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sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Quando a burocracia nega a medicina no USZ

Quando a burocracia nega a medicina no USZ



Foi enviada, por carta registada, ao Universitätsspital Zürich (USZ), uma solicitação simples e objetiva: um documento a declarar que a medicação administrada a uma paciente tem causado efeitos negativos no corpo — queda de cabelo, fragilidade das unhas, danos nos dentes e outros impactos físicos. A finalidade era clara: remeter essa declaração ao médico da Krankenkassen, para que o tratamento pudesse ser justificado de forma adequada.

Todos os dados da paciente estavam incluídos nessa carta. A resposta, porém, não veio com a mesma formalidade: chegou por e-mail. Nela, o USZ disse “não”. O motivo não foi a falta de dados, mas sim uma recusa burocrática, porque achavam que o pedido não correspondia àquilo que nós queríamos, quando na verdade correspondia. Ninguém estava a omitir nada, ninguém estava a mentir, estávamos apenas a pedir um documento verdadeiro, que eles não estavam dispostos a emitir.

Esta recusa demonstra falta de cuidado. Muitas vezes, pedidos legítimos caem nas mãos de um secretariado qualquer, de um médico qualquer, ou até num estagiário qualquer, que não se deu ao trabalho de consultar o processo clínico da paciente. É assim que a burocracia substitui a diligência e transforma solicitações verdadeiras em obstáculos.

Por mania, por regra ou por forma de se livrar de uma grande percentagem de pedidos, muitos serviços dizem “não” logo à primeira. E muitos pacientes não insistem. Mas deve-se insistir sempre — uma, duas, três vezes ou mais. Quando estamos a fazer a coisa certa, nunca devemos desistir. Há-de haver um “sim”. Ninguém pode negar os nossos direitos.

autor: Quelhas


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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