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quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Abro com uma e fecho com outra

Abro com uma e fecho com outra:

(metáfora ou adivinha)



Abro com uma e fecho com outra,
chave pequena, guardiã da casa,
sentinela do abrigo e da pressa,
fino metal onde mora o destino,
onde cabe o cuidado e a memória.

A chave é como um livro,
abre-se com uma capa e fecha-se com outra,
e no meio vive uma história inteira,
capítulos de regresso, partida, silêncio e pão,
porque cada porta é um parágrafo,
cada entrada uma página nova,
e cada saída um ponto final temporário.

Se a chave fica mal posta,
a casa torna-se prisão,
e não vale a chave do vizinho,
nem o telefone,
nem o grito,
porque o fogo e o medo não esperam,
e um minuto basta para perder o comboio,
ou perder a vida.

Por isso, a chave tem ritual,
tem altar humilde junto da porta,
um cinzeiro que não guarda fumo,
uma presilha que segura o dia,
um gesto sempre igual,
como quem faz o sinal da cruz antes de seguir caminho,
gesto que se repete até que o corpo o saiba sem pensar.

A metáfora é simples e antiga:
quem sabe guardar a chave,
sabe guardar a casa,
sabe guardar os seus,
e não se perde dentro nem fora.

Abro com uma e fecho com outra, o que é, o que é?
É a vida pedindo atenção ao mais pequeno dos gestos, para que a casa seja abrigo
e nunca armadilha.

autor: Quelhas

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Renovar um compromisso com as palavras e a opinião

Renovar um compromisso com as palavras e a opinião:

Liberdade de opinião e expressão, uma das conquistas de Abril.
Ao longo dos anos, fui escrevendo artigos de opinião, movido pelo simples prazer de partilhar ideias, reportagens de actividades de escuteiros, inquietações e reflexões com os leitores do jornal da minha terra, Fafe e Felgueiras.
Sempre acreditei no poder da palavra escrita, foi a mais importante conquista da revolução de Abril 1974, como meio de criar pontes, despertar consciências e preservar memórias.
Com o tempo, surgiu a oportunidade e o desafio de escrever para um público mais vasto, através de outros jornais na Diáspora, nomeadamente Gazeta Lusófona e Revista Repórter X, e mais tarde Jornal Audiência do Grande Porto, onde escrevo assiduamente.
Nem sempre foi um caminho fácil, ainda há jornais, em especial na região da Madeira onde vivo, que escolhem não dar espaço a certos textos ou temas, talvez por serem demasiado objectivos e até incomodativos. Mas isso nunca me demoveu nem demoverá de fazer o que gosto, escrever.

Recentemente, tive a honra de ver renovada a minha carteira de colaborador jornalístico até 2027. 

Mais do que um reconhecimento formal, este gesto representa para mim um reforço do compromisso com a escrita e com todos aqueles que me lêem, seja nas páginas impressas, seja nas redes sociais, onde as palavras ganham vida de outras formas. 


Continuarei a escrever com o mesmo entusiasmo e sentido de responsabilidade, grato aos jornais Gazeta Lusófona, na pessoa do seu director Adélio Amaro, Jornal Audiência do Grande Porto, na pessoa do seu director Joaquim Ferreira Leite, e da Revista Repórter X, na pessoa do seu director João Carlos Quelhas, que me acolheram ao longo do tempo, e a todos os leitores que, com atenção e generosidade, me acompanham nesta viagem feita de ideias, histórias e opiniões.


Escrever continua a ser, para mim, um acto de liberdade e de pertença. E, enquanto houver leitores dispostos a escutar, haverá sempre palavras para partilhar.

Chefe, José Maria Ramada
jmramadaescritor@gmail.com

Carteira de Colaborador jornalista Nº CO - 1297



Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Trikidsworld; tudo para criança neste Natal

Trikidsworld; tudo para criança neste Natal:

Trikidsworld vende em massa para todo o mundo, principalmente para:
América - Brasil, Venezuela, Santo Domingo. Argentina. Chile, Colombia.
Europa - Suíça, Portugal, França, Luxemburgo. Belgica. Autria.
África – Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe. Argélia.
Oceania – Nova Zelândia, Austrália.
Asia - Goa, Macau, China, Japão.

Contacte directamente no site: www.trikidsworld.com



Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

COMUNICADO À COMUNIDADE PORTUGUESA RESIDENTE NA VENEZUELA

COMUNICADO À COMUNIDADE PORTUGUESA RESIDENTE NA VENEZUELA



No âmbito da sua missão de apoio permanente à Comunidade Portuguesa residente na Venezuela, os Consulados-Gerais de Portugal em Caracas e Valência colocam à disposição canais destinados a situações urgentes, reforçando o compromisso do Estado português com a proteção e assistência dos seus cidadãos.

