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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Escola Zé Djambakus – campanha “1€ Pela escola das crianças da Guiné-Bissau”

Escola Zé Djambakus – campanha “1€ Pela escola das crianças da Guiné-Bissau”:

Escola nova a levantar

Escola velha a cair

A Escola Zé Djambakus, situada em Ilondé de Bissalanca, Setor de Safim, Região de Biombo, ergue-se como signo de esperança para as crianças da comunidade. O seu promotor, Rogério Tomaz José Sampaio, ex-sindicalista da Syna na Suíça, agora na reforma, homem de palavra e serviço, assumiu esta obra desde o primeiro dia.

Desde o início, contou com o apoio firme da Revista Portuguesa na Suíça Repórter X, através de Quelhas, seu amigo pessoal. Este vínculo não é apenas de solidariedade, é de confiança provada. Por isso, quem doar sabe onde o dinheiro chega e para que serve. Aqui não há mistério, há obra viva.

Durante anos, a escola antiga, construída em madeira frágil, em canas soltas e cheias de frinchas, deixou entrar vento, poeira, chuva e sol. As paredes são peneira, e dentro delas aprendem crianças com os pés descalços e o olhar de quem sonha alto.

Os emigrantes na Suíça foram sustento e alma deste projeto. Enviaram livros, cadernos, mochilas, quadros, bancos, e apoio para que aquela velha escola não desabasse antes da tempo. Mantiveram-na de pé pela força da saudade transformada em gesto.

Agora, a nova escola está a nascer mesmo ao lado:
em blocos sólidos, com varandas bem alinhadas, portas firmes, água prevista, salas que acolhem e não expõem.
Mas falta-lhe o telhado de zinco, para que as crianças não se molhem na estação das chuvas, nem se queimem ao sol do meio-dia.

Se cada um der 1€, a escola fica coberta.
Não se pede caridade, pede-se continuação da obra que já começou.

Contribuição: 1€, ou o valor que cada qual sentir
IBAN: PT50 0007 0304 0004 5520 0050 5
Titular: Rogério Tomaz José Sampaio (Novo Banco)
Referência: Campanha Escola Zé Djambakus

Custos da cobertura:

Cobertura com tecto falso:
3 920 000 CFA ≈ 5 976€

Cobertura sem tecto falso:
2 679 000 CFA ≈ 4 085€

Apenas o tecto falso:
1 892 890 CFA ≈ 1 891€

O custo total da cobertura aproxima-se dos 5 000€.
A estrutura de alvenaria está completa.
A escola está pronta para ser terminada.
Só falta o telhado.

Projeto de Arquitetura – Escola Zé Djambakus
Local: Ilondé de Bissalanca, Safim, Região de Biombo
Promotor: Rogério Sampaio
Projetista: Eng.º Erasmo Silva Mota
Bissau, Dezembro de 2023.

A estrutura é em betão armado, paredes duplas com caixa-de-ar, cobertura prevista em chapa de zinco, pavimentos regulares, paredes interiores e exteriores tratadas e pintadas. Está prevista rede de águas, saneamento e portas metálicas reforçadas, garantindo segurança e durabilidade.

A obra está levantada, sólida, pronta a acolher vida.
Falta o último gesto, aquele que transforma promessa em casa.

Juntos conseguimos:
Que cada qual dê o que puder,
que ninguém fique de fora da construção de um futuro mais justo para estas crianças.

Porque a escola é a luz.
E onde houver luz, há amanhã.

João Carlos Quelhas, escritor Português 

AGRADECIMENTO:

Muito obrigado, caro amigo João Carlos ‘Quelhas’ e à revista Repórter X, pelo apoio desde a primeira hora, porque o vosso gesto ajuda a tocar o coração das pessoas mais sensíveis. O professor já está a dar aulas na nova escola, mesmo sem tecto, porque a antiga está a cair. Vêem-se as crianças sentadas nos blocos, aprendendo com o que há, firmes como sementes à espera de sombra. Deus vos pague e vos proteja.

Deixo também os meus sentidos pêsames pela partida de Zé Djambakus, o homem benemérito que ofereceu a velha escola à comunidade, para que a educação não morresse onde mais fazia falta. Foi enterrado no sábado. Enviei cento e cinquenta euros para ajudar no funeral. Que a sua memória permaneça viva na voz das crianças que aprenderão a ler o mundo dentro da escola que honra o seu nome.

