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quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Práticas desonestas na Protekta: como a bola de neve financeira prejudica os clientes enquanto a empresa lucra à custa deles

Práticas desonestas na Protekta: como a bola de neve financeira prejudica os clientes enquanto a empresa lucra à custa deles

Nos bastidores do sistema de seguros na Suíça, muitas empresas, incluindo a Protekta, têm adotado práticas financeiras que mais parecem um jogo sujo, onde o consumidor, ao invés de ser protegido, é mantido preso em um ciclo de lucro para a empresa e prejuízo para ele mesmo. O conceito de uma verdadeira bola de neve financeira é o que está em jogo: uma espiral de pagamentos entre empresas, onde um paga a outro, mas no final o único a perder é o cliente.

A Bola de Neve Financeira: Um Pagamento que Não Resolve o Problema

A Protekta tem sido criticada por adotar uma abordagem que parece mais voltada para evitar gastos e compromissos com seus clientes do que para efetivamente ajudá-los. Quando um cliente se depara com valores questionáveis, como as “correções” de custo cobradas pela CSS Versicherung, a empresa propõe um pagamento simbólico – como os CHF 710,10 – como uma solução rápida. No entanto, o que parece uma ajuda imediata é, na verdade, uma solução temporária que não resolve a raiz do problema. Este pagamento, embora aparentemente resolva a questão por um curto período, é apenas uma manobra para livrar a Protekta de responsabilidades futuras.

Esse pagamento é uma tentativa de manter o cliente em um ciclo onde ele “paga” mas nunca é realmente assistido de forma justa. Na prática, um paga ao outro e volta a receber – uma troca que visa manter a máquina funcionando sem que o problema real seja resolvido. A Protekta, ao fazer esse pagamento rápido, evita assumir suas responsabilidades de forma completa, enquanto o cliente, muitas vezes sem saber, acaba aceitando uma solução que não aborda as falhas do sistema.

A Estratégia: O Cliente Não Pode Causar "Despesa"

O problema vai ainda mais fundo quando se percebe que a empresa tem uma estratégia de "limitação de custos", onde o cliente que pede ajuda acaba sendo visto como um "fardo". Em vez de trabalhar para realmente resolver os problemas financeiros e administrativos, a Protekta aposta em fazer um pagamento pontual e "fechar" o caso, fazendo com que o cliente aceite que não receberá mais apoio.

Quando o cliente decide não aceitar essa solução rápida, ele acaba sendo colocado em uma posição difícil. A empresa, que preferiria não lidar com o problema de forma mais profunda, acaba deixando claro que o cliente será deixado de lado, sem mais suporte. É uma lógica em que quem dá despesa, não recebe mais ajuda, e quem aceita o pagamento simbólico é dispensado de futuras responsabilidades. Como resultado, o segurado fica à mercê de um sistema que não tem interesse em resolver as suas questões, mas apenas em evitar custos.

O Lucro da Protekta: Um Ciclo de Receita sem Fim

Essa dinâmica é uma estratégia financeira inteligente para a empresa, mas devastadora para o consumidor. Enquanto a Protekta não se preocupa com as necessidades do cliente, ela consegue manter um fluxo de caixa saudável com milhares de clientes que pagam as suas cotas anuais, sem nunca verem soluções reais para seus problemas. O lucro vem do pagamento constante, do pagamento de cotas que, ao final, sustentam um sistema que não está verdadeiramente empenhado em proteger o consumidor, mas sim em maximizar seus ganhos à custa dele.

Este sistema parece ser uma "bola de neve", onde o cliente não consegue sair dessa espiral. Ele paga, mas nunca recebe o serviço e suporte que deveria. E mesmo quando solicita ajuda, a empresa usa mecanismos como o pagamento de valores simbólicos para evitar mais gastos, empurrando o problema para debaixo do tapete.

