Deputados manifestam preocupações com os portugueses da diáspora, mas a Repórter X apela a mais atenção às causas sociais:
Os deputados pelo Círculo da Europa, José Dias Fernandes e Paulo Pisco destacaram, nas suas declarações de fim de ano, as preocupações com os portugueses da diáspora, sublinhando a necessidade de reforçar os direitos e apoios às comunidades emigrantes.
José Dias Fernandes, eleito pelo partido Chega, afirmou sentir-se honrado pela confiança depositada pelos emigrantes portugueses da Europa ao elegê-lo como seu representante no Parlamento. O deputado, que viveu grande parte da sua vida como emigrante em França, defendeu que os portugueses residentes no estrangeiro devem ter os mesmos direitos e ser reconhecidos como portugueses de parte inteira.
Durante o seu primeiro ano de mandato, Dias Fernandes revelou ter identificado “problemas que durante estes últimos 25 anos foram completamente ignorados por quem deveria tratar”. Entre os casos mais graves, destacou a questão das crianças retiradas aos pais na Suíça, um problema que foi relatado pela Revista Repórter X. Para 2025, comprometeu-se a continuar a trabalhar para melhorar a situação das comunidades emigrantes, apresentando propostas na Assembleia da República que incluem o ensino da língua e da história portuguesas para lusodescendentes, bem como melhores condições de voto para os emigrantes.
Por sua vez, Paulo Pisco, deputado do Partido Socialista, criticou a política atual para as comunidades portuguesas, considerando-a sem “rasgo nem chama”. Manifestou preocupação com a “crise profunda dos leitorados de língua portuguesa”, alertando para o impacto negativo que poderá ter na política de internacionalização da língua.
Pisco lamentou também a eliminação da Secretaria de Estado da Internacionalização, que considerava fundamental para unir e valorizar os empresários da diáspora. Criticou ainda o fim do Programa Nacional de Apoio ao Investimento da Diáspora (PNAID) e do Programa Regressar, que ajudou cerca de 30 mil pessoas.
Contudo, destacou como ponto positivo de 2024 o fim das propinas, afirmando que sempre defendeu essa medida, inclusive quando o PS estava no governo. Para o novo ano, Paulo Pisco deixou uma mensagem de esperança, apelando a que os portugueses continuem a acreditar no país, promovam a democracia e participem ativamente na vida cívica e política nos países onde residem.
Apesar das declarações dos deputados, a Revista Repórter X já fez várias vezes o reparo a ambos os parlamentares, alertando que as causas sociais gerais da Europa devem ser a prioridade, com destaque para os problemas da Suíça, onde a revista tem sede. Entre os casos mais urgentes, destacam-se as mães que ficaram sem os seus filhos, retirados pela instituição Kesb, e os lesados da Suva, que lutam pelos seus direitos em situações de doença, acidentes e na obtenção de indemnizações e pensões de invalidez.
Estes problemas graves levaram o chefe da Revista Repórter X a avançar como candidato à Presidência da República Portuguesa. O objectivo é colocar as causas sociais à frente, deixando para segundo plano as questões de interesse governamental ou as necessidades dos mais ricos. No entanto, os deputados em questões como o Regime dos Residentes Não Habituais (RNH), o duplo imposto e a educação no estrangeiro serão igualmente abordadas no devido tempo, assim tem sido levados à Assembleia da República Portuguesa.
Com esta abordagem, a Revista Repórter X reafirma o seu compromisso com a justiça social e com a defesa das comunidades emigrantes na Europa e Fora da Europa e também com os residentes em Portugal, portugueses e migrantes e emigrantes, olhando os princípios interesses, colocando os problemas reais das pessoas no centro das atenções políticas.
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial
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