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domingo, 7 de dezembro de 2025

O percurso político no PCP de António Filipe

O percurso político no PCP de António Filipe:



António Filipe nasceu em Lisboa e cedo fez da política o seu caminho. Na Amadora iniciou o serviço público, primeiro como deputado da assembleia municipal entre 1993 e 2001, depois como vereador em 2002, regressando mais tarde ao poder local em Sintra, onde integrou a assembleia municipal de 2004 a 2019.

Atravessou a vida parlamentar com determinação, sendo deputado à Assembleia da República de 1989 a 2022, retomando o mandato entre 2024 e 2025. Nesses longos anos de trabalho legislativo foi também vice-presidente do Parlamento em vários períodos, sempre fiel às suas convicções e ao PCP.

O seu percurso académico e cívico acompanhou a mesma linha de entrega, entre o ensino universitário e a escrita sobre temas constitucionais e políticos, construindo uma obra que reflecte estudo, militância e sentido de serviço.

Agora apresenta-se ao país como candidato à Presidência da República, apoiado pela CDU, trazendo consigo a memória de décadas de representação pública e a vontade de continuar a servir Portugal com coragem e horizonte. António Filipe pode ser o candidato que une a esquerda à esquerda do PS num tempo em que surgem várias candidaturas de peso político e simbólico, e desta feita arruma António José Seguro do Partido Socialista para um canto, tal como Catarina Martins do Bloco de Esquerda. Beneficiando o André Ventura, Gouveia e Melo e Marques Mendes. Cotrim nem entra nas minhas contas, até o calceteiro, Tino de Rãs de nome Vitorino Silva, ou o músico Manuel João Vieira, dos Ena Pá 2000, que, na verdade, ainda não sabemos se são candidatos, e se forem candidatos pela sua popularidade poderão ficar à frente de qualquer candidato apoiado por partidos pequenos ou independentes. 

As polémicas de António Filipe:
António Filipe, figura antiga da vida parlamentar, seguiu sempre a bússola do seu partido e da sua consciência. Mesmo assim, o seu percurso não passou sem controvérsia, sobretudo nas leituras que fez do mundo e das guerras que o rasgam, mas no debate televisivo negou perante Gouveia e Melo!

A primeira grande crítica surgiu quando defendeu Cuba e a memória de Fidel Castro. Considerou injusto chamar ditador a quem, na sua visão, carregava legitimidade revolucionária e um passado de combate pelo seu povo. Recusou ver Cuba como regime fechado, afirmando que quem conhece a ilha sabe da participação cívica existente. Estas palavras levantaram ondas que o tempo não apagou.

Outra chama acesa foi a guerra na Ucrânia. O PCP condenou a invasão, mas rejeitou o enquadramento ocidental do conflito, e António Filipe tornou-se uma das vozes que mais questionou o envio de armas e o papel das potências ocidentais. Ausente da sessão com Zelensky no Parlamento, considerou o líder ucraniano instrumento de uma estratégia maior, um peão num jogo onde a Europa caminha sem perceber o preço que paga. O candidato António Filipe até tem razão, a guerra em causa foi assinada em gabinete!

Comparou mesmo a ofensiva russa à anexação de Goa pela Índia, gesto que lhe trouxe críticas duras. E escreveu que a Ucrânia estava a ser usada como carne para canhão na disputa entre forças superiores, deixando a Europa arrastada por decisões que sacrificam os seus próprios povos. Se diziam que o PCP era pau-mandado da Rússia ou tinha pacto com a Rússia, aqui o candidato é controverso. 

São estas as feridas políticas que o acompanham e que os partidos do poder e do sistema, PS e PSD contrariam, polémicas que revelam uma coerência dura, defendida ao longo dos anos, regressando agora à luz com a sua candidatura a Belém. Ele chega com as convicções que sempre o guiaram e com a sombra das posições que dividem opiniões, mostrando que nunca fugiu da sua verdade.

O quadro das candidaturas presidenciais mais cotados, isto porque a um mês das eleições presidenciais, não há toda a certeza de quem são todos os candidatos, o elo mais fraco entre eles não só não têm direito a debate nas televisões, como não são legíveis nos grande médias, portanto são camuflados ou omitidos, culpa também das grandes máquinas partidárias que persiste pós o 25 Abril de 1974.

