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domingo, 22 de janeiro de 2017

Festa de Natal 2016 Horgen Zweckverband SNH, Soziales Netz Bezirk Horgen rein SNH

Zweckverband SNH, Soziales Netz Bezirk Horgen rein SNH



Alguns, entre alunos e funcionários do Programa do Curso Profissional em Horgen, estiveram, Professores/Consultores e Chefes/Lideres de Grupo



Exemplo:

Reto Sgier, Gruppenleiter rein SNH.

Sandra Rölli, Gruppenleiterin rein SNH

Silke Stubbe, Beraterin AEP

Raphael Störchlin, Berater, Arbeitseinsatzprogramm AEP

Iolani Füstenwerth, Akquise Einsatzplätze



Fizemos um almoço de Natal multicultural, com pratos confeccionados nas mais várias formas, feitios e sabores, não fossem todos os pratos gastronómicos derivados dos mais diversos do Mundo.



Pratos servidos na festa de Natal entre outros mais, saladas e sumos:

Portugal: Pudim, vinho do porto.

Montenegro: kebap.

Siry Lanka: Wadi.

Eritrea: Zigni.

Somália: Sambuse und Bur.

Schweiz: kartoffelsalat.

Thailand: Thaicurry.

Kosovo: Byrek, Torte trileqe.

Sicília: Pizza.

Schweiz: Nüsslisalat mit ei und speck.

Ungarn: Szàrma.







Zweckverband



As Câmara Municipais do Distrito de Horgen (Adliswil, Hirzel, Horgen, Hütten, Kilchberg, Langnau a. A., Oberrieden, Richterswil, Rüschlikon, Schoenberg e Thalwil Wädenswil) formam a Zweckverband SNH, ou seja uma Rede Social dentro do mesmo Distrito. Este Grupo lidera a proteção de crianças e adultos (KESB), serviços de assessoria e do emprego e integração social.



No interesse dos onze municípios associados e de acordo com as suas necessidades, a Zweckverband SNH, oferece serviços sociais para jovens e adultos na vida temporária ou permanentemente difícil:

A Zweckverband SNH, tomam conta da criança e a protecção de adultos neste distrito, que é atribuído por Lei Federal e Cantonal suíça e por tratados internacionais, caso dos refugiados.



A Zweckverband SNH, acolhe Adultos com os direitos humanos a protecção civil com mandatos de instituições nacionais, como a Segurança Social ou a RAV-Seguro Desemprego e as crianças e adultos na Agência de Protecção Civil, daí para todas as comunidades individuais, introduzem o bem-estar económico. Aconselham as pessoas com problemas de dependência de droga e álcool e outros ambientes.



Mas a Zweckverband SNH, não é só uma instituição de apoio a pessoas desintegradas na cultura suíça que não falam a língua ou de pessoas sem meios económicos e pessoas com problemas de dependência de droga e álcool. Eles são sem sombra de dúvida, uma instituição de apoio a pessoas com menos capacidade física no trabalho, a pessoas com mais de 40 anos que começam a ser descriminadas pelos patronatos pela idade ou até estão abertos a pessoas desempregadas a longo-prazo e não conseguem trabalho na área que são profissionais, etc.



A Zweckverband SNH, oferece oportunidades de formação para os desempregados que querem integrar-se no mercado de trabalho, tanto na sua como noutra profissão que daí advenha depois do Diploma tirado pela Zweckverband SNH, Soziales Netz Bezirk Horgen rein SNH. Eles fornecem as estruturas diárias e do emprego a pessoas que não têm temporariamente nenhuma chance no mercado de trabalho. A Zweckverband SNH também proporcionam habitação com disponívelidade para as pessoas que estão em risco de pobreza, onde tem todo o apoio necessário, desde conselhos e apoios morais e psicológicos, desde as refeições ao trabalho temporário ou definitivo.



A instituição privada, Zweckverband SNH, trabalha com o estado suíço, dá emprego a professores de alemão e técnicos profissionais de várias profissões, computadores, limpeza, fabril, reciclagem, etc., entre os quais envolve e trabalham muitas pessoas suíças carenciadas que necessitam duma vida digna, como alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde, para combater a extrema pobreza e afastar de vícios e darem uma nova oportunidade a muitos reclusos.



Para terminar este artigo quero acrescentar que qualquer pessoa pode inscrever-se na Zweckverband SNH, voluntariamente e independente num Curso de alemão e pagar do seu próprio bolso.



