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domingo, 13 de julho de 2025

Cem anos de sonhos e amor: Sport Clube Maria da Fonte celebra centenário em festa popular na Póvoa de Lanhoso

Cem anos de sonhos e amor: Sport Clube Maria da Fonte celebra centenário em festa popular na Póvoa de Lanhoso: 

 



Cem anos não são cem dias, como bem disse Domingos Silva da Rádio União – A nossa voz. E foi com esta consciência do peso da história que a comunidade Marifontista se reuniu em júbilo nos dias 12 e 13 de Julho para celebrar o Centenário do Sport Clube Maria da Fonte, símbolo maior da identidade povoense e orgulho profundo da Vila de Lanhoso. 

 

Fundado em 1925, o clube viveu neste fim-de-semana uma celebração memorável, em que o passado, o presente e o futuro se entrelaçaram numa festa carregada de emoção, memória e gratidão. 

 

Forma dois dias de honras e emoção: 

O programa oficial começou no Sábado, 12 de Julho, com a abertura da Exposição do Centenário, pelas 16h30, no emblemático Theatro Club da Póvoa de Lanhoso, local onde minutos depois se realizou o lançamento do livro “Sport Clube Maria da Fonte 1925/2025 – Cem Anos de Sonhos e Amor”, da autoria do Dr. Rui Manuel Macedo Rebelo. Uma obra que é mais do que uma resenha histórica, é um monumento literário à paixão que moldou gerações. 

 

Presentes na cerimónia estiveram várias figuras públicas e representantes institucionais: 
Álvaro Oliveira, presidente da Comissão Executiva do Centenário, 
Frederico Castro, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, 
Miguel Azevedo, vice-presidente da Associação de Futebol de Braga, 
Vasco Pinho, director executivo da Federação Portuguesa de Futebol, 
João Gomes, presidente honorário do SC Maria da Fonte, 
Paulo Flávio, presidente da Comissão Administrativa do Clube, 
António Sampaio e Armando Silva, antigos presidentes do SCMF. 

(entre outros). 

 

Os discursos proferidos celebraram a coragem, a resiliência e o amor de todos os que ao longo de cem anos vestiram, defenderam e honraram a camisola do Maria da Fonte. 

 

O Domingo da celebração popular: 

No dia 13 de Julho, a festa continuou com a mesma força, marcando de forma solene e vibrante o dia oficial do centenário. 

 

Pelas 10h00, celebrou-se a Missa evocativa do Centenário, em honra dos fundadores, atletas, sócios e dirigentes que já partiram, mas cuja alma continua entrelaçada na história do clube. 

 

Às 11h30, foi inaugurado o Mural do Centenário, no Estádio dos Moinhos Novos, numa cerimónia emotiva que contou com foguetes, o içar da bandeira e a audição do hino da Maria da Fonte, entoado com força e orgulho por todos os presentes. 

 

Seguiu-se o Desfile Marifontista, um cortejo de gerações e camisolas, de memórias e vitórias, de juventude e veterania. 

 

O ponto alto da confraternização deu-se ao almoço, onde sócios, antigos atletas, dirigentes, simpatizantes e habitantes da vila reuniram-se para partilhar a mesa e os afectos. 

 

A actuação dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso encheu de brilho e sentido de missão o encerramento das celebrações. 

 

Um século de história, uma eternidade de amor: 

Ao longo de todo o fim-de-semana, a Rádio União – A nossa voz! esteve em directo, levando aos que não puderam estar presentes os sons e as emoções das celebrações. 
 

Vibraram os sinos e as gargantas, ergueram-se os estandartes, e a alma Marifontista provou, uma vez mais, que o Maria da Fonte é mais do que um clube, é um pedaço da vida de todos os povoenses. 

 

Cem anos de sonhos e amor. Cem anos de luta e de raça. Cem anos de fé no possível e impossível. 

 

O último dia dos cem anos marcou apenas o primeiro do que ainda está por conquistar. 

 

Viva o Sport Clube Maria da Fonte! Viva a Póvoa de Lanhoso! Viva a alma Marifontista! 