Aqueles que aparecem e tem direito a debates televisivos e os que não tem direito a debate e os que aqui não constam porque são omitidos:
Henrique Gouveia e Melo, independente.
Luís Marques Mendes, PSD, centro-direita.
António José Seguro, PS, centro-esquerda.
António Filipe, PCP / CDU, esquerda.
Catarina Martins, BE, esquerda progressista.
Joana Amaral Dias, ADN, partido pequeno.
João Cotrim de Figueiredo, IL, liberalismo de centro-direita.
Jorge Pinto, Livre, partido pequeno.
André Ventura, Chega, direita radical.
José Cardoso, PLS, partido pequeno.
Manuel João Vieira, independente.
(Vitorino Silva, independente.)

Contexto político alargado:
A corrida para Belém abriu-se com uma pluralidade rara, como se o país respirasse a vontade de escolher entre mundos distintos. Há candidaturas que procuram a força do centro, outras que emergem fora das antigas casas partidárias, e outras ainda que reclamam o território da esquerda com vozes novas e raízes antigas. António Filipe surge como escolha para quem busca rigor ideológico e memória parlamentar, enquanto Catarina Martins dá corpo a uma esquerda progressista que procura outro horizonte.

A diversidade dos rostos revela um tempo de mudança, em que as certezas antigas cedem perante a necessidade de reinventar a própria democracia. O futuro presidente nascerá deste cruzamento de convicções e esperanças, onde cada candidatura tenta representar um fio distinto do país que somos e do país que ainda procuramos construir.


Liberdade de opinião e expressão, uma das conquistas de Abril:
Ergue-se hoje como prova de fogo num tempo em que até as eleições presidenciais parecem escolher quem merece ser visto e quem deve ser empurrado para a sombra. A palavra, que deveria ser livre como o vento, vê-se por vezes filtrada, camuflada, omitida, como se houvesse vozes de primeira e vozes dispensáveis. Mas a liberdade não foi criada para alguns, foi criada para todos.

Quando um país decide quem pode falar e quem deve ser silenciado, trai a essência que o fundou. A democracia empobrece quando deixa que a expressão se torne privilégio, quando transforma a praça pública num recinto fechado onde só entram os que convêm aos poderes instalados. A omissão é também censura, e a censura é sempre um passo para trás.

A liberdade de expressão nas presidenciais é, por isso, mais do que um direito, é um espelho. Mostra se continuamos fiéis ao espírito de Abril ou se cedemos ao conforto de deixar que escolham por nós. Cada candidato, conhecido ou desconhecido, deve ter igual acesso à palavra, ao debate, ao olhar dos cidadãos. Só assim a vontade do povo pode nascer inteira.

Que não se camuflem vozes, que não se escondam caminhos. A liberdade vive do ar que respira, e sufoca quando lhe fecham as portas. Abril ensinou-nos que a palavra é o primeiro gesto da dignidade. Cabe-nos defendê-la, sempre. Para o ex.Candidato "Quelhas", apoiante de André Ventura, que desistiu da sua candidatura por falta de apoios dos Média e na entrada do membro do Chega, diz que, António Filipe tem perfil de presidente, melhor ele que os dos partidos do Sistema e da Troika e não se esqueçam que já tivemos no Governo, Maria de Lurdes Pintassilgo do PCP, liderou o V Governo Constitucional, o primeiro e até agora único governo chefiado por uma mulher em Portugal, exercendo o cargo de primeira-ministra de agosto de 1979 a janeiro de 1980 e que conseguiu ser isenta no cargo que teve. 



Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

sábado, 6 de dezembro de 2025

Neste NATAL ofereça o melhor livro da 'Repórter Editora', que pode falar de si e dos seus?!

Neste NATAL ofereça o melhor livro da 'Repórter Editora', que pode falar de si e dos seus?!



Sobradelo da Goma 'uma terra esquecida no tempo que o tempo ainda lembra'

(história de regiões e de Portugal e da emigração)

História local estendida a Portugal e à emigração, aqueles que ficaram, os que se deslocaram para outras regiões, os que vieram, os que emigraram e os que voltaram. As homenagens. Os Contos. A gastronomia. Os afazeres. Os campos. As montanhas. Os rios. A barragem. A vida rural em si!

