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terça-feira, 18 de março de 2025

A VISÃO DE UM PRÉ-CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SOBRE AS NOVAS ELEIÇÕES

A VISÃO DE UM PRÉ-CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SOBRE AS NOVAS ELEIÇÕES 


O Primeiro-Ministro Luís Montenegro optou por conduzir o país a eleições antecipadas, em vez de esclarecer no Parlamento as dúvidas que persistem sobre a empresa Spinunviva, que fundou em 2021. Esta decisão levanta questões sobre as suas verdadeiras intenções: trata-se de uma tentativa de ocultação, um acto de egoísmo ou uma estratégia política calculada, apostando na vitimização para reforçar a sua posição eleitoral?

Desde o seu primeiro discurso como Primeiro-Ministro, Montenegro demonstrou estar mais interessado em forçar um impasse do que em consolidar o Governo. Ao desafiar as forças da oposição a derrubá-lo caso não estivessem alinhadas com o seu programa, acabou ele próprio por precipitar a queda do Executivo.

A tentativa de atribuir ao PS a responsabilidade pela crise política é um exercício de dramatização que não resiste à análise dos factos. A ideia de que o seu Governo foi derrubado devido ao "sucesso da governação" e à sua popularidade não passa de um argumento frágil para alimentar a narrativa da vitimização que deverá marcar a campanha eleitoral.

É inegável que o PS, sob a liderança de Pedro Nuno Santos, garantiu continuamente a estabilidade governativa. Viabilizou a eleição de José Pedro Aguiar-Branco como Presidente da Assembleia da República, aprovou o programa de Governo, permitiu a aprovação do Orçamento de Estado para 2025 e travou duas moções de censura – uma do Chega, em plena crise interna, e outra do PCP, já na sequência do caso Spinunviva. Perante este cenário, Montenegro e o PSD dificilmente podem queixar-se de falta de apoio.

Mas a verdade é que quem fez cair o Governo de Luís Montenegro foi exatamente Pedro Nuno Santos, que, na sombra, acumulou mais pecados uma semana do que o Chega numa vida. Fez-se de santo, mas foi o diabo em pessoa. Porque foi como foi, e o PS tinha tudo nas mãos. Portanto, quem derrubou o Governo foi Pedro Nuno Santos.

As consequências desta decisão vão muito além da crise interna do PSD ou da dissolução do Parlamento. O país volta a ser empurrado para eleições, a terceira legislativa em três anos e a quarta em seis. Esta instabilidade mina a confiança dos eleitores, interrompe projetos essenciais e prejudica a credibilidade internacional de Portugal, afastando potenciais investidores.

Com estas novas eleições, serão também eleitos dois deputados pelo Círculo da Europa e dois pelo Círculo Fora da Europa. Isso significa que Paulo Pisco tem os dias contados.

Infelizmente, nos últimos tempos, vetou uma reunião na Assembleia da República que deveria ter contado com o secretário de Estado e o embaixador da Suíça em Portugal, para discutir a grave situação das mães que ficaram sem os seus filhos para a KESB. Este foi um golpe para as comunidades emigrantes, e a sua posição anti-imigração torna inevitável o fim do seu percurso político. Não queremos um deputado que não defenda os emigrantes.

João Carlos Veloso Gonçalves
 joaocarlosquelhasrumoapresidencia.pt


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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