Da Palavra à Voz: a evolução da Revista Repórter X
A Revista Repórter X começou sob o nome Jornal de Cultura de Expressão Portuguesa, com uma missão clara: dar voz a todos aqueles que se expressam na língua portuguesa, onde quer que se encontrem. Desde o início, Portugal, Brasil e os países lusófonos de África, como a Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, foram áreas de foco. A nossa missão era, e ainda é, dar espaço para que as vozes das comunidades se ouvissem, e fôssemos um ponto de encontro para o povo que fala português.
Na altura, a publicação tinha o nome de jornal, mas o estilo era o de uma revista: poesia, crónicas, cultura, eventos e tudo aquilo que representava a vida das comunidades. Os nossos colaboradores estavam espalhados por Portugal, França, Alemanha, Suíça… Escrevendo com uma intensidade que só os que estão longe da terra Natal sabem ter.
Com o tempo e a necessidade de adaptação, a transição para o digital foi inevitável. Colocar notícias na hora! Mudámos de nome, mas a nossa essência ficou. Para além de várias opções, entre 12 a 15 nomes diferentes, escolhemos Repórter X. Engraçado é que, depois de fazermos essa escolha, fomos surpreendidos por um jornal muito antigo chamado Repórter X, dirigido pelo Reinaldo Ferreira, um jornalista revolucionário em Lisboa. No entanto, vale ressaltar que não nos inspirámos nesse jornal, nem o conhecíamos na altura da nossa escolha. Só depois, com pesquisas, tomámos conhecimento desse facto. Embora possa parecer que a nossa revista seja uma cópia, queremos frisar que a nossa linha editorial, o formato e a nossa identidade são distintos. O Repórter X de Reinaldo Ferreira foi um jornal revolucionário, e a Revista Repórter X do Quelhas também segue uma linha de pensamento crítico e de resistência. Somos diferentes, mas com um propósito semelhante: lutar pela verdade e pela justiça.
A nossa revista, agora conhecida como Repórter X, não tem nenhuma ligação com o antigo jornal de Reinaldo Ferreira, sendo uma publicação independente, com sede no cantão de Zurique, mais precisamente em Bülach, embora já tenha sido instalada noutras zonas. A Revista Repórter X está agora no digital, (embora também saia experiodicamente em papel impresso), como uma plataforma crítica e de denúncia, sempre ao lado de quem mais precisa de ser ouvido.
Hoje, continuamos a dar voz àqueles que não têm, especialmente às comunidades que lutam contra a discriminação e a injustiça. E, para além da presença digital, também organizamos eventos em Portugal, Luxemburgo, França e Suíça, promovendo a cultura e dando uma plataforma às vozes da diáspora portuguesa, focado nas Galas de Aniversário, Moda e Fado.
A nossa missão continua. Com o nome Repórter X, somos a voz de quem se exprime em português e de quem se atreve a questionar o status quo. Em qualquer lugar, com qualquer forma de expressão, e sem medo de enfrentar a verdade.
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial
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