Rogério Sampaio 

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

A sombra dos impostos e o sonho de cidade

A sombra dos impostos e o sonho de cidade:



Nas eleições autárquicas, o Quelhas, como presidente da Revista Repórter X, escreveu na própria revista e nas redes sociais que os impostos na Póvoa de Lanhoso, principalmente o IMI, e as taxas de lixo, contador de água e outros resíduos, que eram dos mais caros do país, pesavam no dia-a-dia de quem trabalha e sustenta a terra. Avisou, escreveu, denunciou. Mas os povoenses quiseram escolher de novo o presidente Frederico Castro, e agora que aguentem, porque a conta chega sempre a quem menos pode fugir dela.

A terra ergue-se em murmúrio antigo, e os povoenses sentem hoje o peso de duas marés que chegam ao mesmo tempo, uma feita de aumentos brutais de impostos, outra feita de promessas de cidade, como se a Vila pudesse vestir gala num dia e esconder a factura no seguinte.

Na Assembleia Municipal de 28 de Novembro, a maioria do PS levantou a mão a favor do aumento das taxas de IMI e da derrama, fixada em 1,2% sobre o lucro tributável das empresas sujeitas a IRC no ano fiscal de 2025, isentando apenas quem não ultrapasse 150.000 euros de volume de negócios. O PSD votou contra, mas a força do número venceu, e o bolso dos povoenses foi outra vez escolhido para pagar aquilo que a Câmara não assume que falhou.

E é neste cenário de carga fiscal que chega o anúncio repetido de que a Póvoa de Lanhoso poderá ser cidade em 2026. Antes de se acenderem fogos, antes de se erguerem taças, antes de se escreverem discursos de vitória antecipada, convém olhar para a terra real, aquela que perdeu fábricas, perdeu o têxtil que sustentava famílias inteiras, perdeu comércio, perdeu movimento, perdeu juventude, e se tornou dormitório de Braga e de Guimarães.

Uma cidade não nasce de marketing, nem de slogans, nem de fotografias de campanha, nasce de vida, de obra e de verdade, não de tretas. E por isso é justo perguntar, com a dureza da pedra do Castro de Lanhoso, que vantagem real trará este estatuto se, ao mesmo tempo, aumentam os impostos, crescem as despesas, sobem as exigências e continuam por resolver as raízes do abandono.

A elevação a cidade, tal como é anunciada, parece servir mais o ego de quem governa do que a necessidade de quem cá vive. O povo paga os impostos e paga o futuro, e a Vila, que já luta para respirar, vê-se agora empurrada para um título que pode pesar-lhe mais do que ajudar.

Um referendo, simples como a verdade, seria o mínimo. Ninguém elegeu presidente para fazer o que quer, mas para cumprir o que o povo deseja. E o povo merece ser ouvido antes de ser cobrado, merece clareza antes de títulos, merece verdade antes de promessas. A Póvoa não pode ser cidade só no papel, enquanto o comércio fecha, enquanto os jovens partem, enquanto o centro morre, enquanto se inventam nomes ingleses para embelezar projectos que não mudam a vida de ninguém.

O concelho tem potencial, tem montes, rios, história, tem no Castro de Lanhoso o guardião da memória, tem na barragem das Andorinhas uma riqueza por despertar, tem nas freguesias a força que pode unir, mas falta visão, falta estratégia, falta obra, aquela verdadeira, que não posa para fotografia.

Ser cidade só fará sentido quando cada freguesia crescer com a Vila, quando houver emprego dentro do concelho, quando o centro voltar a respirar, quando o comércio renascer, quando a mobilidade servir trabalhadores e estudantes, quando a saúde atender pobres e ricos, quando deixarem de maquilhar a terra e começarem realmente a construí-la.

