Exclusivo: disfunções graves na Protecção de Menores denunciadas à Revista Repórter X
A Revista Repórter X Editora Schweiz recebeu um documento revelador sobre alegadas falhas graves na Direcção Geral da Infância e da Juventude (DGEJ) na Suíça.
No centro das denúncias estão os testemunhos de duas ex-assistentes sociais, Marie* e Rita*, que trabalharam directamente na DGEJ. O conteúdo, tornado público na imprensa suíça, denuncia a existência de disfunções profundas nos mecanismos de protecção de menores, acusando a estrutura de actuar muitas vezes contra o interesse superior das crianças.
Ambas as profissionais descrevem um sistema sobrecarregado, onde assistentes sociais gerem entre 30 a 80 situações simultaneamente, impossibilitando um acompanhamento digno e eficaz. Rita afirma que “as verdadeiras vítimas de graves violências não têm mais energia psíquica para acusar o outro progenitor”, denunciando a forma como a DGEJ, segundo ela, perpetua injustiças.
Marie relata que os profissionais são frequentemente obrigados a cumprir ordens sem o tempo ou os recursos para verificar adequadamente os factos, afirmando: “Se uma mãe acusa o pai de violências ou de abusos sexuais, a máquina se põe em marcha”.
As críticas incluem também a ausência de formação adequada, visitas às famílias feitas à pressa e a instrumentalização de relatórios sociais como base para decisões judiciais. Rita denuncia que “os relatórios são utilizados para reforçar uma narrativa” em vez de servir o interesse da criança.
O artigo original foi publicado no jornal Le Temps a 23 de Abril de 2025, assinado pela jornalista Laurent Grabet. A Revista Repórter X Editora Schweiz obteve o conteúdo integral da reportagem e decidiu publicá-lo em português, dado o impacto que este tema pode ter também junto da comunidade emigrante portuguesa residente na Suíça.
O texto termina com um apelo à responsabilidade das instituições públicas e à urgência de uma reforma profunda e transparente no sistema de protecção de menores.
A Revista Repórter X Editora Schweiz compromete-se a continuar a acompanhar o desenrolar deste caso, colocando o bem-estar das crianças acima de qualquer burocracia ou interesse institucional.
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