Desde o início, traçou o seu caminho com clareza e determinação: apresentou-se como pré-candidato à Presidência da República Portuguesa, com ideias concretas e um projecto que rompesse com o sistema que domina o país. Não era um sonho, era uma ambição! Queria levar ao debate propostas de mudança profunda em Portugal e debater a diáspora, justiça social e defesa dos emigrantes, mostrando que é possível oferecer uma alternativa séria, honesta e anti-sistema. Partilhou essas propostas com o Deputado pelo Círculo da Europa, no qual levou ao André Ventura na esperança de que o Chega pudesse apoiar um candidato que representasse a voz dos portugueses no estrangeiro e dos que não se conformam com a perpectuação do poder das elites tradicionais, aquelas que chamamos uma PIDE moderna!
O Deputado inicialmente deixou-me acreditar que havia abertura para este apoio, criando uma esperança que me impulsionou a preparar a pré-candidatura, a contactar pessoas, ter um mandatário com morada em Lisboa, ter uma sala de candidatura em Zurique, fez-o sonhar ao ponto de planear estratégias e a reunir centenas largas de assinaturas. Contudo, disse também que não concordava com a candidatura de André Ventura, porque ele teria de ser primeiro-ministro e que um candidato emigrante seria uma boa opção. Quase tinha a certeza de que, se fosse apoiado pelo Chega, poderia vencer na primeira volta, pois os outros candidatos representam o sistema que tantos rejeitam, e o João Carlos Quelhas seria a alternativa real.
Infelizmente, a realidade revelou-se dura. Não faz sentido continuar a reunir mais assinaturas: centenas chegam mal preenchidas, muitas sem a cópia do Cartão de Cidadão, e todo o esforço se perde perante um sistema que parece favorecer a burocracia e a indiferença à vontade verdadeira do povo. Desiste, a não ser que surja uma força política que realmente o apoie nesta intenção e neste projecto, valorizando as ideias que propus e o caminho que traçou com seriedade e dedicação. Agradecendo a quem o apoiou... As televisões e jornais são maioritariamente compradas pelos governos. António Costa encheu os bolsos a muitos para os silenciar e irá continuar com Montenegro, desta forma um candidato como o Quelhas, tem as suas causas quase anuladas. Acreditamos que mesmo que conseguisse as Assinaturas, o Tribunal Constitucional iria reprovar enquanto existir este sistema de nojo político.
A candidatura de André Ventura à Presidência da República veio agravar esta frustração. É, antes de tudo, UM ERRO ESTRATÉGICO e UM GESTO DE VAIDADE PESSOAL. Num regime semi-presidencialista, mesmo que ganhasse a ganhar, teria sempre limitações para MUDAR O SISTEMA. A desculpa apresentada; de que Pedro Passos Coelho não quis arriscar; não passa disso mesmo: UMA DESCULPA ESFARRAPADA. Passos Coelho nunca seria um candidato anti-sistema; pelo contrário, representa tudo o que muitos rejeitam, desde a austeridade imposta à subserviência à Troika. Já antes André Ventura andou atrás de Gouveia e Melo, tal como anunciado no site oficial, (João Carlos Quelhas Rumo à Presidência – João Carlos Quelhas Rumo à Presidência) João Carlos Quelhas criticou o André Ventura por ter tamanha e vergonhosa ideia de conversar com o homem que mais esteve ligado ao Covid e há envolvência indirecta da morte de tantos portugueses.
Ventura esqueceu-se de algo essencial: O MOVIMENTO QUE O APOIA É MAIOR DO QUE ELE, e os emigrantes são a maior fonte e muitos esperavam que fosse, no futuro, candidato a primeiro-ministro, não que se perdesse numa corrida presidencial SEM RUMO. Este grande erro de André Ventura desiludiu-nos profundamente, mostrando que a vaidade pessoal se sobrepôs ao projecto e à esperança que muitos depositaram. Venturas não soube aproveitar quem, no terreno, estaria pronto a arriscar pelo Chega, como o JOÃO CARLOS VELOSO GONÇALVES, um VERDADEIRO HOMEM ANTI-SISTEMA, capaz de dar corpo à esperança que tantos confiaram neste movimento. Ele que sabe como ninguém sobre a imigração!
