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quarta-feira, 10 de julho de 2024

Emigrar: O sonho, Suíça

O sonho, Suíça 

Emigrar


Há muitas décadas que os nossos portugueses optam por sair do lindo e maravilhoso Portugal, mas isso não chega, para ficar por cá, principalmente para os mais jovens que neste momento vivem com poucas oportunidades num futuro incerto e com baixos salários, mesmo para os licenciados, é preciso pensar num país do nosso mundo, neste caso a Suíça, um país Europeu próximo e que tem acolhido muitos portugueses, que arriscado a sua sorte procuram um futuro melhor.

Os tempos mudaram, e emigrar já não é o que era, temos mais informação através da internet e redes sociais, mas não é suficiente, precisamos da ajuda fundamental de pessoas que se encontram no país que escolhemos e não só, para termos noção do que realmente acontece no “terreno”.

Para emigrar é preciso coragem, partir para o desconhecido e arriscar, muitas vezes sem saber ao certo o que nos espera do outro lado.

Nelson Valente, filho de emigrantes, de pais que na década dos anos 50 partiram para a Venezuela, como acontece sempre, à procura de novas oportunidades.

“Numa época em que havia muita união entre as nossas comunidades espalhadas pelo mundo, menos egoísmo, menos individualismo, havia mais vontade de ajudar, todos queriam crescer juntos, hoje já não é bem assim, afirmou” Nelson Valente.

Com um filho de 21 anos, que deseja muito emigrar para a Suíça, decidiu ir preparando a sua saída de Portugal com alguma calma, não quer ir de qualquer maneira, apesar de conhecer algumas histórias de emigrantes que partiram para a Suíça, não é o suficiente.

“Um dia num programa da RTP 1, (Portugal) Praça da Alegria, vi o lançamento de um livro de um membro da direcção da revista Repórter X / Repórter Editora, e achei muito interessante o que aí se falou”.

“Sem perder tempo decidi entrar em contacto com esta revista onde falei de muitos assuntos, mas claro, o principal era sobre a possível partida do meu filho para o sonho, com muita simpatia e de forma cordial informaram-me de uma série de situações boas, e claro das menos boas, país rico, excelente, mas como é óbvio com muitas regras.

Antes de partir;

Por exemplo é fundamental, ter um contrato fixo ou temporário, que nos “garanta de certa forma alguma estabilidade”, é muito importante, assim como ter um lugar digno para habitar, praticamente uma coisa não funciona sem a outra, habitarmos num lugar onde possamos confeccionar as nossas refeições, ajudará e muito no nosso orçamento, chegar a este país para ir comer ao restaurante não é boa ideia, dormir num hotel nem pensar, para quem pretende começar uma nova vida.

 

Nunca será demais levar algum dinheiro, que depois de fazermos os cálculos nos oferece alguma segurança nos primeiros meses, assim poderemos ter uma “almofada” que nos permita enfrentar situações imprevistas, de dormida ou de alimentação.

 

Convém saber que as empresas com contratos efectivos só fazem o pagamento de salário a partir do dia 25 de cada mês, os temporários, semanalmente de acordo com a opção do trabalhador.

Por outro lado, é obrigatório fazer um seguro de saúde, que nos proteja de qualquer situação menos boa, assim como verificar se a empresa que nos contractou está a fazer os devidos descontos para a segurança, principalmente os que estão com contracto temporário.

Também devemos estar preparados, para o despedimento de um dia para o outro, pois existem várias situações que rapidamente nos podem levar ao desemprego, como manipulação por parte de um colega de trabalho, o que em bom português quer dizer, “fazer-nos a cama”, assédio moral, profissional e psicológico. Não só aos novos emigrantes como aos que já se encontram há muitos anos neste lindo país. (só tem direito ao Fundo-Desemprego quem trabalhar um ano seguido ou intercalar durante o tempo de dois anos na Suíça. Pode-se trabalhar temporário meio ano num ano e meio ano no outro ano, mas tempos completos, basta falhar um ou dois dias que já não tem direito. O mais certo é trabalhar 13 meses e dar para alguma falha).

Por último é importante levar no seu projecto de vida uma palavra importantíssima, poupar, gastar sem fazer contas, nunca dá certo, economizar é fundamental para construir o nosso futuro de forma estável, e assim podermos crescer de acordo com as nossas condições económicas. (ter um bilhete de transportes públicos para as zonas onde trabalha fica muito mais barato que tirar bilhetes diários).

“Apesar de todos estas afirmações, ainda existem emigrantes que sofrem por variadas razões, não por que o país tenha culpa, mas por que nem sempre nos preparamos e informamos o suficiente, antes de deixar o nosso país, um “empurrão” não faz mal a ninguém, mas sempre com muita cautela! Assim terminou a nossa conversa,”


Nelson Valente


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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