Eleições presidenciais, uma democracia que cala quem fala:
No Dia 18 de Dezembro de 2025, recebi uma carta da Comissão Nacional de Eleições. Chegou em cima da hora, mas chegou, pelo menos chegou e pensam que não se livram de críticas. Tarde demais para me deixarem agir, mas não foi esse o caso, renunciei por vários motivos e estou na mesma no caminho certo a defender o meu propósito a que me pûs enquanto Pré-Candidato às presidenciais. Tarde demais para recorrer, mas por mérito acaso não fez falta nenhuma. Tarde demais para corrigir o que nunca foi verdadeiramente esclarecido e que não interessava esclarecer como já opinei algumas vezes...
A resposta não respondeu. Remeteu. Indicou um link. Um manual extenso, técnico e genérico, publicado meses antes, enquanto até aí estava tudo desatualizado de propósito para muitos Candidatos ficarem pelo caminho... Um amontoado de páginas, dados e procedimentos, enviado quando já não existe tempo útil para qualquer inscrição no Tribunal Constitucional. Não houve explicação concreta, não houve esclarecimento directo, não houve assunção de responsabilidades. Houve apenas burocracia usada como escudo, quer por e-mail, carta registrada ou até telefone, sempre a declinar. Pois a minha candidatura foi levada a sério, fiz página, escrevi letra da Campanha e usei voz de um artista, usei a voz de uma vocalista para anunciar, consegui assinaturas e fiz campanha.
No Dia 18 de Dezembro de 2025, recebi uma carta da Comissão Nacional de Eleições. Chegou em cima da hora, mas chegou, pelo menos chegou e pensam que não se livram de críticas. Tarde demais para me deixarem agir, mas não foi esse o caso, renunciei por vários motivos e estou na mesma no caminho certo a defender o meu propósito a que me pûs enquanto Pré-Candidato às presidenciais. Tarde demais para recorrer, mas por mérito acaso não fez falta nenhuma. Tarde demais para corrigir o que nunca foi verdadeiramente esclarecido e que não interessava esclarecer como já opinei algumas vezes...
A resposta não respondeu. Remeteu. Indicou um link. Um manual extenso, técnico e genérico, publicado meses antes, enquanto até aí estava tudo desatualizado de propósito para muitos Candidatos ficarem pelo caminho... Um amontoado de páginas, dados e procedimentos, enviado quando já não existe tempo útil para qualquer inscrição no Tribunal Constitucional. Não houve explicação concreta, não houve esclarecimento directo, não houve assunção de responsabilidades. Houve apenas burocracia usada como escudo, quer por e-mail, carta registrada ou até telefone, sempre a declinar. Pois a minha candidatura foi levada a sério, fiz página, escrevi letra da Campanha e usei voz de um artista, usei a voz de uma vocalista para anunciar, consegui assinaturas e fiz campanha.
Esta carta, agora tornada pública e aqui anexada, é prova escrita de um método. Um método antigo, silencioso e eficaz. Desproporcional! Não se diz não. Deixa-se passar o tempo. Matou-se a iniciativa pelo cansaço e pelo atraso, até que grande parte dos Pré- Candidatos independentes desistiram e desistiram quando tinham direitos iguais aos politiqueiros do sistema...
O que se está a passar nas eleições presidenciais portuguesas não foi e não é um lapso administrativo nem um erro inocente. Foi um bloqueio institucional a uma candidatura independente, fora do sistema, sem máquina partidária, sem protecção mediática, sem lugar reservado à mesa do poder, mas esqueceram-se que tenho alguma voz e tanto é que lêem o que digo e escrevo, não passo despercebido...
João Carlos Veloso Gonçalves, Quelhas, escritor, autor de obras literárias e de letras musicais, fundador e responsável pela Revista Repórter X, defensor activo dos direitos humanos, voz de emigrantes em situações extremas, produtor de eventos socioculturais, delegado do partido Chega no Consulado-Geral de Portugal em Zurique, levou durante anos denúncias, casos concretos e injustiças ao conhecimento da Assembleia da República. Não surgiu do nada. Fez caminho. Incomodou. Era sobre este PROPÓSITO que eu queria ter voz na GRANDE Comunicação Social, fazer-me ouvir muito mais em defesa dos que não tem voz e não tem capacidades de lutar sozinhos, quando eu, na Revista Repórter X os uno...
Quando decidi avançar para as eleições presidenciais, fê-lo de forma independente. Recolhi cerca de 5 mil assinaturas. Cumpri exigências formais, morada em Lisboa, representante legal, disponibilidade total. Chegou mesmo, a poder ser candidato por um partido político, incluindo o CHEGA. Mas a candidatura nasceu fora dos partidos. E isso, no sistema português, é pecado original.
A partir desse momento instalou-se o silêncio. A comunicação social ignorou. O Tribunal Constitucional não esclareceu. A Comissão Nacional de Eleições adiou, remeteu, empurrou. Os pedidos ficaram sem resposta em tempo útil. O relógio suíço passou a ser a arma principal enquanto esperava sentado comia chocolates de leite de vaca dos Alpes.
Quando finalmente chegou esta comunicação formal, já não havia prazo para qualquer reacção efectiva. E nem sequer foi uma resposta substantiva. Foi um link. Um manual. Palha administrativa enviada como quem lava as mãos.
Isto não é democracia viva. Isto é uma democracia condicionada, cozinhada pelos partidos tradicionais desde o 25 de Abril de 1974. Um sistema fechado e viciado, onde só passa quem já está dentro, onde os pequenos são abafados, onde os independentes são tratados como incómodos a eliminar pelo desgaste e assim não lhes dão tempo para crescer, poderiam aparecer por aí mais Venturas e não lhes convém perder os tachos...
O sistema não gosta de quem fala muito e fora do guião. Não gosta de quem denuncia como eu denuncio o caso das crianças da KESB ou os Lesados da SUVA. Não gosta de quem entra e não pede licença. E quando não pode dizer não de frente, atrasa, confunde, remete para manuais, deixa o tempo resolver o problema por si.
Foi neste contexto que surgiu, mais tarde, o apoio a André Ventura. Não por oportunismo, não por conveniência, mas por ruptura. Porque, goste-se ou não, é o único que afronta o sistema montado, o único que ameaça desmontar a engrenagem instalada, o único que não nasceu do consenso confortável que domina instituições, tribunais e comunicação social e eu identifico-me e por isso me afastaram sem afastar ao dificultar...
Não se trata de idolatria. Trata-se de constatação política. Quando todas as portas se fecham, quando todas as instituições falham, quando a voz é cortada, a neutralidade deixa de existir. O que existe é um sistema que escolhe quem pode falar e quem deve ficar pelo caminho. Garanto que não sou o elo mais fraco e irei sempre denunciá-los, neste momento tenho várias ferramentas, as Redes Sociais, a Revista Repórter X e o InfoSuíça e terei outros se eu quiser.
Somos pequenos, dizem. Somos poucos, dizem. Mas a história nunca mudou pelos grandes instalados. Mudou sempre pelos incómodos, pelos empurrados para fora, pelos que recusaram calar-se.
Esta carta recebida hoje, tarde demais para servir a democracia, fica como prova material de uma falsa democracia. Uma democracia que não responde, não explica e não assume. Uma democracia que prefere remeter para links quando devia responder com coragem. Atreveria-me dizendo, uma corrupção em nome de Democracia!?
Dizer isto não é pecado, é verdade.
É denúncia, pura denúncia.
E denunciar é o último dever de quem ainda acredita que a democracia não pode ser apenas uma palavra bonita em papel timbrado.
autor: Quelhas
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial


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