Aprovado por unanimidade voto de congratulação pela participação de empresas, operários e artesãos portugueses na reconstrução da Catedral de Notre Dame
Junto em anexo o voto de congratulação hoje aprovado por unanimidade na Comissão dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas sobre a participação de empresas, operários e artesãos portugueses na reconstrução da Catedral de Notre Dame.
Na intervenção que fiz em defesa do voto, salientei, entre outras coisas que constam dos argumentos do texto explicativo, que a sua aprovação é o reconhecimento da influência crescente da comunidade portuguesa em França e uma forma de valorizar a sua presença no país, colocando assim em evidência a transformação da comunidade portuguesa e a forma como está integrada em todos os domínios da sociedade francesa. É, além disso, uma forma muito relevante de reconhecimento por parte de Portugal do mérito da comunidade portuguesa, que é sempre algo que os portugueses no estrangeiro procuram, e uma verdadeira forma de projetar o nome do nosso país além-fronteiras.
Melhores cumprimentos
Paulo Pisco
Grupo Parlamentar do Partido Socialista
Deputado pelo Círculo da Europa
Coordenador na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas
Member of the National Parliament
Coordinator in the Foreign Affairs Committee
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Projeto de Voto n.o 521/ XVI
De congratulação pela participação de empresas, operários e artesãos portugueses na reconstrução da Catedral de Notre Dame de Paris
A reconstrução da Catedral de Notre Dame de Paris, uma obra de extraordinária complexidade técnica e exigência de rigor, envolveu mais de dois mil trabalhadores e cerca de 250 empresas, com uma importante participação portuguesa, que merece ser assinalada e reconhecida.
A catedral foi atingida por um incêndio de enormes proporções em 15 de abril de 2019, o que provocou o colapso da torre, perfurando a abóbada, e de uma parte da estrutura em madeira com séculos, que ficou carbonizada e fez derreter a estrutura de chumbo, ameaçando assim seriamente a estabilidade do icónico monumento.
O Vaticano considerou que a reconstrução da catedral, que reabriu no passado 8 de dezembro, foi uma aventura humana e tecnológica que envolveu muitas centenas de operários especializados e artesãos que replicaram as técnicas e materiais de construção original, cuja inauguração remonta ao ano de 1345. Por isso, é de assinalar a participação portuguesa de empresas, técnicos, artesãos e operários, que foi de enorme relevância.
Merece destaque o facto de na catedral reconstruída ninguém poder entrar sem pisar o chão que foi colocado pela empresa Centralpose, de que é presidente o franco-português Arthur Machado, natural de Leiria, que levou para os trabalhos algumas dezenas de operários, artesãos e técnicos portugueses, entre os quais 17 calceteiros. A sua empresa é uma das principais em França no assentamento de pavimentos e já realizou obras de grandes dimensões em lugares tão emblemáticas como a Place de la République ou nos Invalides.
Foi da sua responsabilidade todo o pavimento do adro que dá acesso à catedral, onde foram colocadas cerca de dez toneladas de lajes em 5 mil metros quadrados. Cada peça foi desenhada uma a uma, num projeto concebido ao longo de seis meses por uma equipa da empresa liderada por um engenheiro português do Fundão, Carlos dos Santos, e colocadas por calceteiros também eles portugueses, dirigidos por Firmino de Jesus, de Leiria, naturalmente partilhando todos o enorme orgulho por terem participado na recuperação de uma obra tão emblemática.
Referência também para a empresa Beetsteel, com sede em Braga, especializada na serralharia de produtos em inox, que foi a escolhida para a colocação dos passadiços corta-fogo.
A excelência do trabalho e dos técnicos, artesãos e operários que participaram na reconstrução da catedral foi reconhecida pelo presidente francês Emmanuel Macron, e pelas autoridades eclesiásticas francesas e pelo Vaticano. “Todas essas mãos precisas e habilidosas merecem respeito e admiração. O que eles fazem é sempre extraordinário. Trabalhar com tanta precisão, com tantas técnicas diferentes para encontrar o espírito do lugar”, disse o arcebispo de Paris Laurent Ulrich.
Por isso, também a Assembleia da República deve ter uma palavra de reconhecimento pela participação de empresas, artesãos, técnicos e operários portugueses na reconstrução de um dos mais emblemáticos monumentos do mundo, prestando-lhes assim a devida homenagem, tanto mais que a França é um país onde a presença portuguesa e de lusodescendentes é muito relevante e influente em todos os domínios da sociedade, como mais uma vez se comprova.
Assim, a Assembleia da República congratula-se pela participação portuguesa de empresas, artesãos, técnicos e operários na reconstrução da Catedral de Notre Dame de Paris, reconhecendo a sua importância para a valorização da comunidade portuguesa em França e para a projeção de Portugal.
Palácio de São Bento, 5 de janeiro de 2025
As Deputadas e os Deputados,
Paulo Pisco
João Paulo Rebelo
Edite Estrela
Eurico Brilhante Dias
José Luís Carneiro
Gilberto Anjos
André Rijo
Pedro Sousa
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial
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