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Sinopse 

Sobradelo da Goma é uma terra moldada pelo tempo e pelas mãos das suas gentes, um lugar onde o passado ainda murmura nos muros antigos e o futuro se adivinha nos olhos de quem não desiste. O autor Quelhas percorre as raízes do povo que o viu nascer, descrevendo com honestidade o que fomos, o que somos e o que poderemos vir a ser.
Entre memórias de infância, histórias de famílias que guardam séculos de vida, relatos de guerra, lavouras do campo e pequenas empresas artesanais que sustentaram gerações, ergue-se um retrato fiel de uma comunidade que resistiu à desertificação e à força da emigração. Dos que partiram em busca de pão e destino, dos que voltaram com saudade presa ao peito, e dos que ficaram a guardar a terra, nasce um livro que é também uma homenagem aos que morreram e deixaram obra, nome e exemplo.
É uma narrativa que une o passado ao presente e lança um olhar firme sobre o amanhã, como se cada página fosse um trilho onde a aldeia reencontra a sua alma. Um livro que convida o leitor a entrar, a reviver, a sentir, e a reconhecer que, num pequeno lugar como Sobradelo da Goma, cabe todo o Portugal.

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Sobre o autor:




Quelhas é designer gráfico e escritor. Publicou 7 obras em áreas diferentes, incluindo poesia, literatura infantil, história e o livro sobre prostituição. Tem 20 letras musicadas e participa em livros de outros autores e em diversas colectâneas. É fundador da Revista Repórter X, onde exerce crítica directa, objectiva e baseada em factos. Fundou em paralelo também a Repórter Editora, que já publicou alguns livros impressos, funcionando sem distribuição comercial, dedicando-se apenas à autopromoção dos artistas na Revista Repórter X e a eventos de lançamento de livros. Defende direitos humanos e intervém em causas sociais na Suíça e em Portugal, como os Lesados da SUVA e as Crianças retiradas aos Pais pela KESB. Foi candidato à Assembleia da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, terra da Maria da Fonte, sua yerra Natal e foi pré-candidato às presidenciais de 2026, interrompendo a candidatura quando o seu ídolo André Ventura avançou, por não poder ser ele o nome apoiado pelo Chega.
Através da Revista Repórter X, Quelhas organiza apenas três géneros de eventos culturais, destacando-se a Gala da Revista Repórter X, onde reúne no mesmo encontro artistas de vários níveis, desfiles de moda e o nosso fado português.

João Carlos Veloso Gonçalves,
autor: 'Quelhas'

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Portugal: a ajuda que se nega às mães e a facilidade com que lhes tiram os filhos

Portugal: a ajuda que se nega às mães e a facilidade com que lhes tiram os filhos:



Eu estava sentado no sofá a ver as notícias, e vi, e ouvi, esta triste realidade que me obrigou a escrever. Ao invés de retirar uma criança para doação a uma mãe, tenho a obrigação de dizer que o Estado deveria dar-lhe uma pensão de ajuda para criar a criança, ninguémmais cuida tãobem de um filho do que uma mãe, e isto reveluciona-me o coração, porque assim também dão aos imigrantes que nem querem trabalhar, aos imigrantes de todo o lado, aos ciganos, que vivem de subsídios, etc., e, em primeiro lugar, deveriam estar os nossos.
Ser pobre não é ser criminoso, é apenas caminhar com menos no bolso, mas com o mesmo amor no peito, a mesma força de proteger um filho, a mesma dignidade que nenhum gabinete jurídico tem o direito de negar.
Vi no noticiário o caso de uma mãe que levou do hospital a filha de quatro meses que lhe tinha sido retirada para adopção, e sento que o país vive às avessas. Enquanto se estendem apoios generosos a quem chega de fora, enquanto se distribuem subsídios e pensões sem demora a quem nunca descontou para a Segurança-Social, nega-se a uma mãe portuguesa o simples auxílio que lhe permitiria manter o seu filho ao lado do coração e dar-lhe colo.
É mais rápido tirar do que ajudar, mais fácil separar do que sustentar. Qunado nào acodem aos nossos em Portugal, na Suíça fazem vista grossa, porque é negócio, é disto que se trata!
Aquela mãe, fragilizada pela pobreza, não recebeu mãos que a amparassem, recebeu antes uma decisão fria do tribunal que lhe queria arrancar o que mais amava e ao fugir com a criança foi acusada de criminosa e criminosa é a justiça, pois nunca mais iria ver a sua filha! E o país chama a isto protecção de menores, quando, na verdade, alimenta um sistema que se tornou negócio, logo é corrupção, é desumano, um ciclo vicioso que cresce em todo o mundo à custa de lares desfeitos. Não se reforçam famílias, desmantelam-nas, não se curam feridas, aprofunda-se o corte. O mundo está viciado! E por isso escrevo, porque ser pobre não é crime, nem falha moral, nem motivo para apagar o riso de uma criança dentro da própria casa. A justiça que retira, em vez de apoiar, não é justiça, é abandono disfarçado e corrupção, não é autoridade.

autor: Quelhas

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

André Ventura é jurista e político português que se ergueu como ruptura num país cansado de décadas de promessas falhadas.

