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domingo, 13 de julho de 2025

Governo português vai ter que ainda indemnizar José Sócrates

Isto vai-se virar o feitiço contra o feiticeiro, a isto quero dizer que, o governo português vai ter que ainda indemnizar José Sócrates. Vergonha!


Publico esta carta aberta do Paulo Ribeiro com a devida vénia ao autor. 
Nela está o pensamento de milhões de portugueses que lutam pela justiça social e igualdade de tratamento e oportunidades.

Carta aberta à Senhora Juíza e ao Ministério Público no caso José Sócrates
Ex.ma Senhora Juíza,
Ex.mo Ministério Público,
Escrevo-vos como um simples cidadão português. Sou um homem do povo, com pouca escolaridade, mas com muito amor por este país e um profundo respeito pelas instituições da justiça. Não sou letrado, mas não sou ignorante. Como muitos portugueses, informo-me, penso, vejo e escuto com atenção. E é com o coração apertado que vos escrevo estas palavras.
O que temos assistido ao longo destes anos, neste processo que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates, é um verdadeiro murro no estômago para quem acredita num Portugal justo, limpo e digno. A forma como este homem tem falado, como se dirigiu a vós — à Senhora Juíza, aos Procuradores, à Comunicação Social, e por consequência, a todos nós — é de uma arrogância sem limites. É ofensivo, é provocador, é desrespeitoso para com a Justiça e para com todos os portugueses de bem.
Ele não vos vê como magistrados. Fala como quem olha para colegas de escola que pode gozar ou calar. Ri-se em conferências de imprensa, gesticula, insulta com ironia, desvaloriza provas, escutas, documentos. Já mandou calar procuradores, já tratou juízes como se fossem funcionários dele. Isto não é só desrespeito: é uma forma de humilhar a Justiça, é uma provocação continuada e deliberada ao Estado de Direito. E é, acima de tudo, um atentado à dignidade dos portugueses que trabalham, pagam impostos e cumprem as leis.
Sinto-me, como muitos, envergonhado por ver um homem que ocupou o mais alto cargo do Governo português comportar-se assim. Não só nos tribunais, mas também à porta deles, onde transforma a justiça num circo mediático, onde todos os dias tenta pintar-se como vítima de uma cabala, como se todos os outros estivessem errados e ele, inocente de tudo.
Não. Isto não é apenas um julgamento. É um teste à nossa democracia. É um teste à força e coragem da Justiça portuguesa. E, Senhora Juíza, Senhores Procuradores, acredito verdadeiramente que este país está convosco. Mesmo que às vezes não se ouça tanto a voz do povo, ela está cá. Está no silêncio indignado de quem trabalha 10 horas ou mais por dia e paga o que deve. Está na revolta de quem olha para os filhos e quer deixar-lhes um país mais justo. Está nas lágrimas de quem acreditava nas instituições e vê agora o riso sarcástico de quem nunca foi responsabilizado.
O povo português precisa de sentir que ainda há justiça. Que a justiça não se curva. Que ninguém está acima da lei — nem banqueiros, nem políticos, nem ex-primeiros-ministros. Porque se não houver justiça, o que nos resta? Um país onde quem rouba milhões passeia impune enquanto quem rouba um pão vai preso?
Peço, humildemente, que sejam firmes. Que sejam implacáveis com quem há muito tempo envergonha Portugal. Que não deixem que este caso acabe como tantos outros: num arquivo, numa prescrição, num "não se conseguiu provar".
Nós, o povo, estamos atentos. Confiamos em vós. E precisamos que este processo seja um marco. Um virar de página. Um sinal claro de que em Portugal, quem erra — por muito poder que tenha tido — responde perante a lei como qualquer cidadão.
Com todo o respeito, e com a esperança de quem ainda acredita num Portugal decente,
Um cidadão português, um homem do povo, mas com a lucidez de quem já viu demais."
Bem hajam. 
Paulo Pinheiro 🇵🇹

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