Contactos de Emergência Consular
Consulado-Geral de Portugal em Caracas
(+58)414-466 53 50
cgcaracas@mne.pt

Consulado-Geral de Portugal em Valência
(+58)412-0405565 / (+58)414-484 35 41
valencia@mne.pt

Gabinete de Emergência Consular (GEC)
Linha de emergência consular: (+351) 217 929 714 / (+351) 961 706 472
gec@mne.pt

Atenção:
A utilização destes contactos destina-se exclusivamente a situações de comprovada urgência, de modo a garantir uma resposta eficaz e atempada dos serviços consulares.
Para outras questões, como pedidos de informação ou agendamento de serviços, devem ser utilizados os canais habituais de atendimento consular.

Canais Adicionais: WhatsApp

Para facilitar o contacto com os cidadãos residentes nas suas áreas de jurisdição, os Consulados-Gerais de Portugal em Caracas e Valência dispõem igualmente de canais oficiais no WhatsApp, acessíveis através das seguintes ligações:

Consulado-Geral de Portugal em Caracas
imagehttps://whatsapp.com/channel/0029VbBqWCBHrbDZe2sCFSJ2p

Consulado-Geral de Portugal em Valência
imagehttps://whatsapp.com/channel/0029Vb6Ub2KitSsi3fHMmO2m

Recomenda-se que os cidadãos nacionais residentes na Venezuela mantenham os seus contactos atualizados, a fim de garantir uma comunicação eficaz e atempada com os serviços consulares portugueses sempre que se revele necessário.

REPÚBLICA PORTUGUESA

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Defender crianças da Kesb, não é populismo, é coragem e debate

Defender crianças da Kesb, não é populismo, é coragem e debate:


A Revista Repórter X não resolve problemas, não promete soluções imediatas e não substitui as instituições competentes. A sua função é expor, debater e encaminhar situações concretas para os responsáveis políticos e institucionais que têm capacidade legal para agir. Cada caso é um caso, e deve ser analisado com rigor e responsabilidade.
A Revista Repórter X é a voz do povo. É o meio que leva as preocupações dos cidadãos a quem tem poder para estudar os factos e intervir. Isto não é populismo, é serviço público, é comunicação social a cumprir o seu papel.
Ninguém participa em debates, entrevistas ou reportagens por vaidade. Faz-se porque certos problemas só avançam quando são tornados públicos, quando são explicados com clareza e colocados perante quem pode dar seguimento.
No caso da retirada de crianças na Suíça, todas as partes envolvidas procuram um desfecho justo. A Revista Repórter X, o Consulado, a Embaixada, os Deputados ou qualquer outro político, os pais, familiares e as próprias crianças vivem situações difíceis, que exigem atenção séria e análise cuidada. Não há aqui qualquer intenção de criar medo ou distorcer factos. Há sim a necessidade de esclarecer, questionar e procurar respostas.
Tratar de assuntos complexos, sensíveis e profundamente marcantes não é populismo. Exige coragem, firmeza e determinação para enfrentar processos legais e institucionais de um país onde muitos de nós não somos oriundos. É natural que os políticos portugueses tenham dificuldades em intervir directamente devido às limitações impostas pelo sistema jurídico suíço, mas isso não impede o debate nem a exigência de transparência.
O que se faz aqui não é teatro político. É informação, é responsabilidade, é debate sério sobre factos reais.

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Revista Repórter X "com´vida"

Revista Repórter X "com´vida"



Comunicado:


Nasceu um projecto amplo, dirigido a todos os que criam e trabalham, a todos os que trazem no peito uma arte, uma profissão, uma causa ou uma ferida. Seja músicocantorpintorescritorartesão, profissional de qualquer ofício, emigrante que luta longe de casa, alguém que carrega a força da saúde ou o peso da doença, cada voz tem o seu lugar e a Repórter X abre as portas para vos receber.


"Quelhas" "com´vida" todos aqueles interessados, a partir de agora, ergue-se um espaço com partilha constante, onde os futuros encontros darão palco ao que cada um deseja revelar, sem limites, sem molduras estreitas, apenas com verdade.


As entrevistas serão pontuadas por três momentos de pausa, onde os convidados poderão oferecer canções ao vivo, ou mostrar arte de pintar, ou escultura, ou apresentar livros com lançamento oficial, ou partilhar música, ou qualquer expressão criativa que habite no seu caminho, iluminando o ar como quem cura. As obras terão lugar na sala Repórter X, que se tornará casa aberta para cada criação. A voz ergue-se numa entrevista, o discurso será eminente.


Quem sentir que tem algo para dizer, algo para mostrar ou apenas algo para libertar, encontrará aqui uma mesa posta e um microfone que escuta.


Um bem hajam.

autor: Quelhas


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Eterna saudade Querida/o...

Eterna saudade Querida/o...