André Ventura é jurista e político português que se ergueu como ruptura num país cansado de décadas de promessas falhadas:



Fala como poucos se atrevem, toca nas feridas que o sistema tentou esconder e enfrenta com firmeza a máquina pesada que domina a República desde o fim da Revolução. Fundador do Chega, despertou consciências adormecidas e abriu espaço para temas que o país empurrava há demasiado tempo para o silêncio. Ele próprio tem medo do destino igual ao de Sá Carneiro.
É homem que diz o que pensa sem medo, que leva ao Parlamento a voz das ruas, das aldeias e da emigração espalhada pelo mundo. Para uns é controverso, para outros é esperança, mas ninguém lhe retira a força com que abanou a política portuguesa, trazendo ao debate a exigência de mudança verdadeira. Ventura não é unanimidade, mas é força de natureza. E essa força, num tempo de incerteza, mudou o rumo da história recente. Para o ex pré-candidato da emigração, João Carlos Veloso Gonçalves, Quelhas, Delegado do Chega no Consulado Geral de Portugal em Zurique, apoia na sua desistência André Ventura, porque se vê bem representado, quer pelo candidato presidencial, bem como pelo Deputado pelo Círculo da Europa, José Dias Fernandes.

Apoio a André Ventura:

"Apoio inteiramente o meu candidato André Ventura a Presidente da República Portuguesa e afirmo ao seu lado o compromisso de José Dias Fernandes, eleito pelo Círculo da Europa. Ambos representam a vontade de um país que procura reencontrar o seu norte."

Quelhas une a sua voz a esta causa, certo de que a força da emigração é alma viva da pátria. Assim seguem numa só linha, clara e firme, por um Portugal mais digno e fiel às suas raízes.

A verdade escondida da eleição portuguesa e o papel da comunicação social:

A televisão portuguesa, em especial a TVI, levantou ao colo João Cotrim de Figueiredo e o Almirante Gouveia e Melo, como a SIC levantou ao colo Luís Marques Mendes e empurrou outros candidatos para a sombra, todos os candidatos dos pequenos partidos e independentes. Nunca deram voz aos pré-candidatos para poderem vingar, principalmente a Tim Vieira e Quelhas, que representavam a emigração que está desprotegida. Uma vez que Quelhas é interlocutor de André, funcionarão as dicas dadas sobre as comunidades.

Os média manipularam sondagens, inventaram segundas voltas e tentaram afastar André Ventura do destino que o povo preparava. Há medo onde deveria haver igualdade. Temem Ventura porque ele não pertence às famílias políticas que governam o país desde sempre. André não pertence a este sistema podre e corrupto, liderado pelo PS e PSD e coligações desde o vinte e cinco de Abril de mil novecentos e setenta e quatro.

Mas Ventura ergue-se firme, será para muitos o Presidente fora do sistema, aquele que rompe com a engrenagem velha que decide quem fala e quem é calado. Enquanto uns são carregados ao colo pelos estúdios televisivos, ele enfrenta o vento de frente, com a força de quem sabe que o país precisa de ruptura.

Seguro admite Governo com o Chega:

Rui Tavares criticou António José Seguro por admitir dar posse a um Governo apoiado pelo Chega. Mas Seguro, nesse ponto concreto, afirmou que a democracia deve cumprir-se como é, seja com o Chega ou com qualquer outro Governo escolhido pelo povo. E assim se revelou a força política que tantos tentam esconder, mas que a Constituição não pode ignorar. Estas palavras de acusação entre rivais só trazem pimenta política para captarem votos à custa de André Ventura.

O Chega e o Parlamento no vinte e cinco de Novembro:

Na celebração do vinte e cinco de Novembro, o Governo da Aliança Democrática apresentou rosas brancas ao lado do Chega, que partilha a leitura firme desta data histórica. Surgiu também a figura de Diogo Pacheco de Amorim, Vice-Presidente da Assembleia da República e membro do Chega, homem de raízes profundas nas tensões históricas do país, mostrando que a corrente que hoje anima o movimento tem memória longa e presença firme. A isto quero dizer que André Ventura, sendo Presidente da República Portuguesa, levará consigo as ideias do Chega, as suas ideias, a democracia.

