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domingo, 15 de outubro de 2023

Ventriloquia - Arte de produzir sons vocais (Fernando Valdrez, ventríloquo d´voz aos bonecos).

Fernando Valdrez imitava o Vitorino Nemésio, o Pedro Homem de Melo, o João Couto, o António Lopes Ribeiro, o Ramalho Eanes, e outros, sobretudo quando tinha os seus vinte anos.

 


Ventriloquia - Arte de produzir sons vocais


Carlos Quelhas, à conversa com Fernando Manuel Ramos Valdrez, ventríloquo. 

 

Residente em Porto, mais conhecido como Fernando Valdrez.

Começou-se por apresentar o patrocinador desta conversa, a Agência César’s AG, e anunciou-se o lançamento do livro poético de Fernando Leão.

 

Fernando nasceu no Porto, em Santo Idelfonso, viveu em Ermesinde e regressou ao Porto.

Fez o segundo ano da escola comercial e industrial e considera-se um auto-didacta permanente.

Trabalha como ventríloquo, há 46 anos e tem 66 anos, tendo interpretado imitações vocais de pessoas muito conhecidas.

Imitava o Vitorino Nemésio, o Pedro Homem de Melo, o João Couto, o António Lopes Ribeiro, o Ramalho Eanes, e outros, sobretudo quando tinha os seus vinte anos.

A arte é o controlo das paredes abdominais, da respiração, das cordas vocais e da respiração.

Começou por treinar com bonecos em pano, no salão dos bombeiros de Ermesinde. Depois, adquiriu bonecos em Londres, mais fáceis de manusear do que os Franceses, que também tem. Estes têm sistema de cordas, que dificulta a manipulação.

O sucesso da actuação depende do diálogo e interacção com o público, chamando pessoas ao palco. Tem muito cuidado em evitar a bebida gelada, evitar o fumo, com a afinação dos microfones e o ambiente da sala. Procura preparar a actuação em cada região, estudando a história dos locais, para fazer referências no espectáculo. Actua muito em lares, hospitais, bombeiros e instituições de solidariedade, onde faz parte de campanhas de angariação de fundos. Também já aceitou o convite para participar na gala Suíça da revista Repórter X, em 27 de Maio próximo, que muito aprecia. Actua sempre com os bonecos “Chico” e “Lucianito”. No final do espectáculo, gosta de falar com as pessoas do público, para responder a perguntas. Até porque já está habituado a dar aulas da sua arte. E tudo começou com a filha Inês, do amigo cientista Mário Sousa, do Instituto Abel Salazar, que pediu ao pai para ter aulas da arte.

Também actua complementarmente em campeonatos de magia, e de circos internacionais, onde conhece artistas do mundo inteiro. Esteve já no Coliseu de Lisboa, com artistas do circo soleil, sobretudo russos, chineses e holandeses; inclusivamente, recebeu convite para participar da gala internacional soleil. Aguarda para participar no espectáculo de Monte Carlo, por via do director do Coliseu dos Recreios. Tem convites para S. Paulo, Rio de Janeiro, Luxemburgo, Bélgica, América do Norte e Canadá. Também está a preparar espectáculos com Daniel Fernandes, tenor da RTP, com Holly Mack das sombras chinesas, de magia cómica no casino de espinho, com Picolé. Prepara um espectáculo de duas horas. Costuma levar sempre outros artistas, com ele nas digressões internacionais.

Fez uma demonstração crítica entre duas marionetas imaginárias, sobre o conflito Rússia e Ucrânia, querendo o fim rápido da guerra e estando solidário com o povo que sofre.

Dos artistas portugueses, com que actuou, salienta Carlos Paião, Cândida Brancaflor, Rui Veloso e Trabalhadores do Comércio. É dos raros artistas, que não precisa alugar a sala do Coliseu, sendo convidado directamente pelo director. E o valor do aluguer ascende a 10 mil euros.

Já falou com o Toni Carreira, na Madeira, e dá-se muito bem com todos os artistas populares de topo.

 

 

Ventriloquia; Colabora muito com os artistas circenses e de magia, nomeadamente com o campeão de carto-magia do mundo, Hélder Guimarães, agora a viver na América. Daí que o tenham em muita consideração, tanto que uma vez até pararam o trânsito de veículos e camiões, junto a uma actuação, onde ele estava em palco.

Adora actuar para crianças e tem um cuidado especial com as crianças em ambiente hospitalar, nomeadamente no Natal dos hospitais, onde também se cruza com os artistas amigos, que lá vão também. A televisão dá muito mais atenção aos artistas da canção e menos às outras especialidades, como a dele, tanto que os programas televisivos de entretenimento da manhã ou da tarde, nunca deram atenção à ventriloquia.

 

A encerrar a conversa, trocaram cumprimentos e foi desejada à comunidade emigrante lusa sucesso e atenção à participação artística do Fernando Valdrez, tendo agradecido a todos quantos o convidam para exibições internacionais, onde a Isabel Loreto é uma excelente anfitriã dos portugueses, que se deslocam à Suíça, junto da comunidade portuguesa. Sentem que o José Figueiras da SIC tem especial atenção aos eventos da revista Repórter X e poderá estar presente numa próxima, onde o Fernando Valdrez actue com o Rui Porto e Carlos Santos, num ambiente festivo de mostra de arte e cultura, com desfile de moda, em princípio para 27 de Maio deste ano.

Foi dada nota das conversas seguintes, que sairão na revista, bem como lançamentos de livros, animados pela intervenção de artistas, de que a revista dará oportunamente conhecimento, em reportagem. Carlos Quelhas fechou a sessão, com elogio destacado ao Fernando Valdrez.

 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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