"Um dia, que era um Poema"
Um dia, que era um poema,
tocou o despertador sem rima.
Levantei-me num gesto calmo,
o corpo ainda preso ao sonho.
O duche caiu como chuva fria,
sequei-me, vesti-me, sem pressa.
O café da manhã esperava,
como se o tempo não cobrasse nada.
A temperatura era gélida,
a noite teimava em ficar.
Parecia luar, mas era ilusão —
eram luzes, muitas, a brilhar.
Lá fui eu a caminhar,
em passo lento,
a pensar nos que deixei para trás,
a dormir.
E eu, que levantei cedo,
vou chegar cedo a casa.
Dá muito tempo
para poder fazer muita coisa,
mas não vou fazer nada.
Vou descansar
aquilo que não dormi
durante a noite.
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial
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