Morre Francisco, o Papa que dividiu corações e consciências
O Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, faleceu hoje, 21 de Abril de 2025, no Vaticano, aos 88 anos. Ocupou o cargo de 266.º Papa da Igreja Católica desde 13 de Março de 2013, tornando-se o primeiro pontífice oriundo da América Latina.
Francisco foi, para muitos, um símbolo de mudança, de diálogo, de proximidade com os excluídos. Mas, para outros, foi um sinal de confusão e perda de referências. As suas posições sobre uniões entre pessoas do mesmo sexo, adopção por casais homossexuais e inclusão de grupos tradicionalmente afastados da Igreja, foram vistas como actos de coragem por uns e como desvios inaceitáveis por outros.
A verdade é que a expressão “Papa de todos” não resiste à realidade: se o Papa é de todos para uns, não o é para outros. E é essa contradição que reflecte o estado da própria humanidade – dividida, confusa, sem consensos duradouros.
O Papa, na sua essência, é uma figura simbólica, profundamente ligada ao poder eclesiástico, mas também político. Muitos crêem que, por detrás das suas palavras e gestos, existe também influência de interesses e manobras que ultrapassam a fé. E a fé, essa, não está no Papa – está nas pessoas. Cada um crê no que sente: em Deus, no diabo, no mar, no sol, no vento ou na própria natureza.
Francisco era, sim, um homem sábio. As suas palavras tinham peso e ressoavam em muitos corações. Mas nem tudo o que dizia era infalível. Era humano. E, como qualquer ser humano, partilhava pensamentos do seu próprio entendimento, que nem sempre eram credíveis ou aplicáveis a todos.
Com a sua morte, termina um papado controverso e começa uma nova fase de interrogações para a Igreja e para o mundo.
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial
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