Teste das Sirenes na Suíça 🔊 e outras coisas desnecessárias
Na Suíça, existem cerca de 7.200 sirenes espalhadas por todo o país, a maioria instaladas em telhados, postes e grandes torres estrategicamente localizadas no centro das cidades ou aldeias, alinhadas em linha recta para garantir a melhor audição possível para todos.
Estas sirenes são testadas anualmente na primeira quarta-feira de fevereiro, sempre às 13h30. O objetivo é assegurar o correto funcionamento do sistema de alerta à população em caso de emergências, como desastres naturais, acidentes químicos ou outras ameaças graves.
Durante o teste, as sirenes emitem o sinal geral de alarme, um som modulado que dura um minuto e é repetido após um intervalo de dois minutos. Em algumas regiões, pode também ser testado o sinal específico de alarme para barragens.
A população não precisa tomar nenhuma medida durante o teste, mas, em caso de alarme real, as autoridades recomendam sintonizar a rádio, televisão ou consultar a aplicação Alertswiss para obter instruções oficiais.
Nota: A revista Repórter X não vê um grande feito neste sistema. As próprias sirenes já são aterrorizantes e, se houver um delito, ninguém tem tempo para ouvir a comunicação social. O instinto natural é o medo e a necessidade de se livrar da situação o mais rapidamente possível, sem tempo ou paciência para acompanhar as informações caso a ameaça já seja iminente.
Além disso, a Suíça distribui comprimidos à população para serem tomados em caso de catástrofes. No entanto, quase ninguém sabe ao certo para que servem, tornando esta medida um desperdício de dinheiro público, dada a falta de informação sobre a sua real utilidade. Esses comprimidos são comprimidos de iodo, distribuídos como medida preventiva em caso de acidentes nucleares, pois ajudam a reduzir a absorção de iodo radioativo pela tiroide. Contudo, sem um conhecimento claro sobre quando e como tomá-los, acabam por ser inúteis para a maioria das pessoas.
Outro exemplo de gastos discutíveis são os bunkers subterrâneos, construídos para servir de refúgio em caso de catástrofes. Apesar de cada apartamento ou edifício possuir um, as condições dentro deles são precárias. Têm portas grossas para proteção, mas não oferecem mantimentos nem conforto. Em casa, ao menos, a maioria das pessoas tem água e alimentos para uma semana, enquanto nos bunkers o risco seria morrer à fome e ao frio.
No final, trata-se de um investimento enorme sem um verdadeiro benefício para a população. Se as pessoas não sabem como agir perante estas medidas, então de que vale a Suíça gastar tanto dinheiro nelas? A segurança deveria estar baseada na informação clara e na preparação real, e não apenas em sirenes ensurdecedoras, comprimidos misteriosos e bunkers vazios.
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial
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