Notícia sobre controvérsia com a SUVA e CSS-Krankenkasse
Um cidadão na Suíça fez
uma queixa contra a SUVA, AXA-Seguros e a CSS-Krankenkasse, acusando uma série
de irregularidades e problemas no tratamento de dois casos relacionados com
pagamentos de ordenados, seguros e facturas.
Segundo o relato, a SUVA
assumiu o pagamento do ordenado a um funcionário que ficou doente,
anteriormente coberto pela AXA-Seguros. No entanto, a SUVA deixou de pagar os
ordenados há bastante tempo, e o funcionário remeteu o caso para o Tribunal.
Noutro caso, a SUVA
pagou um determinado valor à CSS-Krankenkasse, supostamente de correcções
datadas entre o ano de 2016 e 2022, que por sua vez pagou ao funcionário. Após
esse pagamento, a CSS-Krankenkasse pediu a devolução de metade do valor pago
para devolver à SUVA. Foram pedidos várias vezes esclarecimentos, por telefone,
em língua portuguesa, aos funcionários da CSS-Krankenkasse, mas não souberam
explicar o porquê destas correcções e dos valores devidos!
A SUVA é acusada de ter
tentado corromper a empresa onde o funcionário ainda trabalha, embora esteja de
baixa médica há mais de dois anos, pressionando para que a empresa o
despedisse. A SUVA também terá contactado o hospital onde o funcionário está a
ser tratado, alegadamente para influenciar a emissão de alta médica. A queixa
afirma que a SUVA contactou o marido da senhora da firma empregadora, que é
advogado, para que ela efectivasse o despedimento do funcionário. Além disso, a
SUVA também telefonou ao USZ (Hospital Universitário de Zurique) para impedir
que o hospital fornecesse a baixa médica ao funcionário, caracterizando isso
como uma tentativa de corrupção e para obrigá-lo a trabalhar sem condições ou a
inscrever-se no seguro-desemprego.
No primeiro caso, o
cidadão alega que a SUVA e a AXA-Seguros tentaram forçar o funcionário a
inscrever-se na RAV (Seguro-Desemprego), mesmo sabendo que ele tinha problemas
de saúde que o impediam de trabalhar. A queixa sugere que a tentativa de
inscrição na RAV visava evitar responsabilidades financeiras por parte destas
seguradoras.
O relato detalha uma
luta contínua contra a SUVA, mãe das seguradoras da Suíça e pertencente ao
Estado suíço, que teria desconsiderado os direitos do funcionário e envolvido
outras instituições no conflito. A SUVA é acusada de ter criado problemas
consideráveis entre o funcionário e a AXA-Seguros, pois esta última deveria
pagar o ordenado durante dois anos antes de transferir a responsabilidade para
a SUVA. Neste caso, a SUVA assumiu o caso, mas deveria ter continuado com os
pagamentos de acordo com as suas responsabilidades, uma vez que o funcionário
descontou para ter esses direitos.
A AXA-Seguros,
inicialmente responsável pelos pagamentos, foi substituída pela SUVA, que
suspendeu posteriormente os pagamentos. Tudo isto teria sido uma manobra entre
ambas para se ilibarem de responsabilidades, incluindo a firma empregadora. A
Infodona (Beratungsstelle) confirmou que a AXA-Seguros era obrigada a pagar
durante 24 meses devido ao tempo de serviço do funcionário.
A SUVA, pressionada pelo
Tribunal da Segurança Social de Winterthur, comunicou com a SVA/IV (Invalidez),
que programou uma visita de dois profissionais ao local para discutir o caso.
Depois de várias peritagens e consultas externas, a SVA/IV deu razão ao
paciente, algo que o Tribunal da Segurança Social já havia determinado. O caso
foi transferido da SUVA para a invalidez, aguardando-se agora a decisão. O
cidadão pede ao tribunal que obrigue a SUVA a pagar todos os ordenados
suspensos há mais de dois anos. A SVA/IV referiu que haverá um pagamento e que
irão juntar a invalidez da Suíça às referências da Segurança Social portuguesa,
uma vez que o paciente descontou vários anos em Portugal.
Noutro caso, a
CSS-Krankenkasse enviou facturas de correcção referentes aos anos de 2016 a
2022 e pediu a devolução de valores. O cidadão considera este pedido uma ameaça
e abuso de poder. Durante anos, não foram enviadas facturas de correcção, mas,
em 2022, a CSS-Krankenkasse enviou mais de 30 facturas de uma só vez para
pagamento de um valor elevado, além de um aviso de cobrança, incluindo juros
adicionais de 25 CHF em cada cheque. Este pedido foi enviado ao Consultório de
Dívidas, com a tentativa de retirar bens da casa do cidadão, mas a situação foi
contestada no Tribunal da Segurança Social de Winterthur. Ainda assim,
continuam a ser enviadas cartas ameaçadoras.
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O cidadão alega que a SUVA e a CSS-Krankenkassen não responderam às várias
reclamações feitas por carta e telefone. A falta de explicações claras e a
ameaça de pagamento sem justificação são vistas como tentativas de intimidação.
A situação é descrita como um exemplo de má gestão e corrupção por parte da
SUVA, envolvendo também a AXA-Seguros e a CSS-Krankenkasse em dois casos
distintos.
Documentos sobre o
problema dos 30 cheques de cobranças de correcções, e respectiva
correspondência, foram enviados ao Seguro de Protecção (Protekta) e ao Tribunal
da Segurança Social de Winterthur, mas não resultaram em apoio adequado. A
Protekta e o tribunal não resolveram a situação, deixando o cidadão sem solução
e sujeito a contínuas ameaças e problemas psíquicos derivados desta má conduta
por parte da SUVA.