Quelhas na revista Repórter X

Revisão: Patrícia Antunes




Festa de Aniversário de Alexandre Faria


       O cantor Alexandre Faria celebrou no passado dia 2 de Janeiro mais um seu aniversário. O artista, que é muito acarinhado pelos seus amigos e fãs, foi surpreendido com uma festa, que se realizou na “Associação Heróis do Mar”, em Bad Ragaz, na Suíça.
       Alexandre Faria chegou ao local numa magnífica limusina branca, acompanhado de amigos, tendo à sua espera uma passadeira vermelha, ladeada por tochas que iluminaram a aparição do cantor até à sua entrada no restaurante, numa verdadeira alusão ao mundo encantado do cinema e da realeza. Aliás, nada que o artista estranhe, uma vez que é gentilmente tratado por “príncipe” pelas suas ouvintes da Rádio Dom Bosco e Salesiana, da qual é locutor.
       A sala, que acolheu a festa-surpresa, encontrava-se engalanada e repleta de amigos que ansiosamente o aguardavam para o acarinharem e o felicitarem por mais esta data especial. Assim que Alexandre Faria irrompeu na sala às escuras teve uma recepção calorosa, em que se ouviu, em uníssono, o canto de “Parabéns”.
      A festa decorreu alegremente na companhia de amigos e admiradores que acompanham o seu trabalho, tendo sido animada pelas actuações do próprio Alexandre Faria, assim como do colega e amigo Miguel Santos, pela dupla de cantores, radicada na Suíça, Gaby & Alex, pela pequena Cléo Agostinho e, ainda, pelos cantores Zé Barbosa e Ricardo Jorge que se encontravam, à data, na Suíça.
       Alexandre Faria mostrava-se feliz e grato pelo facto de todos os seus amigos e das pessoas presentes lhe manifestarem um tão grande carinho e admiração, não só por si enquanto artista, mas, sobretudo, pela sua pessoa, pelo ser humano que é..


Fotos: Cristina Santos Salgado
Artigo: Repórter X
Revisão: Patrícia Antunes


   

Fábrica e Loja A H. M. em mão familiares


Visitei uma fábrica de família suíça que vem de gerações.

A H. M tem mais de 100 anos.

O que dizer desta fábrica?

Os proprietários já estão cansados da vida, vê-se nitidamente que os donos estão ali quase por obrigação e não se sabe quanto mais tempo irá existir, se haverá quem pegue no ramo da pastelaria e padaria para continuar com uma geração mais nova e apostarem numa fábrica e supermercado mais atractivo e moderno.

A fábrica não deixa de ser importante e foi útil para aquela população, tem os cuidados de limpeza diários que ofereceram a uma instituição que integra gentes dos mais variados patamares sócio e económicos actualmente com dificuldades na região de Horgen, essa instituição é Zweckverband SNH, Soziales Netz Bezirk Horgen rein SNH.



Artigo: Repórter X

Revisão: Patrícia Antunes

Exposição Sandra Almeida Consultora Independente Mary Kay expõe na S&L Fashion

Sandra Almeida, Consultora Independente da Mary Kay, expõe na S&L Fashion com reportagem de Luís Garcia na Revista Repórter X.

Os empresários vão participar num desfile de modelos no 5° Aniversário da Revista Repórter X a 1 de Abril de 2017 em Baden, Suíça.

Artigo: Repórter X
Revisão: Patrícia Antunes

Exposição entre a beleza e a moda


Sandra Almeida, Consultora de Beleza Independente da Mary Kay, expôs com sucesso conjuntamente numa das mais conhecidas lojas de moda portuguesas na Suíça.
Foi um prazer aceitar o convite da Boutique S&L Fashion.
O porquê?
A beleza é um conjunto de cuidados da pele, a maquilhagem, o vestuário e acessórios, fazem um conjunto perfeito para a imagem de cada pessoa. Queremos estar sempre presentes na imagem bonita dos portugueses e por isso vamos estar de novo juntos na festa da Revista Repórter X com desfile de produtos de beleza e moda com os nossos manequins ao seu mais alto nível.
Um grande obrigado do fundo do coração à S&L Fashion e ao Repórter X.
Artigo: Sandra Almeida
Revisão: Patrícia Antunes


sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Carta aberta

Caro Adelino Sá,
quero-lhe dar os parabéns pelo excelente modelo de jornal Gazeta Lusófona.

Está um jornal mais manejável e bastante colorido, perde ainda pelas fotos minúsculas que não se vêem os rostos.

Desde que fundei a Revista Repórter X, a 1 Abril 2012, quase há 5 anos, nunca mais considerou uma notícia e nem tão pouco um poema do autor no GL, sempre na expectativa de haver laços culturais e de partilha, estou a manifestar desagrado, porque infelizmente o jornalismo por si só não é isento.

Segue um texto abaixo que vai ajudar a perceber o que pode estar por detrás de simples coisas. (resíduo)

Tal como me confidenciou, o Gazeta vai passar de mãos e da mesma forma que tenho tido a coragem de dialogar com o amigo Adelino Sá, quero fazê-lo com a nova direcção se isso vier a acontecer.

A isto acrescento que, todos os meses alguém vem falar da sua pessoa em relação à revista repórter X, dizem que faz perguntas sobre o mesmo.

Normalmente temos conversas abertas no que nos confere alguma amizade ou simpatia de uma personalidade pela outra, e aqui pergunto, ao ser verdade porque é que não faz esse tipo de perguntas ao Quelhas!?

Somos e quando digo somos, quero dizer que a minha equipa no passado e no presente está a ser confrontada com perguntas desnecessárias e onde põem em causa o bem-estar da direcção e seus colaboradores, nesses confrontos inventam mentiras e põem defeitos na revista repórter X ou até mesmo em alguns membros afectivos.

Acho que o Mundo que me rodeia ainda não parou para se perguntar por que algumas pessoas são excelentes no que fazem enquanto outras não?

Se as palavras “dom” ou “talento” passaram pela mente de alguém, talvez valha a pena meditar e conhecer a verdades sobre o sucesso.

Sabem porquê?

Ser excepcional não é Dom, mas muita disciplina e trabalho duro, dedicação, gosto pelo que fazemos sem olhar a ordenados.