O Luxo de Gastar Milhões em Marketing Enquanto os Clientes Pagam a Conta

É ainda mais revoltante quando se percebe que a Protekta não só evita a responsabilidade, mas também gasta milhões de francos em marketing e ações publicitárias, como o envio de cartas de Natal para todos os lares da Suíça. Enquanto milhares de clientes pagam suas cotas e enfrentam dificuldades para resolver questões legítimas, a empresa se dá ao luxo de gastar grandes quantias em campanhas de marketing. Isso levanta a questão: como pode uma empresa que se diz “protetora” dos seus clientes gastar tanto dinheiro em ações publicitárias enquanto seus consumidores continuam sem resolução para problemas legítimos?

Este contraste entre o luxo publicitário e a negligência com os clientes expõe a verdadeira face da Protekta: uma empresa que prefere gastar milhões para reforçar sua imagem, mas não está disposta a investir no que realmente importa – a proteção e a justiça para o consumidor.

O Que Precisa Mudar: Exigir Responsabilidade e Transparência

É urgente que os consumidores tomem consciência do que realmente está em jogo. A Protekta, assim como outras empresas de seguros, deve ser responsabilizada por suas ações e pela forma como lida com seus clientes. O ciclo de "um paga ao outro e volta a receber" não pode continuar a ser a norma. O sistema de seguros deve ser mais transparente, mais justo, e mais comprometido com os direitos do cliente.

Se você está enfrentando uma situação semelhante ou se já foi prejudicado por essas práticas, é hora de agir. Denuncie à FINMA, envolva-se com associações de defesa do consumidor e pressione para que a Protekta assuma sua responsabilidade. O consumidor tem o direito de ser tratado com dignidade e respeito, e isso inclui ter direito a uma verdadeira assistência e solução para seus problemas.

Ao expor essas práticas, podemos começar a reverter essa lógica de lucro à custa do consumidor. É hora de exigir mais transparência, mais responsabilidade e, acima de tudo, mais justiça no sistema de seguros.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Aprovado por unanimidade voto de congratulação pela participação de empresas, operários e artesãos portugueses na reconstrução da Catedral de Notre Dame

Aprovado por unanimidade voto de congratulação pela participação de empresas, operários e artesãos portugueses na reconstrução da Catedral de Notre Dame


Junto em anexo o voto de congratulação hoje aprovado por unanimidade na Comissão dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas sobre a participação de empresas, operários e artesãos portugueses na reconstrução da Catedral de Notre Dame.
 
Na intervenção que fiz em defesa do voto, salientei, entre outras coisas que constam dos argumentos do texto explicativo, que a sua aprovação é o reconhecimento da influência crescente da comunidade portuguesa em França e uma forma de valorizar a sua presença no país, colocando assim em evidência a transformação da comunidade portuguesa e a forma como está integrada em todos os domínios da sociedade francesa. É, além disso, uma forma muito relevante de reconhecimento por parte de Portugal do mérito da comunidade portuguesa, que é sempre algo que os portugueses no estrangeiro procuram, e uma verdadeira forma de projetar o nome do nosso país além-fronteiras.

Melhores cumprimentos

Paulo Pisco
Grupo Parlamentar do Partido Socialista
Deputado pelo Círculo da Europa
Coordenador na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas
Member of the National Parliament
Coordinator in the Foreign Affairs Committee
Assembleia da República - Palácio de S. Bento - 1249-068 Lisboa, Portugal
Tel: +351.21.391 7316
E-mail: ppisco@ps.parlamento.pt

http://www.ps.parlamento.pt

Projeto de Voto n.o 521/ XVI

De congratulação pela participação de empresas, operários e artesãos portugueses na reconstrução da Catedral de Notre Dame de Paris

A reconstrução da Catedral de Notre Dame de Paris, uma obra de extraordinária complexidade técnica e exigência de rigor, envolveu mais de dois mil trabalhadores e cerca de 250 empresas, com uma importante participação portuguesa, que merece ser assinalada e reconhecida.

A catedral foi atingida por um incêndio de enormes proporções em 15 de abril de 2019, o que provocou o colapso da torre, perfurando a abóbada, e de uma parte da estrutura em madeira com séculos, que ficou carbonizada e fez derreter a estrutura de chumbo, ameaçando assim seriamente a estabilidade do icónico monumento.