A Póvoa de Lanhoso merece mais do que impostos altos e títulos vazios, merece trabalho, merece justiça, merece futuro. E o futuro começa quando forem capazes de ouvir o povo, e não apenas de lhe cobrar.

autor: Quelhas


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Entre um copo e o pôr-do-sol

Entre um copo e o pôr-do-sol





















Entre um copo de aguardente,
Que o pôr-do-sol pinta de ouro
a Vila do Porto da Cruz,
abençoada ao longe
pela ilha dourada do Porto Santo
e vigiada em silêncio
Pelo altivo morro da Penha d`águia.
Delicio-me na quietude do momento,
onde o tempo quase pára,
e o silêncio é quebrado apenas por momentos
pelo palrar sereno das cigarras,
E a coluna de fumo serpenteando da chaminé do engenho
As vozes vindas do mar batendo no calhau
É um sereno fim do dia.
Ali, nesse instante suspenso,
que me encontro em silêncio
entre o fogo da bebida
pôr-do-sol maravilhoso
e a paz do horizonte.
Eu..
Entre um copo e o pôr-do-sol

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Olga Cardoso, voz que acordou gerações com o programa Despertar:

Olga Cardoso, voz que acordou gerações com o programa Despertar:



A Olga e o Sala eram o meu 'despertar' na Rádio Renascença enquanto criança no qual ainda não tínhamos televisão. 

Morreu aos noventa e um anos Olga Cardoso, a mulher cuja voz iluminou as manhãs de tantos de nós, como um gesto simples que nos trazia o dia pela mão. Partiu na madrugada de três de Janeiro, após internamento no Hospital de São João, no Porto, vítima de um acidente vascular cerebral, depois de longa luta contra o Parkinson. A notícia chegou pela mão emocionada de António Sala, companheiro de tantas alvoradas.

Nascida em Miragaia, entrou ainda menina na vida sonora da nação, dando voz a radionovelas na Orsec em mil novecentos e quarenta e nove. Passou pela Rádio Porto e pelo Rádio Clube do Norte, até que, em mil novecentos e sessenta e quatro, encontrou na Rádio Renascença o palco onde o seu timbre se tornaria casa para milhares.

Entre mil novecentos e setenta e nove e dois mil, foi alma do programa Despertar, primeiro com Fernando de Almeida, depois, e para sempre na memória colectiva, ao lado de António Sala. A dupla moldou as manhãs do país, oferecendo humor, ternura e imaginação num tempo em que a rádio era farol, companhia, e, para muitas crianças, o único lume aceso antes do quotidiano se erguer. As emissões desde Viena, Sevilha, Macau, a Expo, aviões, barcos e submarinos mostravam uma coragem alegre, quase de aventura, que fazia da rádio um território vivo.

A sua presença estendeu-se ao teatro, com Hotel Sarilhos, e à música, com gravações nos anos oitenta. Já com cinquenta e nove anos, estreou-se na televisão ao apresentar A Amiga Olga, na Tvi, onde conquistou outro público, sem perder a simplicidade que sempre a definiu.

A última manhã do Despertar foi transmitida a vinte e oito de Janeiro de dois mil, despedida serena de um percurso que marcou gerações. Regressaria por alguns meses com António Sala em Clássicos da Renascença. Mais tarde fixou-se em Coimbra, colaborando com rádios regionais e trabalhando como relações públicas até dois mil e quinze.

Deixa três filhos, quatro netas e uma herança afectiva rara, feita de carácter, generosidade e conversas longas, daquelas que lembram o valor antigo da proximidade. Fica a saudade, queda suave, mas cheia de luz, da voz que acompanhou a infância de um país e que, para muitos, foi o primeiro raio de cada dia.

Que descanse em paz, e que o seu eco continue a despertar em nós a memória das manhãs mais puras.

autor: Quelhas 

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

convite à união e ao compromisso

Luz para o futuro da Revista Repórter X: convite à união e ao compromisso



Caros empresários da Suíça, de Portugal, de França, do Luxemburgo, da Alemanha e de todos os cantos onde o mundo respira trabalho e sonho, deixo-vos este convite que nasce simples, mas firme, como quem sabe que o futuro só floresce quando se caminha em conjunto e por isso queremos caminhar consigo. 

A Revista Repórter X precisa de braços que abracem e que a sustentem e de corações que a impulsionem, por isso abre-se agora a possibilidade de serem sócios, com uma contribuição de 100 francos/euros por ano.

Em troca, a vossa presença não ficará perdida no tempi, terá publicidade permanente no nosso site, de onde seguirá partilhas para as redes sociais, como chama que se espalha e não se apaga. 