Quando convivemos com alguns perfis de pessoas insatisfeitas com a sua própria vida, normalmente descarregam a sua raiva e sua inveja nos outros, saberão bem do que eu falo!

Distinguir colegas de trabalho tóxicos dos demais não é um exercício que requeira prática nem tanto conhecimento assim.

Pessoas tóxicas existem em todos os ambientes, afinal, são pessoas, mas é no trabalho em grandes grupos que os efeitos que elas produzem parecem se espalhar com mais letalidade e digo isto porquê?

Os colaboradores de um projecto teem de obrigatoriamente alertar a cabeça desse projecto para se proteger de pessoas negativas, não podem esconder o que lhes falam, nem o bem e nem de mal, isto para protecção e outra para melhorar um projecto quando a crítica é construtiva.

Toda a gente passou por este projecto com lealdade e bem-querer e por causa de resíduos tóxicos adoeceram.

Afastaram-se.

Hoje também alguns deles andam a tentar intoxicar quem por cá está.

É evidente que entre os evitáveis tóxicos que conspiram contra quem faz algo de bom e benéfico para a sociedade, vem destabilizar um grupo de trabalho, mas o pior é que esse alguém constam os mentirosos, os arrogantes, os manipuladores, os fofoqueiros, os briguentos, os controladores e os invejosos.

Aqui a ideia deste texto que se vai tornar publico, é identificar aqueles que atrapalham mais a produtividade do grupo – ainda que, num primeiro momento, não encarnem nenhum dos predicados acima.

Pessoas tóxicas podem parecer inofensivas à primeira vista, como um lindo cogumelo vermelho e branco colhido no campo, mas que pode matar.

Se há resíduo tóxico num grupo, logo vamos aos poucos saber se existe, pelas suas atitudes e por falta de ética social e moral, mas principalmente quando escondem diálogos que vem do exterior de um qualquer parvalhão que pertence a uma das siglas tóxicas descritas em cima: “os mentirosos, os arrogantes, os manipuladores, os fofoqueiros, os briguentos, os controladores e os invejosos...”

Amigos, quanto a mim saio sempre fortalecido. “Quelhas”

Artigo: Quelhas na Revista Repórter X
Revisão: Patrícia Antunes

Acerca do BOM DIA LU

Jornal das comunidades no Luxemburgo

Fundado no início no ano de 2001 no Luxemburgo, o BOM DIA é o mais antigo jornal em linha das comunidades portuguesas. Inicialmente destinado à divulgação de eventos da comunidade portuguesa, o site Bomdia.lu cedo se tornou no mais completo portal informativo, no Grão-Ducado do Luxemburgo, ao serviço da comunidade lusófona.

Em 2004 um grupo de jornalistas, fotógrafos e informáticos criaram a associação sem fins lucrativos “Bomdia.lu asbl” para retomar o site uma vez que a empresa privada que o criara deixou de investir no projeto. A associação nasceu para – e tem por objetivo nos seus estatutos – colocar à disposição da comunidade lusófona do Luxemburgo informação online em língua portuguesa.

O projecto BOM DIA passou então a ser o primeiro grupo de jornalismo associativo da diáspora portuguesa. E sob esta nova configuração conheceu vários formatos e aumentou a variedade de conteúdos disponíveis. O BOM DIA, com um número cada vez mais vasto de leitores, foi assegurando a sua qualidade de informação graças a uma equipa de colaboradores, na sua maioria voluntários. Entre estes encontram-se profissionais com experiência em diversas publicações portuguesas tais como Expresso, Diário de Notícias, Sábado, Diário Económico, Record, Jornal de Notícias ou RDP. O grupo conta ainda com técnicos, designers, informáticos e criativos do mercado luxemburguês e não só.

Os conteúdos disponibilizados pela associação Bomdia.lu foram-se orientando nos últimos anos para a partilha de informação em distintas redes sociais. Presente no Facebook,  Twitter, Google+ e Instagram, o BOM DIA tem mais de 55.000 seguidores nessas plataformas.

O BOM DIA foi também o primeiro site no Grão-Ducado a lançar uma web TV. Em linha desde 2011 com reportagens de vídeo que podem ser vistas nas diversas plataformas: Youtube, Facebook e Google+, o espólio de vídeos atinge no início de 2016 mais de 680 reportagens. O BOM DIA foi também pioneiro no domínio das aplicações para os aparelhos móveis uma vez que lançou uma das primeiras apps para iPhone e iPad no Luxemburgo.

Com as parcerias que desenvolveu em países com grande presença portuguesa, o BOM DIA lançou em 2015 uma plataforma de informação destinada aos portugueses do resto da Europa, estruturada em torno do domínio Bomdia.eu com especial destaque para a informação sobres as comunidades portuguesas de seis países: Luxemburgo, Bélgica, França, Alemanha, Suíça e Reino Unido. Estes novos sites foram, de novo, desenvolvidos por informáticos e analistas portugueses e o font utilizado é também de criação portuguesa.

O BOM DIA, que em 2016 festeja 15 anos de existência, apresenta-se cada vez mais como uma plataforma ideal para os jovens da segunda e terceira gerações permitindo-lhes – sobretudo através das redes sociais – manter contacto com a língua portuguesa. Para atrair os mais jovens, o grupo BOM DIA propõe conteúdos específicos que lhes são destinados. Entre eles está a rádio em linha Bomdia.fm que pretende chegar a este público mais jovem com a originalidade e irreverência, resumidas pelo slogan da web radio “Aqui o Tony não faz carreira”.

