Fernando Valdrez imitava o Vitorino Nemésio, o Pedro Homem de Melo, o João Couto, o António Lopes Ribeiro, o Ramalho Eanes, e outros, sobretudo quando tinha os seus vinte anos.
Ventriloquia - Arte de produzir sons vocais
Carlos
Quelhas, à conversa com Fernando Manuel Ramos Valdrez, ventríloquo.
Residente
em Porto, mais conhecido como Fernando Valdrez.
Começou-se
por apresentar o patrocinador desta conversa, a Agência César’s AG, e anunciou-se
o lançamento do livro poético de Fernando Leão.
Fernando nasceu no
Porto, em Santo Idelfonso, viveu em Ermesinde e regressou ao Porto.
Fez o segundo ano da
escola comercial e industrial e considera-se um auto-didacta permanente.
Trabalha como
ventríloquo, há 46 anos e tem 66 anos, tendo interpretado imitações vocais de
pessoas muito conhecidas.
Imitava o Vitorino
Nemésio, o Pedro Homem de Melo, o João Couto, o António Lopes Ribeiro, o
Ramalho Eanes, e outros, sobretudo quando tinha os seus vinte anos.
A arte é o controlo das
paredes abdominais, da respiração, das cordas vocais e da respiração.
Começou por treinar com
bonecos em pano, no salão dos bombeiros de Ermesinde. Depois, adquiriu bonecos
em Londres, mais fáceis de manusear do que os Franceses, que também tem. Estes
têm sistema de cordas, que dificulta a manipulação.
O sucesso da actuação
depende do diálogo e interacção com o público, chamando pessoas ao palco. Tem
muito cuidado em evitar a bebida gelada, evitar o fumo, com a afinação dos
microfones e o ambiente da sala. Procura preparar a actuação em cada região,
estudando a história dos locais, para fazer referências no espectáculo. Actua
muito em lares, hospitais, bombeiros e instituições de solidariedade, onde faz
parte de campanhas de angariação de fundos. Também já aceitou o convite para
participar na gala Suíça da revista Repórter X, em 27 de Maio próximo, que
muito aprecia. Actua sempre com os bonecos “Chico” e “Lucianito”. No final do
espectáculo, gosta de falar com as pessoas do público, para responder a
perguntas. Até porque já está habituado a dar aulas da sua arte. E tudo começou
com a filha Inês, do amigo cientista Mário Sousa, do Instituto Abel Salazar,
que pediu ao pai para ter aulas da arte.
Também actua
complementarmente em campeonatos de magia, e de circos internacionais, onde
conhece artistas do mundo inteiro. Esteve já no Coliseu de Lisboa, com artistas
do circo soleil, sobretudo russos, chineses e holandeses; inclusivamente,
recebeu convite para participar da gala internacional soleil. Aguarda para
participar no espectáculo de Monte Carlo, por via do director do Coliseu dos
Recreios. Tem convites para S. Paulo, Rio de Janeiro, Luxemburgo, Bélgica,
América do Norte e Canadá. Também está a preparar espectáculos com Daniel
Fernandes, tenor da RTP, com Holly Mack das sombras chinesas, de magia cómica
no casino de espinho, com Picolé. Prepara um espectáculo de duas horas. Costuma
levar sempre outros artistas, com ele nas digressões internacionais.
Fez uma demonstração
crítica entre duas marionetas imaginárias, sobre o conflito Rússia e Ucrânia,
querendo o fim rápido da guerra e estando solidário com o povo que sofre.
Dos artistas
portugueses, com que actuou, salienta Carlos Paião, Cândida Brancaflor, Rui
Veloso e Trabalhadores do Comércio. É dos raros artistas, que não precisa
alugar a sala do Coliseu, sendo convidado directamente pelo director. E o valor
do aluguer ascende a 10 mil euros.
Já falou com o Toni
Carreira, na Madeira, e dá-se muito bem com todos os artistas populares de
topo.
Ventriloquia; Colabora muito com os artistas circenses e de
magia, nomeadamente com o campeão de carto-magia do mundo, Hélder Guimarães,
agora a viver na América. Daí que o tenham em muita consideração, tanto que uma
vez até pararam o trânsito de veículos e camiões, junto a uma actuação, onde
ele estava em palco.
Adora actuar para
crianças e tem um cuidado especial com as crianças em ambiente hospitalar,
nomeadamente no Natal dos hospitais, onde também se cruza com os artistas
amigos, que lá vão também. A televisão dá muito mais atenção aos artistas da
canção e menos às outras especialidades, como a dele, tanto que os programas
televisivos de entretenimento da manhã ou da tarde, nunca deram atenção à
ventriloquia.
A encerrar a conversa,
trocaram cumprimentos e foi desejada à comunidade emigrante lusa sucesso e
atenção à participação artística do Fernando Valdrez, tendo agradecido a todos
quantos o convidam para exibições internacionais, onde a Isabel Loreto é uma
excelente anfitriã dos portugueses, que se deslocam à Suíça, junto da
comunidade portuguesa. Sentem que o José Figueiras da SIC tem especial atenção
aos eventos da revista Repórter X e poderá estar presente numa próxima, onde o
Fernando Valdrez actue com o Rui Porto e Carlos Santos, num ambiente festivo de
mostra de arte e cultura, com desfile de moda, em princípio para 27 de Maio
deste ano.
Foi dada nota das
conversas seguintes, que sairão na revista, bem como lançamentos de livros,
animados pela intervenção de artistas, de que a revista dará oportunamente
conhecimento, em reportagem. Carlos Quelhas fechou a sessão, com elogio
destacado ao Fernando Valdrez.
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