Ventura nos debates televisivos:

Entre os oito candidatos presentes nos grandes debates televisivos ergue-se André Ventura, voz que rompe o tumulto político e desafia o conforto cristalizado das velhas estruturas. Onde os outros repetem discursos decorados, Ventura traz perturbação, força e verdade crua, e é por isso que a sua presença mexe com o país. Para ser sincero, isto não são debates, é circo televisivo. Os debates deveriam ser para expor as ideias de cada candidato e não para ouvir perguntas absurdas, como as que fizeram, perguntando se José Sócrates apoiava Gouveia e Melo, como se estivéssemos no Big Brother.

A desilusão de Quelhas com a estratégia presidencial de Ventura:

Quelhas acreditou que o Chega apoiaria o primeiro candidato verdadeiramente emigrante da história portuguesa, alguém que conhecia a luta da diáspora na pele e não por fotografia. Levou propostas ao Deputado pelo Círculo da Europa, que abriu a porta da esperança e até afirmou que Ventura deveria ser Primeiro-Ministro, não candidato presidencial.

Quando André Ventura decidiu avançar para a Presidência da República, Quelhas sentiu ali um erro estratégico. Num regime semi-presidencialista, Ventura teria sempre limitações fortes para mudar o sistema, e esta corrida tirou força ao caminho que muitos esperavam, o de vê-lo preparar-se para liderar um Governo e transformar o país de raiz.

Para Quelhas, Ventura esqueceu que o movimento é maior do que ele e deixou de aproveitar quem, na diáspora, estava pronto a arriscar e a caminhar pelo Chega com verdade, coragem e mãos limpas. Agora, com um dos melhores a defender a Diáspora na Presidência da República, desistente, resta apoiar o seu ídolo Ventura.

Aqui termino a sequência de ideias relativas a André Ventura e ao Chega, reunindo o retracto pessoal ao apoio político, das eleições às críticas estratégicas, passando pelo papel do Parlamento e dos debates, tudo com rigor, ideias, clareza e lealdade ao melhor candidato presidencial.

A maioria dos Presidentes da República foram, em primeiro lugar, Primeiros-Ministros. André pode ser o contrário, ele é diferente.

autor: Quelhas, escritor Português


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Escola Zé Djambakus – campanha “1€ Pela escola das crianças da Guiné-Bissau”

Escola Zé Djambakus – campanha “1€ Pela escola das crianças da Guiné-Bissau”:

Escola nova a levantar

Escola velha a cair

A Escola Zé Djambakus, situada em Ilondé de Bissalanca, Setor de Safim, Região de Biombo, ergue-se como signo de esperança para as crianças da comunidade. O seu promotor, Rogério Tomaz José Sampaio, ex-sindicalista da Syna na Suíça, agora na reforma, homem de palavra e serviço, assumiu esta obra desde o primeiro dia.

Desde o início, contou com o apoio firme da Revista Portuguesa na Suíça Repórter X, através de Quelhas, seu amigo pessoal. Este vínculo não é apenas de solidariedade, é de confiança provada. Por isso, quem doar sabe onde o dinheiro chega e para que serve. Aqui não há mistério, há obra viva.

Durante anos, a escola antiga, construída em madeira frágil, em canas soltas e cheias de frinchas, deixou entrar vento, poeira, chuva e sol. As paredes são peneira, e dentro delas aprendem crianças com os pés descalços e o olhar de quem sonha alto.

Os emigrantes na Suíça foram sustento e alma deste projeto. Enviaram livros, cadernos, mochilas, quadros, bancos, e apoio para que aquela velha escola não desabasse antes da tempo. Mantiveram-na de pé pela força da saudade transformada em gesto.

Agora, a nova escola está a nascer mesmo ao lado:
em blocos sólidos, com varandas bem alinhadas, portas firmes, água prevista, salas que acolhem e não expõem.
Mas falta-lhe o telhado de zinco, para que as crianças não se molhem na estação das chuvas, nem se queimem ao sol do meio-dia.

Se cada um der 1€, a escola fica coberta.
Não se pede caridade, pede-se continuação da obra que já começou.

Contribuição: 1€, ou o valor que cada qual sentir
IBAN: PT50 0007 0304 0004 5520 0050 5
Titular: Rogério Tomaz José Sampaio (Novo Banco)
Referência: Campanha Escola Zé Djambakus

Custos da cobertura:

Cobertura com tecto falso:
3 920 000 CFA ≈ 5 976€

Cobertura sem tecto falso:
2 679 000 CFA ≈ 4 085€

Apenas o tecto falso:
1 892 890 CFA ≈ 1 891€

O custo total da cobertura aproxima-se dos 5 000€.
A estrutura de alvenaria está completa.
A escola está pronta para ser terminada.
Só falta o telhado.

