Um sistema de Voto no
estrangeiro duvidoso, não há como o Voto Presencial!
Verifiquei no sistema e diz
que a minha carta vem a caminho. No entanto, verifiquei o caso de uma pessoa
conhecida e não aparece registo nenhum. Informei o consulado, que se
prontificou em resolver o problema. Este sistema de voto é uma “caca”! Uns
recebem e não votam e deitam a carta ao lixo. Outros recebem, mas recusam-se a
enviar a cópia do documento exigido. Também não acho correcto. Ninguém tem de
enviar dados pessoais com legitimidade posta em causa, uma vez que a carta já
está identificada e enviada com registo.
Se é para impedir que alguém
vote por outra pessoa, é errado. Já no passado se fez ver ao Deputado Paulo
Pisco que qualquer membro da família pode pegar nas cartas dos outros e votar
noutro partido sem o conhecimento dos restantes, uma vez tendo acesso às cópias
dos documentos de identificação. Simples. Não é justo, mas é um voto
considerado válido. Isto sim, é grave! Dinheiro mal gasto que bem podia ser
usado para a cultura, saúde, policiamento ou educação.
Depois há os que votam e
enviam: se para receber é por correio registado, para devolver é por correio
normal. Se já com registo as cartas não chegam, imaginem a devolver pelo
correio normal! Além disso, uma carta registada pode ser devolvida se o cidadão
estiver ausente e não for levantá-la nos três dias. Lá se perde mais um voto.
Multipliquem isso por milhares... e lá vai o governo desperdiçar dinheiro do
contribuinte para nada!
Falta o voto presencial! Era
meio caminho andado para acabar com esta confusão e falta de eficácia. O voto
electrónico não resolve tudo. Muita gente não sabe usar, não tem acesso à
internet, não tem computador, ou simplesmente não percebe o sistema. E depois
há quem não veja bem, quem não leia bem, quem se atrapalhe. Somos “presos por
ter cão e presos por não ter”.
E mais: quem não vota quando
recebe a carta muito menos se desloca ao consulado. Desloca-se mais depressa
para beber uns garrafões de vinho na tasca do que para exercer o direito de
voto! É a realidade.
Há ainda muitas dúvidas e
barreiras no processo eleitoral:
- Quem foi de férias a
Portugal pode votar lá?
- Não. Tem de fazer o voto
por via postal antes de partir de férias. Se não o fizer, vira abstenção.
Como o voto é por via postal, pode
perfeitamente votar por correio e depois ir fazer as férias. o voto antecipado no
estrangeiro (nos dias 6-8 de Maio) é só para não residentes… os residentes na Suíça só podem votar por
via postal (exceto aqueles que, atempadamente, pediram para votar
presencialmente nos dias 17 e 18 de Maio).
- O cidadão português ainda
pode recensear-se agora?
- Não. O recenseamento deve
ser tratado logo após estas eleições legislativas, para poder votar nas
autárquicas e presidenciais.
- Quem veio de férias à
Suíça pode votar?
- Sim. Desde que prove estar
recenseado em território português.
- Os recenseados em Portugal
mas a viver na Suíça podem votar?
- Sim, se estiverem a viver
há menos de um ano na Suíça. Não é o ideal, mas deixamos a pessoa votar…
- Quem não recebeu o boletim
de voto, como faz?
- Deve alertar o
consulado, para se tentar o reenvio. Caso não receba de qualquer jeito,
deve regularizar a sua situação logo após as eleições, junto do Consulado.
-
Quem pode votar por voto antecipado?
- Podem
votar antecipadamente no estrangeiro os eleitores recenseados em território
nacional que aí estejam deslocados:
•
por inerência do exercício de funções públicas ou privadas;
•
em representação oficial de seleção nacional, organizada por federação
desportiva dotada de estatuto de utilidade pública desportiva;
•
enquanto estudantes, investigadores, docentes e bolseiros de investigação
deslocados no estrangeiro em instituições de ensino superior, unidades de
investigação ou equiparadas reconhecidas pelo ministério competente;
•
que sejam doentes em tratamento no estrangeiro;
•
que vivam com os eleitores mencionados nas situações anteriores ou os
acompanhem. E apenas nos dias 6, 7 e 8 de Maio de 2025.
