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quarta-feira, 17 de julho de 2024

Emigração Portuguesa: mais jovens partem e menos querem regressar

Emigração Portuguesa: mais jovens partem e menos querem regressar


Uma percentagem acima dos 50% nesta nova emigração já não pensa regressar a Portugal, a revista Repórter X tem feito análises sobre a reforma dos nossos emigrantes no regresso a Portugal, principalmente aqueles que atingiram entre os 60 e 65 anos de idade ou 40 anos de carreira na emigração; exemplo de 1984 / 2024! É um facto que a maioria destes emigrantes não têm formação profissional nem académica e a maioria investiu em Portugal, e a reforma, por exemplo na Suíça, pode ser pouca face às despesas do dia-a-dia...

 

Nos últimos 20 anos, 1,5 milhões de portugueses emigraram e são cada vez menos os que querem regressar a Portugal, revela um novo estudo. Há cada vez mais portugueses a querer emigrar nesta nova emigração, sobretudo jovens, e cada vez menos a querer regressar a Portugal, isto porque, com outras capacidades na emigração, como o domínio da língua, a formação profissional e académica, conseguem melhores ordenados e conseguem cá poupanças, não investindo em Portugal como fazia a velha emigração em casas e terrenos.

 

Com 26% da população a viver no estrangeiro, somos o 8º país do mundo com mais emigrantes. Destes, um terço são jovens e jovens adultos entre os 18 e os 40 anos. Nos últimos 20 anos, 1,5 milhões de portugueses deixaram o país natal motivados pela procura de melhores oportunidades de carreira e de vida. É claro que é melhor o mal da Suíça que o bem de Portugal. Em Portugal mal consegues viver, na Suíça, mesmo que não forres grande coisa, consegues ter tudo o que precisas, embora na emigração tenhamos que trabalhar, coisa que muitos portugueses em Portugal não querem e preferem viver da segurança social. Muitos em Portugal não querem trabalhar nas obras, estradas e limpezas, mas na Suíça até doutorados trabalham quando não têm outra oportunidade. Essa chance vem muitas vezes mais tarde, quando se conseguem colocar no serviço para o qual são qualificados, mas também isso não chega, têm de dominar a língua do Cantão que escolheram para viver.

 

Quase metade dos jovens quer emigrar e sessenta anos depois de uma vaga de emigração portuguesa, não pensávamos que estaríamos agora a ser confrontados com uma nova vaga. Actualmente, um em cada quatro inquiridos pensa em sair de Portugal, um desejo mais elevado nas gerações mais novas. Uns querem viver novas experiências e outros não conseguem colocação laboral em Portugal na área que estudaram.

 

O mundo avançou e Portugal estagnou, vale a força da emigração de língua e expressão portuguesa do Brasil e África a laborar em Portugal com mão de obra barata. Esta nova vaga de emigração na Europa é diferente da dos anos 60; trata-se sobretudo de profissionais qualificados, de fuga de talentos para o estrangeiro, e que já não pensam em regressar, pois, mesmo que na reforma continue igual como é hoje, não dá para viver e por esse motivo muitos suíços, nesta altura, preferem sair da Suíça e ir para a Europa.

 

Quiçá, os jovens estudados de hoje têm ordenados mais altos e podem pagar o 3.º Pilar para a reforma e, na hora da mesma, recebem bastante mais acima da reforma miserável que é paga actualmente e, por outro lado, refiro, não investem em Portugal e economizam na Suíça e nunca vão ter as mesmas dificuldades acrescidas nesta altura, quer os emigrantes que vão actualmente para a reforma portugueses, quer outros povos, incluindo os suíços.

 

Isso ficou claro nos inquéritos que o estudo realizou aos portugueses emigrados no estrangeiro. Três emigrantes em cada cinco não querem regressar. Este é verdadeiramente um problema grave que temos em Portugal. Também, vindo novos emigrantes para o estrangeiro, quer para a Suíça ou qualquer outro país, constituem família e os velhotes falecem e depois não há muito para ver, a não ser as férias.

 

Há algumas opções nos dias de hoje: a maioria dos portugueses na reforma vai embora e deixa cá os filhos e os netos. A maioria dos filhos já cá nasceu e os netos nasceram basicamente todos e custa deixá-los, mesmo que uma vez por ano venham visitar, quer eles nas férias indo a Portugal.

 

A percentagem que fica por cá na reforma é muito baixa, mesmo com essa reforma miserável, mas quando se ama, o esforço vale a pena, pois caso se precise, seremos compensados pelos nossos amores e, claramente, as coisas invertem-se. Se os filhos vivem com os pais e ainda tomam conta dos netos, depois na reforma a quem por cá ficar, os filhos dão tecto ou ajudam de outra forma na mesma casa habitual, nem que seja pela interajuda aos filhos, e a reforma chega sempre quando há harmonia. Os reformados não podem é viver sozinhos, porque há quase sempre, também, gastos na medicação, além da vida normal e tem que pagar também o seguro vida, mesmo que reformado.

 

Portugal não cria oportunidades para ficarmos ou para regressarmos.

Quais são as fortes razões?

Portugal é um país que não cresce, não cria oportunidades. O talento vai atrás das oportunidades fora porque não as tem dentro. É um território que oferece menos que os países de acolhimento. Portugal é actualmente um país com baixos salários, impostos elevados, um fraco poder de compra e modelos de trabalho pouco atractivos e muitos interesses individuais e políticos e por esse motivo a emigração portuguesa mais jovem, mais recente, partem para novas aventuras, novas vidas constituem nova família, muitos casam com pessoas de outras nacionalidades e menos querem regressar, até as férias depois terão de ser divididas entre dois países, o país Natal do marido e o país Natal da esposa para haver bom senso, os filhos esses já nem isso quem e muitos nem o português vão aprender. Tudo se perde e a nossa culturalidade portuguesa vai deixar muito a desejar a partir de agora! 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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