O Vaticano considerou que a reconstrução da catedral, que reabriu no passado 8 de dezembro, foi uma aventura humana e tecnológica que envolveu muitas centenas de operários especializados e artesãos que replicaram as técnicas e materiais de construção original, cuja inauguração remonta ao ano de 1345. Por isso, é de assinalar a participação portuguesa de empresas, técnicos, artesãos e operários, que foi de enorme relevância.

Merece destaque o facto de na catedral reconstruída ninguém poder entrar sem pisar o chão que foi colocado pela empresa Centralpose, de que é presidente o franco-português Arthur Machado, natural de Leiria, que levou para os trabalhos algumas dezenas de operários, artesãos e técnicos portugueses, entre os quais 17 calceteiros. A sua empresa é uma das principais em França no assentamento de pavimentos e já realizou obras de grandes dimensões em lugares tão emblemáticas como a Place de la République ou nos Invalides.

Foi da sua responsabilidade todo o pavimento do adro que dá acesso à catedral, onde foram colocadas cerca de dez toneladas de lajes em 5 mil metros quadrados. Cada peça foi desenhada uma a uma, num projeto concebido ao longo de seis meses por uma equipa da empresa liderada por um engenheiro português do Fundão, Carlos dos Santos, e colocadas por calceteiros também eles portugueses, dirigidos por Firmino de Jesus, de Leiria, naturalmente partilhando todos o enorme orgulho por terem participado na recuperação de uma obra tão emblemática.

Referência também para a empresa Beetsteel, com sede em Braga, especializada na serralharia de produtos em inox, que foi a escolhida para a colocação dos passadiços corta-fogo.

A excelência do trabalho e dos técnicos, artesãos e operários que participaram na reconstrução da catedral foi reconhecida pelo presidente francês Emmanuel Macron, e pelas autoridades eclesiásticas francesas e pelo Vaticano. “Todas essas mãos precisas e habilidosas merecem respeito e admiração. O que eles fazem é sempre extraordinário. Trabalhar com tanta precisão, com tantas técnicas diferentes para encontrar o espírito do lugar”, disse o arcebispo de Paris Laurent Ulrich.

Por isso, também a Assembleia da República deve ter uma palavra de reconhecimento pela participação de empresas, artesãos, técnicos e operários portugueses na reconstrução de um dos mais emblemáticos monumentos do mundo, prestando-lhes assim a devida homenagem, tanto mais que a França é um país onde a presença portuguesa e de lusodescendentes é muito relevante e influente em todos os domínios da sociedade, como mais uma vez se comprova.

Assim, a Assembleia da República congratula-se pela participação portuguesa de empresas, artesãos, técnicos e operários na reconstrução da Catedral de Notre Dame de Paris, reconhecendo a sua importância para a valorização da comunidade portuguesa em França e para a projeção de Portugal.

Palácio de São Bento, 5 de janeiro de 2025

As Deputadas e os Deputados,
Paulo Pisco
João Paulo Rebelo
Edite Estrela
Eurico Brilhante Dias
José Luís Carneiro
Gilberto Anjos
André Rijo
Pedro Sousa

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Justiça Feita: cliente recebe compensação após manipulação e pagamento à Seguradora

Justiça Feita: cliente recebe compensação após manipulação e pagamento à Seguradora


Foi feita justiça, mas só após um longo processo marcado pela manipulação do sistema. A situação que envolvia um cliente e a CSS Versicherung foi resolvida, mas não sem antes evidenciar as falhas de um sistema que, em muitos casos, funciona como uma bola de neve dos Alpes Suíços – um paga e o outro recebe, perpetuando um ciclo onde a justiça não se aplica correctamente, a não ser que alguém pague o preço.

O cliente, que estava a ser prejudicado por exigências de correcções injustificadas feitas pela SUVA, viu-se forçado a pagar à seguradora para resolver uma pendência financeira. Contudo, o pagamento realizado não implica na aceitação das acusações, mas sim numa tentativa de resolução dentro de um sistema que, muitas vezes, parece proteger os interesses de todos, menos do próprio cliente.