Há demasiadas barreiras a
impedir o voto. Os cidadãos devem regularizar o recenseamento desde já, para
que nas próximas eleições tudo corra normalmente. Não é só “lembrarem-se de
Santa Bárbara quando troveja!”
Por falta de informação,
muitos não se inscrevem para votar. Só cinco pessoas se inscreveram no
consulado de Zurique para o voto presencial nas Legislativas. Ficaram centenas sem voto. E
nós achamos que nem devia haver marcação – bastava a pessoa aparecer nos dias
6, 7 ou 8 de Maio e votar, caso estivesse abrangida pelas excepções e não
recebesse a carta registada.
Várias pessoas
manifestaram-se contra este sistema nas redes sociais e em contacto telefónico
com a Revista Repórter X, lamentando que só depois de a data de inscrição ter
sido congelada é que souberam que podiam ter-se recenseado para o voto
antecipado. O sistema está mal feito, cheio de defeitos, e as pessoas ainda
complicam com incumprimentos.
O partido Chega foi o único
que nomeou um delegado, Quelhas, João Carlos Veloso Gonçalves, que tinha vários
outros delegados prontos a apresentar, mas como só há registo de cinco
votantes, não houve necessidade. Assim sendo, estarão presentes, além do Delegado
à mesa do Partido Chega, cinco membros da mesa de voto que
pertencem ao consulado de Portugal em Zurique.
ELEIÇÕES 2025: NOMEAÇÃO DOS
MEMBROS DA MESA DE VOTO NO CONSULADO DE PORTUGAL EM ZURIQUE
No dia 24 de Abril de 2025,
realizou-se no Consulado Geral de Portugal em Zurique a reunião para nomeação
dos membros da mesa de voto para as próximas Legislativas.
Estando presente apenas o
representante do Chega, João Carlos Veloso Gonçalves, coube-lhe indicar os
membros da mesa da assembleia de voto, conforme a lei eleitoral.
Designados para a Mesa 1:
Presidente: Isabel Maria dos
Santos Mateus
Suplente: Lígia Maria da
Silva Teles Feio Benyelles
Secretário: Joana Teixeira
Pires
1.º Escrutinador: Daniela
Filipa Gouveia Ribeiro
2.º Escrutinador: Joana
Sofia Lopes de Carvalho
A acta da reunião foi
assinada pelo representante presente, validando o processo.
O Consulado e a Revista
Repórter X Editora Schweiz apelam ao recenseamento atempado de todos os
cidadãos para garantir a sua participação cívica e o funcionamento da
democracia.
Nota importante: o Voto
deveria estar aberto a todos os cidadãos
Todo o cidadão português
deveria ter o seu “coto” de voto aberto e não fechado. Ao fazer o Cartão de
Cidadão no consulado, é feita a pergunta: “Quer votar?” Se a resposta for sim,
o contribuinte recebe a carta de voto em casa. Se disser não, não recebe nada.
Simples. E mal feito.
Depois há os que estão a
residir no estrangeiro e nunca mudaram o recenseamento. Esses também não podem
votar, mesmo sendo emigrantes. Só o poderão fazer se atualizarem o seu
recenseamento ou, por acaso, estiverem em Portugal na altura das eleições e
forem votar na sua Junta de Freguesia.
O voto deveria estar
automaticamente aberto a todos, dentro ou fora do país. Depois cabia a cada um
decidir se quer votar presencialmente, por via electrónica ou por carta. Seja a
forma que for. O importante é garantir o direito ao voto.
Em vez de Portugal
progredir, está a regredir...
ou então dá jeito manter isto assim aos partidos tradicionais do poder desde
Abril de 74!? Pois claro, quanto menos gente votar, mais fácil é manter tudo na
mesma.
Sem comentários:
Enviar um comentário