O BOM DIA provou nos últimos anos que se pode “fazer informação” independente e de qualidade com recursos e meios reduzidos, completamente independente de grupos de comunicação social, partidos políticos, confissões religiosas ou lobbies, e totalmente gerido por portugueses e lusodescendentes.

A etapa atual da evolução deste projeto passa pela transição de uma associação sem fins lucrativos para uma estrutura empresarial que possa consolidar o BOM DIA como uma estrutura global dedicada ás comunidades portuguesas no mundo.

Artigo e fotos: Bom Dia LU


Entrevista: Caffé Pizzaria Glamour

Pregassona
O Caffé Pizzaria Glamour já se tornou num local de referência para muita gente desta zona, é muito conhecido em Pregassona, periferia bem próxima de Lugano, pois é dividido simplesmente por um rio, fica bem perto do estádio de futebol de Lugano, do pavilhão de desporto do Okei de Lugano, tal como de centros comerciais e outras infraestruturas.

O senhor Miguel Sousa tem 38 anos de idade, é casado e tem um filho de seis anos de idade e vive na Suíça desde oito anos de idade.

O empresário decidiu abrir uma atividade em Pregassona, Lugano, Cantão Ticino, trata se de uma actividade na restauração, têm um Caffé Pizzaria, aberto, já há cinco anos, desde 2012 a qual tem vindo a crescer continuadamente.

O Senhor Miguel Sousa tem muitas iniciativas para propor aos seus clientes, tais como música ao vivo e Karaoke. A boa gastronomia é a principal atracção dos visitantes, tem sempre pratos inovadores para satisfazer uma clientela com gostos diferentes, pode ser pizza tailandesa, portuguesa, italiana ou pratos de gastronomia local.

Como já referi, tudo depende do tema da noite e da clientela que está presente, a qual pode ser diferente e no qual aparecem novas ideias e propostas sobre o tema dominante ou seja procura satisfazer os mais variados gostos dos seus clientes e de tal forma fazer sentir a sua clientela como na sua própria casa. Neste contexto familiarizado, pois para o Senhor Miguel disse ao Repórter X que os clientes acabam por se tornar em amigos, no qual faz questão de os satisfazer a tal ponto, que o Caffé Pizzaria Glamour acaba por se tornar num local para amigos.

Dorici: Senhor Miguel há quantos anos está na Suíça?  

Miguel Sousa: Estou na Suíça desde os oito anos de idade, vim em criança com os meus pais e por aqui fiquei até hoje.

Dorici: Trabalhou sempre na restauração?

Miguel Sousa: Sim, sempre! Trabalhei num restaurante muito conhecido em Lugano, cerca de vinte anos, um restaurante muito famoso nesta zona, muito frequentado por turistas e gente local, foi ali que aprendi todos os truques da arte, foi ali que fiz a gaveta ou aprendizagem para me aventurar nesta empresa e abrir neste local o Caffé Pizzaria Glamour.

Dorici: Senhor Miguel, a sua clientela é mais baseada em qual género de pessoas?

Miguel Sousa: A minha clientela é mais indígena, sobretudo trabalho muito com os funcionários do banco, no qual para além de clientes, transformaram-se em amigos, tais como todos os meus clientes, pois faço questão de lhes proporcionar um ambiente amigável e familiar.

Dorici: Senhor Miguel, como se sente um português aqui no Ticino a representar uma empresa na restauração?

Miguel Sousa: Eu sinto-me muito bem, sinto-me em casa, tal e qual como se estivesse em Portugal ou talvez e de certa forma ainda muito melhor.

Dorici: Senhor Miguel a crise que todos falam a si têm causado dificuldades?

Miguel Sousa: Não! Para mim a crise sente-se muito pouco, como trabalho principalmente com uma clientela do banco, consigo realizar sempre os meus objetivos.

Dorici: Senhor Miguel, tem funcionários portugueses?

Miguel Sousa: Não, os meus empregados são todos Suíços.

Dorici: Senhor Miguel, trabalha mais com o bar ou com o restaurante?

Miguel Sousa: Sem dúvida que trabalho muito mais com o restaurante, pois se os meus clientes para o meio-dia não reservarem mesa a tempo, pois, eu não tenho lugar para servir toda a clientela que se apresenta para almoçar. Estou muito satisfeito com a actividade, porque todos os dias tenho a casa cheia e sempre aumentando a clientela.

Dorici: Senhor Miguel, o que aconselharia o senhor aos jovens que quisessem abrir uma atividade própria deste género?

Miguel Sousa: Dizia-lhe que sim! Contudo alertava para que tivessem a experiência necessária, muita força de vontade para enfrentar este tipo de trabalho.


Texto e fotos: Hermínia Dorici
Revisão: Patrícia Antunes


A grande noite de festa em Cadempino Ticino, foi organizada pelo rancho folclórico Saudades de Portugal.

O artista Saúl Ricardo foi entrevistado em vídeo e tirou fotografias com a revista Repórter X.

O cantor popular apreciou muito e gostou de saber, ficou mesmo surpreendido ao ter conhecimento que na Suíça há uma revista em língua de expressão portuguesa de alta qualidade a falar de cultura e um pouco do que por aqui acontece!