A CSS Versicherung, com as suas manobras, não dá o braço a torcer. Na verdade, é verídico que, depois, acaba por reembolsar a Protekta, para não ser rebaixada pelo cliente e, assim, ficar sempre por cima. No entanto, ninguém dorme tranquilo, pois se o cliente não tivesse razão, ninguém pagaria. A verdade acaba por se impor, e é essa a força do processo: a justiça, mesmo que seja feita de forma tortuosa, acaba por prevalecer.

Este episódio, que aparentemente foi encerrado com o pagamento, não faz com que o cliente aceite todas as irregularidades cometidas. Pelo contrário, a situação revela que, muitas vezes, é necessário pagar para que a justiça se faça, mas a verdadeira razão e os erros do sistema não desaparecem.

Este caso mostra que, em muitos aspectos, é preciso mais do que uma simples transacção financeira para corrigir injustiças sistémicas. O cliente, embora tenha resolvido a pendência financeira, continua a defender que há questões maiores a serem discutidas e corrigidas no sistema.

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Resposta ao caso Jurídico de uma cliente entre a Protekta e a KPT

Resposta ao caso Jurídico de uma cliente

Em resposta ao caso jurídico envolvendo a rescisão do seguro de saúde da cliente, foi comunicado que, após pressão exercida junto à KPT Versicherung, a seguradora aceitou o cancelamento do contrato. A decisão foi comunicada por telefone pelos escritórios da KPT, que reconheceram a nova apólice da cliente na Assura Versicherung. Além disso, a KPT enviou as "7 Raten" para pagamento, conforme acordado, exceto o Kündigung.

A cliente aguarda agora a prova oficial da rescisão do contrato por parte da KPT. A pressão exercida incluiu a apresentação de uma queixa ao Tribunal da Segurança Social e à Protekta Seguro de Direitos, o que contribuiu para a decisão favorável da KPT, uma vez já ter novo contracto com a Assura Versicherung. A cliente solicita à Protekta que a queixa seja suspensa até que a prova da rescisão do contrato seja enviada pelo correio, ou que a queixa continue caso a prova não seja recebida.

Atenciosamente,


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

André Ventura e a Candidatura Presidencial: Quelhas, uma estratégia política, considerado seriamente como candidato presidencial ou o Chega está a utilizar uma figura de referência para fortalecer a sua posição política

André Ventura e a Candidatura Presidencial: Quelhas como alternativa para os emigrantes e uma estratégia política de futuro ou neste cenário, permanece a dúvida sobre até que ponto Quelhas está a ser considerado seriamente como candidato presidencial ou se o Chega o está a utilizar como uma figura de referência para fortalecer a sua posição política, sem um compromisso concreto com a sua candidatura.


André Ventura e a Candidatura Presidencial: Quelhas como Alternativa para os Emigrantes e uma Estratégia Política de Futuro

A candidatura de André Ventura à Presidência da República Portuguesa nas eleições de 2026 está longe de ser definitiva. Embora o líder do Chega tenha dado sinais de que deseja avançar para as presidenciais, este plano ainda não está concretizado. Recentemente, uma "toupeira" do Chega revelou à comunicação social que Ventura estava a considerar a candidatura à presidência, mas o próprio líder do partido não desmentiu, nem confirmou oficialmente a sua intenção, o que deixou a situação em suspenso.

Caso Ventura se decida recuar da corrida presidencial, focando-se nas eleições legislativas com o objectivo de alcançar o cargo de primeiro-ministro, o nome de João Carlos Veloso Gonçalves, mais conhecido como Quelhas, surge como uma alternativa potencial para o Chega. Quelhas, escritor, poeta e crítico, é também o fundador da revista Repórter X e da Repórter Editora. Natural de Portugal, mas actualmente residente na Suíça, Quelhas tem se destacado pela sua dedicação à causa dos emigrantes e pela defesa de uma maior representatividade dos portugueses no estrangeiro na política nacional.

