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sábado, 1 de junho de 2024

Poema: Borracho

Borracho

 

E vou eu por aí a baixo

E na Banhnof está um borracho

E não há nada que estranhar

O borracho está a delirar...

Borracho acima

Borracho a baixo

E na vindima

Está como se diz, como um cacho...

E lá nas vides ouço um borracho

Cantarolando lá no ninho

Subo a escada a despacho

Trá-lo para a gaiola, diz o vizinho...

Ho não, deixa-o estar ao pé do cacho

O que pensas não é verdade

Um dia destes voa até cá baixo

E dará lugar á liberdade...

A liberdade é o caminho

Nesta vindima do bota-abaixo

Vamos colher algum vinho

Para todos os dias ser borracho...

De calça branca a peneirar

De cima até baixo

E lá vai a tremelicar

Olha ali, que borracho...

E trás uma nódoa na camisa

A colheita do vinho verde vermelhinho

E borracho, no gélido tempo com brisa

Lá aquece o coraçãozinho...

E as garrafas andam por aí espalhadas

Cozinha, balcão e prateleira debaixo

Depois só ouço farfalhadas

Enquanto o borracho bota-abaixo...

Aí borracho, aí borrai ‘xô

Bota acima, bota abaixo

Voa e deixa o tremelique

Ou vais parecer um alambique...

Prefiro uma rosa perfumada

Aí, eu amo perfume corpo abaixo

Para te sentires amada

Deixa de ser borracho....

E eu amo-te na saudade, na saúde e no bem-estar...


autor: Quelhas


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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