Propósito da candidatura foi por água abaixo, mas a luta com os emigrantes continua
Quero ser um Presidente da República mais activo do que os anteriores, dialogando com governantes e revendo leis e acordos que afectam todos, especialmente os emigrantes e residentes. Embora um Presidente não tenha toda a capacidade burocrática e política, tem a voz e o ouvido para incentivar o diálogo entre políticos nacionais e estrangeiros na luta contra os problemas que afectam o país.
Defesa dos direitos e justiça social
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Defender os direitos humanos, apoiando pais e mães a quem roubaram os filhos para as instituições.
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Proteger os lesados por doença e acidente, garantindo o reconhecimento dos seus direitos em caso de invalidez.
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Acabar com a imunidade política para combater a corrupção.
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Criar leis mais rígidas para responsabilizar quem provoca incêndios.
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Defender um sistema de pensões mais justo, assegurando que apenas quem tem direito recebe apoios de invalidez.
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Acabar com os subsídios que perpetuam a pobreza e incentivar o trabalho adaptado para pessoas em situação de vulnerabilidade.
Direitos dos emigrantes
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Criar órgãos dentro ou fora dos consulados para apoiar emigrantes em questões jurídicas e protegê-los contra corrupções.
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Centralizar esses órgãos para garantir maior eficácia e protecção aos emigrantes.
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Aumentar o número de deputados para representar os emigrantes.
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Ajudar emigrantes pensionistas a regressar a Portugal com melhores condições fiscais.
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Reduzir os prazos de atendimento nos consulados, melhorar a gestão e reformular o sistema electrónico de agendamento, hoje ineficaz e burocrático.
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Valorizar os funcionários consulares, especialmente em termos salariais, para que tenham mais abertura com os cidadãos.
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Garantir que todos os portugueses e emigrantes sejam automaticamente recenseados e possam votar presencialmente ou electronicamente em qualquer parte do mundo.
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Apoiar a comunicação social certificada na diáspora com verbas governamentais.
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Defender a igualdade de tratamento para imigrantes das ex-colónias em Portugal, da mesma forma que exigimos respeito e equidade para os emigrantes portugueses no estrangeiro.
Economia e fiscalidade
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Acabar com o duplo imposto sobre a riqueza.
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Exigir um salário mínimo europeu entre 1.500 e 2.500 euros para Portugal e Ilhas.
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Acabar com o IMI, o IUC de carros parados e de colecção e os alugueres dos contadores de água, luz e gás.
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Defender o Regime dos Residentes Não Habituais (RNH).
Habitação, segurança e qualidade de vida
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Melhorar o acesso à habitação, ajudando quem não pode pagar rendas caras.
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Aumentar a segurança com mais policiamento nas ruas.
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Melhorar o sistema de saúde, reduzindo o tempo de espera nas urgências e aumentando o número de cuidadores e lares para a terceira idade.
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Tornar obrigatório que os desempregados com subsídio de desemprego ou rendimento mínimo prestem serviço comunitário em limpeza e apoio a instituições humanitárias.
Reformas políticas e institucionais
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Acabar com a regionalização, separando novamente as uniões de freguesias.
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Realizar um referendo para decidir a independência da Madeira e dos Açores.
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Acabar com o novo acordo ortográfico, defendendo a língua portuguesa como património histórico.
Posicionamento sobre temas sociais e geopolítica
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Contra o aborto, mas a favor da eutanásia, ambos com regras rígidas e acompanhamento profissional.
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Fim do apoio financeiro a conflitos internacionais. Sem armas não há guerra, e quem fornece armamento a países em guerra também é criminoso.
Compromisso final
Quero mudar mentalidades políticas, trabalhar pela igualdade, pelos direitos humanos e pelo fim da discriminação social e da pobreza, para um Portugal melhor, onde Portugal somos todos nós.
Nota final
O propósito da candidatura foi por água abaixo, mas a luta com os emigrantes continua, firme, justa e necessária. Não se cala a voz de quem defende os esquecidos, não se apaga a esperança de quem acredita num Portugal mais verdadeiro. A todos os que colaboraram, que acreditaram e que se dispuseram a ajudar, deixo a minha sincera gratidão.