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Enquanto dormia… | … O Observador ainda arrumava o salão do congresso do PS. Pedro Nuno Santos é secretário-geral, mas António Costa é primeiro-ministro e vai andar por aí. Dentro do PS, conta-nos Mariana Lima Cunha, desvaloriza-se esta bicefalia. Pedronunistas e costistas vão dizendo que não trará problemas desde que os dois lados trabalhem juntos para a vitória de 10 de março. Mas há uma preocupação a figurar na lista de apoiantes de Pedro Nuno — há que evitar, no PS, com António Costa, o “síndrome” Pedro Passos Coelho que leva elementos do PSD a suspirar pelo seu regresso. | Pedro Nuno já deixou algumas propostas no Congresso do PS. Uma, a de revisão do acordo de rendimentos, que levará o salário mínimo aos 1.000 euros em 2028 é recebida com expectativa. Os patrões dizem-se disponíveis para rever o acordo, mas vão falando já de condições. | Marcelo Rebelo de Sousa esteve, durante o fim de semana, com as orelhas quentes. No Congresso do PS não se poupou nas críticas ao Presidente pela dissolução da Assembleia da República e convocação de eleições (Marcelo já disse que o “Povo é quem mais ordena” — citando a música Grândola, Vila Morena, do Cantigas do Maio, de Zeca Afonso — Arnaldo Trindade, que morreu aos 89 anos, comentara que tinha sido um disco “caríssimo, um milhão de escudos, mas valeu a pena, deu-nos a ‘Grândola'”) | O Presidente, que promulgou na semana passada o simplex para os licenciamentos na área do urbanismo, veio agora explicarque a primeira versão do diploma remetida pelo Governo foi mudada a seu pedido, e ficou de fora a cláusula que levou o Ministério Público a considerar, na Operação Influencer, que a lei estava a ser feita à medida da Start Campus, promotora do data center em Sines que, com isso, ficaria dispensada de licenciamentos. É por causa desta “lei malandra” que recaem alegadamente sobre o primeiro-ministro suspeitas do crime de prevaricação, suspeitas analisadas no programa Justiça Cega, no qual o advogado Nuno Cerejeira Namora admite que é uma questão de tempo até que Costa seja constituído arguido. Mas a lei malandra ainda é malandra? Oiça a História do Dia de hoje. | A Operação Influencer tem vários lastros, incluindo o poder adiar concursos na área do lítio. Mas há vários, na área de energia, que vão ficar à espera de novo Governo. Esta crise política leva também ao adiamento do fim do contrato com a Turbogás, o que trará custos não previstos à conta da eletricidade. | A vida não anda fácil para primeiros-ministros. Em França a polémica lei da imigração fez transbordar o copo de Élisabeth Borne que se demitiu do cargo.“Ela tem um lado Joana D’Arc. Pode acabar queimada em nome de França, mas isso é muito honroso. Poucos estavam disponíveis para isso”, comentava um ministro do governo de Emmanuel Macron ao Le Figaro. Foram vinte meses conturbados. E sai em vésperas das eleições europeias, nas quais Macron enfrenta uma subida do partido de Marine Le Pen nas sondagens. | A lenda, o mito, o imperador (“der kaiser”, em alemão). Tudo palavras que se colam ao nome de Franz Beckenbauer, que mudou o futebol. Morreu aos 78 anos. Palavras que se colam agora na hora da morte, mas que sempre o foram acompanhando. Foi coroado em vida. E ganhou tudo — incluindo o Mundial como jogador e treinador (só há três figuras que fizeram o feito, duas morreram nos últimos dias — Beckenbauer e o brasileiro Zagallo). | Esta terça-feira, de muito frio, há Taça de Portugal.Acompanhe os jogos de futebol Sporting-Tondela (a partir das 18h45) e o Estoril-Porto (20h45) no nosso site e na Rádio Observador. É também aí que pode ouvir (e participar através do 910024185) no Contra-Corrente, esta terça-feira sobre o wokismo. É uma ameaça às nossas universidades, perguntam José Manuel Fernandes e Helena Matos. |
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Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial
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