Terão ainda espaço garantido na edição quadrimestral em papel, logo que tenhamos garantias, a revista física chegará às mãos dos assinantes e sócios e entra, como oferta, em várias associações, o vosso nome e da vossa empresa a circular em páginas que perduram.

Quem se juntar a nós poderá enviar os textos que desejar, que seguirão para apreciação, para que se confirme se podem ou não ser publicados, mantendo a seriedade que sempre nos guiou. 

Os colaboradores, na sua maioria amantes da escrita, artesãos das palavras, também terão a sua cota, porque participar é igualmente assumir compromisso. Mas terão, por isso mesmo, o direito de divulgar as suas obras, as suas esculturas, os seus livros, assim como os cantores poderão dar a conhecer as suas músicas. Outras artes e ofícios terão igualmente o seu lugar, porque a cultura é vasta e não se limita a uma só voz. Daremos voz na sala da Repórter X ou live e tudo o trabalho ficará alojado no YouTube. 

É um apelo à união, um passo simples, mas luminoso, para que a Revista Repórter X continue a erguer-se como farol de verdade e espaço de expressão para quem tantas vezes não a encontra. Que sigamos juntos, com coragem e esperança. Nós somos a vossa voz.

Nota:
Entre no Site para se inscrever

Revistareporterx.blogspot.com 

Faça pagamento através do QR

ou copie o cheque e pague na Post

ou peça o IBAN 

autor: Quelhas, director revista repórter X

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

O corpo humano não é cobaia

O corpo humano não é cobaia:


O hospital envia cartas suaves como quem oferece ciência, mas nós sabemos que por trás delas há a sombra antiga do corpo dado sem voz.
Eles dizem estudo, dizem progresso, dizem futuro, mas muitas vezes o que se faz é colheita de vidas, pele, sangue e tempo, sem que o consentimento seja livre como mandaria a dignidade humana.
Há quem assine papéis na pressa da dor, na angústia da doença, no medo de morrer. Papéis que tantas vezes libertam o hospital da responsabilidade e deixam o paciente entregue ao acaso, como se a vida dele fosse ensaio, rascunho ou hipótese.
Assina-se a esperança, mas por vezes assina-se a própria morte, e ninguém diz.

É estranho ver agora convites públicos para estudar a pele dos doentes e recolher biópsias, como se o sofrimento fosse matéria disponível, como se o corpo do povo fosse campo de prática, como se doar pedaços de si fosse dever cívico.
Dizem que é ciência, mas soa a propaganda.
Dizem que é voluntário, mas sabemos como a vida aperta quando se procura cura.
Dizem que é para o bem de todos, mas quem vigia quem vigia?

Os hospitais estudam-nos todos os dias.
Estudam-nos quando nos internam, quando nos operam, quando nos tratam.
E nem sempre com a clareza do consentimento informado, verdadeiro, transparente, sem pressão e sem medo.
A carta enviada mais parece anúncio de laboratório: faltam cobaias, tragam-se pessoas.

Mas o corpo humano não é bicho para dissecar à força, nem estatística para tabelas.
Se querem estudar a doença, estudem primeiro a consciência e a responsabilidade.
Se querem aprender sobre cura, aprendam sobre respeito.
Se precisam de corpos para investigação, então que os ofereçam os que mandam, os que decidem, os que escrevem protocolos, ou que levem para lá cães, se acharem que é justo entregar quem não fala e não se defende.

A ciência que se faz sem coração é fogueira que queima o futuro.
E a medicina que esquece o paciente como pessoa deixa de ser cura e passa a ser indústria.

Que ninguém seja número, nem cobaia, nem carne de laboratório.
A vida humana tem nome, rosto, história e sagrado.
E isso não se estuda, respeita-se.

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Relatório de injustiça na suíça: a voz de um trabalhador português que exige nova reunião com diplomatas para debater problemas graves dos Lesados da SUVA e Pais que lutam pelos seus filhos contra a KESB

Relatório de injustiça na suíça: a voz de um trabalhador português que exige nova reunião com diplomatas para debater problemas graves dos Lesados da SUVA e Pais que lutam pelos seus filhos contra a KESB:

