que um acidentado ligou a um advogado e este disse para ligar, por um número de valor acrescentado, de modo a dar informação. Nesse telefonema posterior acabou por indicar as quantias exageradíssimas, a pagar, para tentar saber se o caso era plausível. Foi paga a exorbitância, para depois receberem a comunicação que o advogado não ia agir contra a seguradora, denotando conflito de interesses. Só depois de muita reclamação, este advogado vigarista e desonesto aceitou devolver 1/5 do que recebera.

- Rui confirma isto ser usual, pois que até com ele se passou, dado que já pagou 4000 francos só para lhe ser lida uma sentença e dar parecer do que devia fazer a seguir, sem garantias de sucesso!

- O locutor da rádio interrompeu com uma exclamação de que afinal a calamidade não é só portuguesa, demonstrando-se que há uma crise mundial, favorável a diferenças de tratamento e abuso económico de pessoas.

- Que mensagem quer o Rui deixar a todos os emigrantes e quem nos ouve?

- No seu caso, lutou 5 anos contra o sistema, depois de o azar lhe ter batido à porta, num acidente de trabalho na construção civil. Conseguiu parte da resolução, que os obrigou a assumir a realização de cirurgias de tratamento. A família ficou afectada e ele ficou psicologicamente enfraquecido, mas nunca desistiu de lutar por si e por todos os emigrantes na mesma situação, pois que o silêncio é com o que contam os injustos. Pede que os portugueses se unam, nomeadamente organizando acção conjunta no tribunal europeu! Agradece a participação da rádio, pois que a comunicação social portuguesa não quer saber do assunto. Vão pressionar os agentes políticos para se juntarem à discussão, pois que não irão desistir de dar eco ao assunto na opinião pública, por todos os meios existentes.

 

 


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