Projeto de Arquitetura – Escola Zé Djambakus
Local: Ilondé de Bissalanca, Safim, Região de Biombo
Promotor: Rogério Sampaio
Projetista: Eng.º Erasmo Silva Mota
Bissau, Dezembro de 2023.

A estrutura é em betão armado, paredes duplas com caixa-de-ar, cobertura prevista em chapa de zinco, pavimentos regulares, paredes interiores e exteriores tratadas e pintadas. Está prevista rede de águas, saneamento e portas metálicas reforçadas, garantindo segurança e durabilidade.

A obra está levantada, sólida, pronta a acolher vida.
Falta o último gesto, aquele que transforma promessa em casa.

Juntos conseguimos:
Que cada qual dê o que puder,
que ninguém fique de fora da construção de um futuro mais justo para estas crianças.

Porque a escola é a luz.
E onde houver luz, há amanhã.

João Carlos Quelhas, escritor Português 

AGRADECIMENTO:

Muito obrigado, caro amigo João Carlos ‘Quelhas’ e à revista Repórter X, pelo apoio desde a primeira hora, porque o vosso gesto ajuda a tocar o coração das pessoas mais sensíveis. O professor já está a dar aulas na nova escola, mesmo sem tecto, porque a antiga está a cair. Vêem-se as crianças sentadas nos blocos, aprendendo com o que há, firmes como sementes à espera de sombra. Deus vos pague e vos proteja.

Deixo também os meus sentidos pêsames pela partida de Zé Djambakus, o homem benemérito que ofereceu a velha escola à comunidade, para que a educação não morresse onde mais fazia falta. Foi enterrado no sábado. Enviei cento e cinquenta euros para ajudar no funeral. Que a sua memória permaneça viva na voz das crianças que aprenderão a ler o mundo dentro da escola que honra o seu nome.

Rogério Sampaio 

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

A sombra dos impostos e o sonho de cidade

A sombra dos impostos e o sonho de cidade:



Nas eleições autárquicas, o Quelhas, como presidente da Revista Repórter X, escreveu na própria revista e nas redes sociais que os impostos na Póvoa de Lanhoso, principalmente o IMI, e as taxas de lixo, contador de água e outros resíduos, que eram dos mais caros do país, pesavam no dia-a-dia de quem trabalha e sustenta a terra. Avisou, escreveu, denunciou. Mas os povoenses quiseram escolher de novo o presidente Frederico Castro, e agora que aguentem, porque a conta chega sempre a quem menos pode fugir dela.

A terra ergue-se em murmúrio antigo, e os povoenses sentem hoje o peso de duas marés que chegam ao mesmo tempo, uma feita de aumentos brutais de impostos, outra feita de promessas de cidade, como se a Vila pudesse vestir gala num dia e esconder a factura no seguinte.

Na Assembleia Municipal de 28 de Novembro, a maioria do PS levantou a mão a favor do aumento das taxas de IMI e da derrama, fixada em 1,2% sobre o lucro tributável das empresas sujeitas a IRC no ano fiscal de 2025, isentando apenas quem não ultrapasse 150.000 euros de volume de negócios. O PSD votou contra, mas a força do número venceu, e o bolso dos povoenses foi outra vez escolhido para pagar aquilo que a Câmara não assume que falhou.

E é neste cenário de carga fiscal que chega o anúncio repetido de que a Póvoa de Lanhoso poderá ser cidade em 2026. Antes de se acenderem fogos, antes de se erguerem taças, antes de se escreverem discursos de vitória antecipada, convém olhar para a terra real, aquela que perdeu fábricas, perdeu o têxtil que sustentava famílias inteiras, perdeu comércio, perdeu movimento, perdeu juventude, e se tornou dormitório de Braga e de Guimarães.

Uma cidade não nasce de marketing, nem de slogans, nem de fotografias de campanha, nasce de vida, de obra e de verdade, não de tretas. E por isso é justo perguntar, com a dureza da pedra do Castro de Lanhoso, que vantagem real trará este estatuto se, ao mesmo tempo, aumentam os impostos, crescem as despesas, sobem as exigências e continuam por resolver as raízes do abandono.

A elevação a cidade, tal como é anunciada, parece servir mais o ego de quem governa do que a necessidade de quem cá vive. O povo paga os impostos e paga o futuro, e a Vila, que já luta para respirar, vê-se agora empurrada para um título que pode pesar-lhe mais do que ajudar.