Deu os parabéns à Luísa Sousa São Miguel, presidente do rancho Saudades de Portugal e depois à Dona Hermínia Dorici e a toda a equipa que está por trás deste projecto cultural e jornalístico e principalmente elogiou a revista pelo seu conteúdo.

Agradeceu ainda com grande satisfação por encontrar em terras Helvéticas iniciativas como esta, uma festa portuguesa e a cobertura jornalística de uma revista que leva a conhecer as iniciativas que por cá se fazem nas comunidades e não só, divulga os artistas que por cá passam.

Atento, apercebeu-se que a revista repórter X está a ser divulgada em papel de revista através de assinatura anual e online em todo o mundo através de um site e de uma aplicação de um programa gratuitamente.

- “Foi um prazer entrevistar o artista Saúl Ricardo, pois para além de ser um grande artista, notei muitos dos seus dotes, grande simpatia e boa disposição, dedicou-me todo o tempo e atenção. Obrigado Saúl”

(A Hermínia Dorici está de parabéns por todo o esforço que tem vindo a desenvolver em prol da revista repórter X e da cultura portuguesa na Suíça, principalmente no Cantão Ticino. Obrigado.)


Artigo: Quelhas, director
Revisão: Patrícia Antunes




Entrevista: artista Saúl Ricardo

No passado dia 03 de Dezembro 2016, tive a ocasião de entrevistar o grande artista Saúl, o qual me surpreendeu pela sua grande simpatia e boa disposição, disponibilizou-se para a grande entrevista na Revista Repórter X

Dorici: Saúl, quando começou a sua carreira de artista?

Saúl: A minha carreira começou muito cedo, tinha eu 4 ou 5 anos de idade na altura. Venho de uma família circense, comecei a cantar numa pista de circo, imitando o Quim Barreiros. Em 1993 gravei uma cassete intitulada o rival Quim Barreiros. Em 1994 participei num dos maiores programas de variedades da época, na SIC com o apresentador João Baião, no qual fui há final, mas não tive a sorte de ganhar a final! Em 1996 a Editora Vidisco pegou em mim e gravamos o “bacalhau quer alho”, que toda a gente conhece, foi um grande sucesso de vendas, em três meses foi triplo disco de platina, equivalente a cento e vinte mil cópias a nível nacional e até agora já são dezassete trabalhos editados, entre os quais a “fábrica do chouriço” que é um grande sucesso, “o pito da Maria”, “o meu rafeiro”, “a dança da mãozinha”, “comi no melão” que é o mais recente, “tu és capaz” toda a gente conhece e já toda a gente canta por aí.

Dorici: O Senhor trabalha mais em Portugal ou nas comunidades cá fora?

Saúl: Graças a Deus trabalho a nível mundial, como eu costumo dizer, tanto dentro como fora de Portugal, claro que no Inverno venho muito mais hás comunidades portuguesas cá fora trazer um bocadinho do nosso Portugal, um pouco da nossa cultura que tanto faz falta parar se recordarem, para trazer um bocadinho do nosso cantinho, da nossa bandeira e no Verão é a época mais forte, é claro que é mais dentro do nosso país em Portugal, mas estou sempre disponível, e sempre de braços abertos para vir cá para fora fazer espetáculos e brincar um bocadinho com a nossa cultura e com a nossa língua Portuguesa cá fora.

Dorici: Eu acho que as comunidades cá fora costumam receber muito bem os nossos artistas, verdade?

Saúl: Sim é verdade, e se falarmos de sítios mais longínquos sem ser na Europa, é um carinho completamente diferente, porque há muita gente que não vai a Portugal há quarenta anos, por exemplo pessoas que vivem na Austrália e que se nota muito mais o carinho, porque nem sabem como está a nossa cultura em Portugal, há gente que está um pouco atrasada no conhecimento da nossa música mais recente e levamos até eles, mas no nosso estilo português com as concertinas, os ranchos etc. Faz sim com que isso seja sempre uma novidade e eles adoram isso. Mas graças a Deus sou sempre muito bem recebido nas comunidades sem dúvida nenhuma.

Dorici: O Cantão Ticino que é este onde nos encontramos agora, é a primeira vez que vêm aqui?

Saúl: Não, já é a terceira ou a quarta vez, penso que seja a terceira ou quarta, a primeira vez creio que foi aproximadamente há cerca de oito anos, nesta sala já é a segunda vez.

Dorici: Têm previstos outros eventos aqui na Suíça a breve?

Saúl: Sim, temos previstos para o ano, em Fevereiro, Março e Maio, três meses que vamos estar por cá, um deles é no fim-de-semana do dia dos namorados, depois é o dia onze de Março, e depois sim em Maio mais uns dias.

Dorici: Costuma actuar com outros artistas? Como por exemplo o Quim Barreiros?

Saúl: Sim, já actuei com ele e não tenho problema nenhum em actuar com qualquer outro artista, mesmo de outro género musical, não tenho nenhum preconceito em trabalhar com eles, mas quando venho cá fora normalmente venho só.

Dorici: Saúl eu coloquei nas suas mãos a revista Repórter X! Que é uma revista de língua portuguesa na Suíça, que estamos a divulgar na Suíça, no Liechtenstein e em Portugal e esperamos em todo o mundo lusófono através das redes, que ideia lhe dá a si esta revista?

