Problemas na Aduaneira e CTT afectam envio de livros
para Portugal: autores e editores sofrem prejuízos e tem muitas chatices...
Os autores e editoras enfrentam sérias dificuldades na
exportação de livros para Portugal devido a problemas recorrentes com a
Aduaneira e os serviços dos CTT. Nos últimos meses, têm sido reportados vários
casos de livros perdidos ou devolvidos em mau estado ou sujeitos a cobranças
injustificadas de taxas aduaneiras já pagas no envio, causando transtornos
tanto para quem envia como para os destinatários.
Os livros perdidos e danificados:
Recentemente, a Repórter Editora, baseado na Suíça,
que regularmente envia livros a clientes e instituições em Portugal, relatou
uma série de problemas graves.
"Muitos dos livros enviados simplesmente não
chegam ao destino, ou, quando chegam, são devolvidos meses depois em condições
deploráveis", afirmou o editor.
O impacto tem sido devastador, com livros amassados,
capas danificadas e conteúdo comprometido, impossibilitando a revenda ou
redistribuição das obras.
As cobranças injustificadas de taxas:
Outro problema significativo tem sido a aplicação de
taxas aduaneiras adicionais aos destinatários, mesmo quando essas taxas já
foram pagas no momento do envio.
"É inadmissível que, após pagarmos todas as taxas
na Suíça, os destinatários em Portugal sejam obrigados a pagar novamente",
critica o editor.
Esta situação tem gerado frustração entre os clientes
e dificultado o envio de livros como presentes ou ofertas promocionais,
especialmente quando os destinatários desconhecem a remessa, arruinando
surpresas planeadas.
A falta de resposta das autoridades:
O editor também expressou descontentamento com a falta
de resposta dos CTT e da Aduaneira Portuguesa.
"Enviei várias reclamações por e-mail, mas
nenhuma delas foi respondida de forma satisfatória. Esta falta de comunicação
só agrava os problemas e prejudica a confiança nos serviços prestados",
desabafou.
O impacto na cultura e no acesso à informação:
Estas dificuldades não afectam apenas os negócios, mas
também o acesso à cultura e à informação.
"Estamos a tentar promover a leitura e o acesso a
conteúdos culturais, mas as barreiras impostas pela burocracia e pelos serviços
de entrega estão a tornar isso quase impossível", lamenta o editor.
As medidas de contingência:
Para contornar os problemas, o editor adoptou medidas
como o envio de livros por correio normal, sem rastreamento, e a criação de
postos de venda locais em Portugal e na Suíça.
"Estamos a fazer o nosso melhor para continuar a
distribuir os nossos livros, mas é lamentável que tenhamos que recorrer a estas
alternativas por causa de um sistema que claramente precisa de ser
reformado", conclui.
O apelo à acção:
Os autores, editores e consumidores apelam agora a uma
acção rápida e eficaz por parte das autoridades competentes. Exigem melhorias
nos serviços de entrega, maior transparência nos processos aduaneiros e uma
resposta adequada às reclamações apresentadas. Somente com a colaboração e o
compromisso das entidades envolvidas será possível garantir que os livros
cheguem ao destino em boas condições e sem custos adicionais injustificados.
A Revista Repórter X continuará a acompanhar este caso
e outras situações semelhantes, na esperança de que as mudanças necessárias
sejam implementadas para proteger os interesses de todos os envolvidos na
cadeia de distribuição de livros.
Este exemplo de notícia visa expor os problemas
enfrentados e pressionar as autoridades para tomarem medidas correctivas.
Prof. Ângela Tinoco
Director revista repórter X
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