Enviaram-se também, por
várias vezes, cartas ao Tribunal da Segurança Social de Winterthur, incluindo
lotes de correspondência original recebida da CSS-Krankenkasse, e foi pedida
ajuda à CSS-Krankenkasse. Tudo foi transferido para o Tribunal Federal de Lucerna,
que não enviou a resposta atempadamente e recusou prosseguir com o caso. Agora,
será feito um novo pedido. Entre duas lutas, nada está perdido, e uma tem luz
branca…
Vamos acreditar na
Justiça, com fé em Deus...
Corrupção no sistema Suíço: um apelo por justiça para Lesados e Famílias
Afectadas pelo roubo de crianças
A corrupção no sistema
suíço, nomeadamente na SUVA (Segurança de Acidentes) e na IV-Invalidez,
continua a afectar profundamente muitas vidas. Casos de lesados, seja por
acidente ou doença, que não recebem a pensão a que têm direito, ou enfrentam
obstáculos para conseguir o tratamento médico necessário, são uma realidade de
que sou testemunha. Ao longo de anos, acompanhei de perto uma série de casos
que ilustram como este sistema falha na sua missão de proteger os mais
vulneráveis.
Para muitos, a obtenção
de uma pensão de invalidez na Suíça parece um direito garantido, mas a
realidade é bem diferente. A SUVA, em particular, é frequentemente acusada de
negligenciar os casos de lesados, forçando-os a trabalhar até à exaustão ou
ignorando completamente os diagnósticos médicos. Médicos da SUVA e da
IV-Invalidez contradizem, muitas vezes, os pareceres de médicos independentes e
hospitais, deixando os pacientes sem apoio. Este tipo de atitude é intolerável,
especialmente quando as pessoas se encontram em sofrimento físico e psicológico
devido a acidentes ou doenças graves.
Pior ainda é o facto de,
em alguns casos, famílias inteiras estarem a ser destruídas. Pais que perderam
a custódia dos filhos, lesados que não têm direito a uma pensão vitalícia, e um
sistema que continua a silenciar aqueles que lutam pelos seus direitos. Quando
esses mesmos pais e lesados recorrem ao sistema judicial ou à política para
obter apoio, a resposta costuma ser a mesma: uma porta fechada.
Tenho acompanhado de
perto vários casos, incluindo um em particular que me envolveu pessoalmente
durante três anos. Vi famílias desestruturadas, lesados sem assistência médica
adequada e cidadãos que, depois de anos de contribuições, ficaram desamparados
perante o sistema. A SUVA, longe de cumprir com os seus deveres, tem sido
acusada de corrupção, com a promessa de pensões vitalícias a serem substituídas
por compensações ridículas ou, em alguns casos, pela recusa em reconhecer as
condições dos lesados.
Recentemente, um
deputado europeu, após ouvir os relatos de vítimas como os pais que perderam
filhos ou os lesados da SUVA, levou esses casos até à Assembleia da República
Portuguesa. A sua intervenção incluiu o pedido de uma investigação sobre as
práticas da SUVA e da IV-Invalidez, assim como o direito de acesso a advogados
especializados para as vítimas.
O que mais me assusta
nesta história toda é a impunidade com que as instituições continuam a operar.
A SUVA e a IV-Invalidez parecem imunes a qualquer forma de escrutínio,
manipulando o sistema a seu favor, desconsiderando as condições dos pacientes e
recusando-se a honrar os compromissos assumidos com os seus segurados. Médicos,
advogados e outros profissionais da área, que deveriam ser neutros, muitas
vezes se veem envolvidos em esquemas que acabam por prejudicar os lesados e os
mais fracos da sociedade.
No entanto, há
esperança. Através da pressão política e social, conseguimos conquistar algumas
vitórias, mas estas são raras e não chegam a todos. A luta por justiça continua
e, para aqueles que se sentem abandonados pelo sistema, é essencial não desistir.
Devemos continuar a exigir que as leis sejam cumpridas e que as instituições
sejam responsabilizadas pelos seus erros e omissões.
A verdade é que muitas
dessas vítimas ainda não tiveram a oportunidade de ver justiça feita. O que se
passa na SUVA e na IV-Invalidez não é apenas uma questão de ineficiência
administrativa; é uma questão de violação dos direitos humanos. Quando vemos que
pais são despojados dos seus filhos ou que lesados são forçados a viver sem os
recursos de que necessitam, é impossível ficar calado.
Apelo a todos que
enfrentam essa realidade: não desistam. A luta por justiça exige persistência.
É preciso continuar a pressionar as autoridades competentes, seja no tribunal,
seja através da mobilização social. Quando um sistema se torna opressor, como é
o caso da SUVA e da IV-Invalidez, a única forma de mudança é a acção colectiva
e a denúncia pública.
Eu, pessoalmente,
acompanharei este processo e continuarei a dar voz na Revista Repórter X a
todos aqueles que são ignorados pelo sistema. Como vimos, a verdade pode ser
abafada por um tempo, mas, no fim, ela sempre vem à tona. O sistema pode tentar
ignorar os casos, mas quem sofreu e quem foi silenciado tem a obrigação de
continuar a lutar pelos seus direitos.
Aos que continuam a ser
afectados por esta corrupção institucionalizada, o meu conselho é simples:
persista, denuncie, exija justiça. Não permita que o sistema continue a
esmagá-lo. A sua história, o seu sofrimento, e os seus direitos devem ser
ouvidos.
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