Conversas
sobre o meu jardim: tradições, colheitas e reflexões
Hoje
fiz um vídeo e fotos a mostrar o meu jardim, que tem uma grande variedade de
plantas e flores, entre as quais chá de menta, milho, batatas e feijão. Neste
vídeo, colhi alguns destes produtos e expliquei aos meus netos como tudo é
processado na agricultura, antes de os produtos alimentares chegarem à nossa
mesa. Embora a plantação seja principalmente para embelezar o jardim,
combinando plantas de cultivo com plantas ornamentais para decorar as varandas,
aproveitei para ensinar.
Depois
de editar o vídeo, adicionei algumas frases, o que gerou várias respostas e
contra-respostas:
O
meu jardim:
Cuidadosamente
trato do meu jardim com carinho. Sacho, rego, retiro folhas secas e limpo o que
fica sujo. Ora rego com o regador, ora utilizo o sistema de rega com mangueira,
principalmente para lavar a sacada e mantê-la limpa e fresca.
Comentário:
"Para quem nasceu na Suíça, já sabe algumas coisas sobre a cultura
portuguesa através do Vovô!"
Comentário:
"Nasceu na Suíça, mas a língua materna é o português, e os pais
portugueses devem falar com as crianças na sua língua."
Exclamação:
"Instruí-los para a vida cultural faz parte do seu desenvolvimento!"
Comentário:
"Eu tinha mais coisas a dizer, mas como diz o velho ditado: 'Na casa onde
não há pão, todos ralham e ninguém tem razão.' Em 1982, quando vim para a
Suíça, os suíços disseram-me que no passado passaram muita fome, e os
'serveurs' dos restaurantes não tinham salários; viviam das gorjetas dos
clientes.
Pergunta:
"Será verdade, Sr. João? Realmente a Suíça ainda é um país onde todos dão
gorjetas; é a tradição."
Comentário:
"Eu nunca tirei da boca para dar para o carro, mas conheço quem ainda hoje
faça isso — arroz com ovos."
Resposta
ao comentário:
"Concordo!
As gorjetas são poucas. Quem passa todos os dias com sandes e água da torneira,
mas tem um bom Mercedes ou BMW à porta do trabalho, também é verdade. Num país
como a Suíça, há muito cultivo, só passa fome quem quer e não está em perfeito juízo!"
Comentário:
"Sim, cada um faz da sua vida o que quer, Sr. João. Desejo-vos uma feliz
noite."
Jardim
e a colheita:
Serviu
como exemplo de como os alimentos chegam à nossa cozinha. Do jardim, colheu-se
fruto, que será acompanhado de um churrasco, para mostrar aos meus netos como
eram estes processos antigamente nos campos agrícolas.
Pergunta:
"Que fantástico! Poderia dizer como cultivar em vasos?"
Resposta
ao comentário:
"Basta
semear normalmente, sem adubos na altura da sementeira, e apenas regar todos os
dias, pois os vasos secam rapidamente!"
Eu
disse que ia servir as batatas colhidas no meu jardim num assado! Assim foi;
demos uma cozedura às batatas e feijão colhidos, e depois assámos as batatas
com salsichas variadas e frango, juntando salada, arroz seco, pão, vinho,
cerveja, água e sumos. Bola de sobremesa, melancia e café. Tudo à descrição.
Foi uma
forma de demonstrar que somos felizes e que o jardim, tal como digo no vídeo,
serve não só como passatempo, mas também para dar lugar a ideias e pensamentos,
inspirando-me para a escrita e leitura na revista Repórter X e nos
meus livros!
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