Um referendo, simples como a verdade, seria o mínimo. Ninguém elegeu presidente para fazer o que quer, mas para cumprir o que o povo deseja. E o povo merece ser ouvido antes de ser cobrado, merece clareza antes de títulos, merece verdade antes de promessas. A Póvoa não pode ser cidade só no papel, enquanto o comércio fecha, enquanto os jovens partem, enquanto o centro morre, enquanto se inventam nomes ingleses para embelezar projectos que não mudam a vida de ninguém.

O concelho tem potencial, tem montes, rios, história, tem no Castro de Lanhoso o guardião da memória, tem na barragem das Andorinhas uma riqueza por despertar, tem nas freguesias a força que pode unir, mas falta visão, falta estratégia, falta obra, aquela verdadeira, que não posa para fotografia.

Ser cidade só fará sentido quando cada freguesia crescer com a Vila, quando houver emprego dentro do concelho, quando o centro voltar a respirar, quando o comércio renascer, quando a mobilidade servir trabalhadores e estudantes, quando a saúde atender pobres e ricos, quando deixarem de maquilhar a terra e começarem realmente a construí-la.

A Póvoa de Lanhoso merece mais do que impostos altos e títulos vazios, merece trabalho, merece justiça, merece futuro. E o futuro começa quando forem capazes de ouvir o povo, e não apenas de lhe cobrar.

autor: Quelhas


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Entre um copo e o pôr-do-sol

Entre um copo e o pôr-do-sol





















Entre um copo de aguardente,
Que o pôr-do-sol pinta de ouro
a Vila do Porto da Cruz,
abençoada ao longe
pela ilha dourada do Porto Santo
e vigiada em silêncio
Pelo altivo morro da Penha d`águia.
Delicio-me na quietude do momento,
onde o tempo quase pára,
e o silêncio é quebrado apenas por momentos
pelo palrar sereno das cigarras,
E a coluna de fumo serpenteando da chaminé do engenho
As vozes vindas do mar batendo no calhau
É um sereno fim do dia.
Ali, nesse instante suspenso,
que me encontro em silêncio
entre o fogo da bebida
pôr-do-sol maravilhoso
e a paz do horizonte.
Eu..
Entre um copo e o pôr-do-sol

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Olga Cardoso, voz que acordou gerações com o programa Despertar:

Olga Cardoso, voz que acordou gerações com o programa Despertar:



A Olga e o Sala eram o meu 'despertar' na Rádio Renascença enquanto criança no qual ainda não tínhamos televisão. 

Morreu aos noventa e um anos Olga Cardoso, a mulher cuja voz iluminou as manhãs de tantos de nós, como um gesto simples que nos trazia o dia pela mão. Partiu na madrugada de três de Janeiro, após internamento no Hospital de São João, no Porto, vítima de um acidente vascular cerebral, depois de longa luta contra o Parkinson. A notícia chegou pela mão emocionada de António Sala, companheiro de tantas alvoradas.

Nascida em Miragaia, entrou ainda menina na vida sonora da nação, dando voz a radionovelas na Orsec em mil novecentos e quarenta e nove. Passou pela Rádio Porto e pelo Rádio Clube do Norte, até que, em mil novecentos e sessenta e quatro, encontrou na Rádio Renascença o palco onde o seu timbre se tornaria casa para milhares.

Entre mil novecentos e setenta e nove e dois mil, foi alma do programa Despertar, primeiro com Fernando de Almeida, depois, e para sempre na memória colectiva, ao lado de António Sala. A dupla moldou as manhãs do país, oferecendo humor, ternura e imaginação num tempo em que a rádio era farol, companhia, e, para muitas crianças, o único lume aceso antes do quotidiano se erguer. As emissões desde Viena, Sevilha, Macau, a Expo, aviões, barcos e submarinos mostravam uma coragem alegre, quase de aventura, que fazia da rádio um território vivo.

A sua presença estendeu-se ao teatro, com Hotel Sarilhos, e à música, com gravações nos anos oitenta. Já com cinquenta e nove anos, estreou-se na televisão ao apresentar A Amiga Olga, na Tvi, onde conquistou outro público, sem perder a simplicidade que sempre a definiu.

A última manhã do Despertar foi transmitida a vinte e oito de Janeiro de dois mil, despedida serena de um percurso que marcou gerações. Regressaria por alguns meses com António Sala em Clássicos da Renascença. Mais tarde fixou-se em Coimbra, colaborando com rádios regionais e trabalhando como relações públicas até dois mil e quinze.

Deixa três filhos, quatro netas e uma herança afectiva rara, feita de carácter, generosidade e conversas longas, daquelas que lembram o valor antigo da proximidade. Fica a saudade, queda suave, mas cheia de luz, da voz que acompanhou a infância de um país e que, para muitos, foi o primeiro raio de cada dia.