O seu envolvimento nas movimentações do Chega tem sido notável, especialmente após a exclusão da candidatura de Gouveia e Melo e a recusa de Pedro Santana Lopes em entrar na corrida presidencial. Com essas opções descartadas, Quelhas tem sido considerado como uma última hipótese, caso André Ventura desista da presidência e se concentre nas autárquicas e nas legislativas. A estratégia de Ventura seria então focar-se em ser primeiro-ministro, enquanto Quelhas assumiria a candidatura presidencial, representando os interesses da diáspora e trazendo uma nova perspectiva à política nacional.

No entanto, Quelhas não tem poupado esforços em pressionar André Ventura a fazer cair o governo actual, com o intuito de permitir que o Chega possa chegar ao poder nas legislativas. A ideia seria que Ventura assumisse o cargo de primeiro-ministro e ele próprio, Quelhas, fosse eleito Presidente da República, criando uma nova dinâmica política em Portugal.

Neste cenário, permanece a dúvida sobre até que ponto Quelhas está a ser considerado seriamente como candidato presidencial ou se o Chega o está a utilizar como uma figura de referência para fortalecer a sua posição política, sem um compromisso concreto com a sua candidatura. Embora o foco de Quelhas tenha sido sempre o apoio à diáspora portuguesa, a sua possível candidatura presidencial poderá representar um ponto de viragem para os emigrantes, trazendo-lhes uma voz mais activa na política nacional.

A decisão final de quem será o candidato presidencial do Chega dependerá não só da estratégia política do partido, mas também do desempenho nas eleições autárquicas e nas legislativas. Caso André Ventura decida recuar da candidatura presidencial, Quelhas poderá surgir como a figura a representar os emigrantes e dar-lhes voz no mais alto cargo do Estado.

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Crítica: o desrespeito da Diplomacia Portuguesa e o silêncio perante o sofrimento das famílias

Crítica: o desrespeito da Diplomacia Portuguesa e o silêncio perante o sofrimento das famílias

Foi enviada uma carta ao Governo da República Portuguesa, à Embaixada de Portugal em Berna, ao Consulado-Geral de Portugal em Zurique e aos responsáveis políticos, denunciando graves abusos e negligência em casos que afectam a comunidade portuguesa na Suíça. A problemática está longe de ser nova, mas continua a ser ignorada pelas autoridades competentes, cujas respostas vazias demonstram um desrespeito absoluto pelas vítimas e pela sua luta.

A denúncia em questão aborda dois casos flagrantes de violação dos direitos humanos: mães que perderam a guarda dos seus filhos para a instituição KESB e cidadãos portugueses lesados pela SUVA, a seguradora de acidentes suíça. O evento realizado em Arbon, onde a comunidade se reuniu para discutir esses temas, foi uma oportunidade de ouro para que as autoridades portuguesas dessem atenção ao sofrimento das famílias e tomassem medidas concretas. Contudo, em vez de actuar, os representantes portugueses parecem mais interessados em jogar o tradicional jogo de "rato e gato", ou, como bem refere João Gonçalves, responsável pela Revista Repórter X, numa "bola de neve suíça dos Alpes", que rola e rola, mas nunca chega a lugar nenhum.

É inaceitável que, em pleno século XXI, as autoridades portuguesas se recusem a enfrentar problemas reais e dramáticos que afectam cidadãos que, ao longo dos anos, contribuíram para o país. As vítimas, muitas delas mães desesperadas, continuam a ser ignoradas. Um exemplo alarmante foi a resposta dada por um diplomata português à mãe que procurava ajuda, quando o Sr. Embaixador em Berna lhe disse que ela "não escrevia" e "não telefonava à instituição KESB". Este comentário, lamentável e insensível, demonstra a falta de empatia e de acção por parte das autoridades portuguesas perante um problema que já dura há demasiado tempo.

O silêncio das instituições portuguesas é ensurdecedor. O Ministro dos Negócios Estrangeiros e o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas têm a obrigação de proteger os seus cidadãos, sejam eles emigrantes ou não. Contudo, parece que preferem continuar a dar voltas à questão, trocando e-mails sem tomar decisões que realmente alterem a situação. Não se trata de uma "catástrofe natural" ou de "acontecimentos extraordinários" como os que o Gabinete de Emergência Consular frequentemente menciona. Trata-se de famílias a sofrer, de mães e filhos separados, de emigrantes portugueses a viver uma realidade de abandono e injustiça.

João Gonçalves, em sua carta, exigiu uma postura de respeito e acção por parte das autoridades, pedindo que os gabinetes com poder real para agir, como o Ministério dos Negócios Estrangeiros e a Presidência da República, sejam finalmente envolvidos na resolução desses casos. A resposta que obteve, contudo, foi mais uma transferência de responsabilidades e um afastamento do problema.

Não podemos continuar a assistir a este desprezo pela dignidade humana. As autoridades portuguesas precisam de responder com acções concretas e eficazes. Caso contrário, estarão, mais uma vez, a falhar com aqueles que mais precisam da sua protecção e da sua voz.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

A Política do Pesar: quando a homenagem não se pode tornar uma disputa partidária

A Política do Pesar: quando a homenagem não se pode tornar uma disputa partidária

A revista Repórter X reparou que os partidos estão em disputa sobre quem fez primeiro um voto de pesar no parlamento, e isso não faz sentido nenhum, pois quem morre não quer disputas políticas. Já aconteceu com o Chega, o PS e agora com o PSD. A morte de alguém não deve ser transformada numa competição entre partidos, mas sim num momento de respeito e reflexão.

Transformar um voto de pesar num campo de batalha política é uma atitude completamente insensata. O que deveria ser uma manifestação sincera de pesar, um gesto de homenagem e respeito, torna-se numa disputa de protagonismo entre os partidos. O facto de terem sido apresentados dois votos de pesar, que depois foram fundidos para garantir que apenas um fosse aprovado, revela um foco errado: o objectivo não é prestar tributo, mas sim gerir a situação para não deixar espaço para divisões políticas.

Esta prática reflecte a degradação da política, que, em vez de se centrar no respeito pela memória dos que partiram, se deixa arrastar por interesses partidários. A ética política deveria, nestes momentos, ser mais forte que qualquer cálculo eleitoral ou jogada de protagonismo. O lamento pela morte de alguém não deve ser usado como moeda de troca nas disputas políticas, mas sim como uma oportunidade para mostrar humanidade e respeito.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

O Regresso dos Emigrantes Portugueses: uma questão de justiça fiscal e oportunidade económica

O Regresso dos Emigrantes Portugueses: Uma Questão de Justiça Fiscal e Oportunidade Económica


Nas conversas familiares, nas redes sociais e nas associações portuguesas espalhadas pelo mundo, um tema ressurge com intensidade entre os emigrantes portugueses: o desejo de regressar a Portugal. Para muitos, trata-se de uma questão emocional; para outros, um desejo pragmático de envelhecer com dignidade na terra que os viu partir. Contudo, a realidade fiscal e económica tem-se revelado um obstáculo quase intransponível para esse retorno.

Apesar dos apelos constantes aos sucessivos governos, a política adotada desincentiva o regresso, criando uma dissonância evidente o discurso político e as dificuldades enfrentadas por quem deseja voltar.

O Desafio Fiscal: Entre a Saudade e a Realidade

Portugal necessita de população ativa e de investimento, mas impõe barreiras fiscais que desencorajam o regresso dos seus cidadãos reformados. A recente eliminação da taxa reduzida de 10% para pensionistas ao abrigo do Regime de Residente Não Habitual (RNH) foi um golpe duro para muitos emigrantes que haviam planeado o seu retorno contando com esse incentivo. Atualmente, confrontam-se com uma carga fiscal elevada, frequentemente superior à dos países onde residem, como na Suíça, onde vivem 260 mil portugueses e as tributações sobre pensões são mais brandas.

