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sábado, 28 de setembro de 2024

Bea88 apoia a recolha de assinaturas para a Candidatura Presidencial de João Carlos 'Quelhas´

Bea88 apoia a recolha de assinaturas para a Candidatura Presidencial de João Carlos 'Quelhas´



Olá, sou a Bea88, corredora de mini-gp motos, sou portuguesa, vivo no Cantão do Ticino, Suíça, apoio com os meus pais o João Carlos Quelhas, da Revista Repórter X à candidatura a Presidente da República Portuguesa.

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

O retracto de uma foto:

O retracto de uma foto:


O rio Limmat reflete o céu multicolor,
Na brisa da manhã, sente-se o frescor.
A água espelha o céu, num manto a brilhar,
E o verde do leito começa a contrastar.

A lua foi embora, o sol vai nascer,
Com o vento fresco, a brisa a envolver.
Muita gente caminha, faz-se à vida,
Enquanto o dia renasce, sem despedida.

autor: Quelhas 

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

10 Dias para percorrer o Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal

10 Dias para percorrer o Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal



Um grupo de 15 peregrinos prepara-se para, de 29 de setembro a 8 de outubro, percorrer o novo caminho jacobeu, o Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal.

O percurso, que tem uma extensão de 240 quilómetros, será calcorreado por um grupo de pessoas, atravessando os 11 Municípios que fazem parte do trajeto, além da Póvoa de Lanhoso, que são: Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Mirandela, Murça, Alijó, Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Cabeceiras de Basto, Vieira do Minho e Braga.

O projeto, que tem como chefe de fila a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, foi apresentado no dia 26 de setembro de 2023, numa cerimónia que contou com a presença de Presidentes de Câmara e representantes dos municípios que dele fazem parte, na Igreja Românica de Fontarcada. Todos manifestaram vontade em avançar com a implementação deste percurso, tendo na altura sido solicitado aos Municípios que avaliassem o trajeto proposto, nos respetivos territórios, e pudessem contribuir com melhorias ao traçado. A informação disponível referente ao caminho pode ser consultada e descarregada aqui: https://www.povoadelanhoso.pt/caminho-portugues-santiago-leon-rosmithal/

A perceção de que este produto turístico poderá atingir os mais altos níveis de rentabilidade e retorno para todos os territórios envolvidos foi unânime e transversal. Esta é uma oportunidade única para cada um dos municípios envolvidos dar a conhecer o que de melhor tem, quer em termos históricos, quer culturais, entre tantas outras versões do que a ruralidade e a interioridade pode oferecer.

Para assinalar 1 ano sobre esta primeira abordagem, o grupo que agora se juntou para este desafio vai fazer todo o percurso entre Freixo de Espada à Cinta e Braga, com a orientação dos impulsionadores e coordenadores deste projeto, Orlando Fernandes e Francisco Machado. Estes dois técnicos municipais têm vindo a fazer a apresentação e a contextualização histórica em todos os municípios parceiros. Faltam apenas os Municípios de Vila Pouca de Aguiar, Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta, cujo agendamento será feito até ao final do ano.

Esta peregrinação, além da componente institucional e religiosa, permitirá conhecer e analisar no terreno as alterações e ajustes propostos pelos Municípios envolvidos e aventar novas alterações, caso seja do entendimento geral.

A sinalética física ainda não foi colocada, mas, neste momento, com a ajuda de um mapa GPS e informações digitais é possível embarcar nesta aventura. Está previsto que durante o próximo ano seja colocada informação uniformizada em toda a extensão para conferir a este novo caminho as características regulamentadas e existentes em outros semelhantes.

No primeiro dia, a saída está marcada para o final da tarde, em direção a Freixo de Espada à Cinta, onde, na manhã seguinte, a comitiva será recebida pelo Presidente da Câmara Municipal, estando marcada uma singela cerimónia litúrgica com D. Nuno Almeida, Bispo de Bragança-Miranda, em frente à Igreja Matriz.

