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terça-feira, 9 de setembro de 2025

𝗦𝗢𝗕𝗥𝗔𝗗𝗘𝗟𝗢 𝗗𝗔 𝗚𝗢𝗠𝗔: O PARQUE AQUÁTICO QUE ENTROU NO PROGRAMA DO CHEGA

𝗦𝗢𝗕𝗥𝗔𝗗𝗘𝗟𝗢 𝗗𝗔 𝗚𝗢𝗠𝗔: O PARQUE AQUÁTICO QUE ENTROU NO PROGRAMA DO CHEGA

Em Sobradelo da Goma, na Póvoa de Lanhoso, o candidato do Chega, José Diego, prometeu um parque aquático. Disse-o de forma clara em entrevista à Revista Repórter X, garantindo até que a ideia dada por João Carlos “Quelhas” entraria no programa eleitoral. O Facebook anónimo Maria da Serra – Olhar crítico sobre a Póvoa de Lanhoso acrescenta que existe gravação e que o que já era verdade passou a ser impossível de negar.

Mas dentro do próprio partido começaram as contradições. Houve quem tentasse apagar a promessa, como se não tivesse sido feita. Na entrevista com João Carlos “Quelhas”, o deputado Filipe Melo, presidente da distrital do Chega, admitiu: sim, afinal o parque aquático está mesmo no programa eleitoral das autárquicas da Póvoa de Lanhoso.

No meio disto, apareceu um militante que chamou ao projecto megalómano, exagerado, e disse que a Póvoa tinha outras prioridades. Publicou comunicados, explicou-se, mas em vez de respeito recebeu retaliação: José Diego retirou-lhe a confiança política e Filipe Melo já fala em avaliação jurídica depois das eleições. O recado é simples, dentro do Chega quem tem alguma coisa a dizer deve fazê-lo dentro do partido para se chegar a um acordo. Se o fizer nas redes sociais para prejudicar o Chega, arrisca-se a ser expulso, pois os problemas devem resolver-se internamente, já que há muita maldade contra o partido e, dizem, há que evitar dar de comer aos jornalixos e TVslixos.

Entretanto, há também quem se meta no assunto sem saber do que fala, fulanos que atiram palavras ao ar sem ver o essencial: um parque aquático, bem pensado e com fundos europeus, pode trazer riqueza para Sobradelo da Goma e para todo o concelho. Pode ser uma forma de recuperar rapidamente o que Sobradelo da Goma perdeu na indústria do ouro e na agricultura.

E aqui está o verdadeiro problema. Durante anos, as autarquias gastaram milhões em foguetes, festas, concertos musicais de um dia, espectáculos de vaidade que nada deixaram. Dinheiro queimado em horas, sem retorno. Se essa fortuna tivesse sido investida num projecto sério, hoje a Póvoa de Lanhoso teria um pólo turístico, emprego para os jovens e comércio vivo. O PS de Frederico Castro também prometeu uma via circular quando sabia que não ia cumprir. O PSD de Fátima Alves não tem ideias. E a CDU está ali, mas não se percebe por que razão se apresenta às eleições autárquicas. O que é preciso são ideias para a Póvoa de Lanhoso, e quem ganhar que pegue nas boas ideias, como esta da barragem das Andorinhas, veja o que faz falta e procure apoio da União Europeia para avançar.

A União Europeia tem apoios para isso. Não se trata de pedir mais aos povoenses, trata-se de saber pedir bem, investir com cabeça e dar à freguesia uma obra que fique. A barragem das Andorinhas e a sua cauda no lugar das Duquesas é matéria-prima valiosa, e os terrenos estão ao abandono há anos. Com um projecto sério, dar-se-ia vida a Sobradelo da Goma e ao concelho da Póvoa de Lanhoso.

Moral da história: Sobradelo da Goma não precisa de piscinas de plástico para enganar eleitores, mas pode muito bem precisar de um parque aquático que traga futuro, se for feito com seriedade. O que não precisa, de certeza, é de festas de milhões, de foguetes que ardem no ar e de políticos que castigam quem tem coragem de pensar diferente.

autor: Quelhas


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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