AI; Nova aplicação com inteligência artificial promete lucros fáceis, mas pode esconder fraude digital
Zurique, Julho de 2025 – Circula por correio electrónico um texto publicitário disfarçado de notícia, redigido em alemão, que anuncia uma aplicação digital intitulada “SmartTradingAI”. Alega-se que esta plataforma, baseada em inteligência artificial, permite a qualquer pessoa gerar lucros significativos em poucos dias, sem esforço, experiência prévia ou conhecimento dos mercados financeiros. À superfície, o anúncio seduz com números e promessas. Mas, na substância, tudo aponta para um esquema fraudulento.
A estrutura da mensagem segue o velho modelo dos engodos financeiros: testemunhos anónimos de lucros elevados, linguagem alarmista para incitar ao registo imediato, um alegado gestor pessoal que entra em contacto por telefone, e a pressão subtil para efectuar um depósito inicial. Em momento algum se apresentam termos legais claros, identidade jurídica da empresa ou garantias de protecção ao consumidor.
A aplicação afirma negociar automaticamente moedas, acções e obrigações com recurso a um “algoritmo inteligente”, prometendo lucros diários. No entanto, após investigação conduzida pela equipa da Revista Repórter X, confirma-se o que os sinais já indicavam: não está, nem há, nenhuma firma na Suíça registada com o nome “SmartTradingAI”. A entidade não consta dos registos da FINMA, a autoridade de supervisão do mercado financeiro suíço, nem possui qualquer sede física ou presença oficial em bases de dados comerciais reconhecidas.
O chamado lucro gerado pela aplicação é fictício. As movimentações exibidas na plataforma são simulações gráficas, sem correspondência com operações reais nos mercados. O dinheiro depositado pelos utilizadores não é investido, mas sim absorvido como receita directa por quem explora o esquema. Quando o utilizador tenta levantar os supostos lucros, surgem entraves burocráticos, novas exigências ou simplesmente o silêncio.
A fraude, neste modelo, reside na ilusão. Quem cria a plataforma lucra com o engano. Quem deposita, perde o que tem. A plataforma explora a ingenuidade de muitos, o desespero de outros e a esperança de todos.
Este tipo de publicidade, disfarçada de artigo jornalístico, deve ser imediatamente reportado às autoridades policiais e financeiras. Aconselha-se vivamente a não clicar em ligações, não fornecer dados pessoais e nunca transferir fundos sem garantir a legitimidade da entidade.
A Revista Repórter X deixa o alerta com voz firme: nenhum lucro fácil é seguro quando não há transparência, rosto nem registo. A inteligência artificial, sem ética, não é ciência, é ilusão digital posta ao serviço do roubo moderno. O futuro exige vigilância, memória e verdade.
autor: quelhas
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