Cada fotografia que se partilha nasce de um gesto simples, mostrar aquilo que merece ser visto. Pode ser cultura, memória, homenagem, luto, aniversário ou uma causa que defendemos com firmeza, mas o sentido é sempre o mesmo, dar voz ao que não deve ser esquecido. Há em cada imagem uma luz quieta que resiste ao passar dos dias. Esta simboliza a perda, e nela recordamos a vida!...
Quando uma nova fotografia sobe, a anterior desce, mas continua presente. Fica ali, sem título, sem ornamento, a guardar a verdade que transporta. Recorda-nos que tudo tem valor, mesmo quando deixa de estar no topo do olhar.
Assim seguimos, com serenidade e constância, a divulgar em várias plataformas para que cada canto alcance alguém diferente. É este o nosso modo de honrar o passado, iluminar o presente e abrir caminho ao futuro.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Feliz aniversário AMOR...

Feliz aniversário AMOR...

Cada fotografia que se partilha nasce de um gesto simples, mostrar aquilo que merece ser visto. Pode ser cultura, memória, homenagem, luto, aniversário ou uma causa que defendemos com firmeza, mas o sentido é sempre o mesmo, dar voz ao que não deve ser esquecido. Há em cada imagem uma luz quieta que resiste ao passar dos dias. Esta simboliza um aniversário, embora tirada num casamento!...
Quando uma nova fotografia sobe, a anterior desce, mas continua presente. Fica ali, sem título, sem ornamento, a guardar a verdade que transporta. Recorda-nos que tudo tem valor, mesmo quando deixa de estar no topo do olhar.
Assim seguimos, com serenidade e constância, a divulgar em várias plataformas para que cada canto alcance alguém diferente. É este o nosso modo de honrar o passado, iluminar o presente e abrir caminho ao futuro.



Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

domingo, 30 de novembro de 2025

Homenagem: Gabriel Lino

Homenagem: Gabriel Lino

Sr. Lino, que teve a mercearia portuguesa, 'o escudo', em Zurique, partiu para Portugal e tornou a regressar. Não vai há muito que me contou um pouco da vida dele quando o encontrava na Bahnhof de Oerlikon, palavras que guardo comigo. Homem de bondade, terá uma boa morada depois da vida. 

Os nossos pêsames.

Vamos recordar o Gabriel Lino em homenagem!




Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

A Ilha não aguenta mais

A Ilha não aguenta mais:

Turismo de massas, falta de civismo e o silêncio político na Madeira





Nos últimos anos, a Madeira tornou-se um destino cobiçado a nível global, celebrada por revistas de viagens, influencers, agências como uma “pérola do Atlântico” e políticos sem a mínima noção da realidade da ilha e dos madeirenses.
Por trás desta imagem sedutora, cresce um problema profundo que muitos insistem em ignorar: a pressão insustentável do turismo de massas, a falta de respeito por parte de alguns visitantes, e a ausência de vontade política para proteger o que é de todos, mas pertence primeiro aos madeirenses pois a ilha sempre foi a sua casa.
A natureza, que durante séculos foi o escudo e o orgulho da ilha, começa a mostrar sinais claros de esgotamento. As levadas, os trilhos e os miradouros já não são espaços de contemplação, mas sim corredores, de passagem acelerada, muitas vezes marcada por lixo, barulho e comportamentos irresponsáveis. O conceito de “turismo sustentável” parece ter ficado nos folhetos promocionais, sem tradução na prática.
Pior ainda, a relação entre visitantes e residentes deteriora-se à medida que o civismo se perde. O pós COVID, trouxe um boom turístico abrupto, mas também um novo tipo de visitante: mais exigente, menos sensível ao contexto local, e frequentemente desrespeitador. Há relatos de turistas a acampar ilegalmente, a invadir propriedades privadas, a tratar os espaços públicos como se fossem extensões de ressorts. Tudo isto enquanto muitos madeirenses são afastados das suas próprias zonas por causa da especulação imobiliária, trânsito insuportável e perda de identidade comunitária.
E onde está a resposta política? Silenciosa, vaga, lenta. Medidas eficazes de regulação do turismo são prometidas, mas raramente aplicadas. Há falta de fiscalização real nos trilhos, ausência de limites na carga turística e pouca aposta em sensibilização para turistas e locais. O medo de “estragar a economia” parece justificar a destruição progressiva do equilíbrio ambiental, cultural e social da ilha, onde andam os reais defensores da ilha e da natureza? Não, aqueles que por ocasião das eleições prometem tudo e no final dão uma mão cheia de nada.
É possível viver do turismo sem se tornar escravo dele. É possível receber bem sem se anular. Mas para isso, é preciso coragem política, participação cidadã e um novo modelo que priorize o bem-estar da ilha, dos madeirenses, do meio ambiente a longo prazo, e não apenas os lucros para alguns a curto prazo.
A Madeira é mais do que um destino bonito. 
É casa, é história, é natureza viva. E ela não pode continuar a pagar o preço da indiferença.


Chefe, José Maria Ramada

 Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial