Deputado denuncia uso do inglês na Embaixada de Portugal em Paris e comenta tensão vivida no Parlamento em Lisboa:
A notícia que se segue foi enviada pelo Deputado José Dias Fernandes à Revista Repórter X para publicação e autorizou publicação no Infosuiça...
No dia 12 de Dezembro de 2025, a Revista Repórter X recebeu, para divulgação pública, a carta enviada pelo Deputado do Chega, José Dias Fernandes, na qual relata os acontecimentos que presenciou na Embaixada de Portugal em Paris, no dia 11 de Dezembro, durante a conferência dedicada aos cinquenta anos das independências dos países africanos de língua portuguesa.
O Deputado remeteu à nossa redacção a mesma carta que enviou ao Embaixador de Portugal em França, Francisco Ribeiro Menezes, denunciando aquilo que considerou um episódio vergonhoso e indigno da representação diplomática portuguesa.
Na carta, o Deputado começa por agradecer o convite que lhe foi dirigido, mas manifesta o seu repúdio pelas intervenções dos quatro oradores, entre os quais o próprio Embaixador, e ainda Ricardo Soares de Oliveira, Pedro Aires de Oliveira e Edalina Rodrigues Sanches.
Segundo o Deputado, nenhum dos intervenientes utilizou a língua portuguesa, tendo todos optado por falar em inglês, o que descreve como “acto vergonhoso”, “inaceitável provocação”, demonstração de vaidade e sinal de ignorância ou cobardia.
Sublinha que a Embaixada é Portugal em solo estrangeiro e que é dever moral do Embaixador defender a língua portuguesa, obrigação que, segundo afirma, foi totalmente ignorada.
O Deputado destaca ainda a intervenção de um jovem, Hugo, que afirmou que falaria “na língua de Camões”, dado que estava em território português. José Dias Fernandes enaltece este gesto, lamentando, contudo, que os intervenientes tenham respondido em inglês, gerando desagrado entre os presentes.
O Deputado encerra a carta afirmando que Portugal e os portugueses de França merecem melhor representação na Embaixada de Paris.
Na sequência segue o relato da conversa telefónica com Quelhas:
Ainda no dia 12 de Dezembro, após receber a carta destinada à publicação, Quelhas contactou telefonicamente o Deputado José Dias Fernandes enquanto assistia às imagens televisivas que mostravam actos de violência e destruição junto à entrada do Parlamento, em Lisboa, no âmbito da greve nacional da função pública.
Perante a violência transmitida em directo, Quelhas perguntou ao Deputado se estava “debaixo de fogo”.
O Deputado confirmou a tensão vivida no momento e acrescentou que no exterior se encontravam reformados, pessoas sem actividade laboral e apoiantes do Bloco de Esquerda e do Partido Socialista.
Quando Quelhas comentou que a Polícia estava a disparar balas de borracha, o Deputado respondeu que, estando no interior do Parlamento, não se apercebera do uso desse tipo de munição no qual não achou piada.
Quelhas criticou a actuação, recordando que estas balas já causaram perda de visão em confrontos ligados ao futebol, e afirmou que o Exército poderia ter sido chamado a intervir, uma vez que os manifestantes atearam fogo a objectos e arremessaram projécteis contra as forças de segurança.
Os acontecimentos descritos revelam um país dividido entre tensões diplomáticas e convulsões sociais, expondo inquietações que atravessam instituições, ruas e fronteiras.
Autor Quelhas
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial
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