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terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Corrupção: É protecção ou desprotecção de menores, é um seguro ou inseguro para os lesados na saúde ou uma fábrica de fazer dinheiro!

A Paula é uma de muitos portugueses que ainda não dorme na rua e vai buscar comida ao caixote do lixo, porque teve amigos que suportam a vida dela... A Suíça não é um el dourado!


Ex. Senhores

Embaixador Júlio Vilela

Sr. Conselheiro das Comunidades Portuguesas António Guerra

Sr. Deputado Paulo Pisco

Dr. João Castro serviços sociais do consulado geral de Zürich

Dr. Mota Amaral consulado Geral de Portugal em Zürich

Secretário de estado das Comunidades Portuguesas Paulo Cafôfo

Secretário de estado dos negócios estrangeiros Francisco André

Ministro dos negócios estrangeiros João Gomes Cravinho

Primeiro Ministro de Portugal ou sucessor (António Costa - José Luís Carneiro, Pedro Nuno Santos / Outro)

Presidente da República portuguesa, Prof. Dr. Marcelo Rebelo de Sousa

 

PEDIDO DE AJUDA DE EXTREMA URGÊNCIA

 

Zürich 11 de Dezembro de 2023

 

Tel. 076 324 16 80

E-mail: paulaleal25@hotmail.com

 

Não posso mencionar morada porque estou a viver de caridade de um casal amigo, caso contrário passava fome e vivia na rua.

 



Bom dia a todos, 

lamento ter que incomodar a vossa paz de espírito através de uma carta que certamente será só mais uma que passará para o fundo de um saco cheio de lixo, mas para mim é inevitável e tenho mesmo a obrigação de o fazer enquanto ser humano e cidadã portuguesa residente em Zürich.

Muito bem, os motivos que me levaram a fazer esta carta são diversos e só não se sente quem não é filho de boa gente e eu tenho a obrigação de reivindicar os meus direitos e vocês o dever e obrigação de ajudar a comunidade portuguesa a encontrar uma solução para diversos podres que acontecem aos portugueses em território Suíço.

A realidade é deplorável e o que nos fazem passar é característico de gente sem alma, coração e escrúpulos e não olham a meios para atingirem os objectivos deles.

A falta de carácter e dignidade de diversas entidades suíças têm como principal objectivo destruir psicologicamente e financeiramente o emigrante que em 95% das vezes o leva a desistir dos seus direitos e abandonar a Suíça sem nada, apenas com mazelas físicas e danos psicológicos irreversíveis.

Hoje nesta carta vou falar de mim, mas quem quiser aproveitar a boleia eu estou e estarei aqui para ajudar a combater pelos nossos direitos com ou sem a vossa ajuda, aproveito desde já para os informar que no dia 22 de Dezembro 2023 estarei a porta da SUVA em Zürich para reclamar aquilo que é meu e tudo será transmitido em directo com membros de Comunicação Social e com a Repórter X.

Senhores governantes, neste momento só não vivo na rua porque um casal amigo me deu um tecto e um prato de comida e estão a abrir mão do pouco que tem para me ajudarem a lutar pelos meus direitos e até mesmo para eu continuar a ver o meu filho eles pagam-me o bilhete de comboio, caso contrário já nem isso eu conseguia fazer.

Fui obrigada a deixar a casa onde vivia com a minha filha porque uma certa entidade (SUVA E RiMED) decidiram omitir e minimizar a realidade do meu problema de saúde afirmando que 2 tendões rasgado era um problema de saúde antigo e fecharam o meu caso, a realidade é que 1 ano depois  fui operada e o hospital onde o fizeram afirmaram que isto tinha sido  resultado do acidente de trabalho, mas infelizmente neste lindo país nem tudo é fantástico para os emigrantes e a SUVA com o seu jogo do empurra não me pagaram salários, medicamentos e tratamentos que de certa forma foram desnecessários, quando a única solução era mesmo a operação, sendo desnecessário afirmar que um relatório médico honesto seria a base para resolver o meu problema muito rápido evitando múltiplas infiltrações de cortisona que me custaram muitos danos à minha saúde, problemas de fígado,  pâncreas, excesso de peso, diabetes para não falar do estado do meu psicológico a ter que suportar dores infernais durante 1 ano, a Suíça não tem qualquer respeito por aquele que vem fazer o trabalho que eles não sabem ou não querem fazer.

Depois da decisão ridícula absurda e sem fundamento da SUVA em me pagar o que é meu de DIREITO sou obrigada a inscrever-me no Fundo-Desemprego e neste momento eu não tenho sequer um endereço para que possa ter o que é meu de direito ao Fundo-Desemprego e lá se vai mais dinheiro meu para os bolsos de quem tem mais do que eu.

Vários pedidos de ajuda foram feitos à junta de freguesia de onde eu vivia, mas a assistente social foi muito clara comigo e disse na minha cara que os seus superiores não lhe davam mais autorização para falar comigo em italiano uma das 4 línguas oficiais da Suíça (italiano francês alemão e romanche) já aqui o racismo e a falta de empatia foi notória.