Em 2022, a Suíça foi o principal destino da emigração portuguesa, com cerca de 10.000 novas entradas, seguida por Espanha, Reino Unido, França e Alemanha. Estas comunidades, que auferem rendimentos médios superiores aos praticados e Portugal, enfrentam desafios específicos no seu regresso devido às disparidades na carga tributária. A Suíça lidera, igualmente, as candidaturas ao Programa Regressar e foi o maior emissor de remessas em 2023, enviando 1.085,5 milhões de euros, ultrapassando a França, de acordo com dados do Banco de Portugal.

Propostas para Facilitar um Regresso Sustentável

A adoção de políticas fiscais especificas pode viabilizar o regresso dos emigrantes pensionistas sem comprometer as finanças publicas. Entre as medidas já apresentadas ao Governo e aos partidos políticos, destacam-se:

1. Isenção fiscal temporária – Aplicação de uma isenção parcial ou total sobre pensões estrangeiras durante os primeiros cinco anos de residência em Portugal, proporcionando um período de adaptação e incentivando o regresso.
2. Limite de isenção para pensões modestas – Estabelecimento de um teto anual de rendimento até ao qual as pensões estrangeiras estariam isentas de IRS, protegendo os reformados com rendimentos mais baixos.
3. Incentivos à aquisição de habitação – Atribuição de benefícios fiscais a pensionistas emigrantes que invistam em habitação própria em Portugal, promovendo a fixação definitiva e dinamizando o mercado imobiliário.
4. Deduções fiscais com base em contribuições anteriores – Criação de uma dedução fixa para pensionistas que tenham um histórico contributivo para a Segurança Social portuguesa, reconhecendo o seu vínculo passado com o sistema.
5. Benefícios para a fixação em zonas do interior – introdução de incentivos fiscais adicionais para os que escolham viver em regiões de baixa densidade populacional, contribuindo para a coesão territorial e o combate ao despovoamento.

Oportunidade Económica e Social

Implementar estas medidas não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma estratégia económica inteligente. O regresso de emigrantes pensionistas impulsiona a economia local, estimula o setor imobiliário e promove o investimento em serviços de saúde e bem-estar. Além disso, estes cidadãos trazem consigo uma bagagem de experiências, redes de contatos internacionais e uma visão global que pode enriquecer significativamente o tecido económico nacional.

Portugal deve encarar os seus emigrantes não como um encargo fiscal, mas como um ativo estratégico. O Programa Regressar precisa de ser reforçado com incentivos fiscais sólidos e sustentáveis, garantindo que aqueles que desejam voltar possam fazê-lo sem receios financeiros.

Conclusão: O Momento de Agir é Agora

Apesar dos sucessivos apelos ao regresso, a falta de incentivos concretos perpetua uma contradição evidente entre o discurso político e a realidade fiscal. Portugal orgulha-se de ser um país de emigrantes, mas é chegada a hora de se afirmar como um país de regresso. Criar um quadro fiscal mais justo e competitivo não é apenas uma questão de equilíbrio económico – é uma obrigação moral para com aqueles que, apesar de terem partido, nunca deixaram de ser portugueses.




António Iria
antonio.iria.guerra62@gmail.com / 004178 619 73 26

João Figueiredo
figueiredojoao8@gmail.com / 004176 421 22 50

Conselheiros das Comunidades Portuguesas na Suíça, Itália e Áustria

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Brincar ao jogo das malas:

Brincar ao jogo das malas: 


Eu quero u'mamala, eu quero u'mamala, 
Eu quero u'mamala, eu quero u'mamala!
Por causa da mala, estou sem material,
Não entrevistei o Arruda, porque a mala foi roubada...

Trazia numa mala uma Câmara e microfone, 
E ainda um USB e dois computadores,  
Para entrevistar o Deputado do Chega,
Que voava desde o aeroporto dos Açores.

Eu quero a minha mala que estava no tapete,
Na compra do voo, tirei seguro, não foi à toa,
Mas com tanta máfia das companhias aéreas,
Será que recupero os danos no aeroporto de Lisboa?

Fiquei sem o material da revista Repórter X,
E já não pude entrevistar o Deputado,
Ele ajudou-me a procurar a mala,
Mas no final, não houve resultado.

"O meu entrevistado estava feliz porque tinha a sua mala grande... Será que a dele não desapareceu também?"

