PÓS E CONTRAS SOBRE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA:
O pré-candidato à presidência da república disse que o professor, Dr. Marcelo Rebelo de Sousa, ao longo de dez anos de mandato escondeu muita coisa, só agora deu a entender que é islâmico, pois visitou e admirou o povo muçulmano, dialogou com a sua fé e acompanhou a sua cultura. Muitos perguntam se não se sente, de algum modo, um deles. Outros dizem que não, que apenas exerceu a diplomacia.
E a dúvida permanece:
terá sido silêncio ou ocultação, terá sido diálogo ou apenas presença protocolar?
Logo se ergue uma voz:
tens toda a razão, um presidente não deve esconder as suas afinidades.
Mas outra voz responde:
então és um islamista que se ocultava, usaste o poder de presidente da república para te identificarem, por que não o disseste na propaganda política?
Do outro lado surge a defesa:
não à xenofobia religiosa, não ao sionismo, porque isso é ideologia política e não fé. Também o cristianismo guardou silêncios e ocultou violências. O Daesh nasceu em 2009, um grupo terrorista disfarçado de muçulmanos, mas não é a religião que cria o terror, é a política da sombra. A verdade, como o azeite, não se afunda.
O cidadão islâmico de Portugal, emigrante na Suíça, declara: fiz o 25 de Abril de 1974, fui do PRP de Otelo Saraiva de Carvalho, sei o que é Liberdade. Eu, português, sou muçulmano, alhamdulillah, e não aceito que se queira destruir os portugueses pela fé. Na Suíça aprendi que tratar mal imigrantes é crime, e no entanto vejo emigrantes portugueses a desprezar imigrantes em Portugal, sobretudo muçulmanos. Vergonha, hipocrisia, o pior inimigo do emigrante português é muitas vezes o próprio português.
E digo ainda:
o Chega não é um partido político, é uma organização disfarçada que prossegue com voz de ódio, e André Ventura, à sua frente, alimenta essa chama.
E em contradição alguém contrapõe:
falou-se apenas do presidente da república, ele pode ser o que quiser, menos cordeiro em pele emprestada. Dizes que o Chega é uma organização e que Ventura prossegue voz de ódio, mas também é verdade que André Ventura nasceu em 83, depois do 25 de Abril, nunca conheceu a PIDE e por isso é homem de Liberdade.
Depois há a contradição:
Agora com o PS e PSD há uma PIDE moderna no qual tem os seus aliados, maioritariamente os pequenos partidos da direita, centro e alguns da esquerda.
Se te respeitam por ser islâmico é porque és bom homem, mas não esqueças que o terrorismo também se veste dessa religião quando é tomado por ideologia.
Uns dizem que visitar igrejas ortodoxas, evangélicas, católicas, sinagogas e mesquitas mostra abertura e boa vontade. Outros replicam que não concordam com mulheres de rosto tapado, nem com piscinas em que entram vestidas. Misturam-se alhos e bugalhos, cultura e tradição, fé e política.
E assim se cruzam as vozes:
o pré-candidato, o cidadão islâmico, os que aplaudem, os que rejeitam, os que temem, os que defendem. Todos falam, ninguém tem toda a razão, e sobra apenas a inquietação de um povo que busca clareza e encontra contradição.
Com clareza, uns esforçam-se para mudar a teoria política a começar na isenção, a começar num presidente do povo e dos emigrantes que nunca foram defendidos, mas muitos falam muito, e não assinam o formulário para que o nosso pré-candidato passe a candidato oficial e, com ele, mudava Portugal; querem mais do mesmo, omissões, inverdades, discriminações e proveito próprio.
autor: Quelhas
joaocarlosquelhasrumoapresidencia.pt
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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