Problemas com custos de eletricidade:
famílias enfrentam burocracias e falta de responsabilidade na Suíça
No Cantão de Zurique, a indignação
está a crescer entre os consumidores devido ao que muitos consideram como abuso
de poder e extorsão na contagem dos quilowatts pela EKZ, a concessionária de
energia. Vários consumidores relataram aumentos expressivos e injustificados
nas suas facturas de electricidade nos últimos dois trimestres, resultando em
grande frustração e nervos à flor da pele.
Uma família, em particular, tem
enfrentado sérios problemas com os custos de electricidade. A família comunicou
à Protekta Seguro de Protecção Civil e à empresa Gfeller, proprietário dos
apartamentos, que está a pagar o dobro do valor que pagava na sua residência
anterior, e também o dobro do valor inicial da nova casa. Apesar de terem
enviado todas as facturas que consideram apresentar irregularidades e
pagamentos duplicados, e de um técnico da EKZ ter confirmado que não havia
anomalias, a situação continua sem resolução. A Gfeller, a empresa proprietária
com quem a família tem um contracto, alegadamente não assume esta e outras responsabilidades
e transfere a culpa para a EKZ ou para quem quer que seja.
A falta de responsabilidade por parte
da Gfeller e a falta de soluções por parte da EKZ têm agravado a situação. A
família observa que, durante o Verão, a casa tem estado excessivamente quente,
levantando a hipótese de que os aquecedores estejam a consumir energia mesmo
que desligados além de outros aparelhos que podem eventualmente ser usados como
é normal, mesmo quando o aquecimento está completamente desligado o calor é
constante. No Inverno, o aquecimento está ajustado ao mínimo ou até mesmo
desligado e a casa fica muito quente.
O problema não se limita a um único
caso. No Cantão de Zurique, outros consumidores também estão a enfrentar
dificuldades semelhantes e estão a unir-se para tomar medidas. Está a ser
organizada uma colecta de assinaturas para um abaixo-assinado com o objectivo
de pressionar a EKZ e a Gfeller e outras autoridades reguladoras, assim bem
como a Protekta Seguro de Protecção Civil a investigar possíveis
irregularidades na contagem dos quilowatts e a garantir a transparência no
processo de facturação. Os consumidores são aconselhados a enviar comunicações
formais para assegurar que as suas queixas sejam devidamente consideradas.
A situação ressalta a necessidade
urgente de uma revisão e resposta adequada por parte das entidades
responsáveis, para garantir que os direitos dos consumidores sejam respeitados
e que a transparência e a justiça sejam asseguradas no processo de facturação
de electricidade.
Atenciosamente,
Ângela Tinoco
Director Revista Repórter X
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