 

 

 

Maria da Fonte – A alma de um povo, o nome de um Clube: 

 

Nas serranias firmes da Póvoa de Lanhoso, onde o granito molda o carácter e os ventos sopram liberdade, nasceu em 1925 um clube com nome de revolução e alma de povo: o Sport Clube Maria da Fonte. 

 

Chamaram-lhe assim, em homenagem à mulher que levantou multidões, que fez da enxada um estandarte e da coragem um hino. Maria da Fonte não foi apenas símbolo de rebeldia contra a opressão. Tornou-se mito, tornou-se chama. E o clube que herdou o seu nome carrega, desde esse primeiro dia, a mesma centelha indomável no coração. 

 

Foram décadas de luta e glória, de Domingos passados na bancada, de campos enlameados, de vitórias arrancadas ao destino. Foram gerações inteiras que se fizeram homens e mulheres ao serviço de um emblema, de um grito, de uma camisola. O preto e branco do Maria da Fonte não são meras cores: são memória e identidade. 

 

Quantas alegrias se viveram no Estádio dos Moinhos Novos, quantas lágrimas se derramaram, quantos jovens sonharam ali os primeiros sonhos?  

 

Quantos treinadores, quantos roupeiros, quantos dirigentes deram o que tinham e o que não tinham para que a bola continuasse a rolar, para que o símbolo se mantivesse vivo? 

 

E viva se manteve, esta instituição centenária, feita de suor e paixão. O Maria da Fonte não se mede em troféus, mede-se em fidelidade. Em amor à terra. Em entrega sem cálculo. Em histórias contadas à lareira por avôs que um dia marcaram um golo ou defenderam uma grande penalidade. 

 

Também por lá passaram amigos e por lá passou a minha família. E continua a passar. Por parte do pai, por parte da mãe. Gerações que ali respiraram futebol, amizade e identidade. E é com orgulho firme que olho para o presente e saúdo o trabalho e o discurso sentido do meu primo Álvaro Oliveira, homem da casa, presidente da comissão executiva do centenário, cuja entrega e visão honram o passado e traçam futuro. 

 

Hoje, ao cumprir cem anos, o Sport Clube Maria da Fonte ergue-se como um bastião da cultura popular, um espelho da alma povoense, um altar onde se celebram as pequenas vitórias que fazem a grandeza de uma comunidade. 

 

Porque o clube é de todos. É daqueles que jogaram. Dos que torceram. Dos que choraram a derrota e celebraram a glória. É daqueles que o guardam no peito, mesmo longe. E dos que, mesmo sem nunca terem vestido a camisola, a sentem como pele. 

 

Cem anos passaram. Cem anos ergueram-se. Mas este amor, esse, não tem fim. 
Viva o Maria da Fonte. Sempre. 

 

 

Cântico dedicado ao Sport Club Maria da Fonte: 

 

Dedicado ao clube e ao povo da Póvoa de Lanhoso 

Maria da Fonte, outrora, guerreira do Minho 
Abandonada num fontanário, diz a lenda 
Hoje alma lembrada dos povoenses 
Que a chama Marifontista alimenta. 

 

Na encruzilhada tomaram decisões 
Roçadoras! Chuços! Forquilhas! Enxadas! 

Tal como o Sport Clube Maria da Fonte une corações 

A Maria da Fonte uniu muitas multidões. 

 

O clube centenário tem nome e história 
Homenagem viva à heroína e à memória 
É farol do Castelo de Lanhoso e orgulho da nossa gente 
A voz do povo, forte e persistente. 

 

Cem anos passaram pelo clube 
Cem anos ergueram-se muros 
Mas este amor, esse, não tem fim 
O futebol enraizado na nossa cultura, enfim. 

 

Aqui passa a minha família, em gerações 
Do pai à mãe, dos amigos, sangue e paixões 

Eu que nunca me envolvi, mas admiro 
O triunfo dos atletas e do povo com convicções. 

 

Ó Marifontistas, erguei bem alto a bandeira 
Cantemos juntos com coragem verdadeira 
Onde a água da Fonte sagrada nunca apaga 
O fogo Marifontista, com alma e raiz. 

 

Porque na Póvoa de Lanhoso, somos glória, 
Somos terra com raiz, memória e vitória. 

 

autor: Quelhas 
Revista Repórter X 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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