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quinta-feira, 27 de novembro de 2025

No Parlamento ecoou a voz de Rita Matias do Chega sobre crianças retiradas na Suíça

No Parlamento ecoou a voz de Rita Matias do Chega sobre crianças retiradas na Suíça:



No Parlamento português ecoou a voz de Rita Matias do Chega, erguida sobre o impulso de pais portugueses na Suíça, que através da Revista Repórter X e pela mão do deputado José Dias Fernandes, levaram ao coração da Assembleia da República a denúncia das retiradas abusivas de crianças pela KESB, um clamor que já não podia ser calado. Já antes foi o Eurodeputado que fez tremer o Parlamento!
A palavra caiu pesada, caiu verdadeira, caiu como uma pedra sagrada no centro da praça, obrigando o País inteiro a olhar para esta ferida que tantos tentaram esconder. Foi mais do que um discurso, foi um grito feito de dor e de coragem, empurrado para dentro do hemicýclo pelas mãos inquietas de mães e pais que nunca desistiram.

E por detrás deste clamor parlamentar existe um cenário que vem de longe, um cenário que a própria comunicação social suíça, em todas as suas cores e dialectos, tem exposto há muitos anos. Fala-se muito na Suíça de retiradas de crianças, fala-se de protecções que se transformam em rupturas, fala-se de adoções decididas por autoridades que concentram poder e justificações técnicas, fala-se de instituições que recebem menores afastados dos seus lares, fala-se de famílias que são rasgadas por relatórios frios, e fala-se também de decisões que, segundo muitos, sacrificam a humanidade em nome da ordem.Na Suíça nem tudo que reluz é ouro!

Os jornais suíços, desde o 20 Minuten ao Blick, do Tages-Anzeiger à SRF, carregam páginas e mais páginas sobre crianças retiradas e tambémcasis da corrupção com os Lesadosda SUVA. Não importa a nacionalidade, porque a dor não tem fronteiras, e o drama é transversal. Há anos que se publicam matérias sobre a KESB, a autoridade de protecção de crianças e adultos, tantas vezes criticada, tantas vezes acusada de agir com zelo excessivo, com pouca transparência e com demasiado poder.
São notícias que descrevem menores entregues a terceiros, pais que perdem os filhos por avaliações sumárias, processos complexos que esmagam quem não domina a língua do cantão, e um sistema que diz proteger mas que, por vezes, falha onde não podia falhar. Há casos e casos, mas a retirada de crianças é apenas um negócio é o que é e é disso que se trara, enquanto paus e crianças sofrem até chegarem ao limite, depois duzem que os oaus estão doidos e que precisam de um psicólogo!

A Suíça, que o mundo tanto admira, tem também a sua sombra. Nem tudo o que luz é ouro, nem neve, nem chocolates! Há histórias duras escondidas sob montes e Alpes, e a imprensa suíça trata o assunto com uma frequência que denuncia que este não é um caso isolado, mas sim um problema estrutural, profundo, persistente.

E quando no Parlamento português se falou de crianças portuguesas retiradas, falou-se de algo que não nasce do nada. Nasce desta mesma realidade que os suíços discutem nos seus próprios jornais. Rita Matias não referiu a KESB no discurso, mas todos os caminhos conduzem ao mesmo mecanismo institucional. E foi a Revista Repórter X que entregou ao deputado José Dias Fernandes a missão de levar isto ao sítio onde Portugal tem de ouvir, porque há pais que clamam à porta da República e não aceitam que o Estado lhes fique indiferente.

Depois deste estrondo político, quando o assunto ganhou corpo e nome, surgiu o outro lado da verdade. Hoje há filhos, muitos, que procuram os pais que nunca conheceram. Filhos que descobriram tarde que foram adoptados por outros progenitores, crescidos longe do sangue que lhes pertence. Carregam uma saudade que não sabem explicar, um vazio que não compreenderam em criança, mas que em adultos se transformou numa busca. Procuram documentos, procuram raízes, procuram respostas.
É uma cadeia longa de memórias partidas, uma dor antiga que se repete nas gerações novas.

E no meio deste vendaval, nós, Revista Repórter X, assumimos o nosso lugar. Reunimos com pais que lutam contra decisões da KESB, pais que ficaram sem os seus filhos e que resistem com a força de quem perdeu o essencial. Reunimos também com lesados da Suva, que carregam o peso de injustiças que nunca deviam ter acontecido. Pedimos documentação a todos, porque a verdade deve ser provada, e a justiça deve ser sustentada com papel e testemunho, para que não reste dúvida.

Esses documentos seguem agora para os deputados. José Dias Fernandes, do Chega, mantém o seu compromisso com estas famílias. Mas há algo novo, algo digno de nota. Pela primeira vez, Carlos Gonçalves, do PSD, demonstrou interesse verdadeiro em receber estes mesmos documentos, em confrontar-se com esta realidade dura que tantos tentam silenciar. É um gesto que abre esperanças, é um passo que pode criar pontes onde antes havia muros.

Estamos a preparar uma reunião para o início do ano, aqui na Suíça, com pais e com lesados da Suva. Quando toda a documentação estiver reunida, seguirá para a Assembleia da República, para o Embaixador de Portugal na Suíça, para o Cônsul-Geral em Zurique, para o Cônsul-Geral da Suíça em Portugal, e para outros representantes que não podem, nem devem, virar o rosto a este drama.

Porque há qualquer coisa que falta na acção diplomática portuguesa, e essa falta pesa. As autoridades fazem contactos, mas não chegam ao resultado. É preciso mais. É preciso firmeza, é preciso presença, é preciso que Portugal levante a sua bandeira quando um só filho seu é tocado por injustiça.

Assim se escreve esta história.
Não com adornos, mas com verdade.
Não com medo, mas com coragem.
Não com silêncio, mas com voz.

E que cada passo que dermos ajude a iluminar o caminho das famílias que ainda procuram justiça, e das crianças que ainda procuram o regresso ao seu nome verdadeiro.

Autor Quelhas


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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