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terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

TRÊS TUMBAS DE 4.400 ANOS DESCOBERTAS NO DESERTO DE GIZÉ: NOVOS SEGREDOS DO ANTIGO EGITO

TRÊS TUMBAS DE 4.400 ANOS DESCOBERTAS NO DESERTO DE GIZÉ: NOVOS SEGREDOS DO ANTIGO EGITO

 


Uma recente descoberta arqueológica no Egito está a atrair grande atenção internacional. No deserto de Gizé, ao sul das icónicas pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos, foram encontradas três tumbas datadas de mais de 4.400 anos, revelando detalhes inéditos sobre a elite religiosa do Antigo Egito. Entre as tumbas, destaca-se uma que partilhava a sepultura de dois sacerdotes de alta posição da V Dinastia (2500-2350 a.C.): Behen Wi Ka e Nuwi.

 

A escavação foi liderada pela missão arqueológica egípcia sob a direção de Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, e começou em agosto de 2018. A descoberta das tumbas só foi possível após a remoção de mais de 450 metros cúbicos de escombros que cobriam o local. Os arqueólogos ficaram impressionados com o excelente estado de conservação dos sarcófagos de madeira, que mantêm cores vibrantes e detalhes intrincados de hieróglifos que adornam as superfícies.

 

A IMPORTÂNCIA DAS TUMBAS

Behen Wi Ka e Nuwi eram sacerdotes de alto escalão no Egito Antigo. Behen Wi Ka, que ocupava uma função significativa como sacerdote responsável pela purificação do faraó Quéfren, ostentava sete títulos, o que demonstra a sua elevada posição dentro da hierarquia religiosa. Nuwi, sacerdote da deusa Maat, a deusa da verdade e da justiça, tinha cinco títulos, o que também indica uma posição de grande importância. Os hieróglifos encontrados nas tumbas documentam a prática de rituais e oferendas sagradas, essenciais para a religião egípcia, que acreditava que tais atos eram necessários para garantir a vida eterna dos falecidos.

 

CARACTERÍSTICAS DAS TUMBAS

As três tumbas descobertas estão localizadas a uma curta distância umas das outras e estavam originalmente enterradas sob dunas de areia, protegidas por portas de pedra calcária. O uso de pedra calcária, um material caro e resistente, é significativo, pois era reservado apenas para os membros mais poderosos da sociedade egípcia. Os corredores estreitos que conduzem aos túmulos estão decorados com gravuras que retratam cenas de rituais funerários e oferendas para os deuses, uma prática comum na religião egípcia, destinada a assegurar a passagem dos mortos para o além.

 

UMA LIGAÇÃO COM A DINASTIA XXVI

Embora as tumbas pertençam à V Dinastia, um período que antecede a construção das pirâmides mais conhecidas, as gravuras e estátuas encontradas nas tumbas sugerem uma ligação com a Dinastia XXVI (664-525 a.C.), um período mais tardio da história egípcia. Zahi Hawass, um dos egiptólogos mais renomados, sugeriu que essas ligações reforçam a continuidade das práticas religiosas e culturais no Egito ao longo de vários séculos. Esta descoberta sublinha a importância da preservação e continuidade das tradições egípcias, mesmo após a queda de várias dinastias.

 

IMPACTO CULTURAL E TURÍSTICO

Além da importância histórica e arqueológica, esta descoberta terá um impacto significativo no turismo no Egito. Os sarcófagos restaurados e os outros artefactos encontrados serão expostos em vários museus do país, como os de Sharm El-Sheikh e Hurgada, que já são destinos turísticos populares. De acordo com Hawass, essas descobertas representam apenas uma fração do que ainda está por ser descoberto no Egito, já que apenas cerca de 30% dos monumentos e artefactos do Antigo Egito foram revelados até agora, com os restantes 70% ainda ocultos sob as areias do deserto.

 

O EGITO: UM TESOURO ENTERRADO

A descoberta das três tumbas é mais uma prova do potencial arqueológico do Egito, uma terra rica em história e cultura. Zahi Hawass comentou que "escavar no quintal de casa pode levar a algo extraordinário", refletindo a grandeza das descobertas que ainda podem ser feitas no país. Embora muito do Egito antigo ainda permaneça enterrado, estas novas descobertas proporcionam uma visão mais profunda sobre uma civilização que continua a fascinar o mundo moderno. O Egito, conhecido como a terra dos faraós, continua a surpreender os estudiosos e turistas com os seus segredos ocultos, oferecendo uma janela para um dos períodos mais ricos da história humana.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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