Emigrante português condenado por tentativa de homicídio na Suíça será expulso após cumprir pena
O português de 57 anos que atirou um carro por uma ravina com a esposa lá dentro, na Suíça, viu esta semana ser confirmada a pena de 12 ANOS e três meses de prisão que já lhe havia sido aplicada em 2023, desta vez após decisão final do Tribunal Penal de Neuchatel.
O homem, que se encontra detido desde essa altura, irá agora cumprir o resto da pena na Suíça e depois será expulso do país, onde só poderá regressar passados 10 ANOS.
Em FEVEREIRO de 2022, já depois de ter sido obrigado a manter-se afastado da mulher por causa de questões relacionadas com violência doméstica, o homem foi à casa do filho mais velho, onde esta se encontrava a viver temporariamente, sequestrou-a para dentro do carro de ambos e lançou-se com ela de um precipício com 135 metros de altura. Acabaram por sobreviver os dois graças a uma árvore que amparou a viatura.
Em 2023, no tribunal criminal de La Chaux-de-Fonds, no cantão de Neuchâtel, o homem foi condenado por tentativa de homicídio não premeditado, contrariando a tese inicial da acusação de que teria planeado a morte de ambos, pois escreveu uma nota de suicídio que foi encontrada na casa onde antes viviam os dois com o filho mais novo.
Segundo disse durante a leitura da sentença o juiz Alain Rufener, citado pelo The Swiss Times, “o grau de culpa do réu é sério e o modo como agiu é atroz”, mas na condenação rejeitou aplicar a pena pedida, de 14 ANOS e sete meses pelo Ministério Público, que imputa ao português falta de “consciência da gravidade dos seus actos, não demonstrando empatia para com a vítima”.
A vítima, por sua vez, teme que o homem a mate quando sair da prisão. “Nunca mais vou estar segura”, lamentou a mulher, agora com 55 ANOS, que ficou com inúmeras consequências físicas e psicológicas desde que o crime aconteceu.
Acusado de violar a esposa por ciúme Segundo o advogado da defesa, o português acreditava que a mulher o traía e que lhe teria feito um “bruxedo” quando consultou “uma cartomante”, situação que o tribunal acabou por levar em conta, uma vez que um relatório médico apontava que o homem não teve bom julgamento por se encontrar “num estado de extremo ciúme”.
O português estava ainda acusado de ter violado a esposa, situação que o juiz reconheceu, afirmando que o agora condenado “multiplicou os actos sexuais apenas por provocação, e não por desejo ou amor”.
Ficou ainda provado que o homem vigiava a mulher no local de trabalho desta, situação que representa crime de coacção.
Durante o rapto da mulher, o português ainda feriu o filho mais velho com uma faca, quando este tentou impedir o acto tresloucado do progenitor.
Esta informação foi enviada à Revista Repórter X por um emigrante.
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial
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