"Apresento um resumo das causas do meu acidente, com provas, para que sejamos ouvidos numa reunião na Suíça ou no parlamento, já pedida aos dois Deputados pelo Círculo da Europa pela Revista Repórter X, mas para isso é necessário reunir vários Lesados da SUVA e vários pais a quem a KESB retirou os filhos."
Há histórias que permanecem abertas como feridas que o tempo não consegue fechar, histórias que resistem ao silêncio que tantas instituições procuram impor. A que hoje trazemos nasceu numa obra de Versoix, em Genebra, a 15 de Novembro 2017, e chega até nós pela mão de Domício Gomes, que autorizou a sua divulgação integral e pede apenas que a verdade encontre, finalmente, o destino que lhe foi negado durante anos.
Domício trabalhava na área de isolamento. Nesse dia subia materiais num edifício de cinco andares, sem responsável presente, sem regras, sem segurança, num estaleiro caótico onde o perigo era tão visível como o descuido. Um colega não habilitado para manobrar o guincho deixou cair o cabo sobre a sua cabeça e costas. O impacto lançou-o ao chão, apagou-lhe os sentidos e abriu uma batalha que dura há oito anos.
O que deveria ter sido um acidente tratado com rigor tornou-se um enredo de negligência, omissão e contradição. A ambulância que parou para abastecer combustível em plena urgência, o colar cervical retirado sem explicação, a recusa inexplicável de exames fundamentais, as memórias apagadas do atendimento inicial, a ausência de alta formal. A Polícia de Chantiers registou apenas a falta de habilitação do colega, omitindo as fotografias que mostram lixo, materiais perigosos, ausência de sinalização e um estaleiro inadequado para trabalho humano.
O labirinto adensa-se nas avaliações médicas e institucionais. Segundo os documentos apresentados por Domício, surgem relatórios incompletos, exames recusados, avaliações contraditórias e decisões da SUVA que parecem ignorar, deliberadamente, o sofrimento evidente. Médicos que o declararam apto para trabalhar quando mal conseguia mover o pescoço, insultos durante avaliações físicas, registros adulterados, relatórios que anulam decisões previamente tomadas. Um padrão constante: tudo converge para negar-lhe direitos fundamentais.
A incapacidade profissional tornou-se permanente. A injustiça tornou-se diária. O que Domício pede não é privilégio, é justiça. Não é favor, é verdade.
Por isso dirigiu o seu relatório às autoridades portuguesas, relatando causas, responsabilidades e falhas profundas, apelando para que o seu caso, e o de tantos outros trabalhadores portugueses, chegue finalmente a quem tem o dever de ouvir.
Mas esta luta não se ergue apenas agora. Já houve uma reunião anterior, realizada em Arbon, reunindo:
  • um deputado português eleito pelo Círculo da Europa pelo partido Chega,
  • dois representantes do Governo Português
  • a representação do consulado de Portugal em Zurique
  • a representação da Embaixada Portugal em Berna
  • vítimas e Lesados da SUVA,
  • pais a quem a KESB retirou os filhos,
  • e a coordenação integral da Revista Repórter X, que organizou o encontro.
Esse encontro foi histórico, não pela resolução, mas pela coragem de erguer vozes que durante demasiado tempo foram silenciadas. Reuniu duas tragédias irmãs: os pais feridos pela KESB e os Lesados da SUVA, que carregam marcas de acidentes, manipulações, processos opacos e decisões arbitrárias.
Agora, o caminho exige um segundo passo. A Repórter X está novamente a organizar um novo encontro, mas, para isso, são necessários relatórios completos de pais e lesados, que confirmem os factos a apresentar ao presidente da Assembleia da República Portuguesa.
É por isso que Domício, em seu nome e em nome dos lesados e pais, através desta revista e com a sua autorização expressa, reafirma:
É necessária uma nova reunião, seja na Suíça, seja no Parlamento português.
As causas não podem ser separadas. O sofrimento não pode ser repartido em dossiês distintos. A justiça tem de ser feita perante quem tem poder de a conceder, e esse poder está tanto na Suíça como em Portugal.

Nota de rodapé
O Quelhas, fundador da Revista Repórter X na Suíça, tem estado em contacto telefónico com o deputado José Dias Fernandes e com o deputado Carlos Gonçalves. Ambos manifestaram disponibilidade para se deslocarem à Suíça, a fim de ouvirem directamente os Lesados da SUVA e os pais que ficaram sem as crianças para a KESB. A Revista Repórter X encontra-se a organizar, com todas as pessoas interessadas, um segundo encontro a realizar-se em Janeiro ou Fevereiro de 2026, com a presença dos nossos representantes de Portugal na Suíça e dos nossos Diplomatas. Será igualmente solicitado ao Consulado e à Embaixada e ao Conselheiro, que estejam presentes, assim como ao Governo Português, representado pelo Secretário de Estado e pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros. Faremos um convite especial à InfoSuíça!