Que descanse em paz, e que o seu eco continue a despertar em nós a memória das manhãs mais puras.

autor: Quelhas 

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

convite à união e ao compromisso

Luz para o futuro da Revista Repórter X: convite à união e ao compromisso



Caros empresários da Suíça, de Portugal, de França, do Luxemburgo, da Alemanha e de todos os cantos onde o mundo respira trabalho e sonho, deixo-vos este convite que nasce simples, mas firme, como quem sabe que o futuro só floresce quando se caminha em conjunto e por isso queremos caminhar consigo. 

A Revista Repórter X precisa de braços que abracem e que a sustentem e de corações que a impulsionem, por isso abre-se agora a possibilidade de serem sócios, com uma contribuição de 100 francos/euros por ano.

Em troca, a vossa presença não ficará perdida no tempi, terá publicidade permanente no nosso site, de onde seguirá partilhas para as redes sociais, como chama que se espalha e não se apaga. 

Terão ainda espaço garantido na edição quadrimestral em papel, logo que tenhamos garantias, a revista física chegará às mãos dos assinantes e sócios e entra, como oferta, em várias associações, o vosso nome e da vossa empresa a circular em páginas que perduram.

Quem se juntar a nós poderá enviar os textos que desejar, que seguirão para apreciação, para que se confirme se podem ou não ser publicados, mantendo a seriedade que sempre nos guiou. 

Os colaboradores, na sua maioria amantes da escrita, artesãos das palavras, também terão a sua cota, porque participar é igualmente assumir compromisso. Mas terão, por isso mesmo, o direito de divulgar as suas obras, as suas esculturas, os seus livros, assim como os cantores poderão dar a conhecer as suas músicas. Outras artes e ofícios terão igualmente o seu lugar, porque a cultura é vasta e não se limita a uma só voz. Daremos voz na sala da Repórter X ou live e tudo o trabalho ficará alojado no YouTube. 

É um apelo à união, um passo simples, mas luminoso, para que a Revista Repórter X continue a erguer-se como farol de verdade e espaço de expressão para quem tantas vezes não a encontra. Que sigamos juntos, com coragem e esperança. Nós somos a vossa voz.

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autor: Quelhas, director revista repórter X

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O corpo humano não é cobaia

O corpo humano não é cobaia:


O hospital envia cartas suaves como quem oferece ciência, mas nós sabemos que por trás delas há a sombra antiga do corpo dado sem voz.
Eles dizem estudo, dizem progresso, dizem futuro, mas muitas vezes o que se faz é colheita de vidas, pele, sangue e tempo, sem que o consentimento seja livre como mandaria a dignidade humana.
Há quem assine papéis na pressa da dor, na angústia da doença, no medo de morrer. Papéis que tantas vezes libertam o hospital da responsabilidade e deixam o paciente entregue ao acaso, como se a vida dele fosse ensaio, rascunho ou hipótese.
Assina-se a esperança, mas por vezes assina-se a própria morte, e ninguém diz.

É estranho ver agora convites públicos para estudar a pele dos doentes e recolher biópsias, como se o sofrimento fosse matéria disponível, como se o corpo do povo fosse campo de prática, como se doar pedaços de si fosse dever cívico.
Dizem que é ciência, mas soa a propaganda.
Dizem que é voluntário, mas sabemos como a vida aperta quando se procura cura.
Dizem que é para o bem de todos, mas quem vigia quem vigia?

Os hospitais estudam-nos todos os dias.
Estudam-nos quando nos internam, quando nos operam, quando nos tratam.
E nem sempre com a clareza do consentimento informado, verdadeiro, transparente, sem pressão e sem medo.
A carta enviada mais parece anúncio de laboratório: faltam cobaias, tragam-se pessoas.

Mas o corpo humano não é bicho para dissecar à força, nem estatística para tabelas.
Se querem estudar a doença, estudem primeiro a consciência e a responsabilidade.
Se querem aprender sobre cura, aprendam sobre respeito.
Se precisam de corpos para investigação, então que os ofereçam os que mandam, os que decidem, os que escrevem protocolos, ou que levem para lá cães, se acharem que é justo entregar quem não fala e não se defende.

A ciência que se faz sem coração é fogueira que queima o futuro.
E a medicina que esquece o paciente como pessoa deixa de ser cura e passa a ser indústria.

Que ninguém seja número, nem cobaia, nem carne de laboratório.
A vida humana tem nome, rosto, história e sagrado.
E isso não se estuda, respeita-se.

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