Faz canções contra a guerra (Miraculosa, dedicada a senhora de Fátima).
À conversa com José dos Santos, cantor em Paris/ PortugalJoão Carlos
`Quelhas´ começou por declarar o patrocínio da agência Césars, AG.
José
dos Santos foi emigrado para França, a salto. É assinante da revista. Agradeceu
o trabalho da revista, para cobrir o trabalho dele e destaca o contributo amigo
da Lídia Silvestre, representante da revista em Portugal. Partiu de Vila Praia
de Âncora, onde nasceu, para França.
Ficou
marcado em pequenino, quando via as urnas dos militares que vinham das
colónias. Com cinco anos, resolveu que nunca iria para a guerra, tendo o pai já
emigrado em França. O pai refreou sempre a ideia de emigrar do filho, por causa
da idade. Mas José, aos 15 anos, com o acordo do Pai, lá acabou por atravessar
de barco o rio Minho, e depois foi no comboio espanhol, em direcção a França. A
guerra, para ele, é resultado da ganância entre países e roubo de riqueza dos
povos. Faz canções contra a guerra (Miraculosa, dedicada a senhora de
Fátima).
Chegado
a Paris, o pai trabalhava numa grande empresa e apresentou-o ao encarregado,
que o colocou na organização, como ajudante do encarregado nos planos de obra (aprendiz
até aos 18) de construção de prédios. Depois, foi para outra empresa, e
assumiu substituir o encarregado em férias, porque o patrão o reconheceu no
mérito que já tinha, e até dirigiu o próprio pai, que não aceitava tudo do
filho.
Mas
manteve sempre a humildade. Aprendeu outras funções dirigentes do sector. Dali,
mais tarde, criou uma empresa com colegas, aos 33 anos. Nas obras públicas. Fez
obras muito importantes. Tinha grande qualidade, pelo que aceitavam bem os
preços mais altos dele, por não ter falhas de execução. Precisou investir
poupanças e realizar um empréstimo financeiro, para começar e comprar máquinas
Mercedes, que eram muito duráveis. Chegou a ter uma empresa com 100
funcionários e fez mais duas empresas, com menos funcionários, cerca de 20
cada, na mesma área de obras públicas. Tinha contratos anuais com a Câmara de
Paris, mas também contratos privados.
Vendeu
as empresas aos directores e encarregados, abaixo do valor, como prémio de
terem estado com ele.
Reformou
muito cedo, para se dedicar à música. Aprendeu a tocar viola e compor músicas,
por ele mesmo, no regresso à terra. Fica feliz, por saber aprender sozinho.
Considera ser autor-compositor cantor. Uma produtora achou que ele devia ter
mais gente com ele nas actuações, para poder ir à televisão, mas negou isso e
disse que iria à televisão sem ajuda de ninguém. E foi à SIC. Vai por
intermédio do Alexandre Faria, da rádio dele, a NPC. A pronúncia francófona de
José pode ser atributo de diferenciação, por ter esposa francesa e falarem
sempre o francês em casa. Podem achar interessante a acentuação que ele faz, à
francesa. As músicas são de carinho, amor e paz.
Entretanto,
faz concertos de caridade, para ajudar instituições de solidariedade social na
compra de ambulâncias; Bombeiros e Cruz Vermelha. É convidado, pelos
promotores, para espectáculos de solidariedade. Já tem agendado um espectáculo
para Fafe, no dia 1 de Abril.
Já
fez digressão num teatro de Paris, próximo ao local onde residiu em França.
Implica ter uma banda e não é fácil. Foi na época das restrições da Covid e que
impossibilitou até a presença da televisão francesa. Pensa fazer duetos com
outros cantores, que fizeram um clip de vídeo com ele. O tema agora de sucesso
é “Dois corações apaixonados”, escrito na época das restrições da Covid,
que já deu duetos com cantoras do Porto, gravado na Ribeira. Gravou outro vídeo
em Fátima, numa canção dedicada a Fátima. Como também fez música dedicada às
mães e outra intitulada “magia do amor”, que levou ao programa “Preço
certo”.
Canta
muito com a “Mina”, “Fátima Sunbul”, Benvinda Costa, e estarão mais uma
vez na NPC. Reconhece muito talento nelas. Fazem muitas actuações, ao vivo,
para a rádio.
Projecta
mais quinze novas músicas, a lançar numa colectânea, a juntar aos dois CD,s já
editados, cada um com dez músicas.
Nunca
teve um promotor para lhe fazer a carreira, nem aderiu a nenhuma editora,
apesar de já ter sido aconselhado para isso, mas nunca aceitou, para poder
conservar a sua liberdade. Gosta muito da sua liberdade e nunca quis andar sob
as ordens de ninguém. Segue um pouco a tradição dos artistas franceses, que só
aparecem na televisão, quando editam novos álbuns. Não gosta da repetição de
temas, que há em Portugal, só para encher a grelha de programação. Isso deve
saturar os ouvintes e empobrece o repertório das televisões, não havendo
variedade, para agradar a muito mais público.
Tem
duas músicas em Francês, uma dedicada ao Johnny Halliday e outra ao avô. Talvez
venha a fazer mais músicas em Francês, ou até traduzir as actuais em Francês.
Ele gosta de actuar sempre com músicas diferentes, para o conhecerem em toda a
sua criação. Só assim se vê que temas o público gosta mais.
Agradece
a todos, os que se envolveram nos seus projectos, sobretudo os que o levaram à
televisão, ou convidaram para campanhas solidárias. Como agradece também à
revista Repórter X, enaltecendo as galas na Suíça da revista repórter X e muito
sucesso para o 11° aniversário dia 27 de Maio, deste ano. E agradece aos que
seguiram a conversa ao vivo. A todos deseja muito sucesso no espectáculo e na
vida.
Encerrou-se
a conversa com a referência ao patrocínio da Agência César’s AG e da revista
Repórter X. E deseja que mais sucessos venham para o José dos Santos e para
mais duetos.
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