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

A verdade escondida da eleição portuguesa no qual falamos de Cotrim e dos demais do sistema corrupto na comunicação social e os indefesos

A verdade escondida da eleição portuguesa no qual falamos de Cotrim e dos demais do sistema corrupto na comunicação social e os indefesos:



João Cotrim de Figueiredo, actualmente, cumpre mandato como deputado ao Parlamento Europeu, pelo partido Iniciativa Liberal, IL, foi escolhido como director-geral da TVI, onde permaneceu entre 2010 e 2012. Com um bom curriculum, candidatou-se a Presidente da República Portuguesa.
A TVI anda com o candidato ao colo, enquanto exclui outros candidatos, tais como Joana Amaral Dias, claro, voz fora do sistema, claro que grupos ligados à TVI estão a manipular sondagens a pôr o Cotrim a ir à segunda volta, excluindo André Ventura que lhe tem tentado cortar pelas pernas. Claramente que todos temem Ventura, mas Ventura vai superar e será o melhor Presidente fora do sistema actual político.
Mal por mal que seja Cotrim que Marques Mendes, embora goste dele, ele fez e faz parte de uma PIDE moderna. O Seguro que se deixe andar por onde andou também é do sistema, ambos, um no PSD e outro no PS, já fizeram parte de governos e não mostraram nada de novo. Quanto ao almirante, nem me falem nele, ligado à catástrofe do Covid-19. O mesmo falo de candidatos apoiados por partidos do sistema podre que fizeram parte de coligações, foram as seguintes forças que sustentaram a governação de António Costa no governo do PS, e fizeram parte do sistema, foram o Bloco de Esquerda, a CDU, o PAN e o Livre.
Candidatos à corrida presidencial que além de André Ventura do Chega, não satisfazem a maioria dos portugueses residentes e nada ou pouco de nada na emigração desprotegida como os pais que ficaram sem filhos para a KESB ou os lesados da SUVA, são eles, António Filipe, PCP na coligação CDU. António José Seguro, PS. Catarina Martins, Bloco de Esquerda. Joana Amaral Dias, ADN. João Cotrim de Figueiredo, Iniciativa Liberal. Jorge Pinto, Livre. José Cardoso, Partido Liberal Social. Luís Marques Mendes, PSD e CDS. Manuela Magno, Volt Portugal. Henrique Gouveia e Melo, Independente. Manuel João Vieira, Independente. Ricardo Sousa, Independente. Vitorino Silva, Independente, ainda uma incógnita.
Quem saiu da corrida às presidenciais por falta de apoios de marketing: Mariana Leitão, Iniciativa Liberal, retirou a candidatura. Tim Vieira, Independente, suspendeu a candidatura. Pedro Tinoco de Faria, Independente, desistiu da candidatura. João Carlos Veloso Gonçalves, pré-candidato independente, também desistiu da candidatura.
Um capítulo silencioso da eleição, os pré-candidatos que ficaram pelo caminho. Houve nesta corrida presidencial uma verdade que não cabe nos jornais grandes, porque os jornais grandes servem donos, agendas e interesses, e não servem o povo, nem a diáspora, nem a voz livre que nasce longe de Lisboa. A eleição não é feita só de nomes validados pelo Tribunal, é feita também de homens que caminharam até onde a dignidade permite e depois recuaram por honra, por escolha ou por falta de espaço político.
Mariana Leitão, Iniciativa Liberal, levantou a intenção de se erguer como candidata, caminhou alguns passos e depois retirou-se, deixando o caminho antes das assinaturas. Tim Vieira, Independente, falou ao País como possível voz nova, mas suspendeu o gesto ainda antes da confirmação. Pedro Tinoco de Faria, Independente, apresentou vontade, reuniu apoios iniciais, mas desistiu antes de entrar na onda formal da República. E houve ainda outro nome, aquele que os jornais do sistema não registam, mas que a diáspora conhece, porque viveu nas suas páginas e nas suas comunidades, nome que foi notícia na Suíça, no Luxemburgo, em França e em Portugal, nos jornais que não recebem favores, mas vivem da verdade. João Carlos Veloso Gonçalves, pré-candidato independente, conhecido como Quelhas, reuniu cerca de cinco mil assinaturas sem