O grupo vai fazer-se à estrada rumo a Torre de Moncorvo, e na terça-feira, depois de mais 24 quilómetros de caminho, chegará a Vila Flor. Quarta-feira é o dia marcado para chegar a Mirandela e, na quinta-feira, serão recebidos em Murça, por um elemento do executivo municipal local e pelo Bispo da Diocese de Vila Real, D. António Azevedo, onde numa pequena cerimónia litúrgica serão benzidas as mochilas.

Na sexta-feira, os/as peregrinos/as cumprem 19 quilómetros até Murça, não sem antes passarem pela freguesia do Pópulo, concelho de Alijó, onde serão recebidos por um membro do executivo do município local e, posteriormente, por um responsável do executivo de Vila Pouca de Aguiar.

Cerva, em Ribeira de Pena, é a paragem seguinte, onde ao final da tarde será rezada uma missa. Para domingo está prevista a chegada a Cabeceiras de Basto, e, 25 km depois os peregrinos entram em território povoense, pela freguesia de Travassos. Na passagem por Guilhofrei, que faz parte de Vieira do Minho, serão saudados pelo executivo do concelho vizinho.

A passagem pelo concelho da Póvoa de Lanhoso terá uma paragem obrigatória nos Paços do Concelho, onde o executivo estará à espera destes bravos peregrinos.

Se tudo correr como previsto, o grupo cumpre a etapa final chegando a Braga, durante a tarde do dia 8 de outubro. Por volta das 17h00, serão recebidos pelo Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, no Paço Episcopal, sendo intenção replicar a chegada de Leon de Rosmithal a Braga, que foi recebido, à data, pelo rei Afonso V. Haverá inda tempos para rezar uma missa na Sé Catedral de Braga.

Esta peregrinação entre Trás-os-Montes e o Minho pode ser acompanhada na rede social do Caminho Português de Santiago Leon de Rosmithal, aqui: https://www.facebook.com/CaminhoPortuguesdeSantiagodeLeondeRosmithal

Melhores cumprimentos,

Cláudia Oliveira da Silva

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Rumo à Presidência: o meu PREPÓSITO, mudar mentalidades

Auf zur Präsidentschaft: 
Mein ZIEL, Denkweisen zu ändern



Für die Präsidentschaft trete ich an,
Das Volk zu verteidigen, das ist mein Antrieb,
7.500 Unterschriften, João Carlos Quelhas träumt,
Für eine gerechte Zukunft, lasst uns unterschreiben!

Gegen Korruption und Diskriminierung,
Emigranten und Bewohner haben meine Verbindung,
Gegen Armut und Krieg werde ich kämpfen,
Für ein gerechtes Portugal werde ich arbeiten.

Menschenrechte, Freiheit und Respekt,
Sind Säulen, die ich mit großem Herzen verteidige,
Jede Unterschrift ist ein Schritt zur Veränderung,
Für ein besseres Land, mit mehr Hoffnung.

Aus dem Herzen der Schweiz für unsere Nation,
Verspreche ich, mit voller Hingabe zu arbeiten,
Für eine würdigere und klarere Zukunft,
Mit Mut und Wahrheit werden wir das Seltene tun.

Mit Ihrer Hilfe werden wir verwandeln,
Die Politik und das Leben zum Besseren zu ändern,
Unterschreiben und unterstützen Sie diesen Kampf, diese Stimme,
Für ein Portugal, in dem wir alle sind.

Autor: Quelhas


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Neue Bülach és ist eine katastrofe

Neue Bülach és ist eine katastrofe


Ich habe über einige Bauarbeiten am Eingang der Mini-Stadt Bülach berichtet, genauer gesagt in Glasi, einem luxuriösen Ort, an dem ich wohne, in einem neuen Viertel, das parallel zur Im Guss liegt, und wo es verschiedene Unregelmäßigkeiten gibt. Eine davon ist der verengte Gehweg zwischen der Baustelle und anderen Materialien wie dem provisorischen Atelier und den Maschinen, mit Lastwagen und anderen Fahrzeugen, die den Gehweg umgeben. Einmal, während eines Sturms, fiel nachts eine Schutzwand um, und wenn sie zwischen 5:00 und 6:00 Uhr morgens gefallen wäre, hätte das tödlich enden können, da die Menschen in dieser Gegend früh zur Arbeit gehen müssen.

Wie bekannt, hat die Schweiz eine etwas andere Zeitzone als Portugal. Man steht früh auf, um zur Arbeit zu gehen, und kehrt gegen 15:00 Uhr nach Hause zurück. Viele Unternehmen haben sich auf eine Mittagspause von 30 Minuten geeinigt, was unfair ist, da man das Essen hinunterschlingen muss und nicht einmal Zeit hat, auf die Toilette zu gehen. Naja!

Weiter im Text: Nachdem ich mehrmals über die Unregelmäßigkeiten geschrieben hatte, wie zum Beispiel über einen Zebrastreifen in einer Kurve, der jetzt auch Teil einer Baustelle ist, glaubt man, dass das Problem endlich gelöst wird. Es gibt auch Treppen, die keine Rampe für Rollstühle oder Kinderwagen haben, weder für körperlich behinderte Menschen noch für Kinder.

Durch das ständige Insistieren der Revista Repórter X in den Nachrichten und das Versenden von E-Mails an das Stadtamt und das Straßenbauamt sind nun kleine Fortschritte sichtbar. Einer davon war die Verlegung des Gehwegs in Glasi, der gestern auf die andere Seite des Ateliers verlegt wurde, wodurch die Gefahr durch Schutzwände, Maschinen und Kräne verringert wurde – etwas, das von Anfang an hätte getan werden sollen. Wir hoffen, dass der Zebrastreifen mit den Bauarbeiten versetzt wird und gut sichtbare Schilder für die Fahrer angebracht werden.

Wir wissen sehr wohl, dass sich die Zugangswege in Glasi und Im Guss ständig ändern, sowohl über Asphalt als auch durch Tunnel entlang der Bahnlinien, und dass eine Brücke in Glasi gebaut wird, um das durch die Treppen verursachte Problem zu lösen, das den Personenverkehr behindert. Dies teilte uns der Generaldirektor der Straßen der Stadt Bülach mit.

Hinweis: Die Brücke soll bis 2027 fertiggestellt sein, und das gesamte Baugebiet wird sechs Jahre dauern, um abgeschlossen zu werden.

Autor: João Quelhas

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Multa Injusta da SBB: atraso de 5 segundos na Internet resulta em penalização indevida e suspeita de comissões:

Multa Injusta da SBB: atraso de 5 segundos na Internet resulta em penalização indevida e suspeita de comissões:

 


Um cidadão expressou o seu desagrado com a SBB após ser multado injustamente devido a um atraso de apenas 5 segundos causado por falhas na internet. A multa, inicialmente de 90 francos e depois de uma reclamação reduzida para 30 francos, foi aplicada apesar de o bilhete ter sido comprado online. O atraso na validação foi provocado pela lentidão da conexão à internet no telemóvel, algo que, segundo o reclamante, está completamente fora do seu controlo.

 

O passageiro argumenta que, sendo o bilhete comprado online, deveria haver uma margem de tolerância, especialmente quando se tratam de atrasos tão insignificantes. No entanto, a SBB não mostrou flexibilidade, multando-o por um atraso de apenas 5 segundos.

 

Além disso, o cidadão suspeita que a multa tenha sido emitida por um funcionário estagiário, o que levanta questões sobre a sua competência para julgar casos que requerem mais sensibilidade. Há também a suspeita de que os fiscais da SBB recebem comissões por cada multa que aplicam, o que poderia motivá-los a penalizar os passageiros de forma injusta para aumentarem os seus rendimentos, como se verifica em alguns sectores policiais.

