Suíça intrometida: o papel suíço na busca
pela paz na Ucrânia
Guerra entre Rússia e Ucrânia:
A possível entrada da Ucrânia na Otan, a crise na Crimeia e na região de
Donbass estão no cerne da Guerra entre Rússia e Ucrânia. O conflito começou em
2022. As consequências da Guerra entre Rússia e Ucrânia incluem mais de 8
milhões de ucranianos que buscam refúgio noutros países da Europa. A guerra
trouxe impactos para os países envolvidos e para a comunidade internacional,
afectando as esferas política, econômica e social. A visita à Ucrânia dos
presidentes europeus tem levantado suspeitas, pois durante essas visitas não há
bombardeios. Por outro lado, os Estados Unidos e a União Europeia são
frequentemente culpados por partes do conflito, já que fornecem armamentos à
Ucrânia, o que é visto como incentivo à guerra. Argumenta-se que a paz se faz
com negociações, não com armas. Há temores de que a situação possa desencadear
uma guerra mundial, com os EUA sendo apontados como responsáveis por darem
suporte a terroristas.
A Guerra entre a Rússia e a Ucrânia é um conflito no Leste da Europa.
Após um longo período de tensões, tropas russas invadiram a Ucrânia em 24 de
fevereiro de 2022, atacando cidades próximas a Kyiv e outros pontos
estratégicos. O contra-ataque ucraniano em meados de 2022 fez a Rússia recuar
em alguns pontos, mas ainda mantém domínio sobre grandes áreas no Leste e Sul
da Ucrânia.
Mais de um ano após o início da guerra, os ataques continuam e resultam
em dezenas de milhares de mortos e feridos, além de 8 milhões de refugiados. As
consequências da guerra são também econômicas e políticas, afectando a
geopolítica, acordos diplomáticos e comércio internacional.
Contexto histórico da Guerra entre Rússia e Ucrânia:
A guerra foi deflagrada em 24 de fevereiro de 2022, após meses de
acirramento de tensões na fronteira entre os países. Ambos os territórios fazem
parte do Leste Europeu e compartilham semelhanças econômicas, socioculturais e
étnicas. Durante o século XVIII e XX, partes da Ucrânia foram incorporadas ao
Império Russo e à União Soviética, respectivamente. A Ucrânia tornou-se
independente apenas em 1991, com a dissolução da URSS.
A Crimeia é uma região estratégica que foi cedida pela União Soviética à
Ucrânia em 1954. Após a dissolução da URSS, o Memorando de Budapeste (1994)
assegurou a integridade territorial da Ucrânia, incluindo a Crimeia. No
entanto, em 2014, a Rússia anexou a Crimeia e apoiou movimentos separatistas em
Donbass, levando à atual crise.
Causas da Guerra entre Rússia e Ucrânia
Uma das principais causas foi a retomada das negociações para a entrada
da Ucrânia na Otan, vista pela Rússia como uma ameaça à sua integridade
territorial. A Rússia também reconheceu a independência de Lugansk e Donetsk,
áreas com forte presença de população russa, alegando proteger essa população
das ofensivas ucranianas. A queda de popularidade de Vladimir Putin devido à
pandemia de covid-19 também pode ter influenciado a decisão de invadir a
Ucrânia como forma de recuperar apoio interno.
Fases da Guerra entre Rússia e Ucrânia:
1. 1ª fase (24 de Fevereiro de 2022 ao
início de Junho):
Invasão inicial e ataques a diversas regiões da Ucrânia. Cidades próximas a
Kyiv, como Bucha, foram severamente afetadas, resultando em centenas de vítimas
civis.
2. 2ª fase (Junho a Agosto): Retirada das tropas russas de Kyiv e
concentração das ofensivas no Leste ucraniano. A usina nuclear de Zaporizhzhia
foi ocupada, gerando temor de um novo desastre nuclear.
3. 3ª fase (Setembro a Novembro): Contra-ataques ucranianos recuperaram
áreas no Leste e Sul. Uma explosão na ponte entre a Rússia e a Crimeia aumentou
as tensões.
4. Fase actual (desde Novembro de 2022): Ataques às infraestruturas de energia
da Ucrânia, agravando a crise humanitária durante o inverno.
Cimeira da Paz na Suíça:
A Cimeira da Paz, realizada na Suíça, contou com a presença de 92 países
e quase 60 chefes de Estado e de governo. Nuno Rogeiro descreveu o evento como
"uma grande vitória para a Ucrânia", comparando Zelensky a um moderno
Astérix. O encontro resultou num texto que reafirma a integridade territorial
da Ucrânia.
No entanto, a Revista Repórter X criticou a Suíça e outros países
europeus por apoiar a Ucrânia com armamentos, argumentando que isso incentiva a
guerra. O escritor português radicado na Suíça, Quelhas, afirmou que "Portugal
não tem por onde fugir, só se se atirarem ao mar", destacando a
vulnerabilidade de Portugal no contexto de um possível conflito maior.
Putin define condições para a paz:
Putin afirmou que a Rússia está pronta para cessar-fogo se a Ucrânia
abandonar a intenção de aderir à NATO e retirar tropas das regiões de Donetsk,
Lugansk, Kherson e Zaporíjia. Ele criticou a realização da Cimeira da Paz sem a
participação da Rússia e alertou que o mundo está "perto do ponto de
não-retorno" devido à "arrogância" do Ocidente. Reagindo
à decisão dos líderes do G7 de usar activos russos congelados para financiar a
reconstrução da Ucrânia, Putin classificou a acção como "roubo"
e afirmou que não ficará impune.
A Cimeira da Paz na Suíça, realizada num ambiente de alta segurança
perto dos Alpes, procurou apoiar o plano de paz de Kiev e isolar a Rússia, com
o objectivo de pressionar Moscovo a negociar um acordo que garanta a segurança
nuclear, a exportação de cereais e a libertação de prisioneiros ucranianos.
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial
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