máquina partidária, sem palco comprado, com morada lisboeta preparada e caminho verdadeiro para cumprir todos os requisitos. Conversou com o Chega, recebeu atenção política directa, especialmente do deputado pela Europa, José Dias Fernandes, que abriu portas e hipóteses reais para uma terceira opção presidencial. Estava a um passo de completar as sete mil e quinhentas assinaturas exigidas por lei, mas, no dia em que André Ventura anunciou oficialmente a sua candidatura, decidiu parar, não por falta de força, mas por unidade, por escolha consciente, por entender que dividir era menor do que apoiar.
Assim se escreve a verdade que os arquivos ignoram, mas que a história verdadeira guarda. Estes foram os pré-candidatos que caminharam, sentiram o peso do País e depois ficaram pelo caminho, cada um pela sua razão, mas todos com o mesmo destino, apagados dos portais de busca e lembrados apenas por quem os viu passar.
Quando escrever sobre os candidatos oficiais, lembre também estes, porque a democracia não se faz apenas dos que chegam ao fim, mas também dos que tiveram coragem de começar. Ponto final.
A verdade é esta, clara como o dia e dura como o granito da nossa terra, foi discriminação. A comunicação social portuguesa ignorou completamente os pré-candidatos que ficaram pelo caminho, não deu voz, não deu notícia, não abriu espaço. E foi esse silêncio imposto pelos grandes jornais e pelas televisões que nos cortou as pernas, que nos tirou visibilidade, que nos deixou sem as assinaturas necessárias. Por culpa deles, e só por culpa deles, acabámos por desistir, enquanto Cotrim andou no colo. Ponto final.
E há ainda uma verdade que precisa de ser dita, porque explica tudo o que acontece quando uns nomes aparecem nos motores de busca e outros ficam na sombra. Os motores de busca não tratam todos os jornais por igual. Para os grandes meios portugueses, como o Público, o Expresso, a SIC, a TVI, a RTP ou o Correio da Manhã, o sistema abre sempre a porta. Têm peso digital, máquinas técnicas, equipas especializadas, servidores fortes e autoridade reconhecida, e quando publicam um nome, ele sobe automaticamente nos resultados.
Mas a diáspora não tem esse privilégio. O Quelhas foi notícia em muita comunicação social, jornais como o Bom Dia, o Gazeta Lusófona, o Lusojornal, a InfoSuíça, a Repórter X, o Notícias Diáspora, a Lusofonia ou o Duas Linhas e ainda as rádios online, rádio Terras de Lanhoso, rádio Barrririnha e rádio Luso Europeu, têm leitores e ouvintes, têm verdade, têm voz, mas não têm o peso electrónico que faz o motor de busca reconhecer a sua importância. Para o sistema, são tratados como fontes menores, mesmo quando são a única voz que fala pelos emigrantes.
Assim, aparece quem tem os grandes jornais por trás e desaparece quem só tem a verdade consigo. Não é questão de mérito, é questão de força digital. Não é falta de valor, é falta de máquinas. Não é justiça, é mecanismo. E é por isso que uns nomes entram no topo dos resultados e outros ficam escondidos, mesmo quando dizem ao País aquilo que ninguém mais tem coragem de dizer. Ponto final.
O capítulo escondido do Chega e os nomes que ficaram na sombra. Houve um tempo, antes de a poeira assentar, em que o Chega procurava um nome forte para a Presidência da República. Procurava alguém que pudesse unir o campo político, alguém que pudesse ser rosto e rumo, porque nessa altura não era certo que André Ventura avançasse. O partido sondou caminhos, abriu portas e estudou possibilidades. E nesses corredores, onde a política se faz sem fotografias nem microfones, surgiram vários nomes.
Falou-se em Henrique Gouveia e Melo, mas o almirante nunca mostrou vontade real de entrar numa candidatura para ele de ruptura. Tinha apoio no povo, mas não tinha a intenção política que o partido precisava. Era força militar, não era força presidencial. Falou-se em Pedro Passos Coelho, que trazia a nostalgia da liderança antiga, mas o próprio recusou sempre entrar no combate. Não queria regressar pela porta de uma eleição presidencial, não queria guerra mediática, não queria arrastar fantasmas do passado. Mantinha-se afastado, por decisão própria, mas foi este iceberg que levou o Quelhas a chatear-se.