 

Para o reclamante, o pagamento dos 30 francos foi uma tentativa da SBB de encobrir uma prática que ele considera abusiva. Alega que a multa é mais uma questão de lucro do que de justiça, e que os fiscais estão a "queimar" passageiros que se encontram em situações vulneráveis ou não, apenas para receberem comissões.

 

Este caso será reportado na próxima edição da Revista Repórter X Editora Schweiz, com o intuito de expor práticas de fiscalização que, se forem confirmadas, poderão minar a confiança no sistema de transportes públicos suíços.

 

Conclusão: Um atraso de 5 segundos causado pela internet levou à aplicação de uma multa injusta pela SBB, levantando questões sobre a flexibilidade do sistema e a possível existência de comissões por multas aplicadas. Se tal prática for verificada, trata-se de um abuso de poder que deve ser investigado com urgência.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Póvoa de Lanhoso reforça sentimento de pertença ao Concelho

Póvoa de Lanhoso reforça sentimento de pertença ao Concelho


O Presidente da Câmara Municipal anunciou que as crianças do primeiro ciclo de ensino e do pré-escolar irão receber um kit identitário, que tem como objetivo central promover o conhecimento e a valorização da cultura e do património local e fortalecer o seu sentimento de pertença ao Concelho. “Este kit será um importante instrumento para, por exemplo, ensinar às crianças e alunos o Hino da Maria da Fonte, figura histórica e símbolo de resistência, com profunda conexão à nossa identidade cultural”, explicou Frederico Castro, na sessão solene evocativa do Dia do Concelho, neste dia 25 de setembro, nos Paços do Concelho.

Com o propósito de elevar o sentimento de pertença e de identidade junto dos Povoenses em todo o mundo, o autarca anunciou ainda a distribuição de 10 mil bandeiras do Município, aproximadamente uma por habitação. “Onde estiver uma bandeira da Póvoa de Lanhoso está um bocadinho de nós, de cada um de nós, e devemos elevá-la e ostentá-la com orgulho, o orgulho em ser Povoense”, exortou o Presidente da Autarquia, Frederico Castro. Em simultâneo, será distribuída uma breve nota explicativa da Heráldica.

Com os melhores cumprimentos

Berta Carvalho Zehrfuss

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Professora Ângela apoia a recolha de assinaturas para a Candidatura Presidencial de João Carlos 'Quelhas´

Professora Ângela apoia a recolha de assinaturas para a Candidatura Presidencial de João Carlos 'Quelhas´



Olá, sou a Ângela, professora em Zurique. Um candidato a Presidente da República tem de ser bom pai e bom avô e por isso apoio o meu pai (João Quelhas) para ele conseguir 7.500 assinaturas e poder ser candidato ao melhor presidente de Portugal.

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

O efeito da insistência da Repórter X sobre as obras de Bülach

O efeito da insistência da Repórter X sobre as obras de Bülach 
 

Tenho noticiado sobre umas obras à boca da mini cidade de Bülach, mais propriamente em Glasi, um local luxuoso onde vivo, num bairro novo, paralelo à Im Guss, no qual existem várias irregularidades. Uma delas é a passagem afunilada de peões entre a obra e outros materiais, como o atelier provisório e as máquinas, com camiões e afins a envolverem a mesma passagem. Uma vez, com o temporal, caiu o taipal à noite, e se tivesse caído entre as 5h00 e as 6h00 da manhã poderia ter causado mortes, pois, nesse local, as pessoas são obrigadas a passar para irem trabalhar muito cedo.

Como sabem, a Suíça adoptou um fuso horário um pouco diferente do de Portugal. Levanta-se cedo para ir trabalhar, regressando-se a casa às 15h00. Muitas firmas aderem a 30 minutos de pausa para o almoço, o que não é justo, pois temos de engolir a comida e nem tempo há para ir à casa de banho. Enfim!

Continuando, depois de escrever várias vezes sobre irregularidades, tal como o caso de uma passadeira numa curva, que agora está em obras, julga-se que finalmente irão resolver o problema. Há também as escadas que não têm rampa para cadeiras de rodas, seja para deficientes motores ou para crianças.

Com a constante insistência da Revista Repórter X na notícia, e o envio de e-mails para a Câmara Municipal e para a Direcção de Estradas, começam a ver-se pequenos movimentos. Um deles foi a solução da passagem de peões em Glasi, que ontem foi mudada para o outro lado do atelier, havendo agora menos perigo com os taipais, as máquinas e as gruas – algo que deveria ter sido feito desde o início. Esperamos que a passadeira, com as obras, seja mudada e que coloquem sinais visíveis para os condutores.

Bem sabemos que Glasi e Im Guss estão em constante mudança no que diz respeito aos acessos pedestres, tanto por asfalto como por túneis envolventes às linhas dos caminhos-de-ferro, e que uma ponte nascerá em Glasi para remediar o problema causado pelas escadas, que dificultam o trânsito de pessoas. Foi o que nos disse o director-geral de Estradas da cidade de Bülach.

Nota: A ponte será concluída até 2027, e toda a área de obras demorará seis anos a ser finalizada.

autor: Quelhas

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Failde, pequena aldeia de Trás-os-Montes

Failde, pequena aldeia de Trás-os-Montes


Failde é uma pequena aldeia situada a poucos quilómetros (17) da cidade de Bragança, no nordeste transmontano de Portugal.

O Abade de Baçal cita um documento de 1221 (reinado de D. Afonso II) em que é feita uma composição de direitos foreiros entre a povoação de Failde e o poderoso Mosteiro de Castro de Avelãs, pelo que a instituição municipal, por carta de foral concelhio, terá de ser necessariamente posterior. Será também anterior a 1435, pois, nesse ano (reinando D. Duarte), surge um outro documento onde se noticia já a "Câmara de Failde e Carocedo".

Vou tentar partilhar com os leitores da Revista Repórter X uma pequena história sobre esta aldeia que, hoje, com os seus poucos habitantes, ainda se mantém intacta face à poluição. Esta pequena aldeia encontra-se situada junto à estrada do Penacal, seguindo em direcção a Parada, Izeda e outras aldeias da região.

Failde é uma aldeia pela qual não atravessam estradas; ao entrar em Failde, é necessário voltar atrás, pois não há saídas para outros destinos. Embora isso possa parecer uma desvantagem, é, na verdade, o contrário, pois evita a poluição comum em aldeias de trânsito. Assim, em Failde, respira-se ar puro e sente-se uma tranquilidade inimaginável. Na primavera e no verão, ouvem-se os cânticos dos pássaros, dos grilos e da natureza, que é um encanto, especialmente quando a primavera está em flor.

Failde outrora foi vila; ainda hoje se pode ver a casa onde estava a cadeia. Por essa razão, Failde tem um cruzeiro ou pelourinho, que é património do Estado, e também existia um tribunal. Antigamente, a população era muito elevada, com muitas famílias numerosas. Cada família tinha várias crianças; raras eram as que tinham apenas um ou dois filhos, sendo mais comum terem sete ou mais.

Em Failde cultivava-se linho, pão centeio e trigo, entre outros cereais. Havia teares, e os pastores de gado e cabras faziam parte do rendimento e da sobrevivência das gentes desta aldeia. Nos teares faziam-se tecidos, cobertores de lã, lençóis de linho, mantas, sacos e até roupas. Também havia um moinho comum na aldeia para moer cereais, e o pão era feito no forno de lenha. Nesta aldeia, cultivava-se a maior parte do que era necessário para o sustento das pessoas.

Havia ferreiro, cesteiros; as mulheres teciam, fiavam, bordavam, faziam rendas, camisolas e meias; os homens faziam calçado (socos), sapatos, carros de bois e tudo o que precisavam para os trabalhos agrícolas, vendendo também alguns produtos para conseguirem dinheiro para aquilo que não podiam produzir. Alguns faziam carvão ou brasas, que iam vender e utilizar para aquecer as casas de Bragança. Havia costureiras, alfaiates e pessoas que faziam de tudo para sobreviver. A união era notória, e as pessoas ajudavam-se mutuamente. A troca de mão-de-obra era comum nos trabalhos mais importantes, como as ceifas, as malhas, a recolha de feno, as batatas e as vindimas. O "mata-porco" era sempre uma festa para familiares e amigos.

Nas noites de inverno, depois do jantar nas próprias casas, costumava-se "velar" em casa de familiares e amigos. À luz de uma candeia a petróleo, contavam-se histórias, pois poucos sabiam ler ou escrever. As mulheres faziam meias, fiavam, dobravam as lãs e secavam as fraldas das crianças junto à lareira. Tudo era reciclado, ao contrário de hoje. Enquanto as mulheres trabalhavam, os homens contavam histórias da guerra, da caça e dos lobos que, nas noites frias e de nevoeiro, se aproximavam da aldeia à procura de alimento. As crianças, aterrorizadas, ouviam atentamente, aprendendo os ofícios e fazendo alguns deveres da escola. Muitas delas, no entanto, nem frequentavam a escola. Desta aldeia, e destas pequenas crianças, saíram grandes homens e mulheres, espalhados pelos quatro cantos do mundo.

Com o tempo, as gentes de Failde começaram a emigrar. Os filhos eram muitos e a pobreza era tanta que era necessário encontrar novos rumos. Acredito que tenham começado a emigrar nos primeiros anos de 1950, inicialmente para o Brasil e África, e depois, por volta de 1960/65, para França, Alemanha, entre outros países.

Nesta pequena aldeia transmontana, muitos grandes homens foram formados. Embora alguns tenham saído de Failde quase sem saber ler ou escrever, conseguiram grandes feitos, acumulando bens ou mesmo grandes riquezas. Outros tornaram-se figuras de relevo, ocupando altos cargos como advogados, doutores, professores, comissários, intendentes, polícias, guardas, enfermeiros, entre outros, tanto a nível nacional como internacional. Failde é uma aldeia com descendentes espalhados pelos quatro cantos do mundo.

Com isso, Failde é hoje uma aldeia com muito pouca população, pois grande parte das pessoas vive fora da zona, muitos emigrados. Muitos também saíram da aldeia para morar na cidade próxima, Bragança. Infelizmente, muitos não percebem que viver na aldeia é um privilégio sem igual e preferem as cidades, dizendo que o trabalho fica longe (apenas 17 quilómetros). Para quem vive em grandes cidades, essa distância é insignificante, mas para os que vivem nas aldeias, parece muito.

Hoje, Failde tem cerca de 23 habitantes permanentes, com outros que moram em Bragança, regressando nos fins de semana. Nos meses de verão, muitos emigrantes voltam para visitar familiares, amigos e a aldeia onde nasceram, aumentando a população temporariamente.

É triste ver uma aldeia que outrora foi vila, com uma rica história, a tornar-se cada vez mais deserta. Talvez haja um desinteresse geral pela riqueza das nossas origens, história e cultura, e pouco se faz para melhorar ou divulgar o que de bom está escondido nestes lugares únicos e maravilhosos, desconhecidos por muitos que adorariam conhecê-los.

Hoje, Failde tem uma escola abandonada por falta de crianças e um lar de idosos sempre cheio e com lista de espera. O lar, chamado Casa da Eira, foi construído há alguns anos e é conhecido em toda a região pela sua excelência. Existe também uma associação onde as pessoas se reúnem para momentos recreativos, como jogar cartas e tomar café. A casa da junta de freguesia, onde a representante da aldeia cuida da parte burocrática, também faz parte do património.

Todos sabemos que, hoje em dia, a tranquilidade e a paz num cantinho de natureza intacta tornam-se um paraíso. Aproveito com entusiasmo a oportunidade dada pela Revista Repórter X para escrever sobre esta aldeia escondida no meio da natureza selvagem e levá-la aos quatro cantos do mundo.

Por Hermínia Rodrigues Dorici


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial