Realizou-se
entre 13 e 22 de Outubro o 12º Festival Internacional de órgão da Madeira.
A
realização deste evento cultural de música além de trazer à Madeira o que há de
melhor na música clássica visa igualmente a valorização e divulgação de bens e
equipamentos patrimoniais na Região Autónoma da Madeira ao nível da sua órganaria,
(órgão) não é por acaso a dispersão deste evento por diversos locais da ilha,
nomeadamente, Funchal, Porto da Cruz, e Machico.
Foram
dez dias ininterruptos de festival, com concertos singulares e em locais
emblemáticos da ilha, igrejas e conventos, dos quais enalteço a belíssima Sé e
Igreja do Colégio.
O 12º
Festival Internacional de Órgãos da Madeira, trouxe à pérola do Atlântico, o
que de melhor há na música nomeadamente, França, Itália, Espanha, Brasil,
Uruguai e Portugal.
Este
Festival tem mais de uma década e ocupa nos dias de hoje, um lugar de destaque
no panorama nacional e europeu, daí uma variedade multicultural e racial de
presentes nos diversos eventos por toda a ilha e que presenciamos.
Sem
dúvida estes dias de festival, foram um verdadeiro oceano de sons, com
organistas e formações oriundos de vários países.
Este
festival, foi criado em 2010 e tem funcionado ininterruptamente com excepção
nos anos de pandemia. Atingiu este ano a décima segunda edição com a inclusão
do adjectivo internacional, uma vez que a presença de organistas internacionais
sempre estiveram presentes desde o primeiro evento assim como o reportório
apresentado.
O tema
presente na edição deste ano, pelo que nos apercebemos, não é apenas o órgão,
mas sim outras músicas e instrumentos, o que é de enaltecer quando as mesmas
podem conviver no grande palco da música. Os órgãos sempre foram ao longo dos
séculos destinados ao acompanhamento da liturgia, o órgão (tanto o instrumento
em si, como a música para ele escrita) tentou sempre ao longo dos anos
aproximar-se do som de uma orquestra sinfónica, mas a sua diversificação
contribuiu para uma riqueza tornando-o rei dos instrumentos.
Nesta
edição de 2023, a Madeira através dos responsáveis por este evento, trouxeram
até nós um amplo leque de artistas, que nos apresentaram as mais variadas influências,
da dança à opera da polifonia vocal à música de câmara, dos sons arcaicos dos
diversos músicos, mas a verdade é que mais uma vez os grandes protagonistas do
festival foram os órgãos históricos e contemporâneos espalhados pela Ilha da
Madeira.
Foi
sem qualquer sombra de dúvida um roteiro musical para conhecer alguns órgãos
históricos e emblemáticos da Ilha da Madeira, com 10 concertos em 8 igrejas,
todos com entrada livre o que enaltece a aposta cultural do governo regional e
as lotações esgotadas.
Chefe, José Maria Ramada, Colaborador Repórter X
Carteira de
Colaborador jornalista Nº CO – 1297
jmramadaescritor@gmail.com
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