Algumas pessoas não te respeitam, nem te consideram, ou não respondem às tuas mensagens, por vários factores que envolvem apelo emocional; mágoa, constrangimento, indignação e outros sentimentos desagradáveis que seriam reanimados se dessem lugar à conversa.
Desrespeito e a superioridade
Em
vez de escrever um conto, inventar um conto de ficção, ou até mesmo escrever um
conto verídico de terceira pessoa, prefiro falar de um tema sob comportamento que
causa constrangimentos, atitude, mal-estar ou acções que denotam falta de
respeito:
O
desrespeito à dignidade humana começa, muitas vezes, pela força executiva,
complexa estrutura de poder. Poder nacional, quando o Governo desrespeita a
Constituição ou o cidadão desrespeita a Lei. Poder territorial, quando uma
Câmara faz Divisões Administrativas, sem que o povo aceite. Poder judicial,
poderes do Estado de julgar pessoas, de acordo com a Constituição, quando
tantas e tantas vezes são mal-interpretadas pelo juramento ou injustiça de
testemunhas. Poder familiar, ao castigar exageradamente os filhos, mesmo que
não sejam culpados do acto. Poder de grupos éticos; em religião, em política,
no desporto, etc. O Líder, mesmo sendo Líder, nem sempre está certo e, se não
aceita ser chamado à razão, logo está directa ou indirectamente a desrespeitar.
Toda a gente desrespeita, com ou sem intenção, com ou sem interesse, por
corrupção ou por inocência.
O
desrespeito começa mesmo nas pequenas coisas, nos telefones, nas Redes Sociais,
na família, na doutrina, na escola, no teatro, no cinema, no futebol, na
política, na religião, no campo, na igreja; enfim, é geral e é uma epidemia! Deixa-nos
nervosos e desesperados.
Vou
começar com coisas mais comuns e mais caricatas que acabam por transtornar,
tirar do sério, pensar, deixa-nos boquiabertos e sem respostas, como por
exemplo algumas pessoas não respondem às suas mensagens, porque simplesmente
não querem responder, ou então estão sempre ocupadas. Não gostam de despender o
tempo necessário. Algumas pessoas não te respeitam, nem te consideram, ou não
respondem às tuas mensagens, por vários factores que envolvem apelo emocional;
mágoa, constrangimento, indignação e outros sentimentos desagradáveis que
seriam reanimados se dessem lugar à conversa. Algumas pessoas são simplesmente
rudes; gente idiota, invejosa e egoísta e estúpidas! As pessoas podem
esquecer-se de responder, ou estarem concentradas noutras tarefas, ou então estão
envolvidas noutra distracção. Há pessoas que não respondem às mensagens, porque
isso aumenta o seu sentido de importância (ego) no interior do tempo em que a
sua atenção é solicitada, mas perdendo os outros com isso e porque não têm vida
própria. Há pessoas que não respondem às mensagens, porque talvez isso afecte a
sua auto-estima de maneira negativa, o não cumprimento entre partes, etc.
Muitas vezes não respondem às mensagens, porque estão a ser bombardeadas com
inúmeras outras mensagens. Não respondem a mensagens porque podem estar
indispostas. Não respondem às mensagens porque a bateria acabou, ou está na
iminência de acabar (na maioria das vezes isso é usado como desculpa de mau
pagador). Pessoas mais velhas não respondem às mensagens, pois não têm
capacidade e são lentas. Finalmente, algumas pessoas não respondem às mensagens
pois realmente não gostam de você e são pessoas que pensam ser melhores que
você. Há pessoas que não respondem por simplesmente terem um dever perante Você
e que não convém responder. Têm uma dívida para consigo e ignoram, porque são
ignorantes. Não têm interesse de resolver, seja o que for. O Ignorante nunca
responde. Uma pessoa justa e correcta deve responder sempre, mais cedo ou mais
tarde, dar uma satisfação de sim ou sopas, pois a mensagem fica guardada no seu
dispositivo electrónico.
Acontece
o mesmo com o telefone fixo; atende a telefonista e o patrão ou entidade ou
alguém lá de casa, nunca está apto a atender, dão sempre uma razão para não lhes
passar a chamada. A mais comum é ´está na reunião` e então se ligarmos todos os
dias, “raios me partam, estão sempre nas reuniões”. Quantas vezes ouves do
outro lado da linha um memorando (esse daí não interessa. Que chato! Diz que eu
não estou.) Quantas e quantas vezes o funcionário não atende, por não querer atender.
Quantas negas se leva quando se quer falar com alguém, cuja pessoa que atende
não vai com a sua cara. Quando se trata de uma chamada pelo telemóvel,
ignora-se, porque imediatamente se vê o número registado. Quantas vezes até
bloqueiam o número; é muito comum quando é para pedirmos o nosso ordenado,
dinheiro que emprestamos, telefonema sob ameaças, etc!
Nas
Redes Sociais tens uma limitação de amigos (virtuais); muitos deles são amigos
pessoais, pessoas que já se cruzaram consigo; andaram consigo na escola, na
catequese, jogou à bola consigo, jogou às cartas consigo, jogou à macaca
consigo, saltou à corda consigo, rodopiou o peão consigo, brincou às bonecas
consigo e, ignoram tudo ou quase que você faz!... Este lote de pessoas, às
vezes respondem-te nas Redes Sociais, quando é para deitar abaixo, mas quando
se trata de uma coisa boa estão quietas, não te admiram, não te dão louvor, não
te protegem. Diminuem-te.
Depois,
há aqueles do presente que se cruzam consigo na escola, no café, na rua, no
trabalho, na vida-do-dia-a-dia e quando te avistam, viram a cara para o lado,
fingindo não ver-te. Há aquele que tem sempre pressa para não falar consigo. Mas
também há quem olhe e vai distraído e não vê ou aquele que enxerga mal, que não
te identifica; `perdão, não te vi, quer dizer, não te identifiquei, se não
falasses iria ignorar-te, pois, estou a enxergar mal´. Claramente que há os
dois sentidos que podem originar algo despropositado; há realmente quem veja
mal e vá distraído. Na verdade, há quem passe por si e não te vê mesmo, porque
é cego, ou vê mesmo muito mal ao perto. Ignorante é aquele que vê e finge não
te ver, mesmo tenha pressa, estejam mal dispostos ou qualquer outro factor. Há
variadíssimas formas de comunicar; um Olá, um beijo enviado com a mão, um
aceno, um sorriso, uma careta. Quando alguém te vê não precisa de se prender a
um diálogo, precisa de fazer-te sentir útil e um gesto vale mais que mil palavras.
Depois
de alguns raciocínios aqui citados, há a FAMÍLIA que causa constrangimentos sob
comportamento, atitude, mal-estar ou ações que denotam falta de respeito; quando
é alguém do teu sangue, ou alguém que faz ou fez parte da sua família por laços
comuns, amorosos ou colegiais, amigos em comum, família e amigos próximos, dói
mais que todos os outros juntos, ai se dói! Quando este leque de amigos e
familiares de sangue e as suas gerações não te englobam no Grupo amado, de
partilha, de familiaridade, de esperança, de apoio, de coração e não une o teu
coração ao deles, é uma falta de respeito mútuo. Quando acontece uma rejeição
global, pode haver alguns factores; mal-entendidos, brigas, meterem-se na vida
particular uns dos outros, traições, roubos de bens materiais, tentativa de
extorsão, partilhas de dinheiro, bens particulares ou bem materiais.
Num
grupo há sempre uma ovelha negra; é assim na escola, é assim no trabalho, é
assim em casa e é assim na família, em todos os locais. O desrespeito não
escolheu lugar!
Quantas
vezes, o desrespeito começa em casa, porque é em casa que aprendemos a primeira
DOUTRINA da vida. Há desrespeito entre pais, filhos e avós; o assédio moral,
verbal e psicológico, o espancamento, a violação, a falta de carinho, a
violência doméstica. A constante pressão psicológica sobre alguém!
Na
rua e nos bairrismos, nos locais estatais ou privados, onde existe a força do
maior, existe o racismo, a corrupção, a falta de respeito por alguém ser visto
como diferente, quando somos todos iguais. No respeito não há cores de pele
diferentes, não há clubismos, não há religiões e são principalmente estes
PONTOS que lideram o desrespeito humano.
É
fácil provocar a raiva noutra pessoa; um olhar arrogante, uma boca como insulto,
mas o guerreiro consegue vencer os mal-educados, aqueles que não reluzem,
aqueles que não têm auto-estima, aqueles que não têm vida própria, aqueles que
são fracos de espírito. Nós vencemos todos os parasitas, não pelo soco, nem pelas
técnicas de luta física, vencemos sim, pelo controlo de nós próprios e pelo
nosso maior civismo educacional.
Temos
vários exemplos; O nosso relacionamento pessoal, a forma como
nos vemos ou sentimos e gostamos, reflecte-se nos outros, pelo que nunca podemos
gostar e respeitar alguém se não gostarmos de nós próprios. Ame-se a si próprio
para depois AMAR o seu semelhante. O relacionamento interpessoal ou afectivo e as
suas conquistas, a evolução pessoal, moral, cívica e profissional do ser como pessoa.
Já a ignorância torna-nos ignorantes e perversos, perante os outros, e é uma
das faltas de respeito que fazem doer o consciente do ser humano como pessoa
inteligente. As pessoas desequilibradas desrespeitam sem saber que
desrespeitam, mas há os que têm a mania que são bons e os outros diminuídos; há
os que têm dinheiro hoje, que ontem lhes subiu à cabeça e não te passam
patavina, que não te reconhece, não é teu colega, mas amanhã cai na desgraça e
finge ser o amigo maior do mundo. Há pessoas com falta de carácter, só te ligam
quando precisam, só se aproximam para te lixar, só se aproximam para ter
proveito; que maior falta de respeito para aqueles que sempre te invejaram, tiveram
raiva, não gostaram da tua pessoa, ignoraram-te simplesmente e, de um dia para
o outro, renascem tal como o Sol todas as manhãs!
Desrespeito
não é falar calões nem se saber pronunciar bem ou comunicar bem. O desrespeito
é gritar, é acusar inocentes do que eles não cometeram. O desrespeito é não
responder a uma simples pergunta. O desrespeito pode passar por vários factores
materiais e imateriais, orais e físicos, gestos comuns e emocionais; um desses
desrespeitos pode passar por não ajudar o próximo, tendo consciência que podia
ajudar e não ajudou, tendo ficado de cabeça pesada.
O
ser convencido perante os outros já é uma falta de respeito, uma forma de se
auto-intitular um super-Homem, uma tentativa de desgastar os vulneráveis. A
tentativa de convencer outra pessoa, para o bem ou para o mal, é uma falta de
respeito, se bem que se a intenção for boa reduz o desrespeito e pode torná-lo
uma arma de protecção. O palavrão, como citei sobre o calão, pode ser falta de
respeito da forma que se usa; uma coisa é usar a expressão do calão e outra
coisa é chamar ou apontar as pessoas com palavrões. Não é medíocre citar
calões, tais como diz o velho ditado; “chamar os bois pelos nomes”. Uma coisa
no desrespeito humano não é a falta de formação educacional nas famílias pobres
(gente pobre) e sim o desrespeito moral e cívico de pessoas pobres de espírito.
Há
o GRANDE desrespeito daqueles que se regem pela LEI, muitas vezes a Lei do maior,
pela Lei em si, pelo poder absoluto que lhe atribuíram no local que ocupa, por
hipocratismo, e dessa forma mostrar a todos os outros que ele é quem manda e as
ovelhinhas negras são uma bosta, apenas porque têm o poder soberano na liderança
individual ou colectiva, como Governamental ou numa ONG!
O
desrespeito à natureza também é comum; poluir o Ambiente e a água com objectos
sólidos, a poluição do ar, o cheiro, o ruído, cuspir no chão, urinar num canto,
cortar plantas, destruir seja o que for natural ou material. O respeito cabe em
qualquer lugar, é bonito, e eu gosto.
Há
desrespeito quando estamos em determinados sítios onde se deve fazer silêncio,
tais como cultos, uma sessão de fado ou uma apresentação de um livro e as
pessoas cacarejam como galinhas. Inadmissível.
A
liberdade de expressão é, por certo, a causadora da maioria dos casos sobre
desobediência e desrespeito por tudo e por todos. O que é assustador é o
desapego pela verdade e a falta de respeito, a omissão e os interesses de quem
tem poderes de liderança.
Quando
as pessoas têm actos anormais, metem-se em coisas proibidas por Lei, logo
estão-se a desrespeitar a si mesmos e aos que com elas convivem directa ou
indirectamente. O desrespeito é não aceitar a relação do outro. Desrespeitar é
obrigar a fazer algo que nem sequer acontece entre um casal ou até mesmo no
trabalho ou outros; tem de haver diálogo e capacidade de compreensão e uma
forma de remediar.
Já
o desrespeito pode ser evitado pelo mais comum dos mortais, pois que os nossos
bisavós, os nossos avós e os nossos pais, disseram que deveríamos respeitar a Natureza,
os mais velhos e o próximo.
Nós,
na actualidade transmitimos a mesma filosofia aos nossos filhos, netos ou
bisnetos e tetranetos, para quem chegar a uma idade maior. Se nós não
respeitamos a Natureza, os mais velhos e o próximo é porque faltou alguma coisa
importante na nossa vida, faltou ensinarem-nos o que realmente quer dizer a
palavra respeito. E se ensinaram e nós deixamos cair no ridículo, então é culpa
nossa. Se por algum motivo não respeitamos, é porque estamos contra esse bem ou
propósito, pessoa ou coisa, pois que a natureza moral e psicológica, doentia,
sóbria ou sem moderação, leva-nos a pecar no bom sentido da palavra, a fazer
asneiras sem muitas vezes meditar.
O
desrespeito pode dar lugar ao respeito, pois ele nasce em todas as famílias
humildes e até nas famílias desfavorecidas; como já disse, a má-formação
educacional escolar ou a falta de capacidade de memória, não tem de todo a ver com
que um adulto seja mal-educado ao ponto de desrespeitar o seu semelhante.
Conheço infelizmente pessoas com má formação física e mental e não desrespeitam
ninguém, pois incutiram-lhes no seio familiar ou outra identidade a capacidade
de no mínimo entender o que é errado. Relato este caso quase como aqueles que
não estudaram, mas oralmente falam com uma filosofia invejável e até escrevem e
lêem sem ter escolaridade obrigatória!
E,
para terminar como comecei e desenvolvi este texto, que certamente alguns vão
gostar, e outros declinar, exactamente pelo mesmo motivo que aqui relato, DESRESPEITO!
Por ignorância, por inveja, por mau-feitio, por não gostarem de mim como
critico e não atendendo aos 90% de coisas boas que faço e dou de mim o que sei
para os outros gratuitamente e por amor, que vão para além da critica, mesmo
esses 10% de critica seja a dizer a verdade. Há aqueles que não toleram, porque
a verdade machuca e não é desrespeitar e sim ser honesto comigo mesmo como
pessoa, como humano e como escritor, informador, entre quase todos os estilos
de literatura que me habituei a fazer no jornalismo, peco por si, talvez por
ser `verdadeiramente´ correcto, nem sempre certo, mas se estou errado, sou
humano, posso pecar, errar e ter tempo de reflexão, emendar ou pedir desculpas,
mas não de todo compreendido, pelo EGO de muitos que não têm EGO nenhum, só têm
mania e pensam ser mais que o vizinho do lado, que o empregado que está ao seu
lado, do que o colega de aula, que o advogado tal, que o jogador do lado, que o
agricultor do lado, com o politico do lado, com o cozinheiro do lado, que o ZÉ-POVINHO,
etc.
O
desrespeito está nestes miseráveis, cheios de cheiro e pompa, em que a maioria
não tem onde cair morta, quando lhes acaba o tacho; e, como estamos em tempo de
Quarentena com esta crise do Coronavírus, esta Pandemia que nos está a assombrar
e afectar a vida de todos intelectualmente e psicologicamente, dizer que muitos
dos MAIORES gabaritos, chamados de elite médio-alta, que se escondem por trás
de um computador, dum balcão de um banco, de uma secretaria do Estado, na chefia
de muitos funcionários, à frente de uma Superfície comercial, na liderança
Associativa, líder, funcionário ou patrão, estão para reflectir; vejo a minha
vida estável, a vida daquele que sempre foi discriminado, daquele que sempre
foi gozado, daquele que sempre foi desrespeitado, enquanto os chamados VACAS
GORDAS a caírem ao charco e muitos nunca mais se vão levantar. Esta crise
emocional, ambiental, comercial e paranóica vai ao encontro da frase “quantos
mais graus sobes, maior é o tombo”. Ora, pobre não cai e mantém-se; este é um
estado de vida real e o que valeu tu, eu, nós, vós, eles sermos cobardes ao
ponto de denegrir, recusar, não ajudar e desrespeitar as Pessoas e a Natureza,
o Céu e o Mar?
O
desrespeito, seja aquele que eu citei e aquele que eu não citei, vai ao
encontro da má educação moral e cívica de quem pratica tais actos insólitos. Se
não gostou destas verdades, seja pelo motivo que for, aprenda pelo menos a
respeitar; não tem que concordar e sim respeitar, desrespeitar é um acto de
cobardia e de diminuição opressiva, por vezes com medo de perder para os outros
o seu lugar que ocupa, pois se for melhor como julga, isso nunca vai acontecer,
isso está na sua cabeça e está desde logo a desrespeitar-se a si próprio e a
desvalorizar-se. Se reparar e interpretar bem este texto que escrevo para o “Prémio
Literário Municipal António Celestino 2020”, vai entender que a sua cultura
enriqueceu e vai pegar nos muitos exemplos que dei e principalmente este da crise
geral que `parou´ o MUNDO, e reflectir que não vale a pena ser quem não é;
tente ser aquilo que o ensinaram e vem das nossas raízes, o tempo encarrega-se
do resto se houver RESPEITO.
Muitas
vezes, o silêncio pode ser ou não falta de respeito e, para nós respeitarmos,
temos de respeitar também o silêncio dos outros, mesmo não sabendo a razão, que
até pode estar do nosso lado, mas porque há o desrespeito muitas vezes de
terceiros, com contos e ditos, enchem a cabeça aos nossos mais próximos e eles
em vez de nos chamarem nomes e apelidar de calões, respeitam com o silencio da
mesma forma que interpretam seus sentimentos e por isso vamos ser prudentes.
O
respeito de uns acaba, quando começa o desrespeito dos outros.
Autor;
`Quelhas´ João Carlos Veloso Gonçalves
Director;
Revista Repórter X Schweiz
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