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Práticas questionáveis na Protekta: como a empresa de seguros evita responsabilidade e prejudica o cliente

Práticas questionáveis na Protekta: como a empresa de seguros evita responsabilidade e prejudica o cliente

Nos últimos tempos, têm surgido diversas reclamações sobre as práticas da Protekta, uma das principais empresas de seguros na Suíça. Muitos clientes têm relatado experiências em que, apesar de pagarem altas cotas anuais pela sua apólice, a Protekta não tem prestado o apoio necessário quando surgem problemas ou disputas com outras entidades, como a CSS Versicherung.

Uma das situações mais recorrentes envolve valores cobrados pela CSS, conhecidos como "correções" ou "ajustes", que, de acordo com os relatos, muitas vezes não são justificados de maneira clara. Em vez de resolverem esses problemas de forma transparente e justa, a Protekta oferece aos seus clientes um pagamento rápido, mas sem realmente solucionar a questão em sua totalidade. Este pagamento, embora pareça uma ajuda, na prática, é uma tentativa de "encerrar" o caso sem a devida investigação ou resolução dos erros cometidos.

O mais preocupante é que, ao aceitar esse pagamento, o cliente acaba abrindo mão de mais qualquer ajuda da Protekta para resolver o problema no futuro. A empresa se retira do caso, deixando o consumidor sem as garantias que deveria ter, enquanto a Protekta "se livra" de uma responsabilidade que deveria assumir.

A Manipulação do Sistema e os Prejuízos para o Cliente

Este comportamento da Protekta parece parte de uma estratégia para minimizar custos e evitar se envolver em questões mais complicadas. O pagamento rápido de valores como os CHF 710,10 serve como uma "solução temporária", mas não resolve o problema de fundo. Muitos clientes se vêem forçados a aceitar a proposta, pensando que resolverão a situação, mas acabam por ser prejudicados em longo prazo.

Essas correções de valores, muitas vezes referentes a acertos com a SUVA (Seguros de Acidente), são difíceis de justificar e entender. E, em vez de trabalhar para garantir que o cliente pague apenas o que é justo e devido, a Protekta parece mais interessada em encerrar rapidamente o caso, evitando assumir responsabilidades.

Como Combater essas Práticas Desonestas?

  1. Denunciar à Autoridade Supervisora: Se você se sentiu lesado pela Protekta, o primeiro passo é fazer uma denúncia à autoridade reguladora do setor de seguros na Suíça. A FINMA (Autoridade Suíça de Supervisão de Mercados Financeiros) tem a responsabilidade de supervisionar as empresas de seguros e garantir que operem de forma transparente e justa.

  2. Reclamações e Ações Coletivas: Se outros clientes estiverem enfrentando situações semelhantes, uma ação coletiva pode ser uma forma eficaz de pressionar a Protekta a adotar uma postura mais responsável. As associações de consumidores também podem oferecer suporte e orientar sobre como tomar as medidas legais adequadas.

  3. Exigir Transparência e Justificação: Todos os clientes têm o direito de saber como e por que são cobrados. Não deve ser aceitável que uma empresa de seguros pague uma quantia e depois retire-se do caso sem oferecer uma explicação clara. A Protekta precisa ser pressionada a fornecer uma justificativa completa e transparente para qualquer cobrança ou "correção" que envolva o cliente.

O Papel do Consumidor: Unidos Pela Justiça

O consumidor tem um papel fundamental em expor essas práticas e exigir mudanças. O sistema de seguros, especialmente em um país como a Suíça, deve ser justo e transparente, garantindo que as empresas cumpram suas obrigações com os clientes. Se mais pessoas se unirem e denunciarem essas práticas, será possível pressionar as autoridades e as empresas a adotar uma postura mais ética e responsável.

Se você já passou por uma situação semelhante com a Protekta, é hora de agir. Não permita que seus direitos sejam negligenciados. Juntos, podemos fazer a diferença e garantir que as empresas de seguros cumpram seu dever de proteger os consumidores, não apenas seus próprios lucros.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial