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sábado, 29 de novembro de 2025

A escolha a dedo na Comunicação Social da Diáspora:

A escolha a dedo na Comunicação Social da Diáspora:


Em Portugal, onde o Estado deveria servir todos por igual, voltou a repetir-se o gesto antigo de escolher a dedo quem recebe apoio e quem fica a ver pelas frestas. Na comunicação social dirigida às comunidades emigrantes, apenas três entidades e pessoas foram contempladas, deixando no ar a sensação amarga de que o bolo continua a ser repartido sempre pelas mesmas mãos.
Em declarações à Revista Repórter X, o deputado José Dias Fernandes afirmou que foram beneficiados o LusoJornal de França, o Sr. Noronha no Reino Unido e uma rádio online criada no círculo político de José Cesário, ligada ao Conselho das Comunidades Portuguesas e ao núcleo do PSD em Inglaterra. Nada de novo, diz quem observa estas decisões há décadas, apenas a continuidade de um caminho onde o poder distribui favores conforme a cor que veste, tal como antes fazia o Partido Socialista, tal como agora faz o Governo atual da Aliança Democrática.
Entre aqueles que dedicam a vida a informar, muitos ficaram de fora, sem explicação, sem critério transparente, sem o reconhecimento merecido. Três estruturas comem o bolo todo, enquanto outras, que trabalham com seriedade e independência, continuam à espera de que o Estado veja mais longe. Fica a pergunta que ecoa no tempo, dura e necessária, que país é este que escolhe sempre os mesmos para ouvir e deixa tantos outros em silêncio?
Em nota de rodapé, importa lembrar que, na diáspora, há jornais que criticam determinados políticos e esses políticos, conhecendo bem essas críticas, deixam de lhes enviar notícias. Forçam esses jornais a vasculhar o que encontram nas redes sociais, no Facebook, no Instagram e por aí fora, como se a informação tivesse de ser conquistada a pulso, em vez de partilhada com dignidade.
Enquanto isso, tantos escritores espalhados pelo mundo e pelo próprio país, que desejam ver as suas palavras em papel ou até mesmo online, têm as portas fechadas. Obras ricas, matérias dignas, histórias profundas são recusadas, enquanto se aceita, com demasiada facilidade, ir buscar conteúdos sem autorização às redes sociais. Pegam no que não lhes pertence, transformam-no em notícia, muitas vezes sem valor, e nem sequer pedem confirmação ao autor. É uma prática pobre, que deturpa sentidos, que altera a palavra alheia, que desrespeita o ofício.
Hoje já não há jornalismo como antes. O rigor perdeu-se, a honra diluiu-se e surgem por aí indivíduos que se apresentam como jornalistas, sem formação, sem ética, sem compromisso. É a degradação de um ofício que sempre exigiu mais do que simples aparência. Jornalista é aquele que sabe estar!
E não se compreende como, no passado, o Partido Socialista, através do deputado Paulo Pisco, e mais recentemente o próprio José Cesário, andaram a distribuir apoios a certos indivíduos e estruturas cuja legitimidade é, no mínimo, questionável. Há associações e jornais que são fictícios, pura fachada, o que torna tudo ainda mais grave.
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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