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segunda-feira, 22 de setembro de 2025

A Região do Dão Lafões é transportada na íntegra para Schmerikon, em St. Gallen

A Região do Dão Lafões é transportada na íntegra para Schmerikon, em St. Gallen: 

A gastronomia da região do Dão Lafões foi levada para a Suíça pelas mãos de Joaquim Sousa, empreendedor na gastronomia e no ramo da limpeza, que emprega cerca de 30 pessoas de várias nacionalidades. 


Schmerikon é uma comuna (município) na Suíça, no Cantão de São Galo (St. Gallen), situada junto de um lago, o Obersee, braço superior do Lago de Zurique. 

A região do Dão Lafões é uma terra de encruzilhadas antigas, entre vales e serras, uma das mais autênticas regiões do interior de Portugal. Estende-se pelo centro do país, entre o rio Vouga e os afluentes do rio Mondego, cercada por elevações que lhe dão corpo e alma. A serra do Carvalhal, a serra de S. Macário e, mais ao fundo, a majestosa serra da Estrela, marcam o horizonte. A terra é rica em águas, ribeiras e albufeiras/lagos que refrescam os dias quentes de Verão. A barragem de Ribeiradio-Ermida, construída no rio Vouga, forma um desses lagos artificiais, lugar de turismo náutico e pesca. A albufeira/lago da Aguieira, mais extensa, se aproxima da região do Dão, mas cumpre o mesmo papel de espelho de água, que molda a geografia e convida ao lazer. 

Lafões é uma antiga região histórica e natural de Portugal, correspondente grosso modo ao vale do rio Vouga e zonas limítrofes, integrando concelhos como São Pedro do Sul, Oliveira de Frades e Vouzela. O nomeLafõestem origem antiga, provavelmente ligado a um povo pré-romano que habitava a região. 

 

Toda a essência da região do Dão Lafões foi transportada para Schmerikon: 

As ruas estreitas, os arruamentos embelezados com árvores e jardins, o lago e as casas rurais lembram as vilas portuguesas, criando uma sensação de continuidade e familiaridade. Schmerikon tem zonas de lazer junto do lago, com cais/“Seeanlage” para barcos de recreio, áreas de passeio e parques costeiros. 

O turismo no Dão Lafões é um convite ao recolhimento e à partilha, levado por emigrantes para outros países onde haja portugueses. 

Em Schmerikon, os espaços de lazer junto ao lago Obersee reproduzem a sensação das albufeiras/lagos portugueses, e os percursos pedestres e observação da natureza mantêm o contacto com a serenidade e beleza natural do Dão Lafões. O transporte faz-se sobretudo de carro e bus, como na região portuguesa. Em Schmerikon, na Suíça, os lagos são aproveitados para lazer e contemplação, tal como as albufeiras/lagos da terra natal, mas também ligação de barcos grandes de turismo desde o lago de Zurique até ao lago de Obersee, assim como o comboio, mesmo junto do restaurante Dão Lafões de Schmerikon. 

Na cultura, sobressai a música tradicional, o cavaquinho, as danças populares e as feiras, onde se vende o que a terra , com a autenticidade de quem sabe o valor da simplicidade. Tudo isso foi transportado para Schmerikon, mantendo o espírito do Dão Lafões intacto. Por temos música vinda de Portugal, mas o maior tesouro está na exploração do restaurante: Toni Rodrigues, além de assador de leitões, é músico profissional e tem a visão das tradições gastronómicas, sociais e musicais. Ele possui licença profissional para vender bebidas alcoólicas, obrigatória na Suíça. Portanto, o empresário Joaquim Sousa tem um gerente à altura do Dão Lafões! Diga-se de passagem que é uma casa que convida ao fado tradicional. 

Mas é na mesa que o Dão Lafões revela o seu tesouro maior. O leitão à Lafões, prato emblemático, é feito de um leitão tenro, assado em forno de lenha ou eléctrico, onde o tempo e o calor se unem para dar uma pele estaladiça e uma carne que se desfaz em sabor. Diferente do leitão da Bairrada, este guarda os segredos das ervas, das marinadas e do cuidado de quem o faz. Ao lado, surgem outros pratos de peso, como o cabrito assado em forno de lenha ou eléctrico, o arroz de carqueja, as chanfanas e os enchidos, que trazem o cheiro da fumarada das casas antigas. Ainda podemos apreciar e ter o paladar do pernil, picanha, bacalhau com natas, posta à mirandesa, bitoque, vitela no forno, frango assado, polvo à lagareiro, chocos e bacalhau. 

O azeite de Lafões é de cor dourada e sabor suave, um verdadeiro ouro líquido que vida aos pratos e enriquece o pão caseiro, acompanhado pelos vinhos do Dão, entre os melhores de Portugal. A região é famosa pelos tintos, sobretudo de Touriga Nacional, de cor granada, encorpados, com notas de fruta madura e longa guarda. Também produz brancos frescos de grande qualidade. 

Entre as castas, destaca-se o Encruzado, fino e mineral, a uva-branca leve, mais seca, e a uva-branca aromática, uma variedade antiga que origem a vinhos delicados, com notas florais e frutadas, frescos e elegantes. 

A palavra pode soar estranha a quem está na emigração, mas significa apenas uma casta específica de uva-branca cultivada sobretudo no Dão. 

O Dão Lafões é, assim, um encontro entre natureza, história e sabor. Terra que não precisa de inventar nada, porque tem tudo: paisagem, termas, tradição, ruas estreitas e jardins, gente hospitaleira, vinhos de excelência, azeite puro e o leitão à Lafões, que se elevou a símbolo da região. Agora, em Schmerikon, esta essência vive intacta: banquete para o corpo, memória para a alma, paisagens, lagos e arruamentos, gastronomia e tradição transportados e preservados na Suíça, como se estivéssemos ainda no coração do Dão Lafões em Portugal. 

Schmerikon, em St. Gallen, tal como a região do Dão Lafões, organiza festivais, eventos culturais e comunitários, como o HafeFäscht Schmerikon, que inclui programas junto do lago, concertos, artes, música e gastronomia, no qual o Restaurante Português Dão Lafões está integrado, este fim de semana, que vai inaugurar a Casa local com o artista Chico Moreno, na presença de reportagens e entrevistas da Revista Repórter X. 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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