Falou-se ainda, ao de leve, no tenente-coronel Pedro Tinoco de Faria, homem de honra, militar de carreira, escritor e cidadão firme. Tinha capacidade, tinha disciplina, tinha presença. Mas, apesar do valor, não comparecia com a força popular que o momento exigia, nem mobilizava como o partido desejava. Foi visto, foi analisado, mas acabou por ficar de fora dessa equação maior.
E depois houve o nome que se falou mais baixinho, mais nas sombras, mais entre as paredes do partido do que na esfera pública. O nome de Quelhas, João Carlos Veloso Gonçalves, da Revista Repórter X, que surgia pela força das assinaturas reunidas, pela presença na diáspora, pela coragem de avançar sem máquina nem partido. Comparativamente, o Pedro Tinoco de Faria aparecia mais. O Quelhas aparecia menos. E isso não passou despercebido.
Mas quando André Ventura decidiu avançar, o tabuleiro mudou por completo. Quem estava na lista alternativa deixou de ser necessário. Ventura era o líder, era a cara, era a força que o partido queria para erguer a candidatura maior. A partir desse momento, todos os pré-candidatos que podiam ter sido apoiados, Gouveia e Melo, Passos Coelho, Tinoco de Faria e Quelhas, ficaram para trás, por razões diferentes, mas sempre pela mesma consequência.
Tinoco de Faria desistiu e declarou apoio ao líder, por disciplina e alinhamento. Mariana Leitão retirou-se porque a sua força era interna à Iniciativa Liberal e não tinha terreno fora do partido. Tim Vieira recuou por falta de visibilidade e por falta de apoio mediático dentro de Portugal. E Quelhas, com cinco mil assinaturas e caminho feito, parou porque decidiu apoiar André Ventura, percebendo que o Chega escolhia unidade e não divisão.
Cada um desistiu pelo seu motivo, mas todos desistiram pelo mesmo destino, a decisão do partido de concentrar a força numa única figura, e o silêncio da comunicação social portuguesa, que fez questão de ignorar todos os que não pertenciam ao sistema.
Assim se escreve o capítulo escondido da eleição de 2026, que não cabe nos grandes jornais, mas cabe na história verdadeira. Ponto final.
Termino com uma acusação de uma das melhores jornalistas portuguesas, Manuela Moura Guedes, acusando Cotrim, o candidato presidencial do sistema corrupto na comunicação social, um daqueles que, como a maioria nesta corrida presidencial, deixou de fora o Quelhas, João Carlos Veloso Gonçalves, e Tim Vieira, pré-candidatos na emigração, que deixaram de ter voz e por esse motivo não reuniram apoio necessário.
"Uma pena é o Dr. Cotrim Figueiredo ter sido um pau mandado dos espanhóis, os donos na altura da Media Capital, e ter mandado a liberdade de imprensa para as urtigas. Foi ele, no meio de ameaças de processos, que me obrigou a rescindir contrato com a TVI, numa altura muito difícil da minha vida profissional. A voz do dono falou mais alto do que os princípios e a boa gestão, o jornal que eu editava era o mais visto de todos os canais portugueses e o que mais receitas dava. Quando a um domingo à noite fui assinar a rescisão, ao escritório do meu advogado, nem um representante da TVI estava, cobardemente ninguém. Não, este senhor não me inspira confiança para Presidente da República."
E este caso da Manuela Moura Guedes não é um episódio isolado, porque a história repetiu-se agora, à vista de todos, com a expulsão de Joana Amaral Dias da TVI e com a sua exclusão total de todos os debates presidenciais televisivos nacionais. A mesma mão invisível que silenciou jornalistas no passado, silencia hoje candidatos incómodos. E assim se confirma o que vimos e vivemos, a comunicação social do sistema continua a escolher quem aparece e quem desaparece, quem fala e quem é calado, quem sobe e quem é apagado do País.

autor: Quelhas


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