Saúl: A ideia que eu tenho é; em primeiro lugar dar-vos os parabéns, tanto pela audácia, como pela coragem sem dúvida alguma, pois para fazer isto não é tão fácil como as pessoas pensam e há muita gente a trabalhar por trás, para isto aparecer tão bonito como está, pois não é só a senhora, têm os designers, os repórteres, não é só a senhora, são todos os seus colegas, os directores, toda uma equipa e é de uma grande audácia de grande coragem fora do nosso país quererem mostrar a cultura como é vivida fora dele ou seja neste caso aqui na Suíça. Dou-vos os meus parabéns, continuem, das cinco mil cópias vamos passar para as dez mil cópias e das dez mil cópias para as quinze mil cópias, e tudo vai correr bem e através da internet, vão chegar a toda a parte do mundo. Força coragem e continuem em frente.

Exclusivo, Hermínia Dorici, representante da Revista Repórter X no Ticino

Revisão: Patrícia Antunes



Em memória dos jogadores Chapecoense, acompanhantes, família e amigos.

Marca-se o destino e no destino embarcamos.

Os dias correm a favor do tempo, do tempo que não espera.

Passamos o dia-a-dia a pensar no que o futuro nos reserva. Costumamos dizer que a vida são dois dias e é bem certo, a vida é tão curta desde quando embarcamos nesta viagem até à morte, como um piscar de olhos…

Neste caso, vou falar de outra viagem, uma viagem ainda mais curta, daquelas que muitas vezes temos a oportunidade de realizar numa das paragens que fazemos durante a nossa vida, viajar no ar, nas nuvens, mais perto da Lua e do Sol.

Falo de uma viagem que nos permite subir pelo ar, percorrer o Céu, chegar perto do que quando em terra nos parece ser o limite e nos transmite a tranquilidade. Passamos para cima das nuvens e ultrapassamos a turbulência.

Conseguimos chegar mais alto e mais além, onde nem os pássaros voam, onde a temperatura é mais fria, onde tudo parece puro, não fossem as nuvens brancas ou não se avistassem muitas vezes à mistura serras ou alpes cobertos de neve gélida. Somos muitas vezes ainda presenteados com o contraste verde da natureza e o azul do Céu.

Era bom que não fosse um avião mas sim um pássaro gigante a sobrevoar o céu, levando humanos sobre as suas costas para poderem sentir a brisa em seus rostos.

“Voar é muito mais do que flutuar sobre a terra, é sentir a leveza da vida, a suavidade da brisa, o valor da liberdade, o brilho da magia. Voar é abrir as asas da alma, ligar os motores do coração, navegar com intuição e coragem e ir em direção ao amor dentro de si, desvendando a verdadeira essência de quem somos.”

Este tipo de viagem é sem sombra de dúvidas mais segura, mesmo que se diga que gostamos de estar com os pés bem assentes na terra, existem muitas diferenças entre seguir pelo ar e ou pelo asfalto, viagem esta que vitima tanta gente.

Embarcamos já com o anseio de aterrar subtilmente e soltar uma salva de palmas de agradecimento pela viagem.

E assim seguimos a viagem da vida, caminhamos para o futuro que nos espera, tal como quando nascemos até à morte, embalados num sonho e num acreditar, vivendo na esperança de dias melhores.

Vamos ser felizes e gozar a vida da melhor maneira, pois em breve vamos aterrar nesta viagem.

Artigo: Quelhas na revista Repórter X
Revisão: Patrícia Antunes

Dormir debaixo de gelo

Bom dia. Como é duro dormir com alguns graus negativos na cidade da evolução, Zürich, e por isso eu digo também da parvalheira (no meu próximo livro) ou das necessidades, porque afinal a Suíça não dá tudo.

(Se esta pessoa fosse roubar ou fazer algum delito, dormia com certeza num lugar quente, tomava café quente e sopa quente e tomava um duche quente e era encaminhado para uma instituição ou Rede Social de direitos humanos a protecção civil).


Li um artigo que tem informação negativa e errada: “Porque não existem moradores de rua ou mendigos na Suíça” A Suíça esconde e veredito. Na verdade a comunicação social suíça não quer fazer passar uma imagem má e negativa para o exterior e omitem muita coisa para o mundo pensar que a Suíça é um paraíso.


Nos comentários que fizeram no Facebook depois de ter colocado a foto, opinaram algumas coisas: “O Homem que vi, estava a levantar e com um sorriso nos lábios” Depois até houve quem disse-se que o homem podia não ser um sem-abrigo e sim um turista ou até mesmo uma autoridade, um jornalista ou uma pessoa singular para experimentar, para ver a reação das pessoas ou mesmo para pernoitar no caso de um turista. Alegaram que tinha boa mochila e bom saco cama, o que não confere que não seja um sem-abrigo.


Dias antes um homem naquelas bandas parou num jardim e a fazer gestos esquisitos, até que alguém chamou as autoridades e ele foi embora dali. De manhã saí pelas 5h00 da manhã e o tipo estava logo muito perto das redondezas com a rodilha na cabeça e de pele escura, atrás duma carrinha em pé e com movimentos estranhos, quando voltei nunca mais o vi. Agora fiquei a pensar se não seria o mesmo homem.


Na verdade é que na Suíça há muitos frustrados pelos mais variados motivos, principalmente saúde mental derivado do stresse, álcool e drogas.