Infelizmente a minha situação económica está muito má e já estou a ponderar ter que deixar de ver o meu filho que vive no cantão italiano, até ali brincam com os sentimentos de uma criança e fazem o que querem com os filhos dos emigrantes e colocam sobre medicamentos fazendo passar por doentes mentais. Eu tenho tentado defender o meu filho, mas sou constantemente proibida de o fazer, mais de 1 ano a tentar trocar de advogado e não deixam peço para levar o meu filho a uma segunda opinião médica e não me deixam e eu me pergunto o que posso fazer para salvar o meu filho já que até o próprio pai é a favor em colocar o meu filho num instituto…. triste realidade Suíça…

Diana minha filha de 3 anos está à minha responsabilidade e o KESB de Regensdorf queria-me colocar com a minha filha numa num instituto e aí iria começar o meu calvário a viver como uma prisioneira que até autorização tinha que pedir para fazer as minhas coisas, ida às compras 1 vez por semana e organizada por eles, passear com a minha filha só em conjunto e organizada por eles e para onde eles querem, levar a minha filha para ver o irmão, isso era fora de questão, porque o cantão italiano não quer que eles estejam juntos e o cantão de Zürich diz que é muito tarde para a Diana regressar a casa, e mais  regras e mais imposição que me tornavam uma autêntica refém. Tive que tomar uma atitude e fui obrigada a levar a minha filha para Portugal e deixar em um ambiente estável familiar e saudável o seio da família, saliento que o que eu estou a viver não é benéfico para o desenvolvimento psicológico da minha filha Diana e o que é mais importante é que ela esteja salvaguardada de danos psicológicos.

Atualmente não tenho nada para viver, nem um cêntimo, a minha sorte é este casal da minha terra que me dá abrigo e comida e estão a fazer o sacrifício de me pagar 350.00 por mês pelo transporte para assegurar as visitas ao meu filho.

A constante pressão vinda da parte do controle de habitantes é sistemática porque querem uma morada nova, já chegaram mesmo a referir que não tem uma casa para mim que está tudo ocupado, quando eu sei que o cantão de Zürich emite em uma página da internet e todos apartamentos estão disponíveis para alugar e mesmo assim não existe viva alma que me ajude a preencher centenas de folhas para formalizar um pedido de ajuda.

Não sei qual será a repercussão desta carta, mas a verdade é que não me interessa de nada ou se vou ser julgada, criticada ou mesmo ameaçada, mas a realidade é que depois de tudo o que eu já vivi e estou a viver não tenho medo de nada nem de ninguém e só me vou embora com o meu filho nos braços, porque ele será o único motivo pela qual não vou desistir, não vou virar as costas e abandonar alguém que saiu de dentro de mim.

A situação do meu braço continua a impossibilitar-me de trabalhar e as coisas não estão fáceis, tenho muitas dores, porque foi uma cirurgia bastante complicada e ainda tenho inflamação a nível dos nervos de todo o braço e agora começou com uma Hipotrofia muscular, não está fácil de lidar com esta situação e com a constante pressão para abandonar o país, às vezes vejo-me num buraco sem saída e deparo-me com todas as portas fechadas e sem saída para reivindicar os meus direitos,  chegando mesmo à infelicidade de ouvir de vários advogados; "senhora não posso fazer nada para a ajudar", esta é a triste realidade do emigrante uma  luta contra um sistema de injustiça e usurpação de dinheiro de respeito de direitos humanos e uma contínua perseguição de danos psicológicos que jamais será irreversível.

Agora chegou a vez de bater à porta de quem tem o dever é a obrigação de ajudar um povo que veio em busca de sonhos,  um povo que se vê obrigado a sair da sua pátria para construir uma vida digna, um povo que sofre e luta contra racismo e descriminação um povo que trabalha e no final tem que se submeter ao silêncio ao que nos impõem, um povo que é obrigado a ir embora sem nada só mazelas no corpo e na alma.

Estou ao vosso dispor para quaisquer perguntas e eventuais esclarecimentos, aguardo uma resposta da vossa parte.

Desejo-lhes a todos um santo Natal em família já que o meu será sozinha sem aqueles que eu mais amo na vida.

 

Cordialmente

Paula Leal

 

P.S. esta carta será publicada na revista repórter X e outros meios de Comunicação Social.

 

Estes e-mails seguiram no site próprio do Governo da república: 

Secretário de estado das Comunidades Portuguesas Paulo Cafôfo

Secretário de estado dos negócios estrangeiros Francisco André

Ministro dos negócios estrangeiros João Gomes Cravinho

Primeiro Ministro de Portugal ou sucessor (António Costa - José Luís Carneiro, Pedro Nuno Santos / Outro)

Presidente da República portuguesa, Prof. Dr. Marcelo Rebelo de Sousa

 

Revista Repórter X Editora Schweiz

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