Então o artigo dizia que na Suíça prendem os mendigos. Não é verdade! O que podem é eventualmente ir uma noite dormir numa sela, que não exactamente cadeia oficial, para desintoxicar ou tomar os primeiros cuidados, depois são reencaminhados e dão-lhes acolhimento nos serviços de assessoria, dão também afazeres ou emprego para integração social. Consta na Lei Cantonal suíça ajudar pessoas desprotegidas.

Artigo: Repórter X
Revisão: Patrícia Antunes


Culinária

Ementa saudável

Cozinhei tipo suíço

(Não coloquei na foto a salada e o vinho Dão)

Atum em lata, escorri o óleo e servi simples
Filete de Salmão cru, coloquei sal e molho especial
Ovos cozidos, apliquei sal
Camarão grelhado, apliquei sal e piripiri
Massa de cotovelos, coloquei sal e manteiga e maionese
Salada diversa, coloquei sal e molho verde
Vinho Dão, servi naturalmente fresco, temperatura ambiente

No prato os sabores misturavam-se e como por magia deslizavam na boca, empurrando com vinho alentejano para aquecer o coração.


Artigo: Quelhas
Revisão: Patrícia Antunes






No “Glacier de la Plaine Morte” o infortúnio bateu-nos à porta

Começo esta crónica com um poema que muitos atribuem a Gabriel Garcia Marquez e que outros tantos, mais puristas, afirmam que o homem nunca poderia ter escrito uma “bostada” desta natureza.


Meus amigos, digam-me lá se após a leitura do “pó da Ema” conseguem ficar insensíveis a este tipo de merdas. “Of course there is shit and shit”.


“Se por um instante Deus se esquecesse que sou uma marioneta de trapo e me oferecesse mais um pouco de vida, não diria tudo o que penso, mas pensaria tudo o que digo.

 Daria valor às coisas não pelo que valem, mas pelo que significam.

 Dormiria pouco, sonharia mais.

 Entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos 60 segundos de luz.

 Andaria quando os outros param, acordaria quando os outros dormem.

 Ouviria quando os outros falam e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate…

Se Deus me oferecesse um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto não apenas o meu corpo, mas também a minha alma.

 Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre gelo e esperava que nascesse o sol.

 Pintaria com um sonho de Van Gogh as estrelas de um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que oferecia à Lua.

 Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas.

Meu Deus, se eu tivesse um pouco mais de vida, não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas.

 Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado pelo Amor.

 Aos Homens, provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar.

 A uma criança dar-lhe-ia asas, mas teria de aprender a voar sozinha.

 Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento.

 Tantas coisas aprendi com vocês Homens.

Aprendi que todo o mundo quer viver em cima de uma montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta.

 Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão, pela 1ª vez, o dedo de seu pai, o tem agarrado para sempre.

 Aprendi que um Homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se.

 São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas não me hão-de servir realmente de muito, porque quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer”.

Esta volta merecia uma introdução deste nível pois não é todos os dias que tenho o prazer de iniciar uma volta quase perto dos 3.000 mts.

Realizei este trilho em companhia dos meus dois camaradas. Desta vez e para variar, ao invés de utilizarmos o comboio fomos no “SBBmicra” do amigo Angel. O espaço não abunda neste carro mas mesmo assim consegue-se com a ajuda de um suporte de bagageira colocar 3 biclas e 3 “mangas” com “tout ce qui va avec”.

Mal arrancamos de “Lausanne” e durante toda a viagem até chegarmos a “Crans-Montana” apanhamos dilúvios de chuva. A cada quilómetro percorrido eramos percorridos por aquela sensação de fracasso, de que íamos ter um dia de “merda”, aliás na minha mente tinha sempre a mesma frase a matracar-me a mioleira “se na net diz que vai chover, é porque vai chover, topas, oh inteligente!”. Assim dito, assim feito, a chuva não nos deu tréguas durante o dia, embora em muitas fotos até parece que o dia estava um espetáculo.

Após quase 2 horas e perto de 140 kms chegamos a Montana, apanhamos o teleférico em “Barzettes” a 1.508 mts e daí seguimos para “Les Violettes” a 2.230 mts. Aí mudamos para outro teleférico que nos conduziu ao “Glacier de la Plaine Morte” a 2.927 mts.


Enquanto subíamos fomos avistando ao longe os trilhos que dentro em breve iriamos percorrer e acreditem que havia lá descidas para todos os gostos. O único problema quando se viaja em teleférico é que quando este passa pelas torres parece que se vai desfazer, tal é a trepidação, mesmo habituado sinto sempre um friozinho na barriga.


Lá em cima, fizemos algumas poucas fotos pois o frio que se fazia sentir era tanto assim como a ventania. Parecia que alguém brincava a espetar-nos agulhas nos tímpanos.


Os meus companheiros que por natureza são amantes da descida, meteram os gases e nunca mais os vi, somente lá longe resolveram aguardar por mim (foto 14). Mal tinha iniciado a descida eis que nos bate o primeiro infortúnio, isto é, estávamos numa zona de forte declive e com muita pedra solta à mistura, nisto comecei a notar que a suspensão afunilava, isto é não fazia o retorno e a roda da frente cada vez mais a fugir-me para a direita e ainda por cima para o lado do precipício.



Imaginem a cena, o melro de peida levantada, selim à frente dos órgãos genitais e a cada metro percorrido, a pensar que ia fazer um mortal encorpado à frente. O tempo a passar e eu nas calminhas a descer até que parei e contactei os meus camaradas explicando a situação.

”À vrai dire” esta situação já não era nova para mim, pois por diversas vezes ao longo do ano tive que injetar ar e sabia de antemão que mais tarde ou mais cedo a Lei de Murphy iria entrar em ação. Sem vergonha de o afirmar e porque reconheço que sou um baldas nesse aspeto, este é pois o resultado de 10 anos sem manutenção à suspa.

Como medida preventiva tinha trazido comigo a bomba de calibrar suspensões, pelo que quando cheguei junto dos meus companheiros após aquilo que me pareceu quase uma eternidade; acabei por retirar todo o ar da suspensão e isso para aliviar a moina, pois tinha de ver claramente visto que na pior das hipóteses o pneu nunca tocaria no arco do garfo (acreditem que não sei o nome que se dá a esse arco, “sorry, mais c’est comme ça, chacun son truc”).

Já que a suspensão ia para a “poubela”, dei-lhe ar acima do limite e bloqueei-a, assim já não corria riscos de ficar outra vez sem ar.

Bem sei que vocês sabem que o que acabei de fazer foi um total disparate, mas o certo é que até ao final do dia nunca mais tive problemas com a suspensão.

Após uma multitude de subidas e descidas à mistura e fartos de apanhar chuva lá regressamos pelas 15h00 ao ponto de partida (vejam o grau de inclinação da foto 29, superior ou igual a 45°). Como tínhamos comprado o bilhete de teleférico para o dia e a pedido dos meus companheiros lá fomos via estrada até “Crans”, onde nos aguardava uma cabine que nos conduziria até “Cry-d’Er” a 2.265 mts. O objetivo era fazer a pista vermelha de “downhill”, pois a pista preta estava fora de questão.

Diz o povo e bem que “quem tem unhas, toca guitarra”, pois eu nem unhas, nem guitarra ou como diria o Hélio, “a técnica é uma cena que a mim não me assiste”.

Não me digam que não sabem quem é ou foi o Hélio!

Claro que os meus companheiros já pertencem a outra geração e mesmo sem biclas apropriadas para descidas mais complicadas, estes amandam-se por aí sem pensarem muito nas consequências, isto se a coisa der par o torto.

Como os compreendo, também numa vida anterior já assim fui.



Do alto de “Cry-d’Er”, tem-se uma vista espetacular sobre a barragem de “Tseuzier”, ponto de partida para efetuar a “Bisse du Ro”, ver crónica N°29 (post 193 da pág.20) ou 57 (post 501 da pág.51) no site BDP.

Mal saímos da cabine e como sou o elo mais fraco, combinei com os meus companheiros efetuar apenas uma descida e eles duas ou mais, enquanto os teleféricos “marchassem”. Posto isto e tamanha era a ganância (no bom sentido), os meus companheiros abalaram, claro que ainda os tentei acompanhar mas o risco de ser atropelado por trás como vim a constatar era enorme.

Atentem ao “indibiduo” todo artilhado na foto 33 (oitava a contar do fim), pois ele será o protagonista do segundo infortúnio que atingiu o nosso grupo.

Bem ou mal, com mais ou menos esforço, em cima ou ao lado da minha fiel amiga, lá fui descendo, sempre com muito receio pois o trilho apenas deixava circular em fila indiana e o risco de ser “enrabado” era uma constante.

As fotos não enganam e conseguem ver que os “experts” passavam por mim a altas velocidades.

Impávido e sereno lá fui descendo, ora parando aqui, ora parando ali, até que a certa altura (ver penúltima foto) dou de frente com o Luís e mais à frente encontro o Angel em companhia do “robocop” da foto 33.

Aquilo que eu temia ou seja um “fucking de um accident”, acabou por acontecer numa das poucas zonas em que se conseguia efetuar uma ultrapassagem. Aposto que sem grandes explicações conseguem perceber o que aconteceu, ou seja quem dos dois foi pela beira e quem atravessou por entre as árvores

O resultado é o que se vê na última foto, uma roda para o galheiro, como se alguém a tivesse cortado com a ajuda de uma cisalha de cortar ferro. Segundo o relato do Luís, o Angel foi abalroado lateralmente, e apesar de ter caído “like a boss” ficou desmaiado por alguns momentos e mesmo à “bofetada”, demorou algum tempo a regressar a si.

O episódio serviu também para o Angel mostrar que aquela barba, aquele look “lumbersexual” ou “lumberjack” tem uma razão de ser, é que em caso de queda, como foi o caso, esta pode servir de amortecedor, para além de que nada melhor para esconder misérias (nem vos conto como o rosto estava inchado na zona dos lábios e das maças).

A queda foi apenas um contratempo menor quando comparado com os quase 3 kms que tivemos de fazer com a bicla à mão a atalhar caminho até regressar ao local de partida, onde tínhamos deixado o nosso “SBBmicra”.

Apesar dos dois infortúnios e de somente termos realizado 28 kms, este foi um dia memorável, muito bem passado e com os seguintes acumulados 2.725 mts (-) e 1.380 mts (+).


Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica.


Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem.


P.S: 
1.Podem visualizar mais fotos desta crónica em www